quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Arrecadação federal cresce 9,55% em julho e bate recorde, mostra Receita

 

 Relembre moedas comemorativas lançadas pelo Banco Central | CNN Brasil

 

Da redação com Reutersi


(Reuters) – A arrecadação do governo federal teve alta real de 9,55% em julho sobre o mesmo mês do ano anterior, somando 231,044 bilhões de reais, em novo recorde para o mês, informou a Receita Federal nesta quinta-feira.

No acumulado de janeiro a julho, a arrecadação foi de 1,530 trilhão de reais, 9,15% acima do registrado nos primeiros sete meses de 2023, já descontada a correção pela inflação.

Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês foi influenciado “pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior”.

Como destaque no ganho real no mês, a arrecadação com os tributos PIS/Pasep e Cofins registrou crescimento real de 22,04%, a 45,260 bilhões de reais, resultado explicado, segundo o fisco, por um maior volume de vendas e serviços no país, retomada da contribuição do setor de combustíveis e exclusão do ICMS da base de cálculo desses impostos.

Também houve forte crescimento real na Receita Previdenciária em 6,04%, a 53,559 bilhões de reais.

O PIS/Pasep e o Cofins também influenciaram positivamente na arrecadação do período de janeiro a julho, com alta real de 19,25%%, a 302,463 bilhões de reais.

Nesse período acumulado do ano, a Receita novamente destacou a arrecadação com a Receita Previdenciária, que teve ganho real de 5,45%, a 371,698 bilhões de reais, justificado pela alta da massa salarial de 6,88%.

Ainda nos sete primeiros meses do ano, o fisco relatou um crescimento real de 17,83% no recolhimento de IRRF-Rendimentos de Capital, a 81,934 bilhões de reais, decorrente de projeto de lei aprovado no ano passado que determinou a tributação de fundos exclusivos de investimento.

Do lado negativo para o período, o fisco voltou a citar a calamidade no Rio Grande do Sul, que provocou uma perda de arrecadação de 7,3 bilhões de reais de janeiro a julho.

Em julho, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 9,85% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a 214,792 bilhões de reais. No período de janeiro a julho de 2024, o ganho foi de 9,07%, totalizando 1,450 trilhão de reais.

Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, avançaram 5,71% em julho frente ao mesmo período de 2023, a 16,252 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a julho, esses recursos tiveram alta real de 10,71%, totalizando 79,431 bilhões de reais.

(Por Fernando Cardoso)


Biotrop investe R$ 100 milhões em unidades do PR e SP e triplica capacidade produtiva

 Investidores - BIOTROP | Soluções Biológicas para a ...


A Biotrop, uma das líderes em soluções biológicas para a agricultura, investiu cerca de R$ 100 milhões em dois novos centros de multiplicação de microrganismos, em Curitiba (PR), onde já tem uma unidade, e em Jaguariúna (SP). No Paraná produz bactérias gram-positivas e gram-negativas e tem capacidade para 36 milhões de litros/ano.

Em São Paulo, são produzidos fungos em meio sólido. A planta tem capacidade para fermentação de 24 toneladas por semana e entre 2 mil e 4 mil toneladas por ano.

“Em termos de produção, a Biotrop triplica sua capacidade, o que contribui para o crescimento contínuo da empresa, fortalecendo nossa posição no mercado e possibilitando ganhos em receita”, disse, em nota, o diretor de operações e supply chain, Eduardo Pesarini.

O novo centro de multiplicação de microrganismos de Curitiba é totalmente automatizado. Além da fermentação, tem laboratórios de pesquisa, inovação e controle de qualidade.

“No total, são 25.000 m² de área. Além de ser um dos mais modernos centros de produção de bactérias do País, a unidade também é ambientalmente responsável, tendo placas solares para suprimento de cerca de 50% da energia utilizada, além de sistema de coleta de água de chuva para reuso”, destacou Pesarini.

O novo centro de produção de fungos, em Jaguariúna (SP), também incorpora essa modernização, contribuindo para fortalecer a participação da Biotrop em um mercado que cresce mais de 30% ao ano, de acordo com a empresa.

