quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Indicador de Incerteza (IIE-Br) cai 4,6 pontos em fevereiro, para 104,5 pontos, diz FGV

 

 

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O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas caiu 4,6 pontos em fevereiro, para 104,5 pontos, menor nível desde julho de 2023 (103,5 pontos). O principal fator para a queda foi o comportamento do componente de Mídia, que recuou 6,4 pontos, para 105,8 pontos, também menor nível desde julho do ano passado (101,9 pontos).

Já o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 4,5 pontos, para 97,5 pontos, contribuindo de forma positiva com 1,0 ponto para o IIE-Br.

“O movimento reflete a continuidade de um cenário econômico doméstico favorável, com melhora do emprego, renda e inflação sob controle, apesar das tensões geopolíticas internacionais do momento. Para os próximos meses, o indicador deverá continuar flutuando em faixa favorável, na medida em que a economia continue a apresentar resultados positivos e as contas públicas evoluam de forma satisfatória”, afirmou em nota a economista da FGV IBRE Anna Carolina Gouveia.

Leilão do trem que ligará São Paulo à Campinas acontece hoje com expectativa de R$ 13,5 bi em investimentos

 


Leilão do trem que ligará São Paulo à Campinas acontece hoje com expectativa de R$ 13,5 bi em investimentos

Empresa vencedora do leilão também será responsável pela implementação do Trem Intermetropolitano (TIM) e pela expansão da linha 7-Rubi. (Crédito: Divulgação)

 

Acontece nesta quinta-feira, 29, o leilão do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, que vai conectar a cidade de São Paulo à Campinas, no interior do estado. O evento ocorre a partir das 15h, na sede da B3, na capital paulista, e a previsão é de que sejam levantados mais de R$ 13,5 bilhões em investimentos na obra.

A empresa vencedora do leilão também será responsável pela implementação do Trem Intermetropolitano (TIM) e pela expansão da linha 7-Rubi do trem de São Paulo.

A perspectiva é de que o TIC, quando pronto, torne a viagem entre São Paulo e Campinas mais rápida e desafogue o trânsito nas rodovias que ligam as cidades. A previsão é de que o tempo de duração da viagem seja de uma hora, com uma única parada em Jundiaí. A passagem terá valor máximo de R$ 64.

Já o TIM, o trem intermetropolitano, deve ligar Campinas à Jundiaí, com estações também em Louveira, Vinhedo e Valinhos.

A linha 7-Rubi, hoje administrada pela Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), conecta a estação Barra Funda, em São Paulo, a Jundiaí, com 17 estações entre os dois destinos.

A previsão do governo paulista é de que os três modelos de mobilidade sob trilhos estejam operando simultaneamente em 2031, possibilitando o transporte de cerca de 550 mil pessoas diariamente na operação total. O comando do Estado também prevê que a demanda cresça gradualmente e atinja até 672 mil passageiros diários em 2050.

A concessão vale por 30 anos, a partir do início da operação dos novos ramais de ligação ou da extensão comercial da linha 7-Rubi, de acordo com o governo de São Paulo.

Será declarada vencedora a proposta que oferecer o maior desconto porcentual nos tetos de contraprestação financeira ou de aporte máximo, caso necessário. Segundo o edital, o valor máximo de contraprestação de R$ 8 bilhões, e o aporte é de R$ 8,9 bilhões.

Contas do governo fecham no azul em R$ 79,3 bilhões

 


Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real

As contas do governo central ficaram no azul em janeiro. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas (sem contar os juros da dívida) ficou positiva em R$ 79,337 bilhões. O resultado veio após um déficit de R$ 116,147 bilhões em dezembro.

O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – representa o terceiro melhor desempenho em termos reais para o mês na série histórica do Tesouro, iniciada em 1997. Em janeiro de 2023, o resultado havia sido positivo em R$ 78,906 bilhões, em valor nominal.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o resultado de janeiro ficou R$ 12 bilhões acima da estimativa inicial que o governo havia previsto para o mês.

“Na nossa programação, o superávit que era esperado para janeiro era de R$ 67 bilhões, então, para um primeiro mês, tivemos diferença positiva de R$ 12 bilhões, que ajudam a absorver eventuais frustrações nos próximos meses”, disse Ceron ontem ao comentar os dados.

Ele reforçou que a Fazenda ainda busca um resultado fiscal mais próximo do equilíbrio orçamentário e, com isso, “mudar definitivamente a trajetória fiscal” do Brasil.

No acumulado de 12 meses até janeiro, porém, o governo apresenta um rombo de R$ 235 bilhões – equivalente a 2,1% do PIB. A meta para 2024 é de zerar o déficit das contas públicas.

Com a estreia do arcabouço fiscal – nova regra para controle das contas públicas -, o resultado pode variar num intervalo de tolerância entre 0,25 ponto porcentual para cima ou para baixo, ou seja, entre -0,25% e 0,25% do PIB.

Receitas e despesas

Em janeiro, as receitas tiveram alta real de 3,7% em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas subiram 6,8% em janeiro, já descontada a inflação.

Ceron destacou um crescimento forte na entrada de receitas administradas pela Receita em janeiro, de 6,9%. “São sinais, com entrada de receitas pontuais, sim, mas de que a atividade econômica está respondendo com arrecadação mais difundida entre os tributos que compõem a base”, disse o secretário do Tesouro ao comentar os dados de janeiro.

No Imposto de Renda, houve um aumento de R$ 2,7 bilhões na arrecadação do mês passado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Empresas investem em aplicativos próprios e oferecem nova experiência para os clientes


 


Ideia é, além de fidelizar e estreitar relações, melhorar a experiência do consumidor

 

 

 

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O setor varejista, seguindo uma tendência global do varejo, tem apostado nas novas tecnologias de banco de dados para levar soluções e ofertas customizadas para os clientes. Descomplicar a jornada de consumo tem se tornado uma obsessão para muitas empresas. Os dados atrelados a estratégias eficientes estreitam relações, fidelizam e proporcionam vantagens exclusivas. É o caso dos aplicativos próprios que pretendem melhorar a experiência do cliente. 

Criado muitas vezes para ser mais um canal de venda, quem o adota quer proporcionar atendimento personalizado, eficiência e qualidade na entrega dos produtos. Além de não ter que pagar as comissões, por vezes consideradas altas, de aplicativos aglutinadores de lojas. Quem possui aplicativo próprio ainda tem o benefício de administrar os dados dos clientes, de grande valia para planejar estratégias de fidelização e experiência. Quem comenta o assunto é o especialista em varejo Ricardo Rocha, CEO de sete startups, entre elas a Blips, que já tem cinco anos de mercado e faturou R$ 85 milhões no ano passado. 

