segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Fórum do G20 para discutir Finanças Climáticas começa hoje

 


Começa nesta segunda-feira, 26, em São Paulo, o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, evento oficial do G20 Social e que antecede a reunião de representantes do grupo das 20 maiores economias. Juntos, esses países representam 85% do PIB global e são responsáveis por mais de 80% das emissões relacionadas ao setor energético.

Segundo Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), o fórum vai discutir diferentes formas de financiar as iniciativas necessárias para fazer frente às mudanças climáticas.

Um estudo, realizado pelo Instituto AYA e Systemiq em 2023, estimou que o investimento anual necessário para financiar a transição energética no Brasil vai de US$ 130 bilhões a US$ 160 bilhões.

Um dos instrumentos para captar recursos e que será debatido no fórum, segundo Maria Netto, é o chamado blended finance.

Como o nome em inglês sugere, ele combina recursos com diferentes propósitos como, por exemplo, filantropia, investimento com retorno financeiro ou ainda financiamento de organismos multilaterais.

“Nossa meta é evidenciar os desafios para alavancar a disponibilidade de investimento e financiamento climáticos globais, incentivando a construção de um plano efetivo de ações com marcos até a COP30. Isso, em diálogo com o Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda e outras frentes governamentais”, diz Patricia Ellen, cofundadora do Instituto AYA e presidente da Systemic Latam.

Hedge cambial

Por ter recebido diagnóstico de covid-19, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou mais cedo a presença no fórum, prevista para as 15h20. A participação era aguardada por ser o primeiro encontro público com o setor privado, terceiro setor e organizações multilaterais para discutir o hedge cambial, que será lançado nesta manhã.

Chamada de Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, a iniciativa é um esforço conjunto do Banco Central do Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Meio Ambiente, Banco Mundial e Embaixada do Reino Unido. Na entrevista à imprensa, hoje às 11h, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, é quem vai substituir o ministro Haddad.

Participantes do fórum

Entre os painelistas do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, estão Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia e professor na Universidade de Columbia; o embaixador Antônio Ricarte, Ministério das Relações Exteriores; José Pugas, da gestora JGP; Tatiana Schor, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente; Sérgio Suchodolski, Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri); Denis Minev, Bemol e Fundação Amazonas Sustentável; Nabil Kadri, BNDES.

O ICS e o Instituto Aya estão entre as sete organizações que organizaram o fórum, que vai até amanhã. Também promovem o evento: Instituto Arapyaú, Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia.


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

BTG vence categoria Plataformas em ranking sobre investimentos da FGV

 


Banco vence na categoria Plataformas (Varejo e Alta Renda) do ranking Melhor Banco e Plataforma para Investir (MBPI), da FGV

 

 

Marcelo Flora e a regra do sucesso: uma cultura reafirmada todos os dias e não deixar passar oportunidades (Crédito:Divulgação)

 

Existe uma forma indefectível de ter solidez e ser líder: dominar seu métier. Há mais de quatro décadas é essa a trajetória do BTG, vencedor na categoria Plataformas (Varejo e Alta Renda) do ranking Melhor Banco e Plataforma para Investir (MBPI), da FGV. O BTG não apenas está na vanguarda. Ele dita os caminhos nessa jornada. “A gente começou a pensar a estratégia de plataformas digitais em 2014, mas houve muito trabalho antes, por trás das cortinas, preparando o banco para que isso fosse algo bem recebido pelos clientes”, afirmou à DINHEIRO Marcelo Flora, sócio e o homem à frente dos canais digitais do BTG.

Essa atitude colaborou fortemente para a performance arrasadora do banco em 2023.
• Os ativos totais somaram R$ 493,2 bilhões (alta de 9,4% sobre 2022),
• o patrimônio líquido chegou a R$ 49,4 bilhões (+16,5%),
• as receitas cresceram para R$ 21,6 bilhões (+25,6%),
• e o lucro líquido ajustado foi de R$ 10,4 bilhões (+25,3%).