As duas unidades representam mais um salto de tecnologia e capacidade de produção da Biotrop.

O primeiro centro de multiplicação de microrganismos da companhia, também em Curitiba, recebeu investimentos recentes para expansão potencial para 12 milhões de litros/ano.

Nas unidades fabris, a Biotrop desenvolve e produz tecnologias exclusivamente biológicas e naturais, tendo conquistado amplo portfólio nas categorias de biocontrole, biofertilizantes, bioestimulantes e inoculantes.

Dólar sobe mais de 1%, em linha com exterior, e vai a R$ 5,54

 

Imagem de fundo de dinheiro, notas de dólar, uma pilha de notas de cem  dólares | Foto Premium


Notas de dólar

 

O dólar subia mais de 1% nesta quinta-feira, em linha com a força da divisa norte-americana no exterior, à medida que investidores analisavam dados de emprego dos Estados Unidos que reforçaram a tese de um esfriamento do mercado de trabalho e consolidavam as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve.

Às 10h01, o dólar à vista subia 1,16%, a 5,5460 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,82%, a 5,529 reais na venda.

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,07%, cotado a 5,4823 reais.

Nesta manhã, investidores analisavam dados de emprego nos EUA para avaliar o estado do mercado de trabalho na maior economia do mundo, a fim de precificar o tamanho de um possível corte de juros pelo Fed em setembro.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou que o número de pedidos iniciais de auxílio desemprego subiu para 232.000 na semana encerrada em 17 de agosto, ante 228.000 pedidos revisados para cima na semana anterior. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma ligeira alta para 230.000.

O resultado reforça o argumento sobre um esfriamento do mercado de trabalho norte-americano, após números na véspera mostrarem que os EUA criaram 818 mil empregos a menos no ano até março do que o divulgado anteriormente.

“O relatório de pedidos de auxílio-desemprego, em geral, tende a ditar muito sobre quais vão ser as expectativas para atividade econômica e inflação, que são os principais indicadores que o Fed está olhando”, disse Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

Dessa forma, operadores elevaram suas apostas de um corte de 25 pontos-base na reunião do Fed em setembro, com 72% de chance agora, enquanto colocavam apenas 28% na probabilidade uma redução mais profunda em 50 pontos-base. Eles preveem pouco menos de 100 pontos-base de afrouxamento até o fim deste ano.

As apostas em um afrouxamento mais gradual do Fed faziam os rendimentos dos Treasuries saltarem. O rendimento do Treasury de dois anos — que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo — tinha alta de 6 pontos-base, a 3,98%.

Quanto mais crescem os rendimentos dos Treasuries, melhor para o dólar, que se torna comparativamente mais atraente do que ativos de maior risco, prejudicando o apetite por moedas de países emergentes, incluindo o Brasil.

A moeda norte-america avançava contra o peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,19%, a 101,310.

As atenções se voltam agora para a divulgação de dados preliminares da atividade empresarial nos EUA ainda nesta manhã, o que pode fornecer um novo elemento para a avaliação do estado da economia daquele país.

Na sexta-feira, agentes financeiros acompanharão o discurso do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole. Espera-se que ele faça indicações sobre os planos do banco central dos EUA para sua reunião do próximo mês.

Na véspera, a ata da reunião de julho do Fed mostrou que as autoridades estavam fortemente inclinadas a um corte nos juros em setembro e várias delas estariam até mesmo dispostas a reduzir os custos de empréstimos imediatamente.

No cenário nacional, o foco do mercado estará em eventos com a participação de diretores do Banco Central, uma vez que os investidores tentam projetar como agirá o Copom em sua reunião de setembro.

O diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, participará da 7ª Edição da Semana de Mercado Financeiro da PUC-Rio, às 11h, enquanto o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, comparece ao 32º Congresso & Expo Fenabrave, em São Paulo, às 14h30.

A curva de juros brasileira apontava nesta manhã para uma alta na Selic, que está atualmente em 10,50% ao ano, até o fim deste ano, com a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — em 10,795%, em alta de 5 pontos-base.

