Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A
demanda global de energia subirá 24% de 2023 para 2050, quando avançará
de 301 milhões de barris equivalentes por dia para 374 milhões de
barris equivalentes por dia, estima a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) no relatório Perspectiva Mundial de
Petróleo 2024. Grande parte desta expansão virá de regiões em
desenvolvimento, pois a participação na demanda mundial de energia
subirá de 64% para 71,5% neste período.
No cenário traçado
pela Opep, são consideradas algumas premissas. Uma delas é a expansão
média do produto interno bruto mundial de 2,9% por ano de 2023 a 2050.
Um outro fator importante é a previsão de que a população do planeta
atingirá 9,7 bilhões de pessoas em 2050.
Em
relação à demanda global de petróleo, a Opep estima que ela subirá de
102,2 milhões de barris por dia em 2023 para 113,3 milhões de barris em
2030 e alcançará 120,1 milhões de barris por dia em 2050. De acordo com o
relatório, a procura por países que não são membros da Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), deve subir de 56,6
milhões de barris por dia apurados no ano passado para 84,6 milhões de
barris por dia em 2050, enquanto as nações que fazem parte da OCDE devem
registrar um declínio de 45,7 milhões de barris em 2023 para 35,6
milhões de barris por dia em 2050.
Veículos
Para
a Opep, a frota mundial de veículos deverá subir de 1,7 bilhão de
unidades em 2023 para 2,9 bilhões de unidades em 2050, com o maior
crescimento para o segmento de veículos elétricos, embora o relatório
não divulgue uma estimativa para esta categoria de automóveis. Contudo,
os carros com motor de combustão interna deverão continuar a dominar a
frota global, pois “deverão contabilizar mais de 70% em 2050.”
O
Banco Central elevou nesta quarta-feira, 18, a taxa básica de juros, de
10,5% para 10,75% ao ano, conforme o esperado pelo mercado. Com a alta
da Selic, como ficam os investimentos?
A
taxa básica de juros dita o retorno de diversos investimentos atrelados
à Selic. Nesse sentido, títulos de renda fixa tendem a render um pouco
mais, garantindo ganhos acima da inflação e um retorno bem maior que o
da caderneta de poupança.
Levantamento
do buscador de investimentos Yubb mostra que o retorno projetado para
12 meses nas principais aplicações de renda fixa varia de 2,69% e 7,47%,
já descontada a inflação esperada para o período, de 4,35%, e
considerando a Selic mantida em 10,75% ao ano. Veja abaixo as
simulações:
Como ficam os investimentos com a Selic em 10,75% ao ano
Renda fixa segue vantajosa
Como
é possível ver no quadro acima, um investimento no Tesouro Selic vai
ter um rendimento líquido real (descontada a inflação e imposto de
renda) de 4% ao ano. O índice é maior que o da poupança, que vai pagar
2,69% em 12 meses. No CDB, o investidor deve pesquisar em que banco
colocar seu dinheiro. De acordo com a plataforma, o rendimento pode
variar entre 1,95% e 5,22% ao ano, dependendo da instituição.
Em aplicações com isenção de Imposto de Renda, como LCI, LCA e debênture incentiva, o rendimento real pode chegar a superar 7%.
Regras da Poupança
Pela
regras atuais, quando a taxa Selic é maior que 8,5% ao ano, a poupança
tem uma rentabilidade de 0,5% ao mês e de 6,17% ao ano somada à Taxa
Referencial (TR).
A regra funciona assim:
Quando
a taxa Selic for maior que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será
de 0,5% ao mês, somada à Taxa Referencial (TR); com isso, o retorno hoje
é projetado em 7,16% em 12 meses.
Quando
a taxa Selic for menor que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será
de 70% da taxa Selic, somada à Taxa Referencial (TR).
Roberto Campos Neto (esq.) e Gabriel Galípolo na sede do BC: sinais de
uma transição sem conflitos na instituição (Crédito: Cristiano Mariz)
Regina Pitoscia - Editora 3i
A
iniciativa do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de
aumentar os juros em 0,25 ponto percentual era esperada pelo mercado e
tinha fundamentos técnicos. Mas foi a decisão unânime que trouxe alívio.