Empresários não devem agregar o custo do app aos outros negócios, avalia Ricardo Rocha | Crédito: Divulgação/Blips
 
 
 Ele  explica  que a  ferramenta  precisa  ser entendida  e  direcionada  para  cada negócio. Ela pode ser boa para um fim e não para outro.            “É um segmento complexo de trabalhar porque você tem perfis  de público diferentes, você tem o micro, o pequeno, o médio e o grande empresário.     Tem negócios   com  baixa maturidade e outros com alta maturidade”, avalia.
 
 Dados  do  Índice  de Produtividade  Tecnológica  (IPT)  de Varejo,     feito pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, mostram que apenas 18% das   empresas  possuem  aplicativo próprio.     Dessa forma, há uma legião delas aptas à criação.  Entretanto, o especialista recomenda que  ao  criar um aplicativo próprio, os empresários não devem agregar o custo do app aos outros negócios e unidades.

Rocha orienta que é preciso considerar o  aplicativo  róprio como  um novo canal de vendas,  uma   nova  unidade   com  custos  operacionais diferenciados    e não agregar aos que já existem.                  Dessa forma, a decisão entre entrar em um marketplace ou obter um aplicativo próprio fica mais fácil.  “O varejista tem que aprender a fazer a conta financeira. É uma questão de gestão.            Ele tem que aprender a alocar corretamente a estrutura de custo do canal físico, do canal digital e fazer a conta de forma segregada”, orienta.

Ele  atribui  a essa estratégia o surgimento de diversas dark stores, na tradução livre “loja escura” – que funciona apenas como um centro de distribuição de produtos vendidos pelo e-commerce “por terem um custo barato do ponto físico que não é comercial, a comissão do marketplace fica viável”, analisa.

Para um pequeno negócio, que esteja iniciando uma primeira experiência digital, na visão do especialista, o ideal é adotar os marketplaces e os aplicativos terceirizados de forma que tanto o empreendedor quanto os clientes tenham uma iniciação orientada no mundo digital.

Coreu Burguer optou por aplicativo próprio

Na hamburgueria de Rodrigo Duarte, a Coreu Burguer, que conta hoje com quatro unidades físicas, a empresa adotou o aplicativo próprio, mas também trabalha com parceria de aplicativos de marketplaces. Ele explica que nas regiões onde são reconhecidos, o aplicativo próprio funciona bem, mas nas novas unidades começaram com o aplicativo terceirizado para ganharem notoriedade e reconhecimento.

“Administramos toda a operação logística. Mesmo nas unidades que fizemos a parceria com aplicativos de terceiros, a logística é nossa. Usamos o aplicativo apenas para receber os pedidos nesses casos”, explica Duarte.

Ele conta que após oito anos no mercado, dos 132 colaboradores que possuem, 42 deles são motoboys próprios. “O aplicativo e o entregador sendo nossos é muito mais fácil você cuidar do cliente. Consigo ter um controle melhor da logística, informações dos meus clientes, resolver problemas mais facilmente, além de um custo mais baixo do que terceirizar toda a entrega”, comenta.

Na rede mineira de farmácias FarMelhor, o aplicativo próprio está em fase de testes e um piloto já está em funcionamento. De acordo com o CEO da rede, Renan Reis, a criação do aplicativo não fará com que eles saiam dos marketplaces ou substituam algum canal. “Queremos gerar ofertas e benefícios exclusivos desenvolvendo estratégias para criar ainda mais a cultura do digital nos nossos clientes”, explica.

Estar presente em todas as modalidades é importante para Reis, ele acredita que cada canal atende a um público diferente. “Um turista que quer resolver o problema de saúde dele, vai procurar o caminho mais fácil que são os aplicativos de entregas conhecidos, por isso não posso sair de lá. Já meus clientes regionais do dia a dia, eu vou estimulá-lo a ter meu app, oferecendo ofertas e benefícios exclusivos”, diz.  Outro ponto lembrado por Reis é o fato de estar no segmento de farmácia, há uma clientela idosa que preza pelo contato, pela ida à loja física, a atenção e o cuidado pessoal. “Não posso esquecer deles, mas preciso cuidar dos novos clientes também”, diz.

Renan Reis | Crédito: Divulgação/FarMelhor

 

Fusões e aquisições crescem em Minas Gerais em 2023

 


Com alta de 2,3%, Estado apresentou desempenho acima da média nacional que recuou no ano passado, aponta KPMG 

 

 

 


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Segundo Coimbra, as taxas globais de juros elevadas estão entre os fatores que afetaram o mercado em 2023 | Crédito: Divulgação/KPMG

 

As fusões e aquisições em Minas Gerais chegaram a 133 no ano passado, segundo pesquisa da KPMG sobre o assunto. Na comparação com 2022, o crescimento no Estado foi de 2,30%, já que naquele ano, o total contabilizado foi de 130 transações.

Minas Gerais ocupa a segunda posição no País em transações desse tipo. A liderança nacional, com 830 fusões e aquisições, foi ocupada por São Paulo, que atingiu 55% do total. O terceiro lugar foi ocupado pelo Rio de Janeiro (98), seguido pelo Espírito Santo (26).

 A região Sudeste do Brasil registrou 1.087 fusões e aquisições no ano passado, um recuo de 20% na comparação com 2022, quando foram registradas 1.364 transações. O número mais recente de operações na região corresponde a 72% do total de 1.505 transações realizadas no Brasil em 2023.

 Segundo a pesquisa, o Brasil registrou 1.505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% na comparação com 2022, quando foram realizadas 1.728 operações desse tipo. Apesar de 2023 ter registrado menos operações que 2022, e menos também que 2021 (1.963 transações), os números atuais são superiores a períodos anteriores: 1.117 em 2020, 1.231 em 2019, 967 em 2018, 830 em 2017, e 740 em 2016.

 

O sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, Guilherme Coimbra, observa que os dados evidenciam que, apesar da retomada de muitas fusões e aquisições, o ano passado foi, conforme previsto, menos aquecido que o anterior. “As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais”, explica.

Estimativas são positivas para o mercado de fusões e aquisições em Minas Gerais

Para Coimbra, é possível recuperar o número de transações, em breve, com a melhoria de indicadores econômicos nacionais. “2024 deve ser melhor do que 2023. A gente já vê alguns sinais, como a redução da taxa de juros, além da potencial retomada de IPOs (ofertas públicas iniciais de ações), o que também ajuda muito no número de transações”, diz.

 A taxa básica de juros, a Selic, está definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). Foi a quinta queda consecutiva. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.

