Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou
neste domingo, 17, que o Fundo Amazônia receberá uma nova doação da
Noruega, no valor de US$ 60 milhões, o equivalente a cerca de R$ 348
milhões.
O Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA).
“Trata-se
de mais uma demonstração importante da confiança do mundo e, em
especial, da Noruega, do compromisso do governo do presidente Lula com a
redução do desmatamento, com a preservação da Amazônia e com a
mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A Noruega é um país com
quem temos uma longa parceria e que segue se fortalecendo”, afirmou o
presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota distribuída à imprensa.
A
nova doação foi anunciada pelo primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr
Støre, neste domingo, 17, durante a Conferência Global Citizen Now: Rio
de Janeiro, na capital fluminense.
O Fundo Amazônia atingiu a marca de R$ 882 milhões em aprovações de projetos neste ano, segundo o banco de fomento.
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste domingo, 17, no
Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, a presidente da Comissão
Europeia, Ursula von der Leyen. Segundo o Planalto, o tema da reunião
foi o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, mas não deu detalhes.
Mais
cedo, Leyen disse por uma rede social, que estava no Brasil “para
aprofundar nossas parcerias globais e criar novas. Isso importa mais do
que nunca”, destacou na postagem.
Além
de Lula, participaram da reunião o ministro das Relações Exteriores,
Mauro Vieira, o assessor especial da Presidência da República, Celso
Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e
Indústria, Márcio Elias Rosa.
O presidente Lula ainda tem
mais seis reuniões bilaterais agendadas para este domingo com os
presidentes de Angola, Turquia, Egito, França e Bolívia, além do
primeiro-ministro do Vietnã.
Após
a pandemia de covid-19, uma batalha judicial se intensifica entre
gigantes farmacêuticas e fabricantes de genéricos, disputando a extensão
de patentes de 62 medicamentos essenciais, como Saxenda, Ozempic e
Stelara. As empresas detentoras das fórmulas originais buscam ampliar a
exclusividade de venda para além dos 20 anos previstos por lei,
enfrentando um obstáculo significativo após uma decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) em 2021.
A decisão considerou
inconstitucional um entendimento legal anterior. Este cenário impacta
diretamente a disponibilidade de medicamentos de menor preço no mercado.
Enquanto
as empresas de genéricos celebram vitórias judiciais, assegurando o fim
imediato de patentes conforme o novo entendimento do STF, as
farmacêuticas internacionais buscam meios de contornar a decisão,
alegando insegurança jurídica e prejuízos significativos ao planejamento
de negócios e investimentos em inovação.
A disputa não se
limita apenas aos tribunais, mas também ao debate sobre a necessidade de
reforma na Lei de Propriedade Industrial, visando equilibrar os
interesses de inovação e acesso a medicamentos. Acesse a reportagem
completa para saber mais detalhes sobre a decisão do STF, quais são as
empresas envolvidas e o posicionamento delas a respeito do assunto.
FRANKFURT
(Reuters) – A empresa de agricultura e produtos farmacêuticos Bayer
informou que os lucros ajustados trimestrais aumentaram 27,5% acima do
esperado, com fortes ganhos em seus negócios de sementes e pesticidas.
O
lucro do primeiro trimestre antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebtida) ajustado, para itens não recorrentes, ficou em 5,25
bilhões de euros (5,55 bilhões de dólares), bem acima da estimativa
média de analistas de 4,65 bilhões de euros publicada no site da
empresa.
A
divisão Crop Science, que gera a maior parte de seus ganhos durante o
primeiro semestre do ano, viu o Ebtida ajustado saltar para 3,67 bilhões
de euros, superando um consenso de mercado de 2,95 bilhões de euros,
mais do que compensando os lucros farmacêuticos mais fracos.
Os
preços de commodities agrícolas como milho e soja subiram globalmente em
meio à preocupação de que o ataque da Rússia à Ucrânia atrapalhe a
agricultura no país, já que ambos os países são grandes exportadores de
grãos.
O
presidente-executivo da Bayer, Werner Baumann, disse aos acionistas na
assembleia geral anual do mês passado que os mercados agrícolas
favoráveis ajudaram o grupo a ter um início de ano muito bem-sucedido.
O grupo confirmou sua meta para os resultados do ano inteiro.
Segundo dados do índice de bilionários da Bloomberg, Elon Musk
foi o super-rico que ganhou mais dinheiro em 2024 – na esteira de
resultados com ações da Tesla, que sobem à medida que o empresário tem
ganhado protagonismo político ao lado do vencedor das eleições
presidenciais, Donald Trump.
