sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Azevedo&Travassos assina contrato de mais de R$ 1,7 bi com a Petrobras para fornecer suprimento

 

A Azevedo&Travassos informou nesta sexta-feira, 3, que firmou contrato para o fornecimento de suprimentos com a Petrobras. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o acordo foi firmado por meio da sua subsidiária Heftos Óleo & Gás Construções e a Construtora Colares Linhares, que formaram um consórcio sob a proporção de 80% e 20%, respectivamente. A proposta enviada à estatal foi considerada a mais vantajosa.

O valor do contrato, segundo a companhia, é de R$ 1.761.183.079,64 e o prazo de execução é de 40 meses, para projeto executivo, suprimentos, construção & montagem, comissionamento e testes para a implantação do escopo da Unidade de Geração de Hidrogênio (UGH), U-4710 e U-4730.

 “As obras serão executadas na região de Itaboraí, no Rio de Janeiro. A companhia manterá o mercado informado sobre os próximos desdobramentos, em linha com as melhores práticas de governança e transparência”, informou a Azevedo&Travassos.

Indústria de transformação cresce 0,6% em agosto ante julho, afirma IBGE

 

A indústria de transformação registrou uma alta de 0,6% em agosto ante julho. Já as indústrias extrativas encolheram 0,3%. Na média global, a produção industrial teve elevação de 0,8% em agosto ante julho. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, 3. Na comparação com agosto de 2024, a produção da indústria de transformação encolheu 1,6% em agosto de 2025, enquanto as extrativas aumentaram 4,8%. Na média global, a indústria caiu 0,7% no período.

Reforma do IR: trabalhador terá ganho extra de até R$ 4 mil por ano; veja simulações

 

O trabalhador que tem renda até R$ 5 mil por mês poderá economizar até R$ 4 mil por ano, ou quase um salário extra, com imposto de renda (IR) com as novas regras estabelecidas no projeto de reforma do IR aprovado na quarta-feira, 1º, pela Câmara dos Deputados e que aguarda análise no Senado.

Isso porque, a reforma do IR isenta aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. Como o novo teto, o governo aponta que 10 milhões de trabalhadores passam a ter isenção de IR, totalizando 15 milhões de isentos de imposto de renda. Atualmente, quem ganha até dois salários mínimos, ou R$ 3.036, tem isenção de imposto.

Além da isenção para rendas de até R$ 5 mil, haverá redução de imposto de renda para ganhos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00. E a partir de R$ 7.351, nada muda, passam a incidir as alíquotas progressivas existentes atualmente de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

A pedido de IstoÉ Dinheiro, a especialista em Direito Tributário Bárbara Guarinão, da Lewandowski Libertuci Advogados, fez uma simulação de quanto será a economia anual de acordo com as faixas de renda. Na economia anual, considera-se o 13º salário. Os valores são todos em reais.

Veja o tamanho da economia com as novas regras do IR

Isenção x nova tributação

Para compensação a isenção para um grupo maior de contribuintes, a reforma do IR prevê que ganhos com lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil no ano, de mesma fonte pagadora, terão alíquota progressiva até atingir 10%. Assim, ganhos a partir de R$ 100 mil mensais ou R$ 1,2 milhão por ano, terão uma alíquota de 10%.

O governo estima essa faixa maior de renda seja composta por um grupo de 141,4 mil brasileiros – ou 0,13% do total de contribuintes e 0,06% da população do país. Segundo o governo, essas pessoas pagam hoje uma alíquota efetiva média de imposto de renda de apenas 2,54%.

Para assalariados com renda acima de R$ 50 mil nada muda, segue pagando a alíquota mais alta de IR, de 27,5%. A mudança para as faixas mais altas de renda, dos super-ricos, está na tributação de ganhos com lucros e dividendos, até então, isentos de IR.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Assédio no trabalho atinge 35% das mulheres no Brasil, mostra pesquisa

 


Apesar de avanços na percepção sobre o tema, a maioria das vítimas ainda evita recorrer aos canais formais de denúncia e muitas acabam pedindo demissão diante da violência

Envato
apenas 10% das vítimas recorreram a canais formais de denúncia, e uma em cada seis profissionais ainda opta por deixar o emprego
Foto: Envato

Mais de um terço das mulheres no Brasil já enfrentou assédio sexual no ambiente de trabalho, aponta a pesquisa “Trabalho Sem Assédio 2025”, conduzida pela Think Eva em parceria com o LinkedIn, através de um questionário online realizado entre abril e maio desse ano. Apesar de uma redução em relação a 2020, quando o índice chegava a 47%, apenas 10% das vítimas recorreram a canais formais de denúncia, e uma em cada seis profissionais ainda opta por deixar o emprego diante da violência vivida.