Coimbra diz que um dos setores que deve se destacar em volume de transações neste ano é o de tecnologia da informação, além do segmento de energia, fruto da transição energética, bem como o de mineração.

“Também deve crescer o segmento das instituições financeiras, os meios de pagamento, pela diversidade e pela tecnologia, tende a ser bastante aquecido”, analisa. Ele observa que Minas Gerais é um estado relevante, com destaque para os setores de mineração e agronegócio, com potencial de crescimento de fusões e aquisições em 2024.

 

https://diariodocomercio.com.br/financas/fusoes-aquisicoes-crescem-minas-gerais/?utm_campaign=28022024_diaria_nao_abre_-_2024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Desigualdade de renda hoje está no mesmo nível do século passado, diz Tatiana Rosito, no G20

 

As autoridades reunidas na 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 Brasil discutirão as desigualdades e suas implicações para as políticas macroeconômicas no primeiro painel do evento, que ocorre na manhã desta quarta-feira, 28. A abertura será feita pelo ministro Fernando Haddad, que participa virtualmente porque contraiu covid-19 e está em recuperação.

“As desigualdades cresceram muito nas últimas duas décadas e estão no mesmo nível do início do século 20. Vamos discutir a concentração de renda e as implicações para a economia. Trataremos não somente da desigualdade de riqueza, mas também de gênero e raça”, disse a coordenadora da Trilha de finanças do G20 Brasil e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito.

Em briefing à imprensa, Rosito acrescentou que os grupos de trabalho da Trilha de Finanças analisarão também, nestes próximos dois dias de encontro, exemplos de políticas que têm sido bem sucedidas para tratar essas desigualdades. “Queremos ouvir dos ministros o peso que cada país dá para as desigualdades e as implicações em suas economias”, afirma, acrescentando que nas discussões os participantes devem apresentar sugestões de medidas para mitigar essas desigualdades.

Na segunda sessão do dia, ministros e presidentes de bancos centrais tratarão da economia global – crescimento e desenvolvimento – tema que é tradicional nos encontros do G20. Nessa etapa das discussões, como também já é de praxe, haverá a participação de membros de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


Cingapura abre mercado para extrato de carne bovina do Brasil

 Extrato de Carne 500g - Acumedia


Brasília, 28 – O Brasil poderá exportar extrato de carne bovina para Cingapura. A abertura de mercado foi comunicada nesta terça-feira pelas autoridades cingapurianas ao Ministério da Agricultura, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “É um produto processado de altíssimo valor agregado, que vale mais que carne nobre. Isso gera oportunidades para o campo”, disse Fávaro a jornalistas na terça após reunião com presidente Lula no Palácio do Planalto.

Em nota divulgada nesta quarta-feira, 28, o ministério afirmou que o Brasil recebeu a aprovação sanitária para comercializar o produto no país asiático. No início do mês, Cingapura autorizou a entrada de carnes e produtos derivados de ovinos do Brasil. Em 2023, o país importou aproximadamente US$ 685 milhões em produtos agropecuários brasileiros, de acordo com dados do Ministério.

No ano, o Brasil conquistou 16 novos mercados para produtos agropecuários. Em 2023, as aberturas de mercado chegaram a 78. “Começamos 2024 em ritmo ainda mais acelerado, com o recorde bimestral de aberturas”, afirmou o ministro. Segundo Fávaro, Lula pediu a ele a organização de uma missão empresarial à União Africana.

Lula revoga reoneração de 17 setores da economia

 


Aprovação do governo Lula cai 6 pontos em um ano, diz pesquisa PoderData

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Crédito: Agência Brasil)

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (27) a exclusão da reoneração gradual de impostos para 17 setores econômicos que constava na Medida Provisória (MP) 1202, editada no final do ano passado. Com isso, esses setores ficam isentos do pagamento de impostos, por enquanto, até que o assunto seja resolvido por meio da tramitação de um projeto de lei de urgência, que ainda será enviado pelo governo federal.

A decisão de Lula já era aguardada e foi fruto de um acordo feito com lideranças do Congresso Nacional, fechado ainda na semana passada. O anúncio da revogação foi feito pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, o texto já foi despachado pelo presidente e estará publicado na edição de quarta-feira (28) do Diário Oficial da União (DOU).

A prorrogação da isenção de impostos foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023, por mais quatro anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida.

Em seguida, o Congresso derrubou o veto presidencial. Mesmo assim, uma nova MP foi editada pelo presidente, já em dezembro, reonerando os mesmos setores, mas de forma gradual até 2027, e incluindo outras medidas para melhorar a arrecadação, como a revogação dos benefícios fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a limitação no percentual para compensação tributária por decisões judiciais passadas. A revogação do Perse e a compensação por decisões judiciais seguem na MP, mantendo-se em vigor até que o Congresso aprove ou não a medida.

“Hoje [27], assinado pelo presidente Lula, vai estar publicado amanhã [28], o caminho para a continuidade dessa negociação. A retirada, da Medida Provisória, do ponto específico sobre reoneração dos setores econômicos. Isso vai para um projeto de lei em regime de urgência. Vai permitir que a gente possa continuar tratando, no âmbito da MP, os pontos relacionados ao Perse, programa criado na época da pandemia, que já acabou, para os setores eventos, que começa a gerar um impacto muito grande na saúde das contas públicas. E também o tema da compensação tributária, que continua”, afirmou Padilha em vídeo postado nas redes sociais.

Diferentemente da MP, que tem efeito imediato e, por isso, a cobrança dos tributos sobre a folha já retornaria em abril, o projeto de lei, mesmo com urgência, precisa de aprovação prévia e sanção presidencial para começar a valer, e o prazo para isso é incerto.

A edição de uma reoneração gradual dos mesmos setores que haviam tido o benefício prorrogado pelo Congresso gerou um conflito entre legisladores e o governo federal.

Parlamentares de oposição exigiam que o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolvesse a MP 1202/2023 sem nem analisá-la, por entender que o Congresso já havia decidido sobre o tema. No entanto, durante as negociações que se arrastaram ao longo das últimas semanas, o próprio governo recuou prometendo retirar os trechos que causavam o impasse.

Um outro ponto que constava na MP era a reoneração da folha de pagamento de municípios com menos de 156 mil habitantes, que também foi revogada por Lula no texto que será publicado no DOU. Neste caso, o governo não informou quando e se enviará um projeto de lei para retomar a cobrança tributária.

Na semana passada, associações e sindicatos patronais que representam os 17 setores econômicos afetados pela MP que reonerou a folha de pagamento de funcionários lançaram um manifesto em defesa do benefício tributário, aumentando a pressão sobre o governo.

