sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Nvidia é a primeira empresa a ultrapassar valor de mercado de US$ 3,6 trilhões

 


Logotipo da Nvidia

As ações da Nvidia subiram para uma máxima recorde na quinta-feira, 07, tornando a fabricante de chips a primeira empresa na história a ultrapassar um valor de mercado de 3,6 trilhões de dólares, à medida que Wall Street estendeu ganhos provocados pelo futuro retorno de Donald Trump à Casa Branca.

As ações da Nvidia subiram 2,2%, impulsionadas pelo amplo otimismo dos investidores em relação a cortes de impostos e regulamentações mais flexíveis após a vitória do candidato republicano na terça-feira.

O valor de mercado da Nvidia terminou o dia em 3,65 trilhões de dólares, superando o recorde da Apple de 3,57 trilhões alcançada em 21 de outubro, de acordo com dados da Lseg.

As ações da Apple subiram 2,1% na quinta-feira, deixando-a com um valor de mercado de 3,44 trilhões de dólares.

O índice de tecnologia do S&P 500 subiu mais de 4% nas duas sessões desde que Trump venceu a eleição de terça-feira.

A Nvidia tem sido a maior vencedora de Wall Street em uma disputa entre Microsoft, Alphabet e outras grandes empresas para desenvolver sua capacidade de computação de inteligência artificial e dominar a tecnologia emergente.

As ações da empresa acumulam alta de 12% em novembro, com seu valor triplicando até agora em 2024.

Os analistas, em média, veem a Nvidia aumentando receita trimestral em mais de 80%, para 32,9 bilhões de dólares. A empresa prevê a divulgação de resultados do período em 20 de novembro, de acordo com a Lseg.

O valor de mercado da Microsoft era de quase 3,16 trilhões de dólares, com suas ações subindo 1,25% na quinta-feira.

Lula quer compreender a redação de cada medida do ajuste fiscal, diz ministro

 

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou na tarde desta sexta-feira, 8, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer compreender “a redação de cada medida” do plano de corte de gastos proposto pela equipe econômica. Segundo o ministro, o chefe do Executivo não é refratário ao compromisso fiscal, mas não deseja que a conta recaia para a população mais vulnerável.

“O objetivo é garantir que se tenha todo o cuidado nas medidas de ajuste. Todo o cuidado. O presidente tem um compromisso, sim. Não tem nenhum presidente que tenha mais compromisso com o equilíbrio fiscal. Ele sabe que o equilíbrio fiscal, o superávit, significa inclusive maior capacidade de investimento. Mas não quer que essa carga caia sobre os mais pobres. Para essa proteção social não faltará dinheiro”, afirmou o ministro, em entrevista à CNN Brasil.

A pasta de Dias é uma das visadas para contribuir com o ajuste fiscal. Ontem, em nota à imprensa, ele disse que o governo não vai cortar “nenhum benefício” de quem tem direito ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada. A revisão no BPC é uma das medidas estudadas pela equipe econômica para conter os gastos.

Na entrevista à CNN, Dias minimizou os relatos de atritos entre os ministros da ala social e econômica, reforçando que a equipe ministerial segue unida.

“Todo o esforço do ministro Fernanda Haddad é de encontrar uma equação a partir das vitórias que tivemos com o crescimento da economia e daquilo que for possível de se ter redução de despesas e dar o equilíbrio”, afirmou Dias.

Carnes sobem 5,8% em outubro e têm maior alta mensal em 4 anos, diz IBGE

 


Carnes no açougue - Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

 

A inflação do Brasil acelerou para 0,56% em outubro, o que representou 0,12% ante ao mês anterior (0,44%). O resultado foi influenciado principalmente por habitação (1,49%) e alimentação e bebidas (1,06%). Este último impulsionado pelo aumento das carnes (5,81%).

Trata-se da maior variação mensal de carnes desde novembro de 2020, quando foi de 6,54%. Alguns cortes se sobressaíram, caso do acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica André Almeira, gerente do IPCA e INPC.

Os dados são do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta sexta-feira, 8, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Confira abaixo as principais altas entre os alimentos, segundo o IBGE:

 

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Herlon Brandão: Temos valor recorde em importação e corrente de comércio para meses de outubro

 


O diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, afirmou nesta quarta-feira, 6, que o valor de importações em outubro bateu recorde para este mês na série histórica, com US$ 25,1 bilhões comprados. O feito também foi registrado na corrente de comércio do mês retrasado, que fechou em US$ 54,6 bilhões.

As importações estão crescendo no ano. Em outubro, houve avanço de 22,5%, crescimento puxado pelo aumento de volume comprado, que subiu 34,2%, contra uma queda de 8,5% nos preços.

No ano, as importações crescem 9,4%, com valor de US$ 221,4 bilhões. Esse movimento reduz o saldo comercial da balança, que está em US$ 63 bilhões até outubro, contra US$ 80,8 bilhões registrados na mesma época em 2023.

Entre os destaques das importações estão os bens de capital, com avanço de 21,2%, os bens intermediários, com crescimento de 17,1%, e os bens de consumo, com alta de 27,4%. Só em outubro, as compras da China tiveram alta de 46,7%. No ano, o crescimento do que chega da China é de 20,4%. Brandão deu destaque também para a importação de veículos automóveis de passageiros, que cresceu 63% de janeiro a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado.