Os dados revelam que o assédio sexual não é apenas um comportamento individual, mas um exercício de poder, que atinge com mais frequência mulheres em cargos intermediários pleno ou sênior (45%) e assistentes (29%), com renda de até cinco salários mínimos. Entre mulheres de alta renda ou posições de liderança, o assédio também ocorre, mas de forma menos recorrente: as diretoras e executivas representam 14% da amostra e as mulheres com remuneração superior a 15 mil, 10%.

A percepção sobre o que constitui assédio evoluiu. Atualmente, 91% das entrevistadas sabem reconhecer os atos, e quase metade afirma conversar regularmente sobre o tema. Contato físico não solicitado, mensagens de cunho sexual e pedidos de favores sexuais são considerados assédio por 70% a 80% das mulheres, enquanto olhares lascivos, piadas e comentários sobre a aparência são identificados por 50% a 70%.

Frequência dos casos

Outro dado analisado foi a frequência dessa violência: 57,3% dos entrevistados, entre homens e mulheres, já presenciaram ou sofreram assédio sexual no trabalho. Para 75,3% dessas pessoas, os episódios ocorrem pelo menos uma vez ao mês. Em 16,3% dos casos, a violência é testemunhada diariamente, sobretudo por pessoas pretas e pardas, que representam 59,2% desse grupo. 

As consequências do assédio são profundas e podem suscitar diversas reações. As entrevistadas relataram sentir vergonha, medo, insegurança, raiva, nojo, ansiedade e vulnerabilidade, entre outros. Conforme a renda diminui, o sentimento de insegurança se intensifica. 

Além do impacto emocional, como desânimo, sintomas de ansiedade e depressão, esses comportamentos promovem efeitos concretos na vida dessas profissionais. Elas relatam aumento do isolamento, mudança de expectativas de carreira e pior desempenho no trabalho.

Barreiras à denúncia

Após um episódio de assédio, a reação mais comum entre as mulheres ainda recai sobre recursos particulares, sem envolver diretamente as estruturas institucionais das empresas. Muitas optam por compartilhar a situação com pessoas próximas, enquanto apenas um terço recorre a canais internos de apoio. Entre elas, apenas 36,6% buscaram ajuda dentro da própria organização.

O dado revela uma desconfiança em relação à instituição em que trabalham, que se refletem em medo da impunidade, receio de exposição e descrença na efetividade das respostas corporativas. Não por acaso, uma em cada cinco mulheres não toma nenhuma atitude diante da violência, e uma em cada seis acaba pedindo demissão.

A pesquisa mostra que, apesar da existência da Lei Emprega+Mulheres desde 2021, que prevê prevenção e combate ao assédio no trabalho, 83% dos entrevistados nunca ouviram falar dela. Nas empresas, apenas metade das pessoas percebe ações de enfrentamento do assédio sexual, enquanto um número semelhante identifica iniciativas contra o assédio moral. Quando existem, as medidas mais citadas são comunicação, palestras de sensibilização, códigos de ética, canais de denúncia e treinamento de líderes.

Universidades dos EUA perdem matrículas de estrangeiros com políticas de Trump

A DePaul University informou ao corpo docente que reduzirá imediatamente os gastos após uma queda de 30% nas matrículas internacionais neste outono. A medida é a mais recente adotada pelas faculdades norte-americanas para lidar com o transtorno das políticas de educação e imigração do presidente Donald Trump.

A redução ainda não foi dimensionada, mas as medidas podem incluir o congelamento de contratações, cortes nos salários dos executivos e limites de gastos discricionários, escreveu o presidente da universidade, Robert Manuel, em um memorando para o corpo docente na terça-feira.

O número total de matrículas internacionais na universidade católica privada de Chicago diminuiu em 755 alunos em comparação com o ano passado, segundo Manuel. O número de alunos internacionais de pós-graduação no primeiro ano caiu em um ritmo ainda mais acentuado — em quase 62%. A DePaul matriculou cerca de 21.000 alunos no ano passado, dos quais aproximadamente 2.500 eram estrangeiros.