O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 22,7% (contra 20,8% de 2022). A instituição é desde 2012 líder entre os bancos de investimento da América Latina, mas pode-se dizer que 2023 foi o ano em que se tornou um gigante.

Em lucro líquido, passou o Santander e está atrás apenas de Itaú e Bradesco entre os bancos privados brasileiros.

Perguntado se algo tira seu sono, a resposta de Flora embute tanto o risco quanto uma chance única. “Não perder tempo e não desperdiçar a oportunidade que se apresenta para nós no Brasil.”

E isso se combina em dois fatores.
• O primeiro tem a ver com a trajetória dos juros. Com Fernando Henrique Cardoso, o juro chegou a 45%. E a 26,5% no primeiro governo Lula. Até baixar para a casa de um dígito e voltar a subir. Um ziguezague que atrapalha qualquer operação. Mas a trajetória recente é novamente de queda. “Nosso negócio é muito sensível a juro”, disse Flora. “Com juro elevado é muito difícil você ter um negócio como o nosso se desenvolvendo na velocidade como alcançamos até aqui. Porque o cliente fica onde ele está, ele fica confortável ali naquele CDI”. Por isso, a Selic descendente como a projetada para este ano e 2025 significa uma imensa oportunidade.

• O outro fator é interno: a cultura BTG. O banco percebeu claramente, por exemplo, o quanto seria transformadora a chegada do iPhone, em 2007, e toda a popularização dos smartphones. Hoje é fácil enxergar essa jornada totalmente digital, mas antevê-la se tornou um diferencial. “Temos uma grande vantagem competitiva comparada aos grandes bancos e suas redes de agências físicas. E temos produtos de muita qualidade aliados a um atendimento de excelência.”

É desde sempre Mobile First. Tanto que a experiência do usuário no app será muito superior ao acesso via site. Inclusive por questões de segurança. Com tantos elementos na equação (olhar para UX, crescimento orgânico e por aquisições, atenção à taxa de juros…), Flora, que passou 25 anos de seus 48 no banco, busca em seu dia a dia algo que define como a única variável sob controle: o número de horas que você pode trabalhar. “Nada resiste ao trabalho.” E isso é decisivo.

Com produção de conteúdo, startup Curta cresce no mercado da economia criativa

 


Projetando receita de R$ 30 milhões em 2024, startup brasileira gerencia carreira de produtores de conteúdo e projeta alcance mundial por meio de inteligência artificial

 

 

Redes sociais viraram palcos de influência e expressão e se tornaram um mercado em rápido crescimento, com grandes nomes, cifras e espaço para quem quer apostar na economia criativa (Crédito:Unsplash | divulgação)

 

Segundo dados da consultoria independente Oxford Economics, o YouTube injetou um total de R$ 4,55 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. Os números refletem a transformação das redes sociais em palcos de influência e expressão. Um mercado em rápido crescimento, com grandes nomes, cifras e espaço para aqueles que querem apostar na economia criativa.

Fundada em 2021 por Pedro Gelli, conhecido no YouTube pelo canal geek Gelli Clash, junto aos sócios Vitor Rabello e Lucas Continentino, a Curta é um dos exemplos de negócio que tem olhado para essa transformação.

Com foco na gestão de carreira de produtores de conteúdo, expandindo os horizontes e parcerias dentro desse novo modelo de negócio, a startup acumulou faturamento de R$ 18 milhões em 2023, número quatro vezes maior que o registrado em 2021, de R$ 4,5 milhões. “O mercado de influência é um mundo de possibilidades, mas ainda é muito marcado pelo amadorismo”, disse Pedro Gelli, sócio-fundador da Curta.

A startup agencia hoje 45 influenciadores que, juntos, atraem mais de 260 milhões de inscritos e 2 bilhões de visualizações mensais.

Em menos de um ano, a Curta reuniu grandes nomes do YouTube como Lipão Gamer, Jazzghost, Área Secreta, Skorpion, Cherryrar e Robin Hood Gamer, considerado o maior criador da plataforma no Brasil em 2021 e atualmente com 20,7 milhões de inscritos.

