terça-feira, 19 de novembro de 2024

BNDES financia R$ 600 mi para exportação de Super Tucanos da Embraer para o Paraguai

 

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou na segunda-feira, 18, durante a Cúpula de Líderes do G20, com o governo do Paraguai, contrato de financiamento da ordem de R$ 600 milhões para exportação de seis Super Tucanos e de pacote logístico da Embraer para Força Aérea paraguaia. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 19, pelo BNDES.

A assinatura contou com as presenças do ministro da Economia do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos, e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Essa foi a primeira operação de financiamento a exportações de produtos de Defesa aprovada em mais de 13 anos pelo BNDES, marcando a retomada do Banco no apoio à Base Industrial de Defesa brasileira. É um setor estratégico da Nova Indústria Brasil por ser intensivo em tecnologia e gerador de inovações, com fabricação de produtos de alto valor agregado e geração de empregos de alta qualificação”, disse Mercadante em nota.

Segundo o banco brasileiro, a aeronave A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria, com mais de 260 aeronaves entregues, mais de 500 mil horas de voo e utilizada por 16 Forças Aéreas. O Super Tucano é utilizado para ações de treinamento, reconhecimento e combate.

Brasil exporta 54% da produção de petróleo nos primeiros nove meses do ano, mostra Ineep

 

Ineep – Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás ...


O Brasil exportou mais da metade do petróleo que produziu nos primeiros nove meses do ano, registrando crescimento de 260% em relação há dez anos, informa levantamento feito pelo Instituto Estratégico de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). De janeiro a setembro de 2024, o País exportou uma média de 1,8 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), ou 54% do petróleo produzido, contra 47% exportado no mesmo período do ano passado, somando as exportações da Petrobras e de petroleiras privadas.

“O crescimento das exportações na última década deve-se principalmente à ampliação da produção advinda do pré-sal, em contraste com a modesta expansão da capacidade de refino nacional. Enquanto a produção nacional de petróleo registrou uma alta de cerca de 48%, passando de 2,3 para 3,4 milhões de barris por dia, a capacidade de refino avançou apenas 7,5%, subindo de 2,13 para 2,29 milhões de barris por dia”, destaca o instituto, utilizando dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A China foi o principal destino das exportações em 2024, que absorveu cerca de 46,2% do total exportado. Os Estados Unidos e a Espanha se destacaram como outros destinos significativos, recebendo, respectivamente, 13,1% e 10,2% do total. A Petrobras continua como a principal exportadora, apesar da contribuição crescente das empresas privadas, atualmente em cerca de 450 mil bpd.

Na última década, impulsionada pela produção do pré-sal e redução do parque de refino – com o programa de desinvestimentos no setor durante os governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro -, a Petrobras experimentou um crescimento significativo na produção. Em 2013, a companhia exportou cerca de 0,21 milhões de barris de petróleo por dia, o equivalente a 11% de sua produção total. Em 2023, o volume exportado atingiu 0,59 milhões de barris diários, representando 27% da produção total na mesma comparação.

No terceiro trimestre do ano, a Petrobras como concessionária deteve 63% da produção total de petróleo e gás, alcançando a marca de 2,71 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). As demais petroleiras responderam por 1,62 milhão boe/d, o que corresponde a aproximadamente 37% da produção nacional no período.

Derivados

Apesar da elevada produção e exportação de petróleo, o Brasil continua importando derivados, tendência que, segundo o Plano Decenal de Energia (PDE 2034) da EPE, deve persistir na próxima década, ressalta o Ineep.

“Embora as exportações gerem ganhos financeiros no curto prazo, especialmente em momentos de alta do preço da commodity, a falta de uma política industrial articulada e que busque desenvolver a cadeia de valor interna limita o desenvolvimento econômico e produtivo do País no longo prazo, mantendo-o dependente de importações (de derivados)”, avalia o estudo.

Ainda de acordo com o Ineep, a dependência de derivados importados torna os preços dos combustíveis mais suscetíveis às oscilações provocadas pelas dinâmicas geopolíticas e econômicas globais.

“Um planejamento ampliado e integrado para a indústria de óleo e gás, com investimentos em exploração, produção e refino, é crucial para garantir o abastecimento interno e a segurança energética do país, além de posicionar o Brasil de forma estratégica no mercado internacional de petróleo”, conclui o estudo.

Inflação do Natal: Azeite, lombo, pernil e filé mignon lideram ranking de alta de preços

 


Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostram que a inflação da cesta de Natal foi de 9,16%

Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostram que a inflação da cesta de Natal foi de 9,16% (Crédito: Freepik)

 

A cesta de Natal ficou 9,16% mais cara em 2024, conforme o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

O preço médio da cesta da Natal em novembro deste ano é de R$ 439,30, ao passo que em dezembro de 2023 o preço era de R$ 402,45.

Os dados divulgados pela FIPE nesta terça-feira, 19, mostram que a inflação na cesta de natal teve principalmente a contribuição de itens como o azeite de oliva extravirgem.