Na sexta-feira, o mercado nacional avaliará dados do IPCA-15 para o mês de agosto, a fim de observar a trajetória da inflação no país.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Haddad diz que indicações ao BC em agosto dependem de decisão de Lula

 Quem é Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula?


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a previsão para que as indicações para o Banco Central sejam feitas em agosto depende de uma decisão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro disse que irá se reunir com o chefe do Executivo para saber o resultado da conversa entre ele e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o tema.

As declarações ocorreram no período da tarde desta quarta-feira, após cerimônia de assinatura do Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes do Estado Brasileiro, no Palácio do Planalto. Segundo o ministro, Lula ficou de falar com Pacheco sobre as indicações para o BC.

O encontro entre o Lula e o senador ocorreu na terça-feira. “Vou saber do resultado da conversa”, disse Haddad a jornalistas.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo vê uma brecha para votar os indicados nas próximas semanas, diante do esforço concentrado de votação que o Congresso deve fazer no início de setembro, antes das eleições municipais.

O Executivo precisa entregar o nome do substituto do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e de dois diretores, cujos mandatos expiram no fim deste ano. Ao que tudo indica, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, deve ser o sucessor de Campos Neto. O nome do diretor ainda não está batido por Lula, mas seu favoritismo vem sendo intensificado.

Caso Galípolo seja o indicado para a presidência da instituição, o governo terá que nomear mais um diretor para a vaga deixada por ele. As indicações, contudo, não precisam necessariamente caminhar juntas.

Diante dessa avaliação, o chefe do Executivo federal pretende definir o novo nome à presidência do banco ainda em agosto, mas quer alinhar com Pacheco para evitar que haja desgaste ao indicado enquanto aguarda a sabatina. Em meio a esta procura por uma janela, fontes da equipe econômica informaram ao Broadcast que ainda não há decisão sobre os novos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) e que convites sequer foram feitos.

Desoneração

Na declaração desta quarta-feira, Haddad avaliou que, após o acordo firmado na terça sobre as emendas parlamentares, a votação da desoneração deve avançar.

Ibovespa fecha com novo recorde; dólar tem queda discreta, e segue cotado a R$ 5,48

 


Principal índice da B3 registrou leve alta de 0,28%, após ultrapassar os 137 mil pontos ao longo da sessão; moeda norte-americana recuou 0,07%

 

 

ibovespa

O Ibovespa fechou em leve alta nesta quarta-feira, 21, renovando máximas históricas e ultrapassando no melhor momento os 137 mil pontos pela primeira vez, apoiado principalmente na alta de cerca de 2% das ações da Vale.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou com um acréscimo de 0,28%, a 36.463,65  pontos, após chegar a 137.039,54 pontos no melhor momento. Na mínima, marcou 136.088,18 pontos.

O volume financeiro somava R$ 21,35 bilhões, de uma média diária de quase R$ 29 bilhões em agosto.

O dólar também fechou a quarta-feira perto da estabilidade ante o real, após ter alternado altas e baixas em diferentes momentos da sessão, com investidores em busca de pistas sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos e no Brasil.

A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,07%, cotada a R$ 5,4823. Em agosto a divisa acumula queda de 3,07%. Veja cotações.

Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,02%, a 5,4875 reais na venda.

O dia do Ibovespa

Nos Estados Unidos, dados mostraram uma criação bem menor de empregos de abril de 2023 a março de 2024 do que anteriormente divulgado, enquanto a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve reforçou o sinal de corte de juros em setembro.

Na visão do estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, a forte revisão para baixo nos dados de emprego — 818 mil postos a menos — reforça a leitura de um mercado de trabalho menos pujante que os dados preliminares sugeriam.

“Diante disso, o cenário se torna cada vez mais favorável ao início de uma mudança na política monetária pelo Fed, possivelmente resultando em cortes de juros na próxima reunião”, avaliou, referindo-se ao encontro de 17 e 18 de setembro.

A ata da reunião de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), por sua vez, que manteve os juros 5,25% a 5,50%, mostrou integrantes do Fed fortemente inclinados a um corte em setembro e vários deles dispostos a reduzir a taxa ainda no mês passado.

Em julho, “a grande maioria” dos membros do Fed “destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”, disse a ata.