Como estratégia, a Curta funciona por meio do modelo partnership, em que os influenciadores que fazem parte do time tornam-se automaticamente sócios do hub. “Queremos que os produtores de conteúdo sejam protagonistas”, afirmou Gelli.

“O marketing de influência é um mundo de possibilidades, mas por ser incipiente, também é marcado pelo amadorismo.”
Pedro Gelli, sócio-fundador

Quanto à monetização, a empresa adota uma abordagem diversificada, com sete linhas de receita que funcionam em três P’s: publicidade, produtos e produção.

Embora a publicidade seja a principal fonte de receita, Gelli afirma que a startup está sempre focada em diversificar para garantir uma fonte de renda estável e fortalecer a marca dos produtores de conteúdo. Um exemplo é o licenciamento de produtos de influenciadores que são vendidos em marketplace próprio e em outros 1,5 mil pontos de venda físicos. “No ano passado, movimentamos mais de R$ 10 milhões só com a venda de bonecos personalizados”, disse Gelli.

A partir da esquerda, os sócios Vitor Rabello, Lucas Continentino e Pedro Gelli, da Curta. Estratégia baseada em três P‘s: publicidade, produtos e produção (Crédito:Divulgação )

Apesar do rápido crescimento da startup, o executivo acredita que o mercado brasileiro ainda engatinha com relação a compreensão sobre o potencial da “economia criativa” para alavancar publicidade. Ele ilustra essa afirmação com a discrepância entre o RPM (receita por mil visualizações monetizadas) no Brasil e nos Estados Unidos.

“Nos EUA, a média de RPM de games, que é a minha área de atuação, gira em torno de 4 a 5 dólares a cada 1 mil visualizações. No Brasil, o valor gira em torno de 70 a 80 centavos”, disse Gelli. Mesmo com a diferença, o influencer destaca a durabilidade do impacto gerado por criadores de conteúdo nesta rede social em comparação com outras, ponto que motivou a startup a focar na plataforma.

“Muitas marcas estrangeiras focam mais no YouTube, porque entendem que o nível de engajamento é mais perene.” Para 2024, o plano é alcançar os R$ 30 milhões em faturamento.

O caminho já vem sendo traçado e, de acordo com Gelli, inclui a inteligência artificial. O novo plano, que já está em ação, utiliza a tecnologia para realizar a dublagem dos vídeos produzidos pelos influenciadores em outros idiomas. Além de exportar o bom humor típico dos produtores de conteúdo brasileiros, a ideia é aumentar o número de possibilidades.

“É como se estivéssemos dobrando nosso time, mesmo permanecendo com a mesma equipe”, afirmou o sócio-fundador. A longo prazo, a ambição é que a Curta alcance o posto de unicórnio, empresas avaliadas em US$ 1 bilhão. Para isso, Gelli se mostra confiante com relação a mudança de percepção do mercado. “O marketing de influência não é o único que não é indispensável, mas definitivamente é uma ponta do marketing que não deve ser deixada para trás ou ser esquecida.”

Ocepar, Lactec e Ambiensys planejam produção de hidrogênio a partir do biogás

 

A intenção é participar do edital do programa de pesquisa e desenvolvimento da Aneel 
 
 
Ocepar possui um grupo técnico que estuda o biogás

 

A Ocepar recebeu, na quarta-feira (21), em Curitiba, representantes do Lactec e do Grupo Ambiensys para debater a viabilização de um projeto de produção de hidrogênio renovável, a partir do biogás. A intenção é firmar uma parceria entre as três organizações para participar do edital do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que prevê a implantação de uma planta piloto para produção de hidrogênio, com capacidade de produção entre 1 MW e 10 MW. Além disso, a parceria busca também a captação de recursos para o mesmo fim junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