Musk
foi nomeado por Trump para assumir o Departamento de Eficiência
Governamental no próximo governo dos Estados Unidos. Trump já sinalizou
que o departamento ficará fora dos limites da administração federal e
que as funções de Musk seriam informais – o que abre margem para que ele
não necessite abandonar seus cargos na Tesla e na SpaceX.
O
republicano disse que ele irá abrir caminho para que a gestão
“desmantele a burocracia governamental, reduza o excesso de
regulamentações, corte gastos desnecessários e reestruture as agências
federais”. O novo departamento deve ter a sigla DOGE – em uma possível
referência à criptomoeda Dogecoin, promovida por Musk.
Fortuna multiplicada
No acumulado do ano, a fortuna de Elon Musk
cresceu US$ 105 bilhões, nas estimativas da Bloomberg, consolidando sua
primeira posição no ranking das pessoas mais ricas do mundo. Seu
patrimônio é estimado em US$ 310 bilhões pela revista americana Forbes.
Esse crescimento na fortuna pessoal do bilionário
em grande parte está relacionado ao desempenho das ações da Tesla, sua
montadora de carros elétricos, que viram seu valor mais do que dobrar no
acumulado dos últimos seis meses na Nasdaq, saltando 109% no período.
A
valorização dos papéis tem a ver tanto com fatores políticos dos
Estados Unidos, com um “efeito Trump”, quanto com a entrega de
resultados da montadora de elétricos.
A
empresa teve lucro de US$ 2,5 bilhões e uma receita líquida na casa dos
US$ 25 bilhões, números que superaram as projeções do consenso.
“A
montadora apresentou uma forte surpresa positiva no lucro por ação
ajustado (US$ 0,72 versus US$ 0,60 esperado), fruto da margem bruta mais
forte que as expectativas. A Tesla atribui a melhora a custos menores
para produção de veículos devido à eficiência produtiva e custos menores
de insumo”, diz a XP sobre os números da companhia.
Campanha de Trump ampliou rali das ações da Tesla
Além dos números positivos, a medida que Donald Trump se consolidava nas pesquisas como favorito para a disputa presidencial dos Estados Unidos, os papéis da montadora subiam.
No dia da vitória do republicano, as ações da Tesla saltaram 14%, em um contexto que Elon Musk foi o maior financiador da campanha de Trump, com US$ 130 milhões.
O
empresário também participou de comícios do republicano e fez uma série
de postagens no X – antigo Twitter, rede social o qual é dono – em
apoio à candidatura.
“O maior benefício de uma eventual vitória de
Trump seria para a Tesla e Elon Musk”, disse o analista Daniel Ives, da
Wedbush Securities, pouco antes da vitória de Trump no pleito.
Existe uma série de fatores que faz o mercado enxergar vantagens para a companhia em um governo Trump. O primeiro deles é a que a montadora teria vantagens competitivas com mudanças dos estímulos fiscais para carros elétricos.
Mudança de postura sobre Bitcoin e carros elétricos
Durante
sua campanha, Trump paulatinamente atenuou sua postura sobre carros
elétricos. O republicano era crítico aos incentivos fiscais para os
veículos, que têm sido foco de programas de governo de democratas.
“Eu
vou acabar com a obrigação de veículo elétrico no 1º dia. Isso salvará a
indústria automotiva dos EUA da obliteração completa, que está
acontecendo agora, e poupará aos consumidores americanos milhares de
dólares por carro”, chegou a dizer.
Mais tarde, Trump declarou,
moderando seu discurso: “Eu falo constantemente sobre carros elétricos,
mas não sou contra eles. Sou a favor. Eu dirigi eles e são incríveis,
mas não para todo mundo”.
“Ainda não está muito claro o que
acontecerá com os subsídios para veículos elétricos. É provável que uma
política mais conciliatória seja adotada”, disse Susannah Streeter, head
de money and markets da Hargreaves Landsown em entrevista à Reuters.
Em 2021, Trump declarou que a criptomoeda é uma ‘fraude’ e que ‘deveria ser muito, mas muito regulado’.
Após ir atenuando suas críticas, neste ano Trump disse que em seu mandato o país seria ‘a capital das criptomoedas’.
Ele disse: “se a criptomoeda vai definir o futuro, ela será minerada, cunhada e feita nos Estados Unidos”.
Protecionismo deve agradar Elon Musk
Com
impostos para produtos importados maiores, Musk pode ser um dos vários
beneficiados pela política de Trump de favorecer a indústria nacional.
Atualmente
gigantes chinesas – como BYD e GWM – que são as maiores dores de cabeça
do bilionário globalmente sequer estão vendendo carros de passeio nos
EUA.
Contudo, a BYD, por exemplo, já é bastante relevante no
mercado de ônibus elétricos nos Estados Unidos, sendo uma das principais
fornecedoras desse tipo de veículo no país, com uma base de produção em
Lancaster (Califórnia), onde monta ônibus elétricos para atender à
demanda local.
