quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Com a saída da Apib, MPI propõe suspensão da mesa de conciliação sobre marco temporal

 Sul-mato-grossense, Eloy Terena assume Secretaria Executiva ...


O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eloy Terena, sugeriu que a mesa de conciliação sobre o marco temporal seja suspensa até a União dialogar com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que anunciou nesta quarta-feira, 28, sua saída da comissão que busca um acordo sobre o tema. A entidade deixou o Supremo acompanhada de demais representantes indígenas sob gritos de “demarcação”. Eloy manifestou preocupação com a saída da entidade, mas ressaltou que a pasta não deixará a mesa.

A entidade que representa os povos originários se retirou da mesa de conciliação porque que esperava a suspensão da lei 14.701/2023, que regulamenta a temporalidade para demarcação de terras indígenas considerando a promulgação da Constituição Federal em 5 de outubro de 1988, em meio ao processo conciliatório, o que não foi deliberado pelo Supremo. A saída da mesa estava em análise pela Apib desde a primeira reunião do colegiado.

“A comunidade internacional assiste com preocupação os ataques indígenas. É inadmissível que os povos indígenas sejam submetidos a um processo de conciliação fora da lei com este nível de pressão, chantagem e humilhação. Não vamos nos submeter a mais uma violência do Estado brasileiro com conciliação forçada. A Apib não encontra ambiente para prosseguir na mesa de conciliação, pois não há garantia de acordo que resguarde a autonomia dos povos indígenas”, disse uma representante da Apib em leitura de manifesto da associação.

“A lei está em vigor agora, impedindo que a União promova a demarcação de certos territórios. Não é uma questão superada”, afirmou a advogada Eloísa Machado, que representa a Apib. “Como se vai dar seguimento a uma audiência de conciliação se os povos indígenas não querem que seja feita essa conciliação?”, questionou. “Estamos falando sobre uma lei evidentemente inconstitucional que permanece sobre uma mesa de conciliação”, criticou Machado.

A Apib também requeria poder de veto em caso de votação dos encaminhamentos da mesa de conciliação, e não votação por maioria, como prevê as diretrizes do colegiado. “Alerto para a gravidade da ausência dos povos indígenas aqui e para responsabilidade de fazer conciliação na ausência dos povos indígenas. As normas internacionais demandam presença dos povos indígenas no debate de seus direitos”, argumentou Machado. “Não presença decorativa e sim presença com condições”, acrescentou. A advogada refutou também a possibilidade de a representação dos povos indígenas ser substituída por outras representações e não pela Apib.

O juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, Diego Veras, afirmou que a saída da Apib da mesa de conciliação não levará ao esvaziamento do colegiado. “Não entendemos os motivos reais se mostramos todas garantias asseguradas. A vontade de todos os lados é levada em conta na conciliação e sempre se busca formação de consenso, mas alguns temas podem exigir poder de maioria. A Apib impõe aqui poder de veto, o que não é possível em democracia”, alegou Veras.

Segundo Veras, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a saída da Articulação do colegiado “não significa que não teremos outros indígenas na comissão”. “Acolhemos tudo o que foi pedido pela Apib na formação da comissão com os cinco integrantes que foram indicados presentes na mesa Lamentamos a posição da Apib, mas já contávamos que isso poderia ocorrer. Falas políticas não serão aceitas aqui”, afirmou após a saída da Apib do colegiado.

Antes da saída dos representantes dos povos indígenas da sala da Segunda Turma do Supremo, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, fez um apelo por diálogo e pela participação dos povos indígenas na audiência desta quarta-feira.

“Tenho plena confiança no Supremo pela condução desse processo. Nós temos um conflito real, uma decisão tomada pelo Supremo e uma decisão tomada pelo poder Legislativo. Meu apelo pelo diálogo é sabendo que há questões fundamentais para os povos indígenas que não temos condições de manejar, mas existem outros tantos temas que temos condição de trabalhar”, afirmou.

Messias ainda disse que a participação de todas as lideranças indígenas é essencial para “um correto encaminhamento de pacificação social”. “Poderemos desdobrar soluções dentro dos limites constitucionais. Existem elementos que não são objeto de negociação, vai se falar pouco da própria tese do marco temporal, nós teremos condições de avançar”, disse o AGU.