Para Castro Alves, o documento indica a disposição ou a elevada probabilidade do Fed em mudar sua política monetária e começar a reduzir os juros em setembro.

“O que pudemos ver nessa ata foi um aumento das preocupações com o mercado de trabalho e a desaceleração da economia, o que corrobora a percepção de aumento de probabilidade de cortes de juros”, acrescentou.

Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de 0,42%.

“Agora, as atenções se voltam para a fala de Powell na sexta-feira”, disse o responsável pela área de renda variável da Criteria, Thiago Pedroso, referindo-se ao discurso do chair do Fed, Jerome Powell, em evento em Jackson Hole.

A consolidação de apostas de que o BC norte-americano começará a reduzir os juros da maior economia do mundo em setembro tem apoiado o fluxo de capital externo para a bolsa paulista, principal suporte para o avanço recente do Ibovespa.

DESTAQUES

– VALE ON avançou 1,92%, em sessão positiva para o setor de mineração e siderurgia, acompanhando os futuros de minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou as negociações diurnas em alta de 4,58%.

– PETROBRAS PN recuou 0,6%, acompanhando a piora dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent fechou negociado em queda de 1,49%.

– CVC BRASIL ON disparou 12,75%, tendo como pano de fundo comunicado da empresa relatando que fundos de investimento sob a gestão da WNT passaram a deter 26.333.100 ações ordinárias de emissão da operadora de turismo, o equivalente a 5,01% do capital social da companhia.

– PETZ ON valorizou-se 7,07%, ainda embalada pela reprecificação dos papéis após fechar o acordo para combinações de suas operações com as da rival Cobasi. Desde o anúncio, a alta já alcança cerca de 49%.

– ASSAÍ ON recuou 3,42%, no segundo dia de queda seguido, refletindo ajustes após acumular até a última segunda-feira um ganho de 9% em agosto. CARREFOUR BRASIL ON acompanhou o movimento e fechou em baixa de 2,03%, com a alta contabilizada no mês até a segunda-feira alcançando quase 5%.

– PAGBANK, que é negociada em Nova York, desabou 14,53% após divulgação do balanço do segundo trimestre, bem como revisão de previsões para 2024, reflexo de realização de lucros e com analistas enxergando alguma piora na qualidade dos números. O BDR do papel na B3 caiu 14,38%.

Brasil passa a ter estratégia nacional de economia circular

 


Iniciativa promove o uso eficiente dos recursos naturais e redesenho das cadeias produtivas e dos produtos, incentivando a regeneração da natureza 
 
 

A economia circular se baseia na eliminação da poluição e na redução da geração de rejeitos e resíduos

O governo federal assinou o decreto que instituiu a estratégia nacional de economia circular. A iniciativa, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tem o objetivo de promover a transição do modelo de produção linear – aquele que vai da extração, passa pela produção e termina no descarte – para uma economia circular, incentivando o uso eficiente de recursos naturais e práticas sustentáveis ao longo da cadeia produtiva.

Além de criar um ambiente normativo e institucional para a economia circular, a iniciativa prevê o fomento à inovação, à cultura, à educação e à geração de competências para reduzir, reutilizar e promover o redesenho circular da produção; incentivar a redução da utilização de recursos e a geração de resíduos, preservando o valor dos materiais; proposição de instrumentos financeiros e financiamentos para a economia circular, promoção da articulação entre todos os entes da federação e o envolvimento dos trabalhadores e trabalhadoras da economia circular. Essas ações serão realizadas seguindo como diretrizes a eliminação de rejeitos e resíduos; a manutenção do valor dos produtos; regeneração dos sistemas naturais; redução da dependência dos recursos naturais; fomento à produção sustentável e aumento do ciclo de vida de todo e qualquer material.

A economia circular se baseia na eliminação da poluição e na redução da geração de rejeitos e resíduos, na manutenção do valor dos materiais, regeneração do meio ambiente, redução da dependência do uso de recursos naturais, fomentando a produção e o consumo sustentáveis, gerando o aumento do ciclo de vida dos produtos e materiais e garantindo uma transição justa e inclusiva. O modelo de economia circular interrompe a lógica do descarte e instaura um novo modelo produtivo, a partir do desenvolvimento de produtos mais resilientes e propícios ao compartilhamento, a produtos como serviço, ao reparo, reuso, redistribuição, recondicionamento, remanufatura e reciclagem.

