Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O
Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, 26, renovando máxima
histórica e voltando a flertar com os 137 mil pontos, em desempenho
sustentado pela disparada da Petrobras na esteira do avanço do petróleo
no exterior e “upgrade” da recomendação dos papéis da empresa pelo
Morgan Stanley.
Índice de referência do mercado acionário
brasileiro, o Ibovespa subiu 0,94%, a 136.888,71 pontos, novo recorde de
fechamento, tendo marcado 137.013,05 pontos na máxima. Veja Cotações.
Petrobras ganha R$ 40,9 bi em valor de mercado
PETROBRAS
PN saltou 7,26%, para o novo topo de fechamento a R$ 39,57. As ações
preferenciais da Petrobras saltaram mais de 7% e as ordinárias mais de
9%. Já a PETROBRAS ON disparou 8,96%, para a máxima histórica de
fechamento de R$ 42,92.
Com o salto, a Petrobras ganhou R$ 40,9
bilhões em valor de mercado no pregão desta segunda-feira, montante que
equivale ao valor de mercado da Petrorio, segundo a Elos Ayta. Foi a
maior valorização diária da ação da petroleira desde 12 de agosto de
2022.
As
ações brasileiras permanecem beneficiadas pela procura global por
ativos de risco, dada a perspectiva de um corte de juros iminente nos
Estados Unidos, que ganhou ainda mais força após declarações do chair do
Federal Reserve, Jerome Powell, na última sexta-feira.
Dados da
B3 mostram que as compras de estrangeiros na bolsa paulista superam as
vendas em 6 bilhões de reais em agosto até o dia 22. De acordo com
analistas do Itaú BBA, no relatório Diário do Grafista, o Ibovespa está
em tendência de alta no curto prazo, mas o risco de uma realização de
lucros segue na mesa.
Dólar tem leve alta
O
dólar fechou em leve alta ante o real, influenciado por um lado pelo
exterior, onde houve certa procura por segurança após o aumento das
tensões no Oriente Médio, e por outro pela perspectiva de que o Banco
Central vá subir a taxa Selic em setembro.
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,4928. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,88%.
Os contratos de petróleo fecharam o pregão em alta de mais de 3%,
de olho no recrudescimento das tensões no Oriente Médio e após uma
interrupção da produção e exportação da commodity na Líbia, que injetou
preocupações sobre um possível choque de oferta.
Ao participar nesta sexta-feira (23) da inauguração da primeira fábrica brasileira de medicamentos para diabetes e obesidade,
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) maior rapidez na aprovação de registros de
remédios. O órgão é responsável pela análise e liberação do uso de
medicamentos em todo o território nacional.
“Vim
aqui inaugurar [a fábrica] e saí daqui com uma demanda. Nosso amigo
[Carlos] Sanches [sócio e diretor da farmacêutica EMS] fez uma demanda,
uma provocação à ministra da Saúde, ao vice-presidente da República e ao
presidente da República: que é preciso a Anvisa andar um pouco mais
rápido para aprovar os pedidos que estão lá. Não é possível o povo não
poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”, disse Lula.
“Essa
é uma demanda que nós vamos tentar resolver. Quando algum companheiro
da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque o remédio que
poderia ser produzido aqui não foi produzido porque eles não permitiram,
aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor aos
interesses do nosso país”, concluiu o presidente, ao encerrar a
cerimônia de inauguração da nova planta da fábrica da EMS.
Entenda
Criada
em janeiro 1999, a Anvisa é uma autarquia sob regime especial, com sede
e foro no Distrito Federal, mas presente em todo o território nacional
por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos
alfandegados. A agência tem por finalidade institucional promover a
proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da
produção e do consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância
sanitária.
A gerência e a administração da Anvisa são exercidas
por uma diretoria colegiada composta por cinco membros, indicados pelo
presidente da República e por ele nomeados, após aprovação do Senado
Federal.