Gabriel
Galípolo, que deve assumir a presidência do BC a partir de 2025 após
ser indicado pelo governo, referendou a primeira alta da Selic na
terceira gestão do presidente Lula, demonstrando alinhamento com Roberto
Campos Neto, atual comandante do BC. Isso afasta o temor de uma mudança
de rumo na política monetária e de um cavalo de pau na política
econômica por parte do petista. A sinalização é de que a instituição
manterá o controle da inflação, deixando de se dobrar às seguidas
críticas de Lula aos juros altos.
A
alta da Selic e a queda dos juros americanos, também anunciada na
última quarta-feira (18), devem favorecer o Brasil com aumento na
entrada de capital estrangeiro, queda do dólar, e freio na inflação.
Antes
de mais nada, esse novo ciclo de elevação das taxas, que deve ser
breve, tem o objetivo de segurar as expectativas, diante de
várias pressões inflacionárias. Seca, queimadas e as enchentes no Sul
devem impactar os preços de alimentos como café, açúcar e laranja –
fortes candidatos a serem os vilões da temporada. Mas, além disso, a
questão fiscal e o aquecimento da economia também podem resultar em
descontrole inflacionário.
Diante do atual cenário, a aposta é de
que nesse curto ciclo de alta o juro básico da economia chegue em
fevereiro de 2025 em 11,75% ou 12% ao ano. Tudo vai depender do
comportamento do câmbio, da valorização do real frente ao dólar.
Nos
EUA, o corte foi de 0,5 ponto porcentual. A banda pela qual transitam
as taxas agora vai de 4,75% a 5% ao ano. Esse recuo nos juros americanos
tende a contribuir para a queda da moeda americana nos mercados
internacionais, e deve estimular os investidores a buscar opções mais
atraentes para alocar seus recursos em países emergentes, como o Brasil.
Esse movimento contrário dos juros e a diferença entre as taxas
permitem operações mais rentáveis no mercado doméstico.
“Isso
alarga o spread e propicia as chamadas operações de carry trade,
trazendo o dinheiro estrangeiro para cá. Por isso, a tendência racional é
de contenção na cotação do dólar”, explica Luiz Rogé, economista,
gestor de investimentos e sócio da Matriz Capital Asset. Com o dólar
mais sossegado e até em queda, há uma redução nos preços de produtos
importados, retirando parte da pressão inflacionária. Esse fator tem um
forte peso na execução da política monetária, segundo o especialista.
Não
houve surpresas com a decisão do Copom, que já estava precificada em
outros ativos do mercado, como juros futuros ou ações frente aos eventos
climáticos que estão prejudicando safras de vários produtos.
Para Hemelin
Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG
Capital, “há pressões sobre a inflação em alimentos e logística em
decorrência das queimadas. As secas também provocam fortes impactos, na
medida em que impedem o transporte e escoamento de produtos por rios,
que ficam intransitáveis, encarecendo os fretes”.
Os
dados do boletim Focus do Banco Central, que refletem as projeções do
mercado para a macroeconomia, já revelavam desde abril que os agentes
trabalhavam com a perspectiva de avanço da inflação, segundo o professor
de economia da FGV EAESP Renan Pieri. “A demanda aquecida, o PIB
crescendo mais que o esperado, salários mais altos, mais renda, são
todas pressões de alta para a inflação, além da questão fiscal. Há
sinais de dificuldade para o governo conseguir alcançar as metas do
arcabouço fiscal.”
Nesse contexto, em que é preciso reancorar as
expectativas com uma política monetária mais restritiva, o professor
espera por mais dois ajustes para cima na Selic este ano, de 0,25 p.p.
em novembro e outro de igual tamanho em dezembro, o que levaria a taxa
para 11,25%.
A situação fiscal do País é um dos principais
entraves para a economia brasileira, porque alimenta as projeções de
alta de inflação, fornece sustentação aos preços do dólar, pode
afugentar o capital estrangeiro e impede a estabilidade ou queda dos
juros.
“O aspecto fiscal é muito ruim, de pressão sobre os juros, e
sem perspectiva de melhora com o Orçamento engessado, a destinação
obrigatória de recursos e o crescimento das despesas, comprometendo o
arcabouço fiscal”, afirma Rogé, da Matriz Capital. O que foi previsto no
arcabouço fiscal, como déficit zero em 2024 e superávit na dívida
pública em 2025, perdeu credibilidade na opinião do professor associado
da Fundação Dom Cabral Carlos Primo Braga.