"O hidrogênio é uma aposta mundial na busca pela descarbonização", destacou William Padilha, diretor do Grupo Ambiensys, que atua na área de consultoria em ESG e em gestão de resíduos. "O biogás é gerado no agronegócio com os resíduos das atividades rurais, como a suinocultura, por exemplo", acrescenta ele, enfatizando que o foco do projeto que será apresentado à Aneel é a produção de energia limpa e descarbonizada. A proposta do projeto prevê a produção do hidrogênio turquesa. Enquanto o hidrogênio verde é produzido por meio da eletrólise da água, o hidrogênio turquesa é produzido via pirólise do biogás. O processo não emite CO2 na atmosfera e gera como subproduto o carbono sólido, que pode ser usado pelo setor industrial, na produção de borracha, plástico, tinta e revestimentos. Já o hidrogênio resultante do processo será utilizado na produção de fertilizante, o que interessa ao setor agropecuário, hoje dependente da importação do insumo. "O projeto se encaixa perfeitamente no edital que a Aneel lançou para a implantação da planta piloto de produção de hidrogênio e se adequa à realidade do Paraná pela grande disponibilidade de matéria-prima para a produção do biogás", reforçou Padilha.

"A participação da Ocepar traz um reforço importante para o projeto porque o biogás é gerado no agro e podemos aproveitar a estrutura das cooperativas para captar o produto", destacou José Roberto Borghetti, consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e ex-diretor do Lactec, que articulou a reunião. "O foco do agro é o carbono turquesa porque a atividade gera o biogás, o que vai representar a geração de um produto de grande valor agregado na agropecuária", observou. Durante a reunião, o coordenador de desenvolvimento técnico e econômico do Sistema Ocepar, Silvio Krinski, informou que já existe na instituição um grupo técnico que estuda o biogás. "Nosso grupo tem dois focos principais: melhorar a eficiência dos biodigestores já implantados para melhorar a produção do biogás e a agregação de valor para que tenha uma viabilidade econômica melhor. Um projeto como este entra na linha de agregação de valor", ressaltou.

Ele sugeriu que o projeto seja apresentado ao grupo técnico para buscar viabilizar os arranjos de coleta de biogás. "Já há algumas iniciativas próprias das cooperativas e há muito potencial em novos projetos a serem implantados. Se o projeto já está instalado pode haver uma limitação. Se olharmos os novos, podemos trabalhar em conjunto", observou. Ao final da reunião, Robson Mafioletti, superintendentes da Ocepar, e Nelson Costa, da Fecoopar, propuseram a elaboração de um documento para formalizar a parceria entre as três organizações. "Temos potencial, no oeste e no centro-sul do Paraná, onde há uma concentração de suinocultura e pecuária leiteira [nos Campos Gerais], que são atividades grandes geradoras de biogás", pontuou Costa.

 

 https://amanha.com.br/categoria/sustentabilidade/ocepar-lactec-e-ambiensys-planejam-producao-de-hidrogenio-a-partir-do-biogas?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Ocepar%2C+Lactec+e+Ambiensys+planejam+produ%C3%A7%C3%A3o+de+hidrog%C3%AAnio+a+partir+do+biog%C3%A1s+-+Grupo+Amanh%C3%A3&utm_medium=email&utm_source=dinamize&utm_term=News+Amanh%C3%A3+23_02_2024

Banco Master adquire controle do banco digital will bank e se torna sócio do fundo de private equity da XP

 


Edifício Pátio Victor Malzoni, em São Paulo, sede do Banco Master

Edifício Pátio Victor Malzoni, em São Paulo, sede do Banco Master (Crédito: Divulgação)

 

O Banco Master anuncia ao mercado a aquisição do will bank, que tem mais de seis milhões de clientes com forte presença no Nordeste e em franco crescimento. O Banco Master passa a ser majoritário no banco digital, que tem também o fundo de private equity da XP Inc. como sócio. Com a nova aquisição, o Banco Master passa a atender mais de 10,5 milhões de clientes no varejo em todo o Brasil e espera expandir a base e o mercado que o will bank já atua, oferecendo cartão de crédito, produtos de seguro e outros. O sócio da XP Chu Kong, um dos idealizadores do projeto, continuará no Conselho do Banco Digital.