O
atual diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, começou seu
mandato em abril de 2020, no governo de Jair Bolsonaro, e segue no cargo
até dezembro deste ano. A Agência Brasil entrou em contato com a Anvisa e aguarda um posicionamento acerca da fala de Lula.
Herman
Benjamin tomou posse nesta quinta-feira, 22, como novo presidente do
Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele e seu vice, Luis Felipe Salomão,
comandarão o STJ entre 2024 e 2026.
Durante o discurso de
posse, Benjamin repetiu sua antecessora, Maria Thereza de Assis Moura, e
criticou a “avalanche de processos”. “Somos uma corte nova, mas para
julgar problemas velhos”, disse. A corte aguarda que o Senado aprove uma
emenda à Constituição para criar filtros que diminuam os processos.
Representantes
dos três Poderes compareceram à cerimônia: o presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva; Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos
Deputados; Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado; e Luís Roberto
Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Também assistiram
à posse Paulo Gonet, procurador-geral da República, e Beto Simonetti,
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.
No discurso,
Herman Benjamin ressaltou sua origem nordestina e se disse preocupado
com a falta de diversidade no tribunal. O novo presidente destacou a
falta de mulheres, negros e indígenas na corte. Dos 31 ministros, 5 são
mulheres. “Apesar das graves dificuldades que ainda enfrentamos, que são
tantas, sinto um certo otimismo realista”, acrescentou o ministro,
referindo-se à inclusão de minorias.
Simonetti,
o presidente da OAB, discursou e disse que continuará defendendo que os
advogados possam fazer sustentação oral. No STJ, atualmente, o
procedimento não acontece em julgamentos virtuais. “Sustentações orais
(…) são o espaço para que a advocacia apresente argumentos e pleiteie os
direitos de seus representados. Assegurada em lei, a sustentação oral é
um componente fundamental do devido processo legal”, defendeu.
Esta
foi a última eleição por aclamação da corte. As próximas presidências
do STJ serão escolhidas por eleição interna; períodos de campanha estão
previstos.
Jerome Powell discursou no tradicional simpósio anual de Jackson Hole
Chair do Federal Reserve, Jerome Powell
Da Reutersi
O
chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse nesta sexta-feira, 23,
que “chegou a hora” de o banco central dos Estados Unidos cortar sua
taxa de juros, uma vez que os riscos crescentes para o mercado de
trabalho não deixam espaço para mais fraqueza e a inflação está a
caminho de alcançar meta de 2%, oferecendo um apoio explícito para o
afrouxamento da política monetária.
“Os
riscos de alta para a inflação diminuíram. E os riscos de queda para o
emprego aumentaram”, disse Powell em discurso no simpósio anual do Fed
de Kansas City em Jackson Hole, no Estado norte-americano de Wyoming.
“Chegou
a hora de ajustar a política. A direção a ser seguida é clara, e o
momento e o ritmo dos cortes nos juros dependerão dos dados que
chegarem, da evolução das perspectivas e do equilíbrio dos riscos.”
Referindo-se
às duas metas que o Fed é encarregado pelo Congresso de atingir, Powell
disse que sua “confiança cresceu de que a inflação está em um caminho
sustentável de volta para 2%”, depois de ter subido para cerca de 7%
durante a pandemia da Covid-19, enquanto o desemprego está aumentando.
Embora
Powell tenha dito que o salto de quase um ponto percentual na taxa de
desemprego no último ano se deveu, em grande parte, ao aumento da oferta
de mão de obra e à desaceleração das contratações, e não ao aumento das
demissões, ele também foi enfático ao dizer que o Fed quer evitar
qualquer erosão adicional.
A
atual taxa de desemprego de 4,3% está próxima do nível que as
autoridades do Fed consideram compatível com uma inflação estável no
longo prazo.
“Não buscamos nem recebemos bem um maior esfriamento
das condições do mercado de trabalho”, disse Powell. “Faremos tudo o que
pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte à medida que
progredimos em direção à estabilidade de preços. Com uma redução
apropriada da restrição da política monetária, há boas razões para
pensar que a economia voltará a ter uma inflação de 2%, mantendo um
mercado de trabalho forte.”
