quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Alckmin exalta aprovação e diz que mercado de carbono é grande estímulo para setor privado

 

 Geraldo Alckmin: a história do ex-tucano que virou vice de Lula

 


O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, exaltou a aprovação do projeto de lei sobre o mercado regulado de crédito de carbono, na quarta-feira, 14, pelo Senado Federal. Alckmin afirmou que o “mercado de carbono é o grande estímulo para o setor privado e para todos os países”.

“O mercado regulado é necessário”, disse o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. “Vai estimular uma produção com menor pegada de carbono, com menor emissão. De um lado, premia quem reduz [as emissões], dando a ele um crédito de carbono, que pode ser comercializado no mercado regulado. Do outro, vai onerar aquele que está poluindo mais”, acrescentou ele, que é o chefe da delegação brasileira na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29).

O crédito de carbono é emitido por quem consegue reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e comprado por quem não corta ou continua aumentando as suas emissões. Nesse sentido, regulações nacionais e compromissos multilaterais limitam o quanto uma empresa, por exemplo, pode comprar em crédito de carbono a fim de cumprir as normas e metas locais de net zero (saldo zero entre emissões e remoções de GEE da atmosfera).

Como sofreu ajustes no Senado, o projeto de lei precisa voltar para apreciação na Câmara dos Deputados. “Agora falta só a última etapa, que é votar na Câmara. O importante é que o mercado regulado vem ao encontro da NDC [sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada] que nós apresentamos ontem”, disse o vice-presidente na entrevista à imprensa.

Alckmin repetiu que a NDC tem como teto a meta de reduzir em 67% as emissões de GEE, o que mostra que o Brasil está comprometido com o combate à mudança climática. “O Brasil é exemplo para o mundo de descarbonização de combustível”, disse, repetindo o discurso desta semana sobre biodiesel, SAF, “frota flex”, etanol.

IBC-Br cresce mais que o esperado em setembro, mas tem perda de força no trimestre com alta de 1,1%

 


Sede do Banco Central, em Brasília

 

Por Camila Moreira

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A economia brasileira encerrou o terceiro trimestre com crescimento de 1,1%, de acordo com dados do Banco Central, mostrando dinamismo da economia com resultado acima do esperado em setembro embora aponte tendência esperada de arrefecimento no segundo semestre.

O dado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), foi divulgado nesta quinta-feira pelo BC, mostrando que o mês de setembro apresentou expansão de 0,8% em relação a agosto, em dado dessazonalizado.

A leitura do mês ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5% e foi a mais forte desde junho, marcando aceleração ante o crescimento de 0,2% de agosto, em dado não revisado pelo BC.

Já a alta trimestral ficou ligeiramente mais fraca do que o resultado do segundo trimestre, depois de o IBC-Br ter mostrado expansão de 1,25% entre maio e junho. No primeiro trimestre, o índice avançou 1,61%.

Os dados do IBC-Br mostram ainda que, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice teve alta de 5,1% em setembro, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,0%, segundo números observados.

“Os números de setembro corroboram a percepção de sustentação de um ritmo de crescimento ainda elevado para a economia, de modo que a economia brasileira deve apresentar uma desaceleração mais lenta do que a antecipada pelo mercado”, avaliou a Genial Investimentos em nota, calculando crescimento do PIB no terceiro trimestre de 0,8% sobre o período anterior.

“Se, por um lado, essa robustez contribui para que a economia surpreenda e apresente um ritmo de crescimento mais próximo de 3,5% em 2024, por outro, se mostra um importante fator de risco inflacionário.

A economia mostrou resultados melhores do que o esperado no primeiro semestre em meio a um mercado de trabalho forte, inflação controlada e aumento da renda, surpreendendo analistas. Mas a expectativa agora é de perda de força diante da redução dos estímulos fiscais e da taxa básica de juros elevada.

Ainda assim, as preocupações com a inflação devido à economia aquecida permanecem e o Banco Central já elevou a taxa básica de juros Selic para 11,25%, com expectativa de novo aumento em dezembro.

O IBGE divulgará em 3 de dezembro os números do PIB do terceiro trimestre. Entre abril e junho, a economia brasileira expandiu 1,4% na comparação com o primeiro trimestre, segundo os dados do instituto de pesquisa.

Em setembro, a produção industrial brasileira cresceu 1,1% sobre o mês anterior e ficou acima do esperado, assim como o volume de serviços, que aumentou 1,0% no mês.

As vendas varejistas também aumentaram em setembro, mas o ritmo de 0,5% ficou bem abaixo da expectativa.

“Os dados recentes reforçam o cenário base do Banco Central de dinamismo maior do que o esperado do nível de atividade e expressam sua característica pulverizada em toda a economia, com vetores de impulso por parte da demanda e da oferta. Também corroboram a perspectiva de uma condução de política monetária vigilante por parte da instituição”, avaliou a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta.