O Banco Master, que anunciou recentemente uma relevante reorganização societária, estima alcançar um Patrimônio Líquido (PL) de 5 bilhões até final do ano.

“Com a aquisição do will bank, passamos a ter um ecossistema digital completo, com tecnologia robusta e capilaridade na distribuição de produtos financeiros. Vamos oferecer produtos de crédito para nossos clientes do Credcesta e produtos de seguro e outros para os atuais clientes do will. Existe grande possibilidade de sinergia, além de um novo plano de expansão que vamos implementar no banco digital”, afirma Daniel Vorcaro, Presidente do Banco Master.

“O will bank detém uma expertise digital e tecnológica consolidada que, somada aos esforços que o Banco Master já emprega no varejo, nos colocará em novo patamar de atendimento para oferecer soluções aos nossos clientes. A tecnologia vai nos permitir acelerar o desenvolvimento de novos produtos baseados em cartão de crédito, débito, empréstimo, captação, consignado e outros serviços financeiros”, diz Augusto Lima, CEO do Banco Master e sócio responsável pela vertical de Varejo.

Fundado em 2017, o will bank é um banco digital com DNA robusto de tecnologia. No final de 2021, recebeu um investimento da XP e da Atmos no valor de R$ 250 milhões. No ano passado, a receita do banco digital chegou a R$ 2,8 bilhões. Com 1.200 colaboradores, o banco digital atende 6 milhões de clientes em todo o país, por meio de um portfólio completo de produtos e serviços, como cartão de crédito e débito, conta digital, investimentos, crédito pessoal e marketplace.

“Estamos confiantes em um reflexo positivo na economia nos próximos meses, com redução da taxa de juros, criando um melhor ambiente de negócios, com mais acesso a crédito para pessoas e empresas. A beleza do Brasil é que existem muitas oportunidades, muitos nichos que precisam ser atendidos. Este movimento dos bancos digitais é muito saudável para o país, que tem uma estrutura bancária muito concentrada. Quem ganha com este movimento é o cliente, que tem mais opções com a pulverização do crédito”, afirma Augusto Lima,

A operação ainda depende de aprovação do CADE e do Banco Central do Brasil.

Crescimento com solidez

O Banco Master teve um crescimento significativo e sólido em 2023, com resultados sustentáveis. No primeiro semestre do ano, a instituição obteve o maior lucro líquido da sua história, alcançando R$ 291 milhões, e prevê a divulgação de resultado líquido de R$ 500 milhões para o ano 2023 e projeta alcançar R$ 1 bilhão em 2024.

A instituição financeira atingiu ainda patrimônio líquido de R$ 1,8 bilhão, alta de 80% na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. Nos últimos dois anos, o Banco Master cresceu exponencialmente, garantindo a classificação do BC como S3.

“A cada semestre, nosso crescimento é mais forte e sustentável, fruto de um trabalho sério, comprometido e que visa levar soluções financeiras diferenciadas aos nossos clientes. Nossa expectativa é muito positiva para 2024, quando vamos começar a colher alguns frutos dos investimentos que estamos fazendo”, afirma Vorcaro.

Sobre o Banco Master
Com nova gestão a partir de 2018, o Banco Master é uma instituição financeira completa. O banco usa o digital para distribuir de forma eficiente serviços e produtos tradicionais de crédito. O Banco Master anunciou recentemente uma reorganização societária com o objetivo de reforçar suas atuações nas áreas de atacado e varejo.

Os acionistas do Banco Master – Daniel Vorcaro, Maurício Quadrado e Augusto Lima – acreditam que o plano potencializará os negócios, gerando tração e mais assertividade nos modelos e ofertas de valor para entregar a melhor experiência aos clientes. Com a aquisição, na nova reestruturação, Lima fica na operação varejo e Quadrado na de atacado. Daniel Vorcaro será sócio majoritário dos dois nos dois novos bancos.