Esse item em específico teve uma alta de 21,3% no seu preço.

Proteínas também tiveram uma alta expressiva nos preços, com uma alta de mais de 17% nos preços do quilo do pernil com osso. O quilo do filé mignon, por sua vez, teve um salto de 16%, enquanto o quilo da picanha subiu praticamente 15%.

O quilo do chester está, em novembro deste ano, 11% mais caro do que em dezembro de 2023.

Esses itens em questão não fazem parte da cesta, porém são mais consumidos nessa época de ano por conta da sazonalidade, conforme explica Guilherme Moreira, coordenador do IPC-FIPE.

“Na cesta estão produtos típicos das cestas prontas, enquanto nos itens de Natal consideramos aqueles que, apesar de não serem típicos, têm consumo ampliado nesta época. Um exemplo é a picanha, que, mesmo fora da cesta tradicional, está presente em churrascos e comemorações”.

Inflação da cesta de Natal e dos itens que são mais consumidos no Natal em 2024
Inflação da cesta de Natal e dos itens que são mais consumidos no Natal em 2024 (Crédito:Foto: Divulgação/FIPE)

Bebidas também tiveram valorização, mas em menor magnitude.

Como exemplo, o litro do suco néctar de laranja teve um aumento de preço na casa dos 16%. Já o vinho tinto tinto 750ml saltou 8% no comparativo entre novembro de 2024 e dezembro de 2023.

Itens da cesta de Natal que tiveram queda de preço

Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda nos preços no comparativo entre novembro de 2024 e dezembro de 2023.

No caso dos itens da cesta de Natal, os únicos itens que tiveram retração foram o panetone de frutas cristalizadas 400g, com queda de 1,6% no preço, e o macarrão espaguete 500g, com queda de 2,1%. Nos itens que são sazonalmente mais consumidos no fim de ano, a única retração de preço ficou com o quilo da farofa, com uma magnitude de 7,2%.

 

 https://istoedinheiro.com.br/inflacao-cesta-natal-azeite-alta-precos/

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Petrobras propõe US$ 111 bilhões para Plano de Investimentos, alta de 9%

 


CEO da Petrobras, Magda Chambriard

CEO da Petrobras, Magda Chambriard

 

A Petrobras comunicou nesta segunda-feira, 18, que a diretoria executiva propôs investimentos da companhia entre 2025 e 2029 de US$ 111 bilhões.

Esse montante no plano de investimentos da Petrobras representaria uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior, de acordo com fato relevante.

A afirmação foi feita em esclarecimentos de notícias ao mercado.

A companhia ressaltou que os investimentos deliberados pela diretoria ainda precisam ser aprovados pelo conselho de administração da petroleira.

A reunião do colegiado para aprovação do plano de investimentos está prevista para a próxima quinta-feira, 21.

A companhia destacou que a área de Exploração & Produção poderia receber a maior parte dos investimentos, estimados em cerca de US$ 77 bilhões, segundo o que foi proposto pela diretoria.

A área de exploração ficaria com US$ 7,9 bilhões.

A estatal afirmou que projeta produção total de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed).

Os investimentos em Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC) foram estimados em cerca de US$ 20 bilhões.

Sobre a projeção de dividendos ordinários, a estatal disse que ficarão em faixa que começa em US$ 45 bilhões.

Porém, a empresa destacou que há flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período do plano.

Desempenho das ações da Petrobras

As ações da Petrobras subiram 1,07% até às 14h40, momento em que a negociação dos papéis foi interrompida por conta da divulgação de fato relevante, conforme previsto nas regras de mercado. Os papéis somam queda de 0,3% no acumulado de 2024, estando cotados atualmente a R$ 37,67.

Governo eleva projeção de alta do PIB em 2024 para 3,3% e ainda vê inflação abaixo do teto

 


Proporção de reajustes salariais acima da inflação em novembro é a menor desde abril, diz Fipe

Inflação e economia (Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

 

O governo revisou sua projeção para o crescimento da economia brasileira em 2024 para 3,3%, ante  estimativa anterior de 3,2%. A informação faz parte do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, divulgado nesta segunda-feira, 18.

A Fazenda também elevou a projeção para a inflação esperada no ano, de 4,25% para 4,40% em 2024. Ou seja, diferentemente do mercado, o governo continua com a expectativa de que o IPCA fechará o ano dentro do teto da meta, que é de 4,5%.

“Até o final do ano, deverá haver desaceleração nos preços de monitorados, repercutindo, principalmente, mudanças esperadas nas bandeiras tarifárias de energia elétrica. Os preços livres, no entanto, devem seguir em aceleração, refletindo a dinâmica dos preços de itens mais voláteis, mais afetados pelo câmbio e clima”, diz o boletim.