Esses 17 setores, que agora voltam a ser beneficiados com isenção de impostos, são: confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação (TI); tecnologia de comunicação (TIC); projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Fávaro, após reunião com Lula: em março, governo deve anunciar ajuda a setores do agro

 


O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta terça-feira. 27, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o governo deverá anunciar em março medidas de auxílio a setores do agro. Citou com possíveis beneficiados a pecuária de corte e os produtores de soja e milho.

“Hoje estamos com a safra brasileira de verão praticamente 40% colhida. A ideia é, antes do final da colheita, para aqueles que tiveram problemas climáticos, problemas de falta de renda, aqueles setores, tenham já medidas anunciadas. Está sendo estruturado com o Ministério da Fazenda, com o BNDES também”, declarou o ministro.

“A ideia é que antes do final da colheita as medidas sejam anunciadas. Mês de março, mês de março a gente deve anunciar”, afirmou Fávaro.

“Estamos estratificando isso para que a gente possa atender e lançar programas e também estudar a prorrogação dos vencimentos dos investimentos que vencem em 2024”, declarou o ministro. “A ideia é ter uma linha de crédito para capital de giro, que dê alguma carência, dois anos de carência, talvez, e mais três anos para amortizar”, disse Fávaro.

Segundo ele, Lula o orientou a construir alternativas para evitar recuperações judiciais e inadimplência na agropecuária por causa da baixa de preços de alguns produtos. Apesar disso, Fávaro disse que não há crise. Seriam ações preventivas, organizadas em um pacote estruturado.

O ministro também disse que o presidente pretende visitar estados onde a agropecuária é forte para lançar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo Fávaro, Lula também o instruiu a organizar uma missão empresarial para buscar novos negócios na África.

Diretora do FMI elogia ‘reforma tributária histórica’ do Brasil, ao falar à GloboNews

 FMI reafirma confiança na liderança de Kristalina Georgieva ...

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, elogiou a “reforma tributária histórica” aprovada pelo Brasil, e considerou que a mudança terá impacto positivo nos próximos anos, o que no longo prazo “será potencialmente significativo”. O comentário foi feito em entrevista exclusiva da autoridade à GloboNews.

Georgieva afirmou que a reforma pode elevar o potencial de crescimento do Brasil, com impactos decorrentes positivos para a população. Ela também defendeu um esforço de revisão das despesas, a fim de melhorar a eficiência do gasto público, e argumentou contra um “teto rígido” para se atingir déficit zero no balanço fiscal.

Em outro trecho da entrevista, a diretora-gerente do FMI se disse “otimista” sobre o quadro na Argentina. Na visão dela, o País havia acumulado desequilíbrios muito significativos, o que agora o governo de Javier Milei busca corrigir. Além do combate à inflação, há um esforço para remover barreiras artificiais à economia, como as múltiplas taxas de câmbio, notou. “Temos nos envolvido estreitamente com a Argentina, para cuidar das pessoas mais afetadas”, disse. Georgieva defendeu que seja possível “reestruturar a economia, mas não à custa dos pobres”. E recordou a própria biografia, ao lembrar que em seu país de origem, a Bulgária, enfrentou um quadro econômico difícil, com inflação muito elevada e outros problemas econômicos. “Desejamos o melhor para todos os argentinos”, comentou.


Qual é o tamanho adequado da empresa alvo para um possível M&A?

 

 Fotos de Dólares, Imagens de Dólares sem royalties ...

 

 

Há maior interesse por revendas acima de R$100milhões no Agro, de R$40 milhões para hospitais em Saúde, de R$ 20 milhões para empresas Saas no setor de tecnologia, de R$50milhões para comercializadoras e marketplaces no setor de energia, de R$100milhões para supermercados e assim por diante. 

Há maior interesse por revendas acima de R$100milhões no Agro, de R$40 milhões para hospitais em Saúde, de R$ 20 milhões para empresas Saas no setor de tecnologia, de R$50milhões para comercializadoras e marketplaces no setor de energia, de R$100milhões para supermercados e assim por diante. 

Há maior interesse por revendas acima de R$100milhões no Agro, de R$40 milhões para hospitais em Saúde, de R$ 20 milhões para empresas Saas no setor de tecnologia, de R$50milhões para comercializadoras e marketplaces no setor de energia, de R$100milhões para supermercados e assim por diante.

Há maior interesse por revendas acima de R$100milhões no Agro, de R$40 milhões para hospitais em Saúde, de R$ 20 milhões para empresas Saas no setor de tecnologia, de R$50milhões para comercializadoras e marketplaces no setor de energia, de R$100milhões para supermercados e assim por diante.

O ano de 2024 tem todas as características de aumento do número de transações de M& A se comparado ao ano de 2023. O empresário antenado tem a curiosidade de entender se é atrativo o suficiente para o casamento com fundos de investimentos ou compradores estratégicos.

Por outro lado, entender o humor e a atual capacidade financeira dos agentes são fundamentais para se preparar rumo à entrada de novos sócios no timing correto. Vale discorrer brevemente aqui sobre os setores usuais: agro, saúde, serviços, finanças, energia, tecnologia, distribuição, health tech & fintech, além de varejo e infra são setores que sempre têm atenção de investidores no Brasil.

Quando falamos de atratividade, o tamanho das empresas alvo também é um critério importante a ser analisado e os valores variam por setor. Em geral, os investidores olham para determinados tamanhos mínimos de empresas.

Há maior interesse por revendas acima de R$100milhões no Agro, de R$40 milhões para hospitais em Saúde, de R$ 20 milhões para empresas Saas no setor de tecnologia, de R$50milhões para comercializadoras e marketplaces no setor de energia, de R$100milhões para supermercados e assim por diante.

O importante aqui é entender as teses por trás do interesse do comprador de forma que o vendedor possa tentar abocanhar parte das sinergias da operação como formação de preço da transação. É uma ilusão e ingenuidade achar que o advisor vai conseguir precificar no momento zero da venda todas as sinergias da tese de investimentos e trazer somente para o lado do seu cliente. Tudo que exige execução, traz risco e os fundos precisam dar retorno a seus cotistas, tipicamente algo da ordem de 20 a 25% a.a. Logo, eles vão negociar e deverão ficar com boa parte da geração de valor daquele casamento.

As teses dos compradores, isto é, fundos de investimento e players estratégicos variam.