Antes dele, o juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, Diego Veras, disse que o marco temporal “é discussão ultrapassada para todos”. Ele também destacou que “todos são substituíveis e ninguém é obrigado a comparecer”.

Messias também disse que a mesa de conciliação pode “construir ferramentas de gestão para concepção de políticas públicas” que poderão ser utilizadas pelo Ministério dos Povos Indígenas e pela Funai para assegurar os direitos dos povos originários. Ele exemplificou que podem ser discutidos, por exemplo, limites da responsabilização da União e dos proprietários na desintrusão das terras indígenas.

Governo prevê que corte de R$25,9 bi em 2025 atingirá principalmente INSS e BPC

 


INSS

O corte de R$ 25,9 bilhões de anunciado pelo governo para fechar as contas de 2025 a partir da revisão de cadastros e programas atingirá principalmente desembolsos do INSS e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), informou nesta quarta-feira, 28, o Ministério do Planejamento e Orçamento, argumentando que as estimativas são conservadoras apesar de haver incerteza sobre as projeções.

Dados apresentados pela pasta mostram que do valor total da economia de verbas, 7,3 bilhões de reais serão provenientes da implementação do sistema de concessão de benefícios do INSS, o Atestmed, além de medidas cautelares e administrativas na Previdência.

Em outra frente, a pasta prevê uma redução de 6,4 bilhões de reais a partir da reavaliação de pagamentos e revisão de cadastros do BPC, pago a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda. Outros 3,2 bilhões de reais virão de revisões em benefícios por incapacidade, além de 1,9 bilhão de reais com mudanças em regras do Proagro e 1,1 bilhão do seguro defeso (pago a pescadores).

“Toda projeção é incerta, há uma incerteza associada. A questão é que temos estimativas que são as melhores que conseguimos gerar com base nas informações existentes… Boa parte das evidências corroboram nossas estimativas”, disse o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas do Planejamento, Sergio Firpo.

“Temos sido conservadores em diversos desses números, mas é óbvio que existe incerteza”, acrescentou.

No conjunto das medidas, há ainda uma previsão de corte de 6,1 bilhões de reais com o que o governo classificou como “reprogramação” e “realocação”, que diz respeito a economias ainda não operacionalizadas com o Bolsa Família, gastos de pessoal e outros ajustes no Proagro.

“Isso ainda não foi pactuado… Esse é um processo em construção”, afirmou Firpo sobre o Bolsa Família. “Mesma coisa para (despesa de) pessoal e Proagro.”

O corte de 25,9 bilhões de reais foi anunciado em julho pela equipe econômica em meio a questionamentos de analistas econômicos sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de déficit primário zero em 2024 e 2025.

Arcabouço fiscal

O secretário-executivo do Planejamento, Gustavo Guimarães, argumentou nesta quarta que a legislação resguarda o arcabouço fiscal mesmo que nem toda a economia com a revisão de programas seja alcançada. Em caso de frustração, segundo ele, o governo teria que promover congelamentos de despesas para cumprir o limite de despesas.

Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo trabalha nessa e em outras frentes para assegurar que os objetivos do arcabouço fiscal sejam alcançados.

“Não estamos acabando com nenhum programa como um todo, mas dentro dos programas existentes estamos fazendo um esforço para revisar cada um dos itens, para que de fato a gente economize 25,9 bi ano que vem”, disse.

Os técnicos da equipe econômica ressaltaram que parte da reavaliação de gastos já está em pleno funcionamento. Em uma delas, uma revisão de 258 mil benefícios por incapacidade de trabalhadores resultou em uma cessação de 133 mil benefícios neste ano, o que vai gerar 1,3 bilhão de reais em economia ainda em 2024.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Embraer vende Super Tucanos para a Força Aérea do Uruguai

 


Embraer vende Super Tucanos para a Força Aérea do Uruguai
(Foto: Divulgação / Embraer)    Força Aérea do Uruguai

 

 

A Embraer anunciou nesta segunda-feira (26), a venda de até seis aeronaves A-29 Super Tucano para a Força Aérea Uruguaia (FAU). O contrato inclui a aquisição de uma aeronave e o compromisso para a compra de mais cinco unidades, com entregas previstas a partir de 2025. O acordo também contempla equipamentos de missão, um pacote logístico integrado e um simulador de voo.

