segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Goldman Sachs: China deve cortar compulsório bancário em 0,5 ponto porcentual este ano

 Goldman Sachs Logo png images | PNGWing


O corte nos juros de referência para empréstimos (LPR) anunciado nesta segunda-feira, 21, pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) foi levemente ‘dovish’ e indica que o BC do país asiático deve também anunciar corte de 0,5 ponto porcentual na taxa de compulsório bancário (RRR, em inglês) até o fim do ano, diz o Goldman Sachs.

Para o banco, isso reflete os esforços contínuos da autarquia chinesa para reduzir os custos de financiamento para a economia real e indica que a flexibilização deve continuar em 2025. O Goldman projeta mais dois cortes de 0,25 ponto porcentual no RRR, nos primeiro e terceiro trimestres; e mais duas reduções de 0,20 ponto no LPR, nos segundo e quarto trimestres.

Gastos dos governos com seguridade social têm aumentado em todo mundo, diz Campos Neto

 Ficheiro:Banco Central do Brasil logo.png – Wikipédia, a ...


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira, 21 que as despesas de governos com seguridade social têm aumentado no mundo todo, refletindo o envelhecimento da população. Por isso, ele argumentou, é necessário avançar em reformas que aumentem a produtividade.

“Nós seremos capazes de ser mais produtivos? O que vejo hoje é que não estamos nos tornando mais produtivos neste momento, mas há muitas novas tecnologias surgindo, e pode ser que isso ocorra”, afirmou ele, durante um evento da 20-20 Investment Association, em São Paulo.

Respondendo a uma pergunta sobre como escapar da armadilha da renda média, o presidente do BC destacou que, partindo do princípio que qualquer aumento de produtividade virá da adoção de novas tecnologias, isso vai aumentar a distância entre países ricos e em desenvolvimento.

“A verdadeira pergunta é: seremos capazes de ser mais produtivos? Para isso, vamos precisar de reformas no lado da oferta”, disse Campos Neto, reiterando que o Brasil aprovou algumas reformas desse tipo durante a pandemia, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como com a aprovação da lei de liberdade econômica.

Santander levará Openbank para os EUA, em 1ª iniciativa ampla no varejo bancário americano

 Pin page


O Grupo Santander lança nos Estados Unidos nesta segunda-feira, 21, o Openbank, banco digital que opera atualmente na Europa e que tem como alvo o público jovem. Com a expansão, será a primeira vez que o banco espanhol atenderá ao público de varejo em solo americano em escala nacional, para além da presença regional que possui hoje.

O conglomerado espanhol oferecerá, através do Openbank, uma conta poupança com rendimento mais alto, e lançará outros produtos ao longo de 2025. O objetivo é fazer da marca um banco completo nos EUA, aos moldes do que acontece na Europa. No Brasil, o Santander tem atendido pelo digital utilizando a marca principal.

Na visão do Santander, o lançamento do banco digital em solo americano ajudará a executar a estratégia de crescimento na maior economia do mundo. Também permitirá captar depósitos que financiem a franquia de financiamento automotivo.

A plataforma do Openbank utiliza tecnologia própria do Santander, em uma plataforma que tem sido levada a todas as franquias globais de varejo do banco. O sistema integra a infraestrutura do banco com interfaces que permitem abrir contas em cinco minutos, seja via aplicativo, seja via site.

“O lançamento do Openbank nos EUA é um marco significativo na transformação do nosso Grupo. O Openbank reflete nossa crença de que para sermos os melhores para nossos clientes e acionistas, desenvolver nossa própria tecnologia globalmente é essencial e vai entregar uma vantagem competitiva sustentável”, diz em nota a presidente do conselho do Santander, Ana Botín.

“Os EUA são um mercado chave para nós, em que temos expandido nosso negócio nos últimos anos”, afirma ela, adicionando que o Openbank traz uma experiência bancária “fácil”, e que terá a melhor conta poupança do mercado.

“O Openbank é um dos bancos digitais mais avançados na Europa, com uma proposta de valor completa que tem sido testada com sucesso em vários mercados”, diz Petri Nikkilä, CEO Global do Openbank.

Mercado Livre entra na disputa pela Linx

 


Mercado Livre mira comprar a Linx (Crédito: Divulgação )

 

O Mercado Livre é uma das empresas que está avaliando a compra da Linx, um processo competitivo que tem atraído players estratégicos e financeiros, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

A gigante do ecommerce começou a olhar o ativo nas últimas duas semanas.

A Stone colocou a Linx à venda há cerca de um mês, e o prazo para que os interessados enviem as propostas não-vinculantes se encerra no final de outubro.

Para o MELI, a aquisição poderia fazer sentido considerando movimentos recentes da empresa.

O Mercado Pago — o banco digital do Mercado Livre — lançou no início deste mês um software de gestão para PMEs focado no gerenciamento de vendas e do estoque nos diversos canais (das lojas físicas ao online).

“Os clientes do Mercado Livre são parecidos com os clientes da Linx. Essa aquisição poderia acelerar muito essa frente nova de software que eles acabaram de lançar,” disse uma das fontes.

Apesar do MELI ter se engajado nas conversas, é impossível medir seu real grau de interesse nessa fase do processo — incluindo sua intenção de seguir com uma oferta não-vinculante.

Outros players que têm olhado o ativo incluem o GIC, a Advent e a Constellation, uma companhia canadense que tem executado uma tese de consolidação global do setor de softwares para o varejo.

Segundo uma das fontes, há ainda dois players estratégicos (um americano e um europeu, ambos sem presença na América Latina) engajados.