Novo capítulo
Os
comentários de Powell são o mais próximo que ele provavelmente chegará
de declarar vitória sobre o surto de inflação que abalou a economia no
início da pandemia da Covid-19.
O rápido aumento dos preços levou o
Fed a elevar sua taxa de juros de um nível próximo a zero para a atual
faixa de 5,25% a 5,50%, o nível mais alto em 25 anos. Ela tem sido
mantida nesse patamar por mais de um ano, mesmo com a economia
desafiando as frequentes previsões de recessão, a inflação desacelerando
e a manutenção do crescimento econômico — os ingredientes de um “pouso
suave”.
“Embora a tarefa não esteja concluída, fizemos um grande
progresso” no sentido de restaurar a estabilidade dos preços, disse
Powell. O Fed define a estabilidade de preços como uma inflação de 2%,
medida pelo índice PCE. O índice está atualmente em uma taxa anual de
2,5%.
Powell está discursando no Jackson Lake Lodge, no Parque
Nacional Grand Teton, em Wyoming, para uma reunião de autoridades de
bancos centrais e economistas que se tornou uma plataforma global para
que eles moldem as opiniões sobre a política monetária e a economia.
Seus
comentários consolidam, em grande parte, uma decisão que o Fed já havia
antecipado por meio de comentários anteriores de Powell e da ata da
reunião de julho, que dizia que a “grande maioria” das autoridades
concordava que os cortes nos juros provavelmente começariam no próximo
mês.
Mas sua linguagem enfática agora não deixa dúvidas de que o Fed está abrindo um novo capítulo na política monetária.
No
entanto, ele não foi muito além disso, descrevendo como o Fed estaria
ponderando suas decisões a partir de agora, à medida que navega em uma
política de afrouxamento.
Assim como em muitos de seus discursos
anteriores em Jackson Hole, grande parte das falas de Powell foi de
natureza explicativa, neste caso, relembrando a combinação de choques de
oferta e demanda que causaram o aumento da inflação no início da
pandemia, por que ela persistiu mais do que ele e outras autoridades
imaginavam e como a reversão desses choques permitiu que a inflação
caísse sem muitos danos iniciais ao mercado de trabalho.
As
autoridades do Fed apresentarão projeções econômicas atualizadas na
reunião de 17 e 18 de setembro, que fornecerão mais detalhes sobre como
eles esperam que a taxa de juros evolua daqui para frente.
A
gestora Rio Bravo entrou com ação judicial para pedido de despejo da
WeWork, após a empresa deixar de pagar aluguéis de imóvel de um fundo do
grupo, o Fundo de Investimento Imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa,
no bairro da Vila Madalena, em São Paulo. O fundo detém 34,81% do
prédio. Procurada, a WeWork não se manifestou sobre o caso.
Em
fato relevante, a Rio Bravo afirma que a WeWork está inadimplente do
aluguel de maio, que venceu em 15 de junho, e continuou assim nos outros
dois vencimentos, 15 de julho e 15 de agosto. Curiosamente, a WeWork
continua pagando o condomínio e o IPTU.
No
início de agosto, a gestão do fundo da Rio Bravo se reuniu com a
Alvarez & Marsal, contratada pela WeWork para ajudar a reestruturar
sua dívida, para tentar renegociações com os proprietários dos imóveis
locados. “Contudo, a proposta apresentada pela representante da
locatária foi muito aquém da qualidade do ativo, sendo rejeitada pelo
fundo e os demais proprietários do imóvel.”
Na renegociação do
contrato, a WeWork propôs, além de reduzir o valor do aluguel,
desmembrar o contrato de locação, que hoje é único, para um contrato
para cada bloco do imóvel. Segundo a Rio Bravo, havia uma redução
“substancial” do aluguel e as propostas.
Sem
acordo nas negociações, o fundo e os demais proprietários do imóvel
contrataram uma assessor legal e entraram com duas ações judiciais, uma
de despejo e outra cobrando os aluguéis atrasados.