Com essa aquisição, o Uruguai se junta ao Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Paraguai como a sexta nação sul-americana a operar o A-29 Super Tucano.

Essa venda faz parte do programa de renovação da frota e expansão da capacidade operacional da FAU. A aeronave é reconhecida por sua flexibilidade operacional e é usada em diversas missões, como controle de atividades ilícitas, monitoramento de fronteiras, reconhecimento e treinamento avançado. Atualmente, mais de 160 Super Tucanos operam na América do Sul, enfrentando os desafios de diferentes ambientes, desde a Amazônia até os desertos e montanhas da região.

Reforço na vigilância e defesa aérea do Uruguai

O presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Jr, expressou seu orgulho pela decisão da FAU, destacando que o A-29 Super Tucano é uma referência mundial em seu segmento. “Com essa aquisição, o Uruguai passará a contar com capacidades diferenciadas que contribuirão significativamente para a vigilância de suas fronteiras e o aumento da prontidão operacional da FAU”, afirmou.

O chanceler uruguaio, Omar Paganini, enfatizou que a compra faz parte dos esforços do país para fortalecer sua capacidade de vigilância aérea e resposta a ameaças tecnológicas. O ministro da Defesa Nacional, Armando Castaingdebat, complementou dizendo que essa aquisição representa um grande salto nas capacidades de defesa do Uruguai e na resposta às necessidades de controle de sua soberania territorial.

O comandante da FAU, General do Ar Luis H. De León, destacou a importância da compra, lembrando que desde 1981 o país não adquiria novas aeronaves de combate. 

O A-29 Super Tucano

O A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria, com mais de 260 unidades entregues e 18 forças aéreas ao redor do mundo utilizando a aeronave. Conhecido por sua confiabilidade, robustez e baixos custos operacionais, o Super Tucano é capaz de realizar uma ampla gama de missões, incluindo suporte aéreo, patrulha, operações especiais e treinamento avançado.

A aeronave é equipada com tecnologia de ponta, permitindo a identificação precisa de alvos e operando em ambientes austeros, incluindo pistas não pavimentadas. A simplicidade de manutenção e a resistência estrutural fazem do Super Tucano uma escolha eficiente e econômica para forças aéreas que buscam uma plataforma multimissão versátil e comprovada.

Justiça de SC manda Meta bloquear anúncios falsos com marca da Havan

 


Rede social tem prazo de 48 horas para tirar do ar anúncios que usam a varejista catarinense e imagens de seu dono, Luciano Hang, de forma fraudulenta; multa pode chegar a R$ 20 milhões

 

 


A Justiça de Santa Catarina determinou que a Meta bloqueie em até 48 horas anúncios com a marca da Havan e de seu proprietário, o empresário Luciano Hang, que não tenham sido contratados por contas oficiais da varejista, sob pena de multa de até R$ 20 milhões.

No processo, a Havan disse que a Meta lucra com anúncios fraudulentos que usam a imagem da varejista e de Hang, “sem se responsabilizar pela veracidade e risco”, levando vítimas a ajuizarem ações contra a cadeia de lojas.

A decisão emitida na segunda-feira, 26, obriga a Meta a aceitar anúncios que contenham a imagem da Havan ou de Luciano Hang apenas se contratados por páginas oficiais da empresa, previamente identificadas em uma lista anexada ao processo. Em caso de descumprimento, está prevista multa diária no valor de R$ 200 mil por anúncio ilícito, com limite total de até R$ 20 milhões.

Procurada nesta terça-feira, 27, a Meta disse que não vai se manifestar. A empresa pode recorrer da decisão.

A juíza Joana Ribeiro, da 2ª Vara Cível da Comarca de Brusque (SC), considerou que o processo de contratação de anúncios nas plataformas da Meta não é seguro o suficiente para evitar crimes que afetam anunciantes e consumidores vítimas dos golpes.