Manuel atribuiu o declínio deste ano à dificuldade dos alunos na obtenção de vistos e ao fato de eles perderem o interesse em estudar nos EUA após as mudanças na política federal.

A DePaul está entre as dezenas de instituições de ensino que anunciaram cortes orçamentários em resposta às políticas do governo Trump, que incluem ameaças a bilhões de dólares de financiamento para programas de pesquisa acadêmica, muitos dos quais fortes atrativos para estudantes estrangeiros. O total de matrículas ainda não está disponível, mas os primeiros números coletados pela Reuters sugerem que muitos estudantes internacionais de pós-graduação do primeiro ano estão optando por estudar em outro lugar.

Os vistos de estudante também estão na mira de Trump. Alguns foram revogados, e aqueles que buscam novos vistos enfrentam atrasos. O Departamento de Estado dos EUA exigiu que os futuros alunos tornem públicas suas contas nas mídias sociais para que os funcionários do governo que examinam pedidos de visto possam excluir aqueles que tenham atitudes consideradas hostis em relação aos Estados Unidos.

Bloqueio à Harvard

Em maio, o governo impediu que a Universidade de Harvard matriculasse estudantes internacionais, alegando que a instituição falhou ao lidar com antissemitismo e assédio étnico no campus. Um tribunal distrital dos EUA bloqueou temporariamente a ação, mas o governo entrou com um recurso.

“Todos nós estamos preocupados com a segurança dos membros da nossa comunidade, com a proteção da liberdade acadêmica e com os novos desafios financeiros decorrentes das mudanças no financiamento federal e no processamento de vistos”, escreveu Manuel ao corpo docente da DePaul.

“Essas preocupações são tão graves e debilitantes que está ficando difícil reconhecer o ensino superior.”

Solicitados a comentar, os departamentos de Estado e de Segurança Interna dos EUA enviaram declarações observando o direito do governo de policiar ações dos alunos estrangeiros.

“Isso não é tão difícil”, disse Tricia McLaughlin, secretária assistente do Departamento de Segurança Interna.

“Se você está morando e estudando nos Estados Unidos com um visto, você é um convidado neste país. Aja como tal. Se você é um estudante estrangeiro que faz propaganda do Hamas, glorifica terroristas que gostam de matar americanos, assedia judeus, toma prédios ou outras ações antiamericanas que temos visto ultimamente nesses campi, pode reservar sua passagem de volta para casa. Pode esperar que seu visto será revogado.”

Pelo menos 35 outras universidades, além da DePaul, anunciaram cortes orçamentários em resposta às políticas do governo Trump.

A Universidade Johns Hopkins cortou mais de 2.000 empregos em março, após o governo reduzir em US$ 800 milhões os subsídios para seus programas de pesquisa.

A Northwestern University eliminou 425 cargos e a Universidade do Sul da Califórnia demitiu mais de 630 pessoas. Todas citaram como motivos a redução do financiamento federal, uma queda esperada nas matrículas de estudantes internacionais e outras pressões financeiras.

 

 

De ex-âncora da Globo a dono de TV nos EUA: a nova aposta de Dony De Nuccio

 

Com uma carreira ligada à televisão e ao jornalismo econômico, o jornalista Dony de Nuccio resolveu virar a página e comprou o seu próprio canal de TV nos Estados Unidos. A emissora quer atingir 6 milhões de brasileiros que moram ou visitam os Estados Unidos todo ano com jornalismo e entretenimento em sua grade. 

Diferente dos modelos atuais de grandes canais de TV do Brasil, que transmitem produções nacionais no país norte-americano, a ideia da TV Connect USA é ser o maior grupo de mídia para brasileiros sediado nos Estados Unidos. 

Após sair da frente das câmeras, De Nuccio foi para os EUA em 2023 e contou que a negociação para a compra da emissora surgiu quando ele foi participar de um programa matinal na TV. Depois disso, houve uma reunião com o então proprietário, quando surgiu a ideia de “entrar na cabeça” na nova empreitada. 

“A ideia quando eu vim pra cá não era empreender, mas a oportunidade acabou aparecendo”, afirma. O antigo proprietário da emissora é o também brasileiro Alexandre Medeiros, que foi mantido como CEO e segue como sócio. Os valores da aquisição não foram revelados. 