Citamos para efeito didático algumas como buy and build“, visando estabelecer uma plataforma dominante em um mercado ainda pulverizado, buscando melhoria de gestão, escala e redução de custos; portfólio mix” , com compras de serviços ou tecnologias complementares que trarão cross selling e upselling na base de clientes , redução de churn e fidelização e,acquihire“, onde o investidor está preocupado em trazer novos cérebros para oxigenação do seu negócio, uma vez que o mesmo já está maduro e entrando no ciclo de envelhecimento . Sempre dá para buscar uma parcela do valor atrelado ao risco de execução e ser premiado no sucesso, chamamos isto de “earn out”, dado que fica mais fácil chegar a um acordo sobre o que se conquistou do que dividir dinheiro de mentira.

Isto posto é hora de o empresário entender o seu tamanho atual, fazer os seus exercícios e alimentação corporativa adequadas para nutrir ” a criança ” e transformar o seu negócio atrativo o suficiente para um futuro casamento. Como sempre, com um bom planejamento a estrada sempre fica mais fácil de ser atravessada. “Bora malhar”! Autor: Marco França – engenheiro pela PUC, possui MBA pela Coppead e é fundador da Auddas.

Com informações da Auddas

TIM faz teste de 5.5G com pico de velocidade

 



TIM ganha nova logomarca e mudanças - TecStudio

A TIM anunciou nesta terça-feira, 27,que seus testes para implementação do sinal de 5.5G atingiram a velocidade de 11,6 gigabits por segundo (Gbps). A iniciativa faz parte da corrida pela liderança na Internet móvel e representa um recorde no continente, segundo a operadora.

O 5.5G promete uma velocidade até 30 vezes superior. No 5G, a velocidade de download do mercado em geral está em cerca de 300 megabits por segundo (Mbps), podendo alcançar picos de 1 gigabit por segundo Gbps. Já no 5.5G, a estimativa é de atingir em torno de 10 Gbps. O resultado da TIM, portanto, ficou acima das projeções da indústria.

O 5.5G suporta serviços avançados para consumidor final, como realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e realidade estendida (XR), bem como para aplicações de Internet das coisas.

Diversas aplicações poderão utilizar a nova tecnologia de rede móvel para melhorar ainda mais o desempenho da rede e melhorar a experiência de serviço na conexão de pessoas, residências, coisas, veículos e indústrias.

O anúncio da TIM foi feito hoje no Mobile World Congress (MWC), maior feira de telecomunicações do mundo, que acontece de 26 a 29 de fevereiro em Barcelona.

O jornalista viajou a Barcelona para cobrir a MWC a convite da Hua.

Marinho: FGTS digital é resposta de como trabalhar Custo Brasil com eficiência na gestão

 O estoque de más ideias de Luiz Marinho parece que nunca tem ...


O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta terça-feira, 27, que o FGTS Digital – nova forma de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – é uma resposta do governo de como trabalhar a redução do chamado Custo Brasil por meio da eficiência na gestão pública

Segundo Marinho, o FGTS Digital, que estará disponível na próxima sexta-feira, 1º, trará economia de horas trabalhadas para empresas, simplificação de acesso ao fundo e maior gerenciamento dos depósitos por parte dos empregadores.

“O trabalhador terá maior transparência sobre os depósitos no fundo”, disse, em entrevista à imprensa no Ministério do Trabalho.

A base digital do fundo dos trabalhadores utilizará informações do eSocial como base de dados e será responsável por todo o recolhimento de FGTS mensal e rescisórios.

O Boticário apresenta projeto de perfumaria a granel com tecnologia inédita na América Latina

 


Boticário

A iniciativa vai acontecer até maio de 2024, na unidade do Barra Shopping, localizada no Rio de Janeiro (Crédito: Divulgação)

 

O Boticário iniciou um projeto-piloto de venda a granel de um dos clássicos do portfólio de perfumaria feminina, o Floratta Blue. A ação busca aumentar a conscientização dos consumidores sobre o descarte consciente e garante a circularidade das embalagens de vidro. A iniciativa vai acontecer até maio de 2024, na unidade do Barra Shopping, localizada no Rio de Janeiro.

O consumidor deve levar uma embalagem vazia de qualquer fragrância do Boticário. Na loja, ele pode escolher entre as volumetrias de 50ml e 75ml de Floratta Blue, que será abastecida na hora em um novo frasco, enquanto o item trazido será direcionado ao programa Boti Recicla. Além disso, ele vai ganhar 20% de desconto na compra. 

Para Gustavo Dieamant, Diretor Executivo de P&D do Grupo Boticário, o potencial deste projeto pode criar novos caminhos para a construção de um mercado de beleza nacional cada vez mais sustentável. “Estamos sempre em busca de novas soluções, já que a agenda de ESG faz parte do nosso DNA de ponta a ponta: do desenvolvimento de uma formulação à logística reversa. O projeto de perfumaria a granel, utilizando uma tecnologia pioneira no mercado nacional e em toda a América Latina, é uma aposta inovadora e alinhada ao nosso compromisso de redução de impacto socioambiental”, explica.

 

 https://istoedinheiro.com.br/o-boticario-apresenta-projeto-de-perfumaria-a-granel-com-tecnologia-inedita-na-america-latina/

No Brasil, diretora do FMI cobra meta de inflação de bancos centrais

 


(Arquivo) A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva - POOL/AFP

 

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse nesta segunda, 26, que os bancos centrais devem manter-se concentrados em “terminar o trabalho” de levar a inflação à meta. Em discurso na reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais (BCs) do G-20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, ela disse que será preciso avaliar com cuidado quando e em que nível os BCs devem reduzir os juros mais adiante, para se garantir a convergência da inflação na meta.

Ela citou o Brasil como um exemplo positivo, por ter elevado juros cedo para controlar o quadro inflacionário. Georgieva ainda destacou a reforma tributária brasileira aprovada em 2023 como um caso de sucesso. Segundo ela, é crucial que os países elevem a receita e combatam ineficiências, e nesse sentido o Brasil “tem mostrado liderança nesta área, com sua reforma tributária histórica”, disse, advertindo: “Muitos países estão para trás, com espaço para ampliar suas bases tributárias, fechar brechas e melhorar a administração tributária”.

Desde ontem, a cidade de São Paulo sedia as reuniões financeiras do G-20 Brasil, que contará com a presença de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais dos países do grupo. O Brasil assumiu a presidência rotativa do G-20 pela primeira vez em 1.º de dezembro, com mandato de um ano, e realizará 130 reuniões nas cinco regiões do país ao longo dos próximos 12 meses.

O G-20 reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. A lista é composta por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia, representada pelo presidente da Comissão Europeia e pelo presidente do Conselho europeu, e União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB global, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.

Diagnóstico positivo

Diagnosticado com covid, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha uma agenda extensa com base na programação original do encontro, que incluía reuniões com a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, e com Georgieva, do FMI, para tratar de questões relacionadas ao G-20 e também de bandeiras que são levantadas pelo País, como a busca de soluções para o endividamento de países muito pobres.