A China deve ser o alvo principal na guerra
comercial de Trump. Durante a campanha, o então candidato prometeu uma
tarifa de 10% para produtos importados durante a campanha, porém de 60%
para aqueles vindos do país asiático.
Além disso, a Tesla e outras empresas de Elon Musk
devem ser beneficiadas com o corte de impostos para empresas locais,
que também estão previstos nas promessas de campanha Trump.
O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião com
representantes do setor imobiliário para tratar da reforma tributária em
São Paulo nesta quinta-feira, 14, a partir das 16 horas. O encontro
será acompanhado pelo secretário extraordinário da reforma tributária,
Bernard Appy, e o diretor da secretaria Rodrigo Orair.
Pelo
setor, participam representantes da Associação Brasileira de
Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), como o presidente Luiz França, do
Secovi-SP e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Haddad também gravará nesta quinta uma entrevista ao canal CNBC no período da tarde. Como o Broadcast
(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já mostrou, Haddad
passou rapidamente pela Fazenda pela manhã e seguiu para a base aérea,
para embarcar rumo à capital paulista.
No sábado, 16, o
ministro viaja para o Rio de Janeiro, onde acompanhará o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em compromissos da reunião de cúpula do G20.
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse em entrevista à Folha de S.Paulo
que o governo Lula precisa agir rapidamente para cortar despesas e
garantir que o arcabouço fiscal seja sustentável a longo prazo. “O que
poderia ser capaz de reverter esse prêmio de risco é um conjunto de
medidas que tenham duas dimensões. A primeira é gerar um corte de gastos
na carne no ano de 2025, que seja relevante. E, depois, medidas que
indiquem aos agentes econômicos que estruturalmente o arcabouço fica
mais sustentável para a frente”, afirma Campos Neto.
Sobre o
tempo que o governo tem para implementar essas ações, ele argumenta que
quanto mais rápido, melhor: “Quanto mais se espera, depois mais você
acaba tendo que fazer. Vai gerando uma dinâmica de piora. O choque que
precisa ser produzido depois é maior”. Ele ressalta que a demora nas
medidas fiscais pode causar sérios impactos no mercado, como
investimentos perdidos e oportunidades desperdiçadas: “É gente que não
investe, é alguém que fez um hedge, é um investimento que vinha para o
Brasil e não veio. É sempre bom voltar a um preço melhor, mas não é
verdade que a trajetória não influencia. O ideal é você se antecipar e
não agir depois que o mercado já piorou muito.”
Ele
também fala sobre a necessidade de cortes de gastos estruturais:
“Olhando as pesquisas que a gente recebe de mercado, tenho escutado
entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões no ano de 2025 e alguma coisa
estrutural. No estrutural, não é uma opinião do Banco Central, o que a
gente tem visto os economistas falando é que enderecem o ponto da
indexação e da vinculação”. No entanto, segundo o banqueiro central, se
as medidas de revisão de gastos forem consideradas mais brandas do que o
esperado, não há uma perspectiva de crescer a chance de uma alta maior
de juros. “Em nenhum lugar da ata do Copom está escrito que o BC
pretende acelerar a alta de juros. Continuamos dizendo que a gente
prefere ter um guidance [sinalização futura] aberto e que vamos analisar
ao longo do tempo.”
O presidente do Banco Central também
se posicionou sobre questões econômicas globais, como o impacto das
políticas de Donald Trump no Brasil. “O Brasil é bem menos impactado do
que outras economias emergentes”, afirmou. Mesmo com o impacto global
das mudanças nas políticas fiscais e comerciais, ele não vê o cenário
com pessimismo excessivo: “O mundo vai demorar um pouco para digerir e
entender quais são as políticas que estão vindo.”
Campos
Neto ainda defendeu as reformas estruturais implementadas durante sua
gestão, como a reforma trabalhista do governo Temer, que, segundo ele,
contribuiu para a redução do desemprego. Porém, ele critica projetos
como o da jornada de trabalho 6×1, afirmando que tais iniciativas são um
retrocesso nas conquistas do mercado de trabalho: “Quando vejo um
projeto como esse do 6×1, ele volta atrás num avanço que foi feito, que é
o de flexibilizar as relações de trabalho.”
Ao refletir
sobre seu mandato e as metas de inflação, Campos Neto afirmou que,
apesar de a meta de inflação não ter sido cumprida nos últimos três
anos, o cenário pós-pandemia é um desafio global. “No pós-pandemia, não
tem um BC no mundo que cumpriu meta. A nossa inflação foi uma das
primeiras a começar a cair, agimos de forma antecipada, e os prêmios que
você mencionou reconhecem isso.”