“O mercado espera por
um sinal do governo em relação ao controle das contas públicas, que até
agora não veio”, ressalta Pieri. Ele lembra que o calendário eleitoral
pode levar as autoridades econômicas a represar algumas medidas, para
anunciá-las após as eleições. Na tentativa de equacionar a situação e
defender o poder de compra da moeda, o Banco Central atua com as
ferramentas que tem.
Operador
da bolsa de Nova York (NYSE); o mercado acionário comemorou a queda de
juros nos EUA. Abaixo, o presidente do Fed, Jerome Powel: sem garantia
de novos cortes (Crédito:Spencer Platt) (Crédito:Estadão Conteúdo)
A
principal delas é a política monetária, calibrando os juros de modo
a perseguir a meta de inflação anual fixada em 3%, com a possibilidade
de variação de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo. As
projeções do Focus apontam para uma inflação de 4,4% em 2024 e de 4% no
ano que vem.
De concreto, o professor Braga lembra que estamos com
uma inflação acumulada de cerca de 4,25% em 12 meses, com
a possibilidade de ultrapassar os 4,5%, o teto da meta. Para ele, esse
números precisam ser analisados cuidadosamente pelo futuro presidente do
BC. Ainda que haja um componente político na questão, já que Galípolo
foi indicado por Lula, ele terá de convencer o mandatário, sempre com
duras críticas à elevação dos juros, de que é preciso manter a restrição
monetária e evitar a desancoragem das expectativas dos agentes
econômicos.
Somente dessa forma será possível iniciar uma política
de queda dos juros em 2025 ou 2026. Nesse sentido, Galípolo, que é o
atual diretor de Política Monetária do BC, tem sinalizado uma postura
técnica.
(Andrew Harnik) (Crédito:Estadão Conteúdo)
Vigor da economia preocupa
O
avanço de 1,4% do PIB no segundo trimestre deste ano levou a uma
revisão para o crescimento do País em torno de 3%, quase o dobro das
projeções iniciais. O mercado de trabalho também tem surpreendido,
apresentando uma taxa de desemprego de 6,9% no segundo trimestre de
2024. É o menor nível em dez anos.
Esse vigor da economia também
entrou no radar de preocupações e foi destaque no comunicado emitido
pelo Copom após a reunião da última quarta-feira. Juros mais elevados
também são usados para encarecer o crédito e frear o aumento da demanda.
Nos
EUA Em relação ao cenário externo, parece ser inquestionável que a
queda dos juros americanos traz alívio para a definição dos rumos da
Selic. No entanto, os diretores do BC revelaram dúvidas sobre quando e
qual será o tamanho de nova redução das taxas nos EUA. Isso
porque Jerome Powell, o presidente do Fed, Banco Central americano, logo
após anunciar a queda de 50 pontos-base dos juros, não deu garantias de
continuar promovendo cortes, nem de que serão na mesma proporção, como
aguardava o mercado. Apenas negou que não haverá aumento desses juros e
deu indicações de que o ciclo iniciado de queda deve terminar quando a
taxa atingir os 2,9% ao ano.
“O
Fed postergou o início do ciclo de corte nos juros. No Brasil, o
processo teve início bem antes, em agosto do ano passado. Não podemos
dizer que o País está na contramão, eles iniciaram o processo mais
tarde. Os contextos também são diferentes. Lá, a perspectiva é de que os
EUA entrem em recessão técnica, com o desemprego aumentando de maneira
rápida, assim como a inadimplência”, acrescenta Pieri.
Para
reanimar a economia, o Fed iniciou a queda dos juros. Ao mesmo tempo, o
professor Braga, da Fundação Dom Cabral, aponta que os EUA começaram a
subir os juros em março de 2022, quando estavam em 0,25% ao ano, e
vieram nessa escalada até atingir os 5,5%. Já o Brasil vem diminuindo os
juros há mais de um ano, e teve a necessidade de engatar um novo
movimento de alta porque a economia está aquecida e com várias
incertezas e pressões inflacionárias no horizonte.