Nesta terça 27, ocorre a primeira sessão oficial do G-20. A partir das 9h45, o ministro da Fazenda faria o principal discurso do G-20, intitulado O Papel Político Econômico na Abordagem das Desigualdades: Experiências Nacionais e Cooperação Internacional. Não foi divulgada até a tarde de ontem uma programação alternativa, caso Haddad não possa cumprir sua agenda.

A partir das 14h45, acontecerá a segunda sessão da reunião do G-20 sob o comando do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele tratará de perspectivas globais sobre crescimento, emprego, inflação e estabilidade financeira.

Metas climáticas

Em briefing na manhã de ontem, sobre as reuniões financeiras do G-20, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, afirmou que os encontros são fundamentais para a busca de consensos globais, e destacou que os ministros de finanças e presidentes de bancos centrais que se reúnem na capital paulista têm papel crucial na mobilização de recursos ao crescimento equilibrado, incluindo a viabilização das metas climáticas do Acordo de Paris e de desenvolvimento sustentável.

Coordenadora da trilha de finanças do G-20, cujos eventos neste ano serão presididos pelo Brasil, ela disse que as reuniões retomarão temas discutidos no primeiro encontro do grupo, em dezembro, em Brasília. A expectativa é de que uma proposta seja fechada para embasar a reunião de ministros de finanças e presidentes de BCs amanhã.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

61% dos moradores de favelas e periferias do Brasil possuem conta digital

 


61% dos moradores de favelas e periferias do Brasil possuem conta digital

Entre as instituições bancárias que mais possuem clientes com conta digital na periferia, três são bancos exclusivamente digitais. (Crédito: Freepik)

 

De acordo com o levantamento “Persona Favela — Bancarização”, divulgado pelo NÓS – Pesquisas, cerca de 61% dos moradores de favelas e bairros periféricos do Brasil possuem ao menos uma conta digital.

Além disso, 77% dos entrevistados afirmaram utilizar o PIX de forma frequente, enquanto 35% dizem nunca ter utilizado caixa eletrônico para fazer saques.

Entre as cinco instituições bancárias que mais possuem correntistas que são moradores de comunidades, três são bancos exclusivamente digitais. Nubank, Caixa e PicPay lideram a preferência dos clientes nestes espaços. A pesquisa contou com a participação de 2753 moradores de favelas, comunidades e bairros periféricos do País que possuem conta bancária e possui uma margem de erro de 2%.

As facilidades que o uso da tecnologia proporciona ao consumidor para a realização de diferentes tipos de transações bancárias, tendo o aplicativo de seu banco sempre à mão, são a motivação de 57% dos moradores de favelas e bairros periféricos para aderirem às contas digitais.

“As favelas representam um importante canal para o fortalecimento do ambiente de negócios nacional e a democratização financeira é um meio de ampliar a participação na economia formal, permitindo que indivíduos e famílias se beneficiem das oportunidades oferecidas pelo sistema financeiro”, afirma a fundadora e CEO do NÓS, o Novo Outdoor Social, Emilia Rabello.

O cenário de aumento das contas digitais no Brasil é uma realidade para os moradores das mais de 6 mil comunidades distribuídas pelo país, que concentram um número superior a 12 milhões de habitantes e 4 milhões de famílias.

Dentro desse contexto, Emília, CEO do NÓS, ressalta a importância da bancarização das pessoas dentro das favelas e bairros periféricos e como esse comportamento pode movimentar a economia como um todo, por meio da inclusão financeira.

“Os dados levantados pela pesquisa do NÓS confirmam que a bancarização representa muito mais do que ter uma conta bancária – é um caminho para a inclusão financeira dessa grande parcela da população. Isso significa que as pessoas nas favelas e periferias acessam uma série de serviços e tem o poder de escolha de como gerenciar o seu dinheiro, economizar, investir e planejar seu futuro financeiro da melhor maneira possível”, destaca.

Outro dado levantando no estudo diz respeito aos principais fatores para a escolha do banco ao abrir uma conta digital. Para 43% dos respondentes, a facilidade no uso dos serviços online e do aplicativo representam o principal motivo para escolha. Já as taxas e tarifas cobradas foram citadas por 42% dos entrevistados como um dos principais fatores na hora de virar correntista.

Além desses, a facilidade de acessar agências e caixas eletrônicos também foram citados. Para 35% dos moradores das periferias brasileiras, este é um fator preponderante para a escolha do banco.

Cartão de crédito é auxílio para 93% dos moradores de favelas

Outro destaque importante do estudo do NÓS está relacionado ao uso do cartão de crédito. O método é visto como uma ajuda para 93% dos entrevistados. Entre as principais razões citadas pelos respondentes estão: o parcelamento, com 59%, e a possibilidade de comprar, mesmo sem ter dinheiro no momento – ponto citado por 57% das pessoas.

A maioria dos moradores nas comunidades utiliza o cartão de crédito no dia a dia e nas compras online, sendo que 60% têm um limite de até R$ 2 mil, pagando um valor médio da fatura de até R$ 1 mil. A preferência de 88% da população é pelo pagamento total da fatura.

Vale destacar que, apesar desses entrevistados optarem pelo pagamento das contas à vista, 63% disseram ter alguma dívida e o levantamento mostrou que, quanto mais idade, maior a porcentagem de endividados – 70% têm mais de 45 anos.

Entre as regiões brasileiras, a Centro-Oeste possui o maior número de moradores endividados, com 71%; em seguida, temos a região Norte, com 67%; Nordeste, com 63%; Sudeste, com 62%; por fim, Sul, com 60%. Mais de 65% do total de entrevistados já fez alguma negociação de dívida, sendo que 73% têm entre 35 e 44 anos.


Câmbio para 2024 segue em R$ 4,93 e em R$ 5,00 para 2025, aponta Focus

 


O cenário esperado para o câmbio brasileiro ficou estável no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio no fim de 2024 seguiu em R$ 4,93, ante R$ 4,92 de um mês antes. Para 2025, a mediana seguiu em R$ 5,00, mesmo nível de quatro semanas atrás.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Haddad mantém agenda com Georgieva, do FMI, mas com participação virtual por causa da covid-19

 Fernando Haddad lidera disputa para o governo de SP, diz ...


O Ministério da Fazenda atualizou a agenda desta segunda-feira, 26, do ministro Fernando Haddad, que testou positivo para a covid-19, o que afeta sua participação presencial nos eventos do G20 no Brasil. Ele ainda fará as reuniões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), participando virtualmente do encontro com a diretora do fundo, Kristalina Georgieva.