Segundo a magistrada, “não é crível” que a Meta possa vender publicidade de uma forma “que não seja segura às empresas que sustentam seu modelo de negócio”.

“Seria como se um canal de televisão fizesse uma propaganda de que é possível comprar um celular na Havan por 500 reais, paga por um sujeito ou empresa, sem que o contratante comprove a condição jurídica de efetivo representante da Havan”, afirmou a juíza.

Em nota, a Havan disse que a decisão “é um marco na proteção dos direitos da varejista e do empresário, que há muito tempo vêm sendo prejudicados por golpes digitais.”

Neste ano, o serviço de checagem de fatos da Reuters desmentiu três anúncios em redes sociais da Meta que usavam a imagem de Luciano Hang para aplicar golpes. Em todos eles há indício de uso de inteligência artificial para simular a voz do empresário.

Dois deles foram veiculados em maio, em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, com promessas de promoções ou doações. As vítimas dos golpes acabaram pagando por itens inexistentes ou pelo suposto frete de produtos.

 

Ambev anuncia Carlos Lisboa como novo CEO

A Ambev anunciou nesta terça-feira, 27, que o Carlos Eduardo Klutzenschell Lisboa assumirá como diretor presidente executivo da empresa a partir de 1º de janeiro de 2025.

Carlos Lisboa é hoje membro do Conselho de Administração da companhia e diretor presidente de Middle Americas Zone (“MAZ”) na Anheuser-Busch InBev (“AB Inbev”), e substituirá Jean Jereissati Neto, atualmente no cargo.  Jean Jereissati assumirá como diretor presidente da MAZ.

O executivo é administrador de empresas, e, segundo informou a Ambev, ocupou, desde 1993, diversos cargos de liderança nas áreas de vendas e marketing tanto da Companhia quanto da AB Inbev.

Entre as posições, Lisboa atuou como vice-presidente de Marketing da Ambev entre 2005 e 2011, diretor presidente da Labatt entre 2013 e 2014, vice-presidente de Marcas Globais da AB Inbev entre 2014 e 2016, diretor presidente da América Latina Sul na Ambev entre 2016 e 2018, e diretor presidente da MAZ desde janeiro de 2019.

Com Fed cortando juro, potencial de fluxo para Brasil é enorme, diz CEO do Santander Brasil

 Análise: Com Leão, Santander Brasil entra na era do 'menos é ...


O CEO do Santander Brasil, Mario Leão, avalia que o Brasil tem um potencial enorme de atração de capital internacional com o ciclo dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que pode começar no mês que vem.

“O potencial de fluxo para o Brasil é enorme”, disse Leão, em debate durante evento do Santander, que reuniu também o presidente do BTG Pactual, Roberto Sallouti.

O presidente do Santander disse que o Brasil está muito sublocado nas carteiras dos investidores internacionais. Portanto, pode voltar ao radar, na medida em que as coisas no mercado interno se acertaram, após uns meses tumultuados na primeira metade de 2024. “Dados recentes mostram uma economia sólida”, afirmou Leão.

Leão ressaltou que parte do mercado vê o Fed cortando juros enquanto o BC vai subir a Selic, mas a visão no banco espanhol é que isso não será preciso no Brasil. “Não é nosso cenário base uma alta de juros pelo BC.”

Quem é Gustavo Pimenta, eleito para ser o novo presidente da Vale

 

Gustavo Pimenta

Vale anuncia a escolha de Gustavo Pimenta como próximo presidente (Crédito: Divulgação)

 

Da redação com Reuters e Estadão Conteúdoi

A mineradora Vale anunciou nesta segunda-feira que o atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta, será o próximo presidente-executivo da companhia.

Pimenta, executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, teve carreira desenvolvida ao longo de mais de 20 anos no Brasil, Estados Unidos e Europa, lembrou a Vale.

Em 2021, ele assumiu a posição a posição de CFO da Vale.

A Vale afirmou que Pimenta, que substituirá o atual CEO Eduardo Bartolomeo, foi eleito pelo conselho de administração por unanimidade, acrescentando que a transição seguirá um cronograma que a empresa já havia divulgado.

A companhia vinha lidando há meses com o processo turbulento de escolha de seu próximo CEO, que só deveria ser concluído no final do ano.