Na contramão de Lula, Gleisi Hoffmann e ministro Paulo Teixeira criticam Trump

 Ficheiro:Foto oficial de Luiz Inácio Lula da Silva (2023 ...


Mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha parabenizado Donald Trump por vencer as eleições, alguns aliados do petista já mostraram menos pragmatismo. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT-SP) atacou Trump nas redes sociais. A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou que a eleição do empresário acende o “sinal de alerta para o campo democrático”. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “o dia amanheceu mais tenso” com o resultado do pleito nos EUA.

Em sua conta no X (antigo Twitter), Paulo Teixeira disse nesta quarta-feira, 6, que Trump cultiva “os piores valores humanos”. Ele também apontou o negacionismo do republicano para as mudanças climáticas.

Mesmo criticando o candidato vencedor, 1h depois Teixeira repostou a publicação de Lula parabenizando Trump. Na contramão do ministro, o presidente disse que “o mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”.

Gleisi Hoffmann não atacou Trump, mas avaliou em uma publicação no X nesta quarta-feira, 6, que a derrota de Kamala Harris mostra que o mundo mantém a polarização. A petista defende que a esquerda tem de se preparar para as disputas no Brasil. “temos de nos preparar para enfrentá-la também aqui no Brasil, onde a extrema direita já se assanha com o resultado”, escreveu

Para Hoffmann, a esquerda brasileira tem que entregar respostas e soluções para o povo, sem cair no neoliberalismo. Para ela é necessário “dar respostas concretas às necessidade e expectativas do povo, que não cabem na receita neoliberal que o mercado quer impor ao governo e ao país”.

Dólar cai 1,2% e fecha a R$ 5,67, em dia de decisão sobre juros e na expectativa por medidas fiscais

 


Após superar os R$ 5,86 no início da sessão, na esteira da vitória de Donald Trump na disputa presidencial dos Estados Unidos, o dólar à vista perdeu força no Brasil e fechou nesta quarta-feira, 6, em queda firme, abaixo de R$ 5,70, com investidores à espera de medidas efetivas do governo Lula para conter gastos.

Na noite desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia sua decisão sobre a taxa de juros. A expectativa do mercado é por uma alta de 0,50 ponto percentual.

A disparada de ordens de “stop loss” (parada de perdas) no mercado durante o dia também favoreceu a queda do dólar ante o real, ainda que no exterior a moeda norte-americana sustentasse fortes altas ante as demais divisas.

O dólar à vista fechou o dia em baixa de 1,21%, cotado a R$ 5,6774. No ano, porém, a divisa acumula alta de 17,02%.

Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,28%, a 5,6925 reais na venda.

Após mostrar dólar acima de R$ 6, Google admite erro e tira cotação das buscas

 


Prédio do Google em Manhattan, Nova York

Prédio do Google em Manhattan, Nova York

Eduardo Vargasi

 

O Google deixou de exibir nesta quarta-feira, 6, o painel de cotação do dólar nas buscas feitas na ferramenta após mostrar, de forma errada, um câmbio acima de R$ 6, o que confundiu internautas e provocou confusão. Por volta das 13h30, por exemplo, a plataforma exibia a cotação da moeda a R$ 6,17.

“Recursos da Busca como o ‘câmbio de moeda’ são baseados em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, nós removemos as informações da Busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível”, disse o Google, em nota, ao admitir o erro.

A plataforma deixou de exibir também cotações de outras moedas, como euro, iene ou peso mexicano.

Ainda é possível buscar o painel de cotação do dólar no Google Finance, que a partir da tarde começou a mostrar o preço correto, na casa dos R$ 5,70.

Atualmente, a plataforma utilizada pelo Google para angariar os dados de câmbio e outros é a Mornigstar.

Em sua página de ‘exoneração de responsabilidade’, o Google declara que “todos os dados e informações são fornecidos ‘no estado em que se encontram’ somente para fins informativos, e não para fins de negociação ou recomendação sobre investimentos, tributos, questões jurídicas, financeiras nem outros assuntos. Consulte seu agente ou representante financeiro para verificar os preços antes de executar qualquer negociação”.

Cotação do dólar

Com a vitória de Trump, dólar chegou a R$ 5,86 por volta das 10h30, com uma valorização de quase 2% no intradia. Depois, a moeda recuou e caminha para encerrar o dia abaixo de R$ 5,70, conforme a Reuters.

O dia também é de valorização da bolsa de valores de Nova York. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 2,4% ao passo que o Dow Jones avançou 3,4%.

“A apreciação do dólar frente ao real se deve, na maior parte, às expectativas de maiores juros na gestão Trump, especialmente pelo lado fiscal expansionista de seu governo, com os ambiciosos cortes de impostos. O plano de Trump tem um viés bastante inflacionário, que deve ser combatido com maiores taxas de juros, aumentando a atratividade do dólar e dos ativos norte-americanos frente aos pares emergentes”, explica José Alfaix, economista da Rio Bravo.