O Ministério da Fazenda prevê que o PIB brasileiro crescerá 3,2% em 2024. Já o BC divulgará suas novas estimativas em dezembro –a última projeção é de crescimento de 3,2% este ano.

Pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostra que a expectativa para a expansão do PIB este ano é de 3,10%, indo a 1,94% em 2025.

O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.



quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Haddad diz que governo avalia incluir mais medidas em pacote fiscal

 


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 13, que o governo está avaliando se consegue, em tempo hábil, incluir mais medidas no pacote fiscal em discussão para ser enviado ao Congresso Nacional.

Em entrevista a jornalistas, Haddad afirmou que a equipe econômica quer que prevaleça um conceito no qual todas as rubricas afetadas sigam o mesmo arcabouço.

Haddad não confirmou se os anúncios sobre as medidas serão feitos ainda nesta semana ou apenas na próxima, após a reunião do G20.

Nesta quarta, o ministro se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para conversar sobre a proposta de corte de despesas do governo.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem discutindo medidas de contenção de gastos nas últimas semanas, e o mercado tem mostrado nervosismo com a demora em apresentar medidas fiscais, o que vem influenciando a alta do dólar ante o real.

O pacote deverá ser encaminhado para os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Na semana passada, o ministro afirmou que as medidas de contenção de gastos públicos estavam “muito avançadas” do ponto de vista técnico e que o tema estava na “reta final”.

Tesouro Direto: taxas disparam e título oferece IPCA+7% pela 1ª vez na história

 


Títulos do Tesouro Direto mostram remuneração de IPCA+7% pela primeira vez em anos

Títulos do Tesouro Direto mostram remuneração de IPCA+7% pela primeira vez em anos (Crédito: Divulgação/Tesouro Nacional)

 

Nesta quinta-feira, 13, pela primeira vez na história um dos títulos do Tesouro Direto passaram a mostrar uma remuneração de IPCA+7%. O Tesouro IPCA+ 2029 é o título em questão que oferece esse patamar de remuneração. Títulos com vencimentos mais longos, como o Tesouro IPCA+ 2035, também subiram e agora oferecem remuneração de 6,8%.

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No passado, o título com vencimento para 2035 havia sido o único com remuneração de IPCA+7%, todavia isso ocorreu em menos de 5% das sessões dos últimos 10 anos. No caso do vencimento para 2029, foi a primeira vez.

O Tesouro Educa+2026 também está com uma remuneração de IPCA+7%.

O cenário de alta remuneração para esse título vem em um contexto de desancoragem das expectativas de inflação e ceticismo com a política fiscal.

O mercado ainda aguarda um pacote fiscal do governo que apresente cortes de gastos, medida que tem sido citada pelo ministro Fernando Haddad em falas recentes, mas ainda não foi formalizada.

A previsão era de que o pacote fosse anunciado nesta semana, mas Haddad passou a avaliar novas medidas – incluindo contemplar cortes nas Forças Armadas – e apresentação do pacote deve ficar para a próxima semana. Além disso, a reunião do G20 no Rio de Janeiro também é um fator que atrasa a formalização do pacote de ajustes.

O atraso no anúncio de medidas de ajuste tem custado caro ao governo, que já enxerga um dólar mais próximo dos R$ 6 do que dos R$ 5.

A última vez que os níveis de remuneração de títulos do Tesouro ficaram nesse patamar foi em meados de 2016 – ano de impeachment e de incertezas econômicas mais intensas.

Tesouro sobe com projeções do IPCA em alta

A precificação dos títulos atrelados ao IPCA nesse patamar mostra que os investidores querem um prêmio alto, sinalizando que a visão é de uma inflação persistente nos próximos meses e anos.

Conforme dados do Boletim Focus, que refletem as projeções do consenso do mercado financeiro, a expectativa é de que o IPCA feche o ano em 4,62% – acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.

O mercado tem elevado suas projeções para o índice há seis semanas consecutivas.

Tesouro pré-fixado nas máximas de 2024

O Tesouro Prefixado também renovou suas máximas para o ano, com o título que vence em 2027 oferecendo uma rentabilidade de 13,45% ao ano.

Já o Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 rende 13,24% ao ano, também ficando no maior patamar de 2024.

Entre os países do G20, 10 têm média de jornada de trabalho menor que a do Brasil; veja lista

 


Funcionários de fábrica em Socorro, São Paulo

 

O G20 reúne as maiores economias do mundo, englobando 19 países e dois órgãos regionais (União Africana e a União Europeia), que representam 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Entre os países do grupo, 13 deles trabalham, em média, até 40 horas por semana, de acordo com levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão vinculado à Organização das Nações Unidos (Onu). Não há informações sobre a Arábia Saudita, então o país não está sendo considerado na lista.