Haddad será substituído pelo secretário-executivo adjunto da Fazenda, Rafael Dubeux, na mesa de abertura do evento “Fórum Governos e Banco Centrais na era da mudança climática”, em uma conversa com Mark Carney no Hotel Rosewood, em São Paulo.

A partir das 16h30, Haddad cumprirá remotamente duas agendas com o FMI.

O primeiro encontro é com Afonso Bevilaqua, diretor executivo do Brasil no Fundo, e os dois vão tratar do alinhamento bilateral do fundo.

A partir das 17h15, Haddad participa virtualmente de uma agenda bilateral com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, em que discutirão a economia brasileira, o apoio do FMI na agenda do Brasil na presidência do G20 e opções na reforma das instituições financeiras internacionais.


Como é o plano do governo que promete favorecer o setor de máquinas e as siderúrgicas

 


Siderúrgicas

 

Fabricantes de máquinas e equipamentos devem ser favorecidas pela política do governo federal Nova Indústria Brasil – que prevê financiamento de R$ 300 bilhões para a indústria nacional até 2026. Além delas, as siderúrgicas, que vêm uma etapa antes nessa cadeia produtiva, também sairão ganhando.

Já os bancos mais focados em atacado podem sofrer um vento contrário caso o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ganhe maior relevância com o plano.

Companhias como a WEG, Marcopolo e Tupy devem ser as mais beneficiadas, segundo analistas do Bradesco BBI e da XP. Divergindo, o BBI menciona também benefícios para Embraer, Vamos e Mills; já a XP cita Randon e Aeris.

“Para a WEG, vemos a empresa potencialmente se beneficiando de múltiplas iniciativas (ônibus elétricos, automação industrial, energia limpa), enquanto para empresas de Autopeças (como Marcopolo, Randon e Tupy) e Aeris vemos benefícios mais pontuais”, afirmam os analistas da XP Lucas Laghi, Fernanda Urbano, e Guilherme Nippes.

Pegando carona, as siderúrgicas também podem se beneficiar com um potencial aumento de demanda por aço para atender as empresas de equipamentos, diz a estrategista-chefe do Inter, Gabriela Joubert, ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). Dentro disso, Gerdau e CSN – que são mais “pulverizadas” e têm clientes de diversos setores – estão melhor posicionadas, enquanto Usiminas fica em segundo plano por depender mais do setor automotivo.

“A siderurgia é uma indústria de base, o que significa que é base para todas as outras indústrias do País. Como o programa visa a beneficiar a indústria como um todo e esses subsetores são clientes em comum das siderúrgicas, então podemos ver uma demanda maior por produtos de aço”, afirma Joubert.

‘É um acerto’, diz CEO da Gerdau

Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, considera que a Nova Indústria Brasil amplia o leque de oportunidades de desenvolvimento da economia do País e de retomada da industrialização nacional, incluindo o setor de aço. “A atividade produtiva brasileira está perdendo relevância e competitividade e não existe um país próspero sem uma indústria forte. Por isso, a nova política industrial é um acerto do governo em fortalecer um setor tão importante e que passa por muitos desafios”, diz, ao Broadcast.

O Bradesco BBI destaca cinco segmentos que receberão incentivos no plano industrial: máquinas para produção de agricultura familiar e em larga escala; mobilidade elétrica e cadeia de fornecimento de baterias; transformação digital para aumentar a produtividade industrial; bioeconomia, descarbonização e transição energética; e tecnologias para a soberania e defesa nacional.

Werneck, da Gerdau, menciona que o financiamento de iniciativas de inovação e tecnologia verde e sustentabilidade podem desempenhar a descarbonização da indústria de aço, vista pelo CEO como um elemento essencial para a descarbonização do planeta, “pois [a commodity] está presente nas pás eólicas e veículos elétricos, por exemplo, além de ser um material 100% e infinitamente reciclável”.

Junto da Nova Indústria Brasil, Werneck diz ainda que há expectativas sobre o início do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), relançado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Com isso, há no âmbito da digitalização um grande empenho em destravar a indústria 4.0, que hoje é utilizada por cerca de 23,5% das empresas do setor, mas que, pelas metas do programa, pode ser implementada por 90% das indústrias, trazendo ainda mais ganhos, criação de novas tecnologias e capacitação profissional”, afirma o executivo.

O ponto de atenção, segundo Joubert, é que ainda há percalços no setor siderúrgico no que diz respeito à importação de aço, que vem crescendo muito. “É um aço que chega mais barato, muitas vezes subsidiado. Então pode ser que essa nova demanda seja atendida por aço importado e não interno”, pondera a estrategista do Inter.

O Citi afirmou, em relatório recente, que a demanda brasileira de aço cresceu 3,7% em 2023, mas esta foi atendida por importações que aumentaram 50% e fizeram os embarques domésticos recuarem 4%. Para 2024, a expectativa do banco é de que a demanda cresça cerca de 2% em 2024, com os embarques domésticos aumentando em cerca de 3% e a capacidade permanecendo estável.

Bancos de atacado

Já os bancos mais focados em atacado, como Itaú, BTG Pactual e Banco ABC, podem ter o novo plano de governo como um vento contrário caso o BNDES ganhe mais relevância, segundo o JPMorgan, com receio de que ocorram distorções no mercado.

Do valor total de R$ 300 bilhões do plano, a expectativa é que R$ 250 bilhões venham do BNDES. “Lembramos que o BNDES já havia mencionado a mudança de elevar de 1% para 2% a participação no PIB e o plano já inclui R$ 77,5 bilhões desembolsados do BNDES e da Finep em 2023. Com isso, o real poder de fogo entre 2024-2026 gira em torno de R$ 70 bilhões desembolsados por ano, o que não é uma grande mudança e está dentro da mensagem de aceleração anterior. Ainda assim, temos uma primeira abordagem cautelosa”, afirmam os analistas Yuri R Fernandes, Guilherme Grespan, Marlon Medina, e Fernanda Sayao, em relatório enviado a clientes.

A CSN e Usiminas foram procuradas, mas não se pronunciaram sobre o assunto.


