domingo, 17 de novembro de 2024

.G20 Brasil/BNDES: Fundo Amazônia tem nova doação de US$ 60 milhões da Noruega

 

 Agência Brasil explica: o que é o Fundo Amazônia? | Agência ...

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou neste domingo, 17, que o Fundo Amazônia receberá uma nova doação da Noruega, no valor de US$ 60 milhões, o equivalente a cerca de R$ 348 milhões.

O Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA).

“Trata-se de mais uma demonstração importante da confiança do mundo e, em especial, da Noruega, do compromisso do governo do presidente Lula com a redução do desmatamento, com a preservação da Amazônia e com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A Noruega é um país com quem temos uma longa parceria e que segue se fortalecendo”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota distribuída à imprensa.

A nova doação foi anunciada pelo primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, neste domingo, 17, durante a Conferência Global Citizen Now: Rio de Janeiro, na capital fluminense.

O Fundo Amazônia atingiu a marca de R$ 882 milhões em aprovações de projetos neste ano, segundo o banco de fomento.

G20 Brasil: Acordo entre UE e Mercosul marcou reunião entre Lula e Leyen

 Lula and Ursula von der Leyen


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste domingo, 17, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Segundo o Planalto, o tema da reunião foi o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, mas não deu detalhes.

Mais cedo, Leyen disse por uma rede social, que estava no Brasil “para aprofundar nossas parcerias globais e criar novas. Isso importa mais do que nunca”, destacou na postagem.

Além de Lula, participaram da reunião o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Márcio Elias Rosa.

O presidente Lula ainda tem mais seis reuniões bilaterais agendadas para este domingo com os presidentes de Angola, Turquia, Egito, França e Bolívia, além do primeiro-ministro do Vietnã.

Disputa judicial por patentes de remédios essenciais aumenta após decisão do STF

 STF - Supremo Tribunal Federal


Após a pandemia de covid-19, uma batalha judicial se intensifica entre gigantes farmacêuticas e fabricantes de genéricos, disputando a extensão de patentes de 62 medicamentos essenciais, como Saxenda, Ozempic e Stelara. As empresas detentoras das fórmulas originais buscam ampliar a exclusividade de venda para além dos 20 anos previstos por lei, enfrentando um obstáculo significativo após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021.

A decisão considerou inconstitucional um entendimento legal anterior. Este cenário impacta diretamente a disponibilidade de medicamentos de menor preço no mercado.

Enquanto as empresas de genéricos celebram vitórias judiciais, assegurando o fim imediato de patentes conforme o novo entendimento do STF, as farmacêuticas internacionais buscam meios de contornar a decisão, alegando insegurança jurídica e prejuízos significativos ao planejamento de negócios e investimentos em inovação.

A disputa não se limita apenas aos tribunais, mas também ao debate sobre a necessidade de reforma na Lei de Propriedade Industrial, visando equilibrar os interesses de inovação e acesso a medicamentos. Acesse a reportagem completa para saber mais detalhes sobre a decisão do STF, quais são as empresas envolvidas e o posicionamento delas a respeito do assunto.

Negócios agrícolas da Bayer impulsionam os lucros do 1º trimestre

 


Negócios agrícolas da Bayer impulsionam os lucros do 1º trimestre

Logo da Bayer fotografado em Leverkusen, Alemanha

 

FRANKFURT (Reuters) – A empresa de agricultura e produtos farmacêuticos Bayer informou que os lucros ajustados trimestrais aumentaram 27,5% acima do esperado, com fortes ganhos em seus negócios de sementes e pesticidas.

O lucro do primeiro trimestre antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) ajustado, para itens não recorrentes, ficou em 5,25 bilhões de euros (5,55 bilhões de dólares), bem acima da estimativa média de analistas de 4,65 bilhões de euros publicada no site da empresa.

A divisão Crop Science, que gera a maior parte de seus ganhos durante o primeiro semestre do ano, viu o Ebtida ajustado saltar para 3,67 bilhões de euros, superando um consenso de mercado de 2,95 bilhões de euros, mais do que compensando os lucros farmacêuticos mais fracos.

Os preços de commodities agrícolas como milho e soja subiram globalmente em meio à preocupação de que o ataque da Rússia à Ucrânia atrapalhe a agricultura no país, já que ambos os países são grandes exportadores de grãos.

O presidente-executivo da Bayer, Werner Baumann, disse aos acionistas na assembleia geral anual do mês passado que os mercados agrícolas favoráveis ajudaram o grupo a ter um início de ano muito bem-sucedido.

O grupo confirmou sua meta para os resultados do ano inteiro.

(Reportagem de Ludwig Burger)

Elon Musk ganhou US$ 105 bilhões em 2024 com ajuda de ‘efeito Trump’

 


Donald Trump e Elon Musk (Crédito - AFP)

Donald Trump e Elon Musk (Crédito - AFP)

 

Segundo dados do índice de bilionários da Bloomberg, Elon Musk foi o super-rico que ganhou mais dinheiro em 2024 – na esteira de resultados com ações da Tesla, que sobem à medida que o empresário tem ganhado protagonismo político ao lado do vencedor das eleições presidenciais, Donald Trump.