Programação em português para brasileiros

O jornalista reforça que a TV Connect USA falará com brasileiros, mas não necessariamente sobre o Brasil, já é isso é feito pelas grandes redes brasileiras que distribuem o conteúdo pelos Estados Unidos.

“O plano e a visão de negócio se baseiam em dois pilares principais de cobertura: os acontecimentos nos Estados Unidos e do mundo com uma abordagem para a comunidade brasileira, e os assuntos de interesse específico para a comunidade brasileira. Toda a programação ser falada em português também será um diferencial”, explica. 

A emissora tem sinal aberto na Flórida e distribuição em aplicativo próprio e sistemas de Smart TVs.

O objetivo do empresário é ousado: ele acredita que a emissora tem potencial para atingir o valuation de US$ 250 milhões até 2030. Para chegar nessa conta, o jornalista usa a Telemundo como exemplo: a emissora para o público hispânico foi adquirida pela NBC em 2001 por US$ 3 bilhões e atinge cerca de 65 milhões de telespectadores. 

“A gente quer fazer a Telemundo para brasileiros, falando  para cerca de 6 milhões. Então, é natural que o mercado e a precificação seja em linha com o que já existe hoje, com o que já houve de investimento, de aquisição e etc. Por isso que a gente tá mirando nesse plano estratégico e nessa cifra”, apontou.

O foco inicial da emissora será o jornalismo ao vivo, a emissora também está de olho em produtos de entretenimento. Para isso, chamou o ex-diretor do Domingão do Faustão, Cris Gomes, para dirigir o núcleo de entretenimento. 

Volta para frente das câmeras ‘não é para agora’

Apesar de estar focado na ‘skin’ investidor e executivo, Dony tem grande experiência na frente das câmeras, a principal delas no comando do Jornal Hoje, da TV Globo, onde ficou entre 2017 e 2019. Ele considera a volta para a frente das câmeras em algum momento como “o caminho natural, mas não é algo para agora”. 

A demissão de Dony da TV Globo, em 2019, foi conturbada. O jornalista saiu após ter descumprido o código de ética e conduta dos jornalistas da Globo ao participar de vídeo institucional do banco Bradesco. 

Antes de empreender nos EUA, Dony atuou como apresentador do canal YouTube e site de finanças InvestNews.

Momento de tensão entre Brasil e EUA

O momento geopolítico das relações entre Brasil e Estados Unidos passa por um momento turbulento. Após a posse do presidente norte-americano Donald Trump, milhares de brasileiros ilegais foram extraditados para o Brasil em um grande pente fino realizado pelo governo dos EUA contra a imigração ilegal. Recentemente, Trump também definiu novas taxas para produtos brasileiros com o argumento político de que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo perseguido pelo STF.  

O jornalista acredita que a TV tem um trunfo no meio deste debate, já que está instalada nos EUA e pode dar uma visão diferente na cobertura factual. 

“Acredito que a gente se encontra em uma posição privilegiada. Sendo um grupo de mídia nativo daqui, conseguimos falar sobre a percepção americana dos acontecimentos, com acesso às fontes daqui e à percepção da comunidade brasileira no local. É bem diferente das grandes emissoras que tem somente um correspondente por aqui”, explicou.

Costa Rica abre mercado para castanha-do-Brasil

 

O Brasil poderá exportar castanha-do-Brasil para a Costa Rica, informaram o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em nota conjunta. O aval sanitário é para entrada do produto brasileiro com e sem casca, segundo as pastas.

“A castanha-do-Brasil, um dos principais produtos da sociobiodiversidade amazônica, é extraída de forma sustentável por comunidades tradicionais e reconhecida internacionalmente por seu valor nutricional. Além de gerar renda e promover o desenvolvimento regional, a castanha contribui para a conservação da floresta em pé, fortalecendo a imagem do País como fornecedor de alimentos de qualidade e de origem sustentável”, destacaram as pastas na nota.

O Brasil exportou US$ 272 milhões em produtos agropecuários para a Costa Rica em 2024, com destaque para cereais, farinhas, preparações e complexo soja, segundo dados da balança comercial.

No ano, o País acumula 143 aberturas de mercados para produtos agropecuários nacionais.