Conforme o cronograma no processo de sucessão, Bartolomeo seguirá como presidente da companhia até 31 de dezembro de 2024, apoiando a transição para o novo presidente da Vale até 28 de fevereiro de 2025.

A Vale havia informado anteriormente que Bartolomeo seguiria como “advisor” da companhia até o final de 2025.

Impasse sobre sucessor

O mandato de Bartolomeo vencia em maio deste ano, mas foi estendido até dezembro, após o conselho ter ficado dividido entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a escolha de uma nova liderança.

O impasse no conselho sobre a sucessão da Vale ocorreu em meio a notícias de que o governo estaria tentando emplacar um nome como CEO da mineradora — o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria sido cogitado.

Em entrevista à Reuters, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou que “nunca houve uma ingerência do governo com relação à Vale”.

Mas Silveira também criticou, ao final de julho, a demora para a definição de um novo presidente da companhia, relatando que faltava na Vale alguém “com autoridade” para tratar de assuntos que são relevantes ao interesse nacional, como a conclusão de um acordo entre Vale, BHP e Samarco com autoridades para a reparação e compensação pelo rompimento de barragem em Mariana, em Minas Gerais, que ocorreu em 2015.

Em nota, o presidente do conselho de administração da Vale, Daniel Stieler, disse estar confiante com a escolha de Pimenta para liderar a mineradora.

“Ele reúne as competências necessárias para que possamos aspirar um novo ciclo virtuoso para a companhia, orientado por nosso propósito, e com grande potencial de geração de valor a todos os nossos públicos de relacionamento”, afirmou Stieler.

Em nota, Bartolomeo afirmou que Pimenta “é um profissional com reconhecida competência e compromisso com a Vale do Futuro, uma companhia que se torna mais segura e confiável a cada dia”.

“Com Gustavo Pimenta, acredito que a Vale seguirá firme em sua jornada rumo à liderança na mineração sustentável e na criação de valor para todos os stakeholders.”

O próximo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, agradeceu a confiança do conselho. “Vamos juntos nessa jornada, intensificando o diálogo com todos os nossos stakeholders e priorizando a segurança das pessoas, das operações e do meio ambiente”, afirmou.

Ele reafirmou que companhia seguirá “com foco em geração e distribuição de valor, elevando a Vale a patamares ainda mais altos”.

Currículo

Gustavo Pimenta chegou à Vale em novembro de 2021, na gestão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo. Descrito como uma pessoa serena e de fácil interlocução, Pimenta é formado em Economia e tem a seu favor o amplo domínio do negócio e dos aspectos financeiros da mineradora, além de uma boa dose de experiência internacional. Antes de chegar à Vale, foi CFO (vice-presidente financeiro) global da AES Corporation, nos EUA. Já havia atuado, também, no Citigroup nos EUA como vice-presidente de Estratégia e M&A, conforme seu perfil no LinkedIn.

No fato relevante, é apresentado como “um executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, e com uma carreira desenvolvida ao longo de mais de 20 anos no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa”.

O texto acrescenta: “Em 2021, assumiu a posição de vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale S.A. Também foi responsável pelas áreas de Suprimentos e Energia & Descarbonização. Antes de juntar-se à Vale, Pimenta foi executivo da AES por 12 anos, acumulando ampla experiência como CFO Global, diretor de Planejamento e Estratégia e vice-presidente de Performance e Serviços da empresa. Também atuou como vice-presidente de Estratégia e M&A no Citigroup em Nova York. É formado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem mestrado em Finanças e Economia pela Fundação Getulio Vargas”.

Em reportagem há 10 dias, o Estadão/Broadcast revelou que, antes de ser reduzido a uma lista tríplice, o rol de 15 sugestões de executivos para CEO apresentado pela consultoria Russell Reynolds ao conselho de administração seria redimensionado a quatro nomes favoritos dos membros do colegiado, e que a essa lista menor seria acrescentado um executivo da companhia – conforme pessoas próximas ao processo de sucessão, “provavelmente Gustavo Pimenta”, sinalizando que o executivo era o mais cotado para a cadeira.