Ao que tudo indica, a Totvs ainda não está no processo, ainda que bancos envolvidos acreditem que ela possa entrar no páreo na última hora.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal.

Biomm obtém aprovação da Anvisa para medicamento usado no tratamento de câncer

 


Fábrica da Biomm em Nova Lima (MG)

Fábrica da Biomm em Nova Lima (MG) (Crédito: Phillipe Guimarães/Phills)

 

A Biomm comunicou que a Anvisa aprovou nesta segunda-feira registro do produto Bevyx (bevacizumabe), um anticorpo monoclonal, usado no tratamento de diversos tipos de câncer.

“O bevacizumabe é um anticorpo monoclonal…e está em linha com a estratégia da companhia de incorporar outros medicamentos biotecnológicos e oncológicos ao seu portfólio”, afirmou a farmacêutica brasileira.

Com a aprovação do registro, a Biomm afirmou que solicitará autorização de preço do produto junto à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED).

IPCA: novas projeções ‘assustam’ mercado, que espera BC mais austero

 


Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom continuou o ciclo de corte da Selic (a taxa básica de juros) com queda de 0,50 ponto porcentual, de 12,75% para 12,25% ao ano.

Projeções do IPCA para o limite do teto fazem mercado esperar um BC mais atuante e austero (Crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)

 

Pela terceira semana consecutiva, o consenso do mercado financeiro elevou sua projeção para o IPCA no ano de 2024, mirando agora uma inflação de 4,5% – ficando no limite do teto da meta.

Trata-se da terceira alta consecutiva na projeção para o IPCA de 2024.

O número, da edição desta segunda, 21, do Boletim Focus, mostra um mercado que ainda enxerga uma série de incertezas macroeconômicas e vê uma pressão inflacionária ainda latente.

A avaliação é de que as projeções sobem por conta de núcleos que persistem em alta nas últimas leituras.

“A inflação tem apresentado sinais de resiliência, especialmente em serviços, e fatores como a seca e o aumento das tarifas de energia adicionam pressão aos preços”, explica Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest.

Nesse contexto, o mercado espera uma política monetária possivelmente mais rígida como um impacto imediato, o que fica evidente com a elevação da projeção da Selic para 2025, que agora é de 11,25%. Atualmente a taxa Selic está em 10,75% e o mercado espera também uma elevação – de 0,50 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre nos dias 5 e 6 de novembro.

“O Boletim Focus de hoje assusta bastante com uma alta maior do que vinha tendo na projeção da inflação para 4,50% chegando no limite do teto, aumentando as expectativas de aumento de juros. Vemos pressões inflacionárias persistentes, que podem forçar o Banco Central a tomar medidas mais duras em relação a Selic, por enquanto mantida no Focus a 11,75% no ano”, comenta Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

Jefferson Laatus, CEO da Laatus, comenta que “as pressões inflacionárias persistem e podem exigir ajustes mais rigorosos do Banco Central, comprometendo a recuperação econômica”.

“Esse contexto de juros altos por mais tempo pode desacelerar setores dependentes de crédito, como o imobiliário e o industrial, e reduzir o consumo. O desafio será encontrar o equilíbrio necessário para controlar a inflação sem sufocar o crescimento econômico, mantendo a atenção nos indicadores que influenciarão as próximas decisões de política monetária”, detalha.

Última leitura do IPCA

A inflação mostrou uma variação de 0,44% no mês de setembro, leitura mais recente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses fica em 4,42%.

A principal pressão inflacionária do mês em questão foi a conta de luz, por conta da alta de 5,36% nas tarifas de energia elétrica residencial. O item exerceu impacto de 0,21 p.p. no IPCA de setembro.

Focus: Mercado vê inflação no teto da meta em 2024 e eleva projeção para Selic em 2025

 


Prédio do Banco Central em Brasília

 

Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA e o crescimento do PIB em 2024 e projeção de uma inflação maior em 2025, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 11,25%, de 11,00% na semana anterior, indicando menos cortes de juros em 2025.

Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 10,75%, manteve-se em 11,75%, com dois aumentos seguidos de 0,5 ponto percentual, em novembro e dezembro.

Depois disso é esperado mais um aumento de 0,25 ponto na primeira reunião de 2025, com a Selic permanecendo em 12,0% até o penúltimo encontro. São previstos então um corte de 0,50 ponto percentual e outro de 0,25 ponto em novembro e dezembro do próximo ano.

A mudança na previsão ocorre na esteira do aumento do ceticismo do mercado em relação aos esforços do governo para equilibrar as contas públicas. O Executivo tem prometido que anunciará novas medidas de contenção de gastos após o segundo turno das eleições municipais, em 27 de outubro, a fim de cumprir as regras do arcabouço fiscal.

Participantes do mercado têm afirmado que a confiança na direção da questão fiscal será retomada apenas quando houver justamente o anúncio de medidas concretas.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano, agora com alta de 4,50% –exatamente o teto da meta–, ante 4,39% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 3,99%, acima dos 3,96% projetados anteriormente.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve ligeira melhora ainda na expectativa para a expansão do PIB em 2024, agora em 3,05%, de 3,01% na semana anterior. No próximo ano, a economia brasileira deve crescer 1,93%, segundo os analistas, mesma projeção da pesquisa anterior.

Para o mercado de câmbio, a previsão quanto ao preço do dólar ao fim deste ano subiu para 5,42 reais, de 5,40 reais há uma semana. Em 2025, a expectativa é de que a moeda norte-americana atinja 5,40 reais, semelhante à previsão anterior.