Musk foi nomeado por Trump para assumir o Departamento de Eficiência Governamental no próximo governo dos Estados Unidos. Trump já sinalizou que o departamento ficará fora dos limites da administração federal e que as funções de Musk seriam informais – o que abre margem para que ele não necessite abandonar seus cargos na Tesla e na SpaceX.

O republicano disse que ele irá abrir caminho para que a gestão “desmantele a burocracia governamental, reduza o excesso de regulamentações, corte gastos desnecessários e reestruture as agências federais”. O novo departamento deve ter a sigla DOGE – em uma possível referência à criptomoeda Dogecoin, promovida por Musk.

Fortuna multiplicada

No acumulado do ano, a fortuna de Elon Musk cresceu US$ 105 bilhões, nas estimativas da Bloomberg, consolidando sua primeira posição no ranking das pessoas mais ricas do mundo. Seu patrimônio é estimado em US$ 310 bilhões pela revista americana Forbes.

Esse crescimento na fortuna pessoal do bilionário em grande parte está relacionado ao desempenho das ações da Tesla, sua montadora de carros elétricos, que viram seu valor mais do que dobrar no acumulado dos últimos seis meses na Nasdaq, saltando 109% no período.

A valorização dos papéis tem a ver tanto com fatores políticos dos Estados Unidos, com um “efeito Trump”, quanto com a entrega de resultados da montadora de elétricos.

No caso dos dados operacionais, a companhia reportou no fim de outubro o que foi considerado por analistas como um dos melhores resultados trimestrais – o que fez as ações Tesla terem seu melhor dia em mais de uma década, com alta de 22%.

A empresa teve lucro de US$ 2,5 bilhões e uma receita líquida na casa dos US$ 25 bilhões, números que superaram as projeções do consenso.

“A montadora apresentou uma forte surpresa positiva no lucro por ação ajustado (US$ 0,72 versus US$ 0,60 esperado), fruto da margem bruta mais forte que as expectativas. A Tesla atribui a melhora a custos menores para produção de veículos devido à eficiência produtiva e custos menores de insumo”, diz a XP sobre os números da companhia.

Campanha de Trump ampliou rali das ações da Tesla

Além dos números positivos, a medida que Donald Trump se consolidava nas pesquisas como favorito para a disputa presidencial dos Estados Unidos, os papéis da montadora subiam.

No dia da vitória do republicano, as ações da Tesla saltaram 14%, em um contexto que Elon Musk foi o maior financiador da campanha de Trump, com US$ 130 milhões.

Desde as mínimas do ano, em meados de abril, ações da Tesla já subiram 132%
Ações da Tesla subiram 109% nos últimos 6 meses (crédito: reprodução/Nasdaq) (Crédito:Reprodução/Nasdaq)

O empresário também participou de comícios do republicano e fez uma série de postagens no X – antigo Twitter, rede social o qual é dono – em apoio à candidatura.

“O maior benefício de uma eventual vitória de Trump seria para a Tesla e Elon Musk”, disse o analista Daniel Ives, da Wedbush Securities, pouco antes da vitória de Trump no pleito.

Existe uma série de fatores que faz o mercado enxergar vantagens para a companhia em um governo Trump. O primeiro deles é a que a montadora teria vantagens competitivas com mudanças dos estímulos fiscais para carros elétricos.

Mudança de postura sobre Bitcoin e carros elétricos

Durante sua campanha, Trump paulatinamente atenuou sua postura sobre carros elétricos. O republicano era crítico aos incentivos fiscais para os veículos, que têm sido foco de programas de governo de democratas.

“Eu vou acabar com a obrigação de veículo elétrico no 1º dia. Isso salvará a indústria automotiva dos EUA da obliteração completa, que está acontecendo agora, e poupará aos consumidores americanos milhares de dólares por carro”, chegou a dizer.

Mais tarde, Trump declarou, moderando seu discurso: “Eu falo constantemente sobre carros elétricos, mas não sou contra eles. Sou a favor. Eu dirigi eles e são incríveis, mas não para todo mundo”.

“Ainda não está muito claro o que acontecerá com os subsídios para veículos elétricos. É provável que uma política mais conciliatória seja adotada”, disse Susannah Streeter, head de money and markets da Hargreaves Landsown em entrevista à Reuters.

A mesma mudança de postura ocorreu com o Bitcoin.

Em 2021, Trump declarou que a criptomoeda é uma ‘fraude’ e que ‘deveria ser muito, mas muito regulado’.

Após ir atenuando suas críticas, neste ano Trump disse que em seu mandato o país seria ‘a capital das criptomoedas’.

Ele disse: “se a criptomoeda vai definir o futuro, ela será minerada, cunhada e feita nos Estados Unidos”.

Protecionismo deve agradar Elon Musk

Com impostos para produtos importados maiores, Musk pode ser um dos vários beneficiados pela política de Trump de favorecer a indústria nacional.

