terça-feira, 20 de agosto de 2024

Fábrica de fertilizantes nitrogenados fará investimento de R$ 3 bilhões em Sapopema


Unidade deverá produzir cerca de 520 mil toneladas de fertilizantes por ano, o que equivale a cerca de 7% do consumo nacional 
 
 
O cronograma inicial prevê que o empreendimento obtenha todas as licenças ambientais e outras autorizações legais para ser construído em cerca de um ano

 

O município de Sapopema, no Paraná, sediará uma nova fábrica de fertilizantes nitrogenados (ureia) orçada em R$ 3 bilhões, o que fará dela uma das maiores do segmento no Brasil. Os detalhes do novo empreendimento foram discutidos nesta segunda-feira (19), em Curitiba, em reunião do governador Carlos Massa Ratinho Junior com investidores ligados à Paranafert, que será a empresa gestora. A fábrica a ser instalada em Sapopema terá uma capacidade de produção de aproximadamente 520 mil toneladas de fertilizante por ano, respondendo sozinha por 7% do consumo nacional. Nela, também deverão ser produzidas anualmente mais 13 mil toneladas de enxofre e derivados. A estimativa, segundo os empresários envolvidos, é que cerca de 800 empregos diretos sejam gerados na futura fábrica. O cronograma inicial prevê que o empreendimento obtenha todas as licenças ambientais e outras autorizações legais para ser construído em cerca de um ano. Após este período, a obra deverá levar outros dois anos para ser concluída. 

Devido à grande demanda do agronegócio, especialmente do Paraná, o Brasil é atualmente o maior importador mundial de fertilizantes, com cerca de 86% das suas necessidades atendidas por outros países. O insumo tornou-se ainda mais estratégico para o setor devido ao aumento de 180% nos preços entre 2021 e 2022 por causa da alta dos custos de matéria-prima, problemas logísticos causados pela pandemia e conflitos geopolíticos envolvendo grandes fornecedores, principalmente a Ucrânia. Por esses e outros motivos, o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) aprovou, em novembro de 2023, o Plano Nacional de Fertilizantes. No documento, ficou estabelecido que a produção nacional de fertilizantes deva ser capaz de atender de 45% a 50% da demanda nacional até 2050, o que dá à nova fábrica a ser instalada no Paraná um caráter ainda mais estratégico em nível nacional.

Composto de alto teor de nitrogênio, a ureia é um dos nutrientes essenciais para o crescimento das plantas e amplamente utilizada para aumentar a produtividade agrícola. Quando aplicada com as técnicas adequadas de manejo, ela contribui para o desenvolvimento saudável das plantas com menos aplicações, reduzindo impactos ambientais como o risco de contaminação de lençóis freáticos, ao mesmo tempo em que demanda menos recursos naturais. A produção do fertilizante nitrogenado é feita a partir da gaseificação do carvão mineral, que representa 25% da produção desse insumo em nível mundial. A China, a Índia e a África do Sul estão entre os países que mais utilizam essa tecnologia atualmente.

 

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/fabrica-de-fertilizantes-nitrogenados-fara-investimento-de-r-3-bilhoes-em-sapopema

 

Governo entregará proposta orçamentária na semana que vem já com revisão de gastos, diz Durigan

 

Quem é Dario Durigan, que assume a Fazenda interinamente por ...

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, destacou que o governo vem fazendo um trabalho para colocar as contas públicas em ordem, revisando despesas e ampliando as receitas para ancorar as expectativas, e que isso estará contemplado na peça orçamentária de 2025.

“Vamos cumprir o cronograma de entregar a lei orçamentária semana que vem, já com parte importante de revisão de gasto, mas ainda há um pedaço a fazer. Eu reconheço isso, tenho dito isso publicamente, e o desafio é grande, como é grande nas outras frentes da receita. O conflito se torna aparente e é preciso lidar com isso”, disse ele, durante palestra sobre “Política Fiscal e Seus Efeitos Sobre a Economia” em evento realizado pelo BTG Pactual, em São Paulo.

O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, reforçou que a agenda de revisão de gastos está em andamento e engloba várias frentes, da análise de políticas públicas aos gastos tributários e judiciais. Como exemplo, ele citou o enfrentamento ao crescimento das despesas com precatórios e os custos da disputa judicial para a União.