A
reabertura do ciclo de comunicação do Banco Central após a decisão de
elevar os juros básicos evidenciou uma visão mais pessimista para a
inflação, enquanto preocupações sobre a credibilidade dos números
fiscais do governo ganharam força, conforme ata da última reunião do
Copom e declaração do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
Na
ata do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que marcou a
primeira elevação da Selic em dois anos, em 0,25 ponto percentual, para
10,75% ao ano, o BC excluiu do texto a menção feita em julho de que o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) “tem arrefecido”. O
documento foi divulgado na manhã desta terça-feira.
Segundo
a autarquia, dados sugerem uma deterioração da composição da inflação,
ainda que o número agregado não tenha divergido significativamente do
que era esperado, citando uma interrupção no processo desinflacionário
no período mais recente.
“O
Comitê avalia que o cenário prospectivo de inflação se tornou mais
desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo,
mesmo condicionadas em uma trajetória de taxa de juros mais elevada”,
acrescentou, ao reforçar que o balanço de riscos para a inflação deixou
de estar equilibrado e passou a ser assimétrico, com maior peso dos
riscos de alta de preços.
Atenção voltada para a inflação
Em
evento organizado pelo J. Safra logo após a divulgação da ata, quando
se encerra o período de silêncio da diretoria do BC, Campos Neto disse
que o número mais recente de inflação foi “até melhor”, mas defendeu que
se observe o quadro mais completo, antes de ressaltar que a seca no
país gera alerta sobre os preços de alimentos e energia. “A dinâmica de
inflação ainda preocupa o Banco Central,” disse.
A
meta central estabelecida para a inflação no país é de 3%, mas as
expectativas do mercado para os preços à frente seguem persistentemente
acima desse alvo, tema que o BC destacou como “fator de desconforto
comum a todos os membros do Comitê”.
As atenções do mercado na
quarta-feira estarão voltadas para a divulgação de números do IPCA-15 de
setembro, com economistas consultados pela Reuters prevendo uma alta de
0,30% no índice, de 0,19% no mês anterior. Em 12 meses, a expectativa é
de que o número chegue a 4,30%, ante 4,35% em agosto.
As
análises do BC também têm focado nos riscos de surpresas positivas na
atividade e no mercado de trabalho apertado pressionarem a inflação. Na
ata, a autarquia avaliou que o crescimento real de salários acabará
impactando preços caso seja persistente, embora o momento e a magnitude
desse movimento sejam incertos.
“A conjunção de um mercado de
trabalho robusto, política fiscal expansionista e vigor nas concessões
de crédito às famílias seguem indicando um suporte ao consumo e
consequentemente à demanda agregada”, disse a ata.
Preocupação fiscal
Em
meio a críticas de analistas sobre iniciativas criativas adotadas pelo
governo na gestão das contas públicas, o BC enfatizou a importância da
credibilidade e da transparência nessa área.
“Uma política fiscal
crível, embasada em regras previsíveis e transparência em seus
resultados, em conjunto com a persecução de estratégias fiscais que
sinalizem e reforcem o compromisso com o arcabouço fiscal nos próximos
anos são importantes elementos para a ancoragem das expectativas de
inflação e para a redução dos prêmios de riscos dos ativos financeiros,
consequentemente impactando a política monetária”, afirmou.
O
trecho do documento que defende regras previsíveis e transparência dos
resultados fiscais representa um passo adicional na comunicação do BC,
já que não fazia parte da ata da reunião do Copom de julho.
Entre
as ações do governo criticadas por especialistas estão uma proposta para
bancar o auxílio-gás a famílias carentes fora do Orçamento, o uso de
fundos privados para financiar políticas públicas e a tentativa de usar a
captação de recursos esquecidos por correntistas em bancos para
turbinar o resultado primário, ponto que enfrenta discordância do BC.
Na
sexta-feira, o governo afrouxou a contenção orçamentária adotada para
cumprir regras fiscais, argumentando que seus cálculos apontam para uma
receita maior que a esperada compensando uma elevação de despesas
obrigatórias. O congelamento de verbas foi reduzido de 15 bilhões de
reais para 13,3 bilhões de reais.
Na apresentação desta terça,
Campos Neto disse que o aumento observado no prêmio de risco captado na
parte longa da curva de juros futuros parece estar associado a uma
dúvida sobre números fiscais do país, ressaltando que o tema das contas
públicas é importante para a atuação da política monetária.