Crise mundial
Em dificuldade financeira ao redor do mundo, o Estadão/Broadcast
noticiou no início de julho que a WeWork no Brasil não escapou dos
problemas financeiros, que fez a matriz entrar com pedido de recuperação
judicial nos Estados Unidos, com dívidas de US$ 18 bilhões.
Ao
menos cinco fundos imobiliários relataram a ausência do pagamento pela
WeWork no Brasil: Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), que foi o que
entrou com a ação de despejo; Santander Renda de Aluguéis (SARE11);
Torre Norte (TRNT11); Valora Renda Imobiliária (VGRI11) e Vinci Offices
(VINO11). Juntos, esses fundos têm mais de 200 mil cotistas.
A
Rio Bravo ressalta que o imóvel locado pela WeWork na Vila Madalena
possui “altíssima liquidez e já foi ocupado por grandes empresas de
tecnologia que fazem questão de estar em localizações valorizadas pelos
seus colaboradores”. Atualmente, a ocupação do Imóvel é de cerca de 80%.
Onze municípios correspondem por quase um quarto do
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo os dados mais atuais do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021. Os
primeiros lugares podem parecer mais óbvios: São Paulo, que tem 9,20% de
participação na economia nacional, Rio de Janeiro, na vice-liderança,
com 3,99%, Brasília, em terceiro, com 3,18%, seguidos de Belo Horizonte,
Manaus e Curitiba, com pouco mais de 1% de participação cada.
Na
sétima posição, vem Osasco, na Grande São Paulo, que subiu de 16ª para
7º lugar em menos de dez anos, enquanto passou a atrair a sede de
grandes empresas do setor de tecnologia, como Mercado Livre e Uber. O
movimento da oitava posição, no entanto, foi mais gritante. Maricá
entrou na lista como a oitava maior economia do país, tendo ocupado o
26º lugar em 2020 e, em 2002, o 354°.
Marica (RJ) foi o município com maior ganho de participação no PIB do país em 2021, alta de 0,5 ponto percentual (p.p.).
Veja os municípios com maior participação no PIB
1º – São Paulo (R$ 828,9 bilhões)
2º – Rio de Janeiro (359,6 bilhões)
3º – Brasília (286,9 bilhões)
4º – Belo Horizonte (105,8 bilhões)
5º – Manaus (103,2 bilhões)
6º – Curitiba (98 bilhões)
7º – Osasco (86,1 bilhões)
8º – Maricá (85,1 bilhões)
9º – Porto Alegre (81,5 bilhões)
10º – Guarulhos (77,3 bilhões)
O
bom desempenho de Maricá (RJ) se deve à extração de petróleo e gás. Em
2021, ano que o estudo usa como referência para o ranking, a cidade de
Maricá recebeu R$ 1,33 bilhão em royalties, além de R$ 1,55 bilhão
devido à participação especial devida pelas concessionárias pela
exploração do petróleo e gás natural.
A
compensação financeira é realizada à União, aos estados, ao Distrito
Federal e aos municípios beneficiados pelas empresas que produzem pela
exploração desses recursos não renováveis.
Municípios perdem espaço
Por outro lado, alguns municípios perderam participação no PIB.
É
o caso de Curitiba (PR), que foi de 5º para 6º lugar no ranking e Porto
Alegre (RS), que foi de 6º para 9º. São Paulo, Rio, Brasília, Belo
Horizonte também perderam participação, apesar de terem mantido o lugar
no ranking.
Luiz
Antonio de Sá, analista de Contas Regionais do IBGE, explica que os
cinco municípios que tiveram sua participação reduzida foram
influenciados pela categoria de serviços.
“As atividades
financeiras de seguros e serviços relacionados em São Paulo e Porto
Alegre, administração pública em Brasília e Belo Horizonte, e atividades
profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços
relacionados no Rio de Janeiro”, ressalta de Sá.
Entre as 185
concentrações urbanas do país, 132 perderam e 53 aumentaram sua
participação no PIB nacional entre 2020 e 2021, confirmando a tendência
de desconcentração.