Ele ponderou que o governo está fazendo um esforço para ordenar o gasto com precatórios, o que pode abrir um espaço de R$ 80 bilhões a R$ 100 bilhões. “A gente precisa entender esses precatórios, resolver eles na origem para que eles se reduzam ao longo do tempo, e isso também está nessa agenda de revisão de gastos, porque sentença judicial é gasto também”, disse.

O economista-chefe da instituição e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, também participou do debate.

 Campos Neto defende BC fora da “arena política” e cita risco ...


O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 20, que a correlação entre indicadores de emprego, que têm surpreendido, e a inflação de serviços não é algo que tenha sido comprovado.

“Tentamos fazer um link entre desemprego e o que isso significa em termos de inflação de serviços. Achamos que tem uma correlação na ponta, mas não é uma coisa que está verificada, que a gente possa, de fato, dizer: isso vai gerar uma trajetória diferente da inflação”, comentou o presidente do BC, durante participação no Macro Day, fórum realizado pelo BTG Pactual.

Campos Neto deu a declaração ao explicar por que o BC tem repetido a mensagem da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), onde o colegiado deixou em aberto a possibilidade de tanto manter quanto subir os juros na reunião de setembro.

Ainda que indicadores tenham mostrado força da economia doméstica, inclusive no mercado de trabalho, que continua surpreendendo, o presidente do BC ponderou que o cenário externo melhorou, dada a perspectiva no mercado de início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos a partir de setembro.

Haddad: Resultado fiscal de 2024 será muito melhor do que em 2023, aconteça o que acontecer

 


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 20, que o resultado fiscal de 2024 será muito melhor do que o do ano passado e que há muitos setores com potencial para se desenvolver e impulsionar o crescimento econômico.

As declarações foram dadas durante palestra sobre “Perspectiva Econômica Brasileira” em evento realizado pelo BTG Pactual, em São Paulo, com moderação feita pelo economista-chefe da instituição e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

“Nós estamos tirando o pé do fiscal. Esse ano não tem como não ser muito melhor do que o ano passado, não tem como. Aconteça o que acontecer, o ano que vem vai ser melhor do que esse ano, aconteça o que acontecer. Eu estou acompanhando os dados. Nós estamos tirando o estímulo fiscal de maneira organizada, sensata, sem prejudicar os pobres. Não vejo nenhum diagnóstico que aponte um erro grave na condução dessa questão”, afirmou Haddad.

Ele ponderou que a questão fiscal, que preocupa a Fazenda, é importante, mas que é preciso olhar para o todo. O ministro apontou que o conjunto de medidas tomado pelo governo melhorou o ambiente de crédito e há espaço para mais. Ele também destacou a importância da construção civil para a economia, com a geração de empregos e renda e o potencial do mercado de seguros diante da crise climática, que depende de aprovação de projetos no Congresso.

“Veja o que aconteceu no Rio Grande do Sul também. Todo mundo dizia que seria uma década perdida e o discurso acabou em dois meses”, destacando a melhora na arrecadação do Estado no primeiro semestre, a produção industrial e o estancamento das demissões. Haddad também destacou o potencial do País no agronegócio. “Hoje nós não somos só o celeiro do mundo, nós somos o supermercado do mundo”, afirmou Haddad.

Diante desse cenário, o ministro avalia que não se precisa fazer grande coisa no Brasil para o País crescer. “Eu só vejo possibilidades para a gente explorar. Precisa distensionar um pouco na política, continuar esse trabalho de agregar, de adensar as pessoas que querem o bem do Brasil. O Brasil está pronto para dar um salto. Essa é a minha convicção total: nós temos condições de dar um salto”, disse.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

BRAZIL JOURNAL: Hora de comprar a Bolsa é agora; Selic não muda nada, diz Squadra

 


Hora de comprar a Bolsa é agora; Selic não muda ‘nada’, diz a Squadra

Hora de comprar a Bolsa é agora; Selic não muda ‘nada’, diz a Squadra (Crédito: Brazil Journal)

A hora para investir em ações brasileiras é agora: os preços estão muito deprimidos e os riscos não justificam os atuais níveis de desconto da Bolsa. Esta é a principal mensagem da carta de gestão que acaba de ser publicada pela Squadra Investimentos, que administra R$ 19 bilhões no Rio de Janeiro.