Tanto a
ata do Copom quanto Campos Neto ponderaram que a autarquia incorpora em
seus cenários uma desaceleração no ritmo de crescimento dos gastos
públicos ao longo do tempo. O presidente do BC afirmou ainda que o
aumento do risco nas leituras de mercado “parece exagerado”.
(Reuters) – Um possível acordo para a compra da Intel pode acelerar a diversificação da Qualcomm,
mas sobrecarregará a fabricante de chips para smartphones com uma
unidade de fabricação de semicondutores deficitária, que ela poderá ter
dificuldades para reestruturar ou vender, disseram analistas.
Uma
compra também enfrentará um duro exame por parte de autoridades de
defesa da concorrência em todo o mundo, pois unirá duas grandes
empresas, criando um gigante global com uma forte participação nos
mercados de smartphones, computadores pessoais e servidores.
As
ações da Intel subiam 2,5% nesta tarde, após publicações da mídia na
sexta-feira sobre a abordagem em estágio inicial da Qualcomm pela
empresa. As ações da Qualcomm caíam 2%.
“Os rumores de um acordo
entre Qualcomm e Intel são intrigantes em muitos níveis e de uma
perspectiva puramente de produto fazem certo sentido, já que elas têm
várias linhas de produtos complementares”, disse Bob O’Donnell, fundador
da TECHnalysis Research.
“No
entanto, a probabilidade de que isso realmente ocorra é muito baixa.
Além disso, é improvável que a Qualcomm queira toda a Intel e tentar
separar o negócio de produtos da divisão de fundição neste momento
simplesmente não seria possível”, disse ele.
Outrora a força
dominante na indústria de chips, a Intel, com cinco décadas de
existência, está enfrentando um de seus piores períodos, à medida que as
perdas aumentam na unidade de fabricação por contrato que está
construindo para competir com a taiuanesa TSMC.
O
valor de mercado da Intel caiu abaixo de 100 bilhões de dólares pela
primeira vez em três décadas, com a empresa perdendo o boom da
inteligência artificial generativa depois de deixar passar um
investimento na OpenAI, criadora do chatGPT A Qualcomm, enquanto isso,
tem um valor de cerca de 190 bilhões de dólares.
Considerando que a
Qualcomm tinha cerca de 7,77 bilhões de dólares em caixa e equivalentes
em 23 de junho, analistas esperam que um negócio entre as duas seja
financiado principalmente por meio de ações. Com isso, uma transação
envolvendo Qualcomm e Intel seria altamente diluidora para os
investidores da Qualcomm.
A Qualcomm, que também fornece para a
Apple, acelerou esforços de expansão para além de seu principal negócio
de smartphones, com chips para setores como automotivo e de PCs, sob o
comando do presidente-executivo Cristiano Amon. No entanto, a empresa
continua muito dependente do mercado de telefonia móvel, que enfrentou
dificuldades nos últimos anos devido à queda na demanda por aparelhos no
pós-pandemia.
Amon está pessoalmente envolvido nas negociações
com a Intel e vem examinando várias opções para um acordo com a empresa,
disseram fontes à Reuters.
Essa não é a primeira vez que a
Qualcomm está buscando uma grande aquisição. A empresa tentou a compra
da rival NXP Semiconductors por 44 bilhões de dólares em 2016, mas
abandonou a oferta dois anos depois, após não conseguir obter a
aprovação dos órgãos reguladores chineses.
Enquanto a Intel
projeta e fabrica seus chips que equipam computadores pessoais e data
centers, a Qualcomm nunca operou uma fábrica de chips. A empresa usa
fabricantes contratados, como a TSMC, e projetos e outras tecnologias
fornecidas pela Arm Holdings.
De acordo com os analistas, a
Qualcomm não tem a experiência necessária para impulsionar o incipiente
negócio de fundição da Intel, que recentemente nomeou a Amazon.com como
seu primeiro grande cliente.
“Não sabemos por que a Qualcomm seria uma proprietária melhor para esses ativos”, disse Stacy Rasgon, da Bernstein.