No ranking, Brasil fica em 11º lugar entre os países com mais horas trabalhadas semanalmente em média, com 39 horas. O Canadá é que tem a menor média, de 32,1 horas trabalhadas por semana. A Índia registra a maior quantidade de horas, com 46,7 em média.

Média de horas semanais trabalhadas nos países do G20

  1. Canadá – 32,1
  2. Austrália – 32,3
  3. Alemanha – 34,2
  4. França – 35,9
  5. Reino Unido – 35,9
  6. Itália – 36,3
  7. Japão – 36,6
  8. Argentina – 37
  9. Estados Unidos – 38
  10. Coreia do Sul – 38,6
  11. Brasil – 39
  12. Rússia – 39,2
  13. Indonésia – 40
  14. África do Sul – 42,6
  15. México – 43,7
  16. Turquia – 43,9
  17. China – 46,1
  18. Índia – 46,7
  19. Arábia Saudita – não constam dados na OIT

Campanha pelo fim da jornada 6×1

Nos últimos dias, o debate sobre jornada de trabalho ganhou ampla repercussão com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) que prevê o fim da escala 6×1, seis dias de trabalho e um de descanso.

Nesta quarta-feira,13, a PEC atingiu o quórum de assinaturas necessário para começar a tramitar na Câmara dos Deputados, com 194 assinaturas no sistema interno da Câmara na parte da manhã, acima das 171 mínimas necessárias.

A mobilização em torno da proposta ganhou força com a adesão de deputados federais do PT, com 68 deputados da sigla sendo signatários.

Também integram as assinaturas outros partidos da base aliada do presidente da República e outros 13 parlamentares do PSOL da Câmara e 13 deputados federais do PSB.

No texto, além do fim da escala 6×1, há a proposta para que ela passe a ser 4×3, quatro dias trabalhados e três de descanso. Se aprovada, a regra valeria para todos os trabalhadores do país e reduzira das atuais 44 horas semanais previstas na Constituição Federal para 36 horas.

 Atualmente, a Constituição Federal define que a jornada de trabalho no Brasil não pode ultrapassar 8 horas diárias e 44 horas semanais. O empregador é obrigado a conceder ao empregado um dia de descanso, preferencialmente aos domingos.

Para o professor José Dari Krien, do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit), o debate – e a amplitude de sua repercussão nesses dias – podem ser entendidos como reflexo de transformações mais profundas do que está acontecendo no mundo do trabalho hoje.

“Assim como as jornadas de junho de 2013, esse movimento é expressão de algo maior do que está acontecendo na sociedade. Hoje a sociedade está ressignificando o trabalho, que está penoso, com pressões por produtividade e metas, ou muitos trabalhos precários e sem realização pessoal”, avalia Krein.

O pesquisador destaca que, historicamente, o setor empresarial produtivo vai defender a ideia de sociedade organizada pela lógica do mercado, e que a mudança tente a gerar efeitos negativos, assim como ocorreu na instituição do 13º salário nos anos 1960 e da política de valorização do salário mínimo no início dos anos 2000, efeitos esses que não se concretizaram como propagado na época.

Mas que a sociedade “precisa considerar a vida das pessoas, não só a economia”.

“Hoje as pessoas têm muito pouco tempo para a vida social. E não querem mais só o trabalho, a vida tem outras dimensões. Faz muito tempo que não se mexe na jornada formal no Brasil, foi há 36 anos e, mesmo assim, reduziu de 48 para 44 horas, reduziu pouco”.

Como é hoje no Brasil

Compensações de horários e redução de jornada são permitidas desde que acordadas em convenções coletivas. Horas que ultrapassem os acordos devem ser pagas em valor 50% superior à remuneração normal.

Já a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, estabelece que serviços que abrem aos domingos devem definir um revezamento de escalas de trabalho mensais, garantindo as 24 horas semanais de descanso remunerado. A lei, válida para trabalhadores contratados nesse regime, também limita em duas horas o tempo máximo de trabalho extra por semana para algumas profissões.

Na prática, não há limite máximo de dias trabalhados descrito na lei, mas a distribuição das horas permitidas faz com que o teto seja de seis dias.

A atual regra foi estabelecida após constantes mudanças na legislação. As 44 horas semanais foram definidas já na Constituição de 1988, mas alterações na CLT aconteceram ao longo do tempo. A principal delas foi a reforma trabalhista aprovada em 2017 no governo de Michel Temer, que permitiu que “ocorrendo necessidade imperiosa” seja autorizado um regime de trabalho de até 12 horas diárias independentemente de acordo ou convenção coletiva. A regra vale até hoje.

Manifestações

O Ministério do Trabalho avaliou na segunda-feira, 11, que a redução da jornada de 44h semanais é “plenamente possível e saudável”, diante de uma decisão coletiva.”