Atualmente gigantes chinesas – como BYD e GWM – que são as maiores dores de cabeça do bilionário globalmente sequer estão vendendo carros de passeio nos EUA.

Contudo, a BYD, por exemplo, já é bastante relevante no mercado de ônibus elétricos nos Estados Unidos, sendo uma das principais fornecedoras desse tipo de veículo no país, com uma base de produção em Lancaster (Califórnia), onde monta ônibus elétricos para atender à demanda local.

A China deve ser o alvo principal na guerra comercial de Trump. Durante a campanha, o então candidato prometeu uma tarifa de 10% para produtos importados durante a campanha, porém de 60% para aqueles vindos do país asiático.

Além disso, a Tesla e outras empresas de Elon Musk devem ser beneficiadas com o corte de impostos para empresas locais, que também estão previstos nas promessas de campanha Trump.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Haddad se reúne com representantes do setor imobiliário para discutir reforma tributária em SP

 Fernando Haddad – Wikipédia, a enciclopédia livre


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião com representantes do setor imobiliário para tratar da reforma tributária em São Paulo nesta quinta-feira, 14, a partir das 16 horas. O encontro será acompanhado pelo secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, e o diretor da secretaria Rodrigo Orair.

Pelo setor, participam representantes da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), como o presidente Luiz França, do Secovi-SP e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Haddad também gravará nesta quinta uma entrevista ao canal CNBC no período da tarde. Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já mostrou, Haddad passou rapidamente pela Fazenda pela manhã e seguiu para a base aérea, para embarcar rumo à capital paulista.

No sábado, 16, o ministro viaja para o Rio de Janeiro, onde acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em compromissos da reunião de cúpula do G20.

Campos Neto diz a jornal que governo precisa agir rápido para cortar gasto e garantir arcabouço

 

Roberto Campos Neto: quem é o presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse em entrevista à Folha de S.Paulo que o governo Lula precisa agir rapidamente para cortar despesas e garantir que o arcabouço fiscal seja sustentável a longo prazo. “O que poderia ser capaz de reverter esse prêmio de risco é um conjunto de medidas que tenham duas dimensões. A primeira é gerar um corte de gastos na carne no ano de 2025, que seja relevante. E, depois, medidas que indiquem aos agentes econômicos que estruturalmente o arcabouço fica mais sustentável para a frente”, afirma Campos Neto.

Sobre o tempo que o governo tem para implementar essas ações, ele argumenta que quanto mais rápido, melhor: “Quanto mais se espera, depois mais você acaba tendo que fazer. Vai gerando uma dinâmica de piora. O choque que precisa ser produzido depois é maior”. Ele ressalta que a demora nas medidas fiscais pode causar sérios impactos no mercado, como investimentos perdidos e oportunidades desperdiçadas: “É gente que não investe, é alguém que fez um hedge, é um investimento que vinha para o Brasil e não veio. É sempre bom voltar a um preço melhor, mas não é verdade que a trajetória não influencia. O ideal é você se antecipar e não agir depois que o mercado já piorou muito.”

Ele também fala sobre a necessidade de cortes de gastos estruturais: “Olhando as pesquisas que a gente recebe de mercado, tenho escutado entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões no ano de 2025 e alguma coisa estrutural. No estrutural, não é uma opinião do Banco Central, o que a gente tem visto os economistas falando é que enderecem o ponto da indexação e da vinculação”. No entanto, segundo o banqueiro central, se as medidas de revisão de gastos forem consideradas mais brandas do que o esperado, não há uma perspectiva de crescer a chance de uma alta maior de juros. “Em nenhum lugar da ata do Copom está escrito que o BC pretende acelerar a alta de juros. Continuamos dizendo que a gente prefere ter um guidance [sinalização futura] aberto e que vamos analisar ao longo do tempo.”

O presidente do Banco Central também se posicionou sobre questões econômicas globais, como o impacto das políticas de Donald Trump no Brasil. “O Brasil é bem menos impactado do que outras economias emergentes”, afirmou. Mesmo com o impacto global das mudanças nas políticas fiscais e comerciais, ele não vê o cenário com pessimismo excessivo: “O mundo vai demorar um pouco para digerir e entender quais são as políticas que estão vindo.”

Campos Neto ainda defendeu as reformas estruturais implementadas durante sua gestão, como a reforma trabalhista do governo Temer, que, segundo ele, contribuiu para a redução do desemprego. Porém, ele critica projetos como o da jornada de trabalho 6×1, afirmando que tais iniciativas são um retrocesso nas conquistas do mercado de trabalho: “Quando vejo um projeto como esse do 6×1, ele volta atrás num avanço que foi feito, que é o de flexibilizar as relações de trabalho.”

Ao refletir sobre seu mandato e as metas de inflação, Campos Neto afirmou que, apesar de a meta de inflação não ter sido cumprida nos últimos três anos, o cenário pós-pandemia é um desafio global. “No pós-pandemia, não tem um BC no mundo que cumpriu meta. A nossa inflação foi uma das primeiras a começar a cair, agimos de forma antecipada, e os prêmios que você mencionou reconhecem isso.”