O Instituto AMANHÃ lançou no ano passado a 10ª edição do AMANHÃ Sustentável. O guia contou com o apoio institucional da Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e o apoio técnico da Ellen MacArthur Foundation, organização internacional cujo propósito é promover os benefícios e apoiar a economia circular. Clique aqui para acessar o guia completo (mediante pequeno cadastro) e acompanhe aqui como foi o Fórum Economia Circular – O futuro é agora, realizado em Curitiba.

 

 https://amanha.com.br/categoria/sustentabilidade/brasil-passa-a-ter-estrategia-nacional-de-economia-circular

Sanção do Marco Legal do Hidrogênio Verde representa oportunidade para o país

 


Regulação atrai investimentos estrangeiros e acelera a corrida entre os estados 
 
 
 
Liderada pelo Ceará, a corrida dos estados interessados em se destacar no setor de hidrogênio de baixo carbono deve ficar mais acirrada

 

 

O Brasil já é reconhecido mundialmente pelo seu potencial de produção de energia limpa, incluindo o hidrogênio de baixo carbono. Esse combustível do futuro vinha cada vez mais ganhando relevância no país, mas carecia de uma regulamentação que incentivasse o setor, especialmente para conferir segurança jurídica e atrair investimentos (nacionais e estrangeiros), além de aumentar a competitividade do Brasil no cenário internacional. "O marco legal poderia ter trazido mais incentivos para o setor, mas, de todo modo, é um passo importante para dar segurança jurídica aos investidores. Países da América Latina estavam à nossa frente em termos regulatórios e, por consequência, atraindo mais investimentos estrangeiros", explica Leonardo Dib Freire, advogado especializado no setor de energia e sócio do RMMG Advogados.

Segundo ele, agora, o Brasil ganha competitividade no cenário internacional, mas também se acelera a concorrência entre os estados. Liderada pelo Ceará, a corrida dos estados interessados em se destacar no setor de hidrogênio de baixo carbono deve ficar mais acirrada, pressionando pelo desenvolvimento de soluções energéticas limpas e incentivando também planejamentos regionais — inclusive, com incentivos fiscais e/ou regulatórios dos próprios estados. No Rio Grande do Sul, o governo apresentou um plano estratégico que, segundo pesquisa da McKinsey & Company, pode gerar um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho de até 11%, ou R$ 62 bilhões, e a criação de 41 mil empregos até 2040.

"A sanção presidencial do marco legal no início do mês prevê incentivos para fomentar o setor. Com certeza, os estados que mais se empenharem neste início atrairão os principais projetos e seus consequentes benefícios à sociedade e à economia regional", analisa Freire. Entre os incentivos do Marco Legal do Hidrogênio Verde, estão o Regime Especial de Incentivos para Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), que suspende a incidência de PIS/Cofins, durante cinco anos, para a compra de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, estoques e materiais de construção feitos por produtores de hidrogênio de baixa emissão habilitados.

No texto aprovado pelo Congresso Nacional, também estava previsto o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), que foi vetado pelo Governo Federal. "O veto do PHBC não é preocupante, pois decorreu de um acordo entre Legislativo e Executivo. No mesmo dia da sanção, foi proposto o PL 3027/2024, para instituir o PHBC. Como esse projeto tem como base o que já havia sido discutido e acordado anteriormente, ele já foi aprovado na Câmara dos Deputados e deverá tramitar rapidamente no Senado Federal", detalha o advogado.

O PL 3027/24 determinará limites anuais para a distribuição dos créditos e fixará metas para desenvolver o mercado interno de hidrogênio de baixa emissão de carbono. "Para além da estratégia de mercado, é fundamental lembrarmos que o hidrogênio de baixo carbono terá papel fundamental na transição energética de setores de difícil descarbonização, como a aviação e a siderurgia. É um movimento para o futuro, no qual o Brasil tem tudo para se destacar como líder", conclui Freire.

 

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