Para diretor do BC, Brasil está muito bem posicionado para receber investimento

 Guillen, do BC não descarta coletiva após decisão do Copom


Fatores geopolíticos, a agenda de reformas econômicas e o ciclo de corte de juros deixam o Brasil muito bem posicionado para receber investimentos estrangeiros, inclusive na formação bruta de capital fixo. A avaliação é do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen.

“Nós vamos soltar o Relatório de Inflação em março e acho que vai ficar mais clara, quantitativamente, qual é a nossa projeção de investimento, mas primeiro eu acho que tem de abrir um pouco qual é o investimento, acho que é um tema relevante”, disse Guillen, em um evento da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

Ele ressaltou que a queda dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB) não é uniforme, com baixas em alguns setores e altas em outras.

No cenário externo, Guillen disse que o cenário-base é de desaceleração do crescimento da China, mas “sem ruptura”, o que levanta dúvidas sobre os preços de commodities.

Nos Estados Unidos, ele ressaltou, há grande disparidade sobre as projeções.

Entenda como o governo conseguiu a arrecadação recorde de janeiro

 


Arrecadação federal com impostos bate recorde em janeiro

Por conta de desonerações tributárias, a Receita informou que a arrecadação federal deixou de alavancar R$ 11 bilhões no primeiro mês deste ano. (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

A arrecadação federal de impostos alcançou R$ 280,6 bilhões em janeiro deste ano, o que representa uma alta real de 6,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados na quinta-feira, 22, pela Receita Federal do Brasil (RFB). O montante é o maior registrado desde o início da série histórica iniciada em 1995.

De acordo com a Receita, só com a tributação dos fundos exclusivos, o governo arrecadou R$ 4,1 bilhões em janeiro.  Essa foi uma das medidas arrecadatórias propostas pelo Ministério da Fazenda e aprovada pelo Congresso ao longo do segundo semestre de 2023. Sem correção inflacionária, a arrecadação avaliada subiu 11,48% no primeiro mês do ano.

Houve também o ingresso de R$ 4 bilhões decorrente dos ajustes das declarações de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas, que vão ocorrer até março. O ingresso dessa receita decorrente do ajuste é concentrada em janeiro.

Ao considerar somente as receitas administradas pela RFB, houve alta real de 7% no mês passado, somando R$ 262,6 bilhões. A alta nominal, nesse caso, foi de 11,8%.

Já a receita própria de outros órgãos federais, como royalties de petróleo, por exemplo, somou R$ 17,7 bilhões em janeiro deste ano, o que representa uma alta real de 1%. Em termos nominais, esses tipos de receitas subiram 5%.

O Fisco também registrou incremento de arrecadação com a redução da renúncia do PIS/Cofins sobre os combustíveis e gás de cozinha. Além disso, o pagamento de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e CSLL registrou um incremento atípico de R$ 4 bilhões em janeiro, puxado pelo ajuste dos balanços das empresas que recolhem impostos pelo lucro real, sobretudo das instituições financeiras.

Essas empresas tiveram um incremento de 33,74% no recolhimento de tributos no primeiro mês do ano, o melhor desempenho entre as atividades monitoradas pela Receita.

Desonerações diminuem, mas ainda pesam na arrecadação federal

Por conta de desonerações tributárias, a Receita informou que o governo federal deixou de arrecadar R$ 11 bilhões no primeiro mês deste ano. Em janeiro de 2023, a renúncia fiscal havia sido de R$ 12,3 bilhões.

As fontes da renúncia de impostos no mês passado foram relacionadas a Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), de R$ 170 milhões; ao PIS/Cofins de combustíveis, de R$ 2 bilhões; ao Lucro Presumido, de R$ 149 milhões; a Entidades Beneficentes – Cebas, de R$ 115 milhões; além de outras renúncias que somadas retiraram R$ 8,4 bilhões da arrecadação federal de janeiro.

* Com informações do Estadão Conteúdo