“Os resultados expressam uma recuperação
econômica das capitais e outras agregações com maior participação no PIB
brasileiro que, por terem como atividade principal os serviços
presenciais, foram fortemente afetadas pela pandemia de Covid-19. No
entanto, apesar do aumento nominal desse grupo de municípios em 2021, a
participação deles no PIB ainda está aquém do patamar de 2019”, explica
de Sá.
Em
meio às incertezas do setor, Vestas investe R$ 130 milhões para
desenvolver nova turbina e firma acordo de R$ 2,5 bilhões com Santander;
Engie Brasil injeta R$ 13,6 bilhões em renováveis
A energia produzida pelos ventos é abundante no Brasil, além de ser a
mais barata e a que gera maior retorno financeiro para a economia do
país (Crédito: Philippe Turpin)
Editora Trêsi
Se
na última década, sobretudo a partir de 2012, quando a energia eólica
no Brasil cresceu exponencialmente com novos parques, demanda em leilões
e o interesse de indústrias em uma nova fonte renovável e competitiva,
desde 2022 o setor vem desacelerando com a redução significativa na
demanda por energia.
Com
a crise no ar, a Vestas, maior fabricante de turbinas eólicas do mundo,
e a Engie Brasil, empresa líder em energia renovável no país, sopram a
favor do fortalecimento da fonte.
Entre as medidas
• a
Vestas vai investir R$ 130 milhões para fabricar novos modelos de
turbinas, além de ter firmado um acordo com o banco Santander, que
garante R$ 1 bilhão em financiamento para fornecedores. • Já a Engie
vai desembolsar R$ 13,6 bilhões em geração de energia renovável entre
2024 e 2025, contemplando projetos eólicos e solares.
As
medidas prometem turbinar novamente a maior fonte de energia renovável
para a matriz elétrica nacional e acelerar a transição energética.
Na
última sexta-feira, 9, a Vestas detalhou seu pacote de iniciativas para
desenvolver a modalidade no Brasil, com aporte da ordem de R$ 130
milhões. Com isso, a companhia dinamarquesa passará a produzir uma
turbina de última geração, a V163-4,5, em sua fábrica em Aquiraz, no
Ceará.
Mais
de 80% dos materiais devem ser produzidos no Brasil, com o objetivo de
assegurar o desenvolvimento de tecnologias nacionalmente.
O novo
modelo, considerado mais eficiente para velocidades de vento médias a
baixas, será produzido paralelamente às turbinas V150, já desenvolvidas
pela empresa no país.
“Vemos
um potencial riquíssimo e estamos confiantes com a transição energética
no Brasil. Precisamos investir e assegurar uma indústria nacional
forte”, disse Eduardo Ricotta, CEO da Vestas para a América Latina,
durante o evento de anúncio do pacote.
Além disso, a companhia
fechou um acordo com o Banco Santander, firmado inicialmente em R$ 1
bilhão, mas que pode ser ampliado para até R$ 2,5 bilhões, para
disponibilizar condições competitivas de liquidez aos fornecedores do
setor eólico.
O programa busca aumentar as estratégias financeiras
para a cadeia de suprimentos do setor de atuação da Vestas, com a
possibilidade de antecipar recebíveis com vantagens progressivas. O
critério estipulado é a performance ESG de cada empresa.
A Vestas
também anunciou a assinatura de um Protocolo de Intenções com o Governo
do Ceará para incentivar o desenvolvimento de novos projetos de geração
de energia eólica no estado.
“Vemos
um potencial riquíssimo e estamos confiantes com a transição energética
no Brasil. Precisamos assegurar uma indústria nacional forte e aumentar
a segurança energética.” Eduardo Ricotta, CEO da Vestas para América Latina
Já
a Engie Brasil, que atua em geração, transmissão e comercialização de
energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas, vai investir
R$ 13,6 bilhões em geração de energia renovável no Brasil entre 2024 e
2025.