Novas projeções do Ministério da Fazenda
Novas projeções do Ministério da Fazenda (Crédito:Divulgação)

 

Como relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o governo projeta um crescimento da atividade nos próximos dois trimestres, embora em ritmo inferior ao observado nos dois primeiros trimestres de 2024.

O governo elevou de 0,6% para 0,7% a projeção de expansão do PIB no 3º trimestre, na comparação com os três meses anteriores, o que representará uma desaceleração frente a alta de 1,4% registrada no 2º trimestre.

“Na margem, a perspectiva é de desaceleração no ritmo de crescimento, principalmente em função da forte expansão observada no segundo trimestre. Na comparação interanual, no entanto, projeta-se aceleração do crescimento, de 3,3% no segundo trimestre para 3,9% no terceiro”, afirma o documento.

Mercado eleva a 12% projeção para Selic em 2025 e vê inflação e dólar mais altos

 


Sede do Banco Central, em Brasília

 

Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA neste ano e nos próximos dois, elevando também as previsões para as cotações do dólar, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,00%, de 11,50% na semana anterior.

Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela sétima semana consecutiva. O BC volta a se reunir em dezembro para a última decisão de política monetária do ano.

De acordo com os dados do Focus, o BC deve voltar a elevar os juros nas duas primeiras reuniões do ano, respectivamente em 0,50 e 0,25 ponto percentual, a 12,50%. Só são esperados cortes então nos dois últimos encontros do ano, ambos de 0,25 ponto.

A mudança na previsão ocorre na esteira da divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira. No documento, os membros afirmaram que deterioração adicional das expectativas de mercado para a inflação à frente pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto dos juros básicos.

O BC também reforçou a defesa da adoção de medidas fiscais pelo governo, argumentando que ações nesse sentido podem induzir o crescimento econômico. O Executivo tem prometido o anúncio de um pacote de medidas de contenção de gastos a fim de garantir a sustentação do arcabouço fiscal.

Neste mês, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano pela sétima semana consecutiva, agora com alta de 4,64% — acima do teto da meta perseguida pelo BC –, ante 4,62% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 4,12%, acima dos 4,10% projetados anteriormente, e em 2026 a conta subiu a 3,70%, de 3,65%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve aumento ainda na expectativa para a cotação do dólar em 2024, agora em 5,60 reais, de 5,55 reais na semana anterior. No final do próximo ano, a moeda norte-americana deve atingir 5,50 reais, segundo os analistas, ante 5,48 reais há uma semana.

Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 3,10% neste ano, mesma expectativa da semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a expansão seja de 1,94%, também repetindo o dado da pesquisa anterior.

domingo, 17 de novembro de 2024

‘O diabo está nos detalhes’, diz Von der Leyen sobre acordo Mercosul-UE

 


'O diabo está nos detalhes', diz Von der Leyen sobre acordo Mercosul-UE

A chefe da UE, Ursula von der Leyen, admite que será 'uma grande tarefa' fazer com que todos os membros dos blocos europeu e do Mercosul apoiem o acordo comercial - AFP/Arquivos

A União Europeia (UE) e o Mercosul estão na “reta final” para alcançar um acordo de livre comércio, mas “o diabo está nos detalhes”, disse neste domingo (17) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Em uma entrevista à GloboNews, na véspera da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Von der Leyen reconheceu que o braço executivo da UE enfrenta a “grande tarefa” de convencer todos os seus membros a apoiar o tratado, que é rejeitado pela França.

“O diabo está sempre nos detalhes. A reta final é a mais importante, mas também a mais difícil, muitas vezes”, declarou.

“Temos que envolver os 27 chefes de Estado e de governo e os Estados-membros da União Europeia, e, do lado do Mercosul, todos os parceiros também terão que estar prontos para assinar. Isso sempre é uma grande tarefa a ser superada na parte final”, acrescentou.

A União Europeia e os quatro membros fundadores do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) negociam há 25 anos um acordo de livre comércio entre os blocos.

Embora as partes tenham alcançado um acordo político em 2019, alguns países da UE têm dificultado novos avanços.

A França “se opõe” a esse acordo comercial, disse o presidente Emmanuel Macron neste domingo, durante uma visita à Argentina, antes de viajar para o Brasil para o G20. Ele afirmou que não acredita que a Comissão Europeia vá concluir as negociações com o Mercosul sem o apoio da França.

Novas manifestações por parte de agricultores franceses que são fortemente contra o acordo são esperadas para segunda-feira.

Agricultores de vários países europeus temem que produtos sul-americanos invadam seu mercado em condições desfavoráveis com um possível tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

A Comissão Europeia considera que tem o poder de selar o acordo com o Mercosul e outros tratados. No entanto, “não avançará sem um acordo político” entre os membros do bloco, indicou à AFP um funcionário próximo de Von der Leyen.

O pacto UE-Mercosul criaria um mercado integrado com cerca de 800 milhões de habitantes e pretende eliminar tarifas de importação sobre mais de 90% dos bens da UE exportados para o bloco sul-americano.