“Também
não vemos um cenário sem esses ativos; não achamos que outra companhia
queira realmente administrá-los e acreditamos que é improvável que o
desmantelamento seja politicamente viável”, acrescentou.
O negócio
de fundição da Intel é considerado crucial para a meta de Washington de
aumentar a fabricação de chips nos EUA. A Intel garantiu cerca de 19,5
bilhões de dólares em concessões e empréstimos federais sob a Lei CHIPS
para construir e expandir fábricas em quatro Estados dos EUA.
Alguns
analistas disseram que a Intel preferiria investimentos externos em vez
de uma venda, apontando para um movimento recente para tornar o negócio
de fundição mais independente.
A Qualcomm também poderia decidir
comprar partes dos negócios da Intel, em vez de toda a empresa. A
Reuters informou no início deste mês que a Qualcomm tinha interesse
especial na unidade de design de PCs da Intel.
Número de pedidos de falência foi o maior registrado desde 2019 (Crédito: Freepik)
Matheus Almeidai
Pedidos
de recuperação judicial chegaram a 238 registros em agosto, quantidade
76,3% maior do que no mesmo mês do ano passado. É a segunda maior
quantidade de pedidos em um único mês da série histórica, iniciada em
2005. O recorde foi registrado em setembro de 2016, com 244 requisições.
Os dados são compilados pela Serasa Experian.
Até então, o mês de
julho de 2024 ocupava o segundo lugar no ranking de mais pedidos de
recuperação judicial, com 229 requerimentos.
A
alta dos pedidos nos últimos dois meses foi impulsionada por pequenas e
médias empresas, que representam 183 dos requerimentos feitos em agosto
e 166 em julho. Veja no gráfico e na tabela:
Para
o economista do Serasa Experian, as altas dos juros e da inflação estão
impactando a capacidade dos pequenos e médios empresários de arcarem
com suas dívidas. “A inadimplência crescente dos consumidores afeta o
fluxo de caixa delas, enquanto a dificuldade no acesso ao crédito limita
suas opções de financiamento”, diz.
Falências
As empresas
que fecharam as portas e declararam sua incapacidade de arcar com
dívidas chegaram a uma centena em agosto. Foi a maior quantidade em um
mês desde agosto de 2019, quando 162 organizações encerraram suas
atividades. O número porém não está entre os maiores da série histórica
que é mais longa, iniciada em 1991.
Empresas
pequenas e médias também foram destaque nos pedidos de falência de
agosto de 2024, com 66 no primeiro grupo e 20 no segundo.
Repercussão
Segundo
Rafael S. Coelho, sócio do escritório Paschoini Advogados, o salto no
número de pedidos de recuperações judiciais reflete o cenário
econômico-financeiro, mas a crise, contudo, “não é nova e se arrasta há
anos a fio”.
“É bom lembrar que a utilização do mecanismo da
Recuperação Judicial para reestruturação empresarial contribui em muito
para credibilidade e uso do instituto, afastando a ‘pecha’ de etapa
pré-falimentar, para uma potente ferramenta de reestruturação e
equacionamento empresarial”, diz o especialista.
Para Luís Alberto
de Paiva, economista e sócio da Corporate Consulting, empresa
especializada em reestruturação financeira de empresas, a estatística
deve crescer mais ainda este ano. “As empresas têm se preparado para o
pior e certamente, ainda em 2024, teremos o dobro dos pedidos de
recuperação observados em 2023, e caminhamos para inadimplência e níveis
de endividamento sem precedentes no Brasil”, avalia Paiva.
Os
desafios técnicos para desenvolver a exploração de petróleo na Margem
Equatorial não podem ser subestimados, disse nesta segunda-feira, 23, o
vice-presidente da Exxon Mobil, J. Hunter Farris. O executivo participa
do evento Rio Oil & Gas, na região central do Rio.
O executivo
comentou que a companhia perfurou sem sucesso 40 poços na Guiana até
conseguir desenvolver os projetos. “Menos de cinco anos atrás a produção
era zero”, disse, acrescentando que hoje a companhia tem três projetos
funcionando e projetos para 2027.
Farris
destacou que “o povo da Guiana se beneficiou muito por meio do conteúdo
nacional, criação de negócios no país”. Ele acrescentou que “pela
primeira vez em muito tempo o povo tem acesso à energia acessível e
confiável”.