• Na geração, foi concluído o comissionamento dos 70
aerogeradores do Conjunto Eólico Santo Agostinho (RN), totalizando 100%
da capacidade instalada (434 MW), sendo que, destas, 69 já estão em
operação comercial e uma em teste. • Além disso, entraram
antecipadamente em operação comercial 15 unidades geradoras do Conjunto
Eólico Serra do Assuruá (BA). O projeto, com conclusão prevista até o
final de 2025, terá 846 MW de capacidade instalada. • Também foram
registrados avanços nas obras do Conjunto Fotovoltaico Assú Sol (BA),
que totalizará 752 MWac (895 MWp) após seu término, estimado para 2025.
O
Conjunto Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, está operando
comercialmente desde 6 de agosto, após autorização da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel). Esta primeira ativação comercial representa
8% da capacidade instalada total. Ele será composto por 24 parques
eólicos, com 188 aerogeradores e capacidade instalada total de 846 MW.
O
projeto recebeu investimentos de R$ 6 bilhões e vai gerar 3 mil
empregos diretos e indiretos. “O início antecipado da operação comercial
de Serra do Assuruá é um marco na implantação de um dos maiores
projetos de energia eólica já construídos em fase única pelo Grupo Engie
no Brasil e no mundo, com conclusão prevista até o final de 2025”,
afirmou o presidente da companhia, Eduardo Sattamini.
Em
consonância com sua estratégia de crescimento, a Engie Brasil finalizou o
primeiro semestre de 2024 com volume recorde de investimentos em
geração renovável. Com R$ 2,1 bilhões alocados no trimestre, a companhia
já soma R$ 5,6 bilhões investidos nos primeiros seis meses do ano,
sendo R$ 3,1 bilhões para novos projetos, R$ 2,4 bilhões para a
aquisição de conjuntos fotovoltaicos operacionais, além de investimentos
complementares na modernização de usinas hidrelétricas e na manutenção e
revitalização do parque gerador.
Setor
Durante o anúncio
da Vestas, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira disse que “o
Brasil aposta na compatibilidade da sua pluralidade energética para
crescer” e que serão feitos mais investimentos na busca pela transição
energética. A matriz elétrica brasileira está em ritmo de crescimento em
2024.
Em julho, a expansão obtida no ano chegou aos 6,5 gigawatts
(GW), com a entrada em operação de 183 usinas, segundo os dados
divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia 8 de
agosto. Somente em julho, a ampliação da oferta foi de 0,87 GW, diante
do início da operação de 10 centrais solares fotovoltaicas (0,49 GW) e
de 17 usinas eólicas (0,38 GW). As usinas que passaram a operar em 2024
estão instaladas em 15 estados nas cinco regiões do país.
Vantagem
Elbia
Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica
(Abeeólica), afirmou à DINHEIRO estar confiante no crescimento da fonte
para os próximos anos, por ser a mais abundante e mais barata. “É a
fonte que mais cresceu nos últimos 10 anos, e que mais vai crescer nos
próximos 15”, disse.
Além disso, há ainda o fator econômico.
Segundo a executiva, o Brasil produz 80% dos materiais utilizados nas
unidades geradoras. “Para cada R$ 1 investido, é devolvido R$ 2,9 ao
PIB, gerando emprego e renda no Brasil, diferente da Solar, que gera
empregos na China”, completou.
Também há uma expectativa pela
aprovação, pelo Senado, do PL que regulamenta as Eólicas Offshore (no
mar). Atualmente, as usinas eólicas no Brasil são todas no continente
(onshore), e têm uma capacidade instalada de 32,4 GW, e 55,2 GW de
capacidade total. “As offshore já somam mais de 200 GW de pedidos de
licenças para o IBAMA.
As petroleiras serão as grandes
investidoras nessas unidades geradoras, diante da necessidade de
transição energética, o que também fará o Brasil ser o maior produtor do
mundo de hidrogênio verde. Além disso, essas usinas no mar têm
potencial para ser instaladas ao longo de toda a costa brasileira, não
somente no Nordeste”, completou.