A pasta ponderou, no entanto, “acreditar que essa questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados”.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que está na COP29, no Azerbaijão, disse que a redução da jornada 6×1 é uma “tendência em todo o mundo”, contudo disse que o tema não foi debatido internamento no governo.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a hipótese de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que veta a escala 6×1 – seis dias trabalhados e um dia de descanso – para uma jornada de 44 horas semanais. Para a confederação, a redução obrigatório da jornada, estabelecida por lei, deve produzir efeitos negativos no mercado de trabalho e na capacidade das empresas de competir, sobretudo aquelas de micro e pequeno porte.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 12, a CNI defende que o tema da carga horária semanal seja tratado apenas em processos de negociação individual e coletiva.

 

*Com informações de Deutsch Welle

 

https://istoedinheiro.com.br/entre-os-paises-do-g20-10-tem-media-de-jornada-de-trabalho-menor-que-a-do-brasil-veja-lista/

Lula recebe bilionário indiano da siderurgia e celebra “volta da confiança”

 


Presidente destaca investimentos bilionários da ArcelorMittal e reforça importância das relações econômicas entre Brasil e Índia

Lakshmi Mittal, Lula e Rui Costa (Foto: Ricardo Stuckert)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta terça-feira, 12 de novembro, o empresário indiano Lakshmi Mittal, presidente da gigante da siderurgia ArcelorMittal, no Palácio do Planalto. A visita de Mittal ao Brasil tem como destaque a inauguração de uma nova planta da empresa em São Francisco do Sul, Santa Catarina, marcada para esta quarta-feira, com investimento de R$ 2 bilhões. Este aporte faz parte de um robusto plano de investimentos da ArcelorMittal no país, que inclui grandes projetos em energias renováveis e um total de R$ 5 bilhões em investimentos somente em Minas Gerais.

O investimento de R$ 2 bilhões em Santa Catarina e os aportes adicionais em Minas Gerais são parte de um plano mais amplo da ArcelorMittal para o Brasil nos próximos cinco anos. A empresa já possui operações em oito estados da federação e vem se destacando como um dos principais players na implementação de projetos de energias renováveis no país.

Lula celebrou o momento em um tweet, destacando a importância da confiança internacional renovada no Brasil: "Hoje me reuni também com o empresário indiano Lakshmi Mittal, presidente da ArcelorMittal, que veio ao Brasil para inaugurar uma nova planta da empresa siderúrgica em Santa Catarina, investimento de R$ 2 bilhões no estado. Agora existe confiança para investimentos externos e crescimento da indústria no Brasil."

A importância estratégica das relações Brasil-Índia

O encontro entre Lula e Mittal não apenas celebrou os novos investimentos, mas também reiterou o potencial das relações econômicas entre Brasil e Índia. O presidente enfatizou a necessidade de fomentar um maior intercâmbio comercial entre os dois países, cujas economias, por seu tamanho e potencial, ainda não exploraram totalmente as possibilidades de cooperação mútua. Essa iniciativa é parte de um movimento mais amplo de Lula para reforçar parcerias internacionais estratégicas e atrair investimentos que impulsionem a indústria e a economia brasileira.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Salário mínimo pode chegar a R$ 1.525 em 2025 com inflação mais alta, diz estudo

 


CLT digital (Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

 

O salário mínimo pode subir para R$ 1.524 em 2025, segundo projeções elaboradas pela corretora de investimentos XP. O valor representaria uma alta de 7,93% em relação ao atual patamar de R$ 1.412 e está acima da projeção de R$ 1.509 enviada pelo Governo Federal ao Congresso em agosto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).

O cálculo de reajuste do salário mínimo estabelecido pela regra atual é feito com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro de 2024, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos antes, no caso, de 2023.

O estudo da XP calcula que o INPC, usado como indicador de inflação, chegará a 4,9% em 12 meses em novembro. Já o PIB do ano levado em consideração no cálculo é de 2,91%.

Pressões fiscais

“Quando o orçamento foi apresentado ao Congresso em agosto, as estimativas para IPCA, INPC e salário mínimo eram de 3,90%, 3,65% e R$ 1.509 No entanto, como dissemos acima, as medidas de inflação aumentaram desde então e devem chegar a 4,9%, 5,0% e R$ 1.524, respectivamente”, diz o estudo.

Segundo a corretora, o novo número pressionará o orçamento com uma despesa de R$ 13,3 bilhões em 2025, já que o salário mínimo é utilizado como base para o cálculo de benefícios como seguro-desemprego, previdência social e abono salarial.

Em um tópico chamado “resultado primário em risco”, o estudo crava que será necessário um novo aumento de tributos como o da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), instituído por Medida Provisória. Nos últimos dias, reuniões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros componentes do governo Lula buscam montar um pacote de cortes de gastos para conseguir bater as metas do atual arcabouço fiscal.