“Tem que investir quando está barato, não quando você acha que vai subir,” disse o fundador Guilherme Aché ao Brazil Journal.

Entre suas teses de maior convicção, a gestora destacou Equatorial e Energisa, com taxas internas implícitas de retorno batendo em inflação + 12% ao ano. Outros destaques são Ultrapar, Vibra, PRIO, Rumo e Multiplan.

Leia a reportagem na íntegra no Brazil Journal.

XP eleva projeção para Selic ao final deste ano para 11,75%

 


No final de 2025, a XP espera uma Selic de 12%, mas alerta que pode calibrar este cenário no futuro

Imagem: Shutterstock 
 

Da Reuters

 

A XP Investimentos elevou para 11,75% sua projeção para a taxa básica de juros ao final deste ano, com o ciclo de aperto de juros começando já no próximo mês, e estimou que a taxa básica chegará a 12% em janeiro de 2025, disse a plataforma de investimentos em relatório nesta segunda-feira (19).

Anteriormente, a expectativa da XP era que a Selic terminasse 2024 em 10,50%, patamar em que está atualmente. Para o final de 2025, a XP espera uma Selic de 12%, mas alerta que pode calibrar este cenário no futuro.

“O Copom deve iniciar um ciclo moderado de ajuste financeiro já em setembro.

Projetamos que a taxa Selic atingirá 12%, após uma alta de 0,25 ponto percentual, seguida de duas altas de 0,50 pp e uma final de 0 ,25 pp em janeiro do ano que vem”, afirma o relatório assinado pelo economista-chefe da XP, Caio Megale, e equipe.

“Considerando que nos distanciaremos ainda mais do nível neutro de juros, é provável que o Copom encontre espaço para cortes no final de 2025 ou início de 2026. Aguardaremos a evolução dos dados antes de calibrar esse cenário.

Por agora, manteremos a projeção de taxa Selic em 12,00% para o final de 2025.”

A XP elevou ainda expectativa para o IPCA, índice de referência para o regime de metas de inflação, para 4,4% ao final deste ano, ante previsão anterior de alta de 4,1%.

A meta de inflação é de 3%, com banda de tolerância 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, para o final de 2025, a XP controla sua projeção para o IPCA para 4%, ante 4,3% estimados anteriormente.

A plataforma informou ainda que elevou para 2,7% a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, ante projeção de 2,2%. Para 2025, a previsão foi reduzida para 1,6%, ante 1,7%

A XP manteve a projeção para o câmbio em 5,40 reais tanto para o final deste ano quanto para o encerramento do ano que vem.

O Comitê de Política Monetária (Copom) será convocado nos dias 17 e 18 de setembro.

 

 https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/xp-eleva-projecao-para-selic-ao-final-deste-ano-para-1175/


Galípolo: entrevista de Lula, de que diretores vão trabalhar na normalidade, foi importante

 

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira, 19, que a entrevista do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com a indicação de que os diretores do BC vão trabalhar na normalidade “foi importante”. À Rádio Gaúcha, na última sexta-feira, 16, Lula disse que a pessoa que vai indicar como novo presidente do Banco Central vai precisar ter “compromisso com o povo brasileiro” e “coragem” para alterar a Selic sempre que for necessário.

“Na hora que precisar reduzir a taxa de juros, ele vai ter de ter coragem de dizer que vai reduzir. Na hora que vai aumentar, ele vai ter de ter a mesma coragem de dizer que vai aumentar”, afirmou o presidente na ocasião.

Galípolo, que participou nesta segunda-feira de evento em Belo Horizonte, reforçou que está colocada a possibilidade de alta da Selic, mas lembrou que faltam quatro semanas para reunião.

O BC tem as ferramentas necessárias para perseguir a meta de inflação, destacou o diretor, acrescentando que cabe à autoridade monetária colocar os juros em nível restritivo o suficiente para atingir o alvo, de 3%.

Segundo ele, tem sido bastante interessante a experiência com um BC independente. “A discussão sobre autonomia do BC vem de posições antagônicas. Há ideia de que autonomia do BC significa se contrapor ao poder democraticamente eleito. Há outra posição de que, com autonomia, BC não precisa prestar contas à sociedade.”