Aurora amplia participação no mercado externo em 2023 Estadão Conteúdoi 26/02/2024 - 12:22 Para compartilhar: O crescimento da presença da Aurora Coop, considerada terceiro maior grupo brasileiro de proteína animal, no mercado mundial nos últimos 10 anos foi superior a 700%. Há uma década atrás, em 2013, as exportações representavam 18,6% da receita operacional bruta e contribuíam com R$ 1,055 bilhão no caixa da empresa. Em 2023, um terço das receitas vieram das vendas externas. Para o mercado internacional foram direcionados 36,3% dos volumes produzidos, ou seja, 678,5 mil toneladas. A cooperativa está presente em 80 países. O balanço e o relatório foram apresentados na semana passada, na sede de Chapecó (SC), pelo presidente Neivor Canton e vice-presidente Marcos Antônio Zordan. A Aurora Coop obteve no mercado interno em 2023 65,5% de suas receitas (R$ 14,6 bilhões) e, no mercado externo, 34,5% (R$ 7,5 bilhões). O maior volume da produção (63,7%) foi absorvida pelo mercado doméstico, o que corresponde a 1,045 milhão de toneladas, informou a cooperativa em comunicado. Segundo a cooperativa, os resultados do exercício de 2023 “refletem o quadro geral de dificuldades e se expressam em uma receita operacional bruta de R$ 21,7 bilhões e um resultado negativo de 0,63% (R$ 137,9 milhões), integralmente absorvido pelo Fundo de Reservas”. Outro ponto relevante foi o quadro geral de colaboradores da Aurora Coop que cresceu 9,7% em 2023 em decorrência da abertura de 3.938 novas vagas, totalizando, 44.336 empregos diretos. Em outubro passado, a Aurora Coop assumiu as operações da unidade industrial de carnes da marca Alegra, localizada em Castro (PR), que pertencia às cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda. Com isso, a Aurora Coop ampliou em 12% sua capacidade industrial de abate. Agora, as oito plantas têm uma capacidade de abate e processamento de 32.092 suínos por dia. Com o ingresso das três novas cooperativas paranaenses, em 2023, o Sistema Aurora Coop passa a contar com 14 filiadas: Cooperalfa, Caslo, Coopervil, Coolacer, Copérdia, Cooperitaipu, Cooasgo, Auriverde, Cooper A1, Copercampos, Cocari, Castrolanda, Capal e Frísia. O conjunto das 15 sociedades cooperativas – Aurora Coop e suas filiadas – representa uma receita operacional bruta de R$ 68,7 bilhões e um quadro associativo de 85.629 cooperados que sustentam 63.057 empregos diretos. A estrutura do segmento suínos da Aurora Coop tem atualmente 3.625 produtores rurais (cooperados) integrados no campo, onde estão alojadas 300 mil matrizes produtivas. Nas UDGs (unidades disseminadoras de gens), 1.147 machos reprodutores garantem o fornecimento de 1,7 milhão de doses de sêmen por ano. As unidades industriais de suínos instaladas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul abateram 7,376 milhões de suínos em 2023, volume 3,2% superior ao ano anterior. A produção in natura evoluiu 2,9% para 705,9 mil toneladas e a industrialização de carnes suínas cresceu 6%, fechando o ano em 428,4 mil toneladas. Lácteos O volume de leite captado das cooperativas do Sistema Aurora Coop atingiu 472,3 milhões de litros em 2023 gerados por uma qualificada base produtiva no campo, formada por 2.998 produtores cooperados. A industrialização de lácteos registrou discreta variação de volume com a geração de 203.181 toneladas em bebida láctea, leite UHT, leite em pó, creme de leite, queijo em barra, queijo fatiado, requeijão e soro em pó. Avicultura As nove plantas de abate e processamento de aves, juntas, têm capacidade instalada para o abate de 1,607 milhão de frangos por dia. Fato relevante foi a conquista da habilitação para o mercado do Reino Unido na unidade avícola de Xaxim (SC). A avicultura industrial de corte da Aurora Coop tem uma base produtiva, a campo, formada por 2.236 propriedades de avicultores cooperados localizados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 2023, as nove plantas industriais de aves abateram 320,8 milhões de cabeças de frangos, registrando um incremento de 11% em relação à totalidade de aves abatidas em 2022. Esse incremento decorre, principalmente, do reinício das operações da nova unidade frigorífica de Guatambu (SC), submetida a um grande programa de ampliação e modernização que elevou sua capacidade de abate de 115 mil aves/dia para 414,8 mil aves/dia. No ano passado, a produção in natura de carnes de aves aumentou 3,2% para 665,9 mil toneladas e a industrialização se manteve em 58,3 mil toneladas. Na busca por autossuficiência, a Aurora Coop atende com produção própria 90% de suas necessidades de pintainhos, adquirindo de terceiros apenas 10%. Durante o ano de 2023 foram produzidos 436,6 milhões de ovos, 95% dos quais aproveitados no incubatório. Na área de nutrição animal, as sete fábricas da Aurora Coop trabalharam em regime de capacidade plena e produziram 2,1 milhões de toneladas de rações para aves de corte, aves matrizes e suínos, além de núcleos e concentrados. A produção total de rações obteve um incremento de 4,88%, resultante basicamente do aumento do volume das rações para aves. Os dirigentes reforçaram que, para 2024, uma ampla gama de ações será desenvolvida, entre elas, a ampliação do Frigorífico Aurora São Gabriel do Oeste (MS), o atendimento à rampa de crescimento de abate do Frigorífico Aurora Guatambu (SC) cuja ampliação foi concluída, a reavaliação do mix produzido em cada planta industrial com foco em otimização e maximização de resultados e a otimização das linhas do recém-adquirido Frigorífico Aurora Castro (PR). Simultaneamente, entrará em produção a Unidade Industrial Aurora Chapecó II para a produção de empanados, peito cozido e peito desfiado.

 Aurora Coop | Industrial Company


O crescimento da presença da Aurora Coop, considerada terceiro maior grupo brasileiro de proteína animal, no mercado mundial nos últimos 10 anos foi superior a 700%. Há uma década atrás, em 2013, as exportações representavam 18,6% da receita operacional bruta e contribuíam com R$ 1,055 bilhão no caixa da empresa.

Em 2023, um terço das receitas vieram das vendas externas. Para o mercado internacional foram direcionados 36,3% dos volumes produzidos, ou seja, 678,5 mil toneladas. A cooperativa está presente em 80 países.

O balanço e o relatório foram apresentados na semana passada, na sede de Chapecó (SC), pelo presidente Neivor Canton e vice-presidente Marcos Antônio Zordan.

A Aurora Coop obteve no mercado interno em 2023 65,5% de suas receitas (R$ 14,6 bilhões) e, no mercado externo, 34,5% (R$ 7,5 bilhões). O maior volume da produção (63,7%) foi absorvida pelo mercado doméstico, o que corresponde a 1,045 milhão de toneladas, informou a cooperativa em comunicado.

Segundo a cooperativa, os resultados do exercício de 2023 “refletem o quadro geral de dificuldades e se expressam em uma receita operacional bruta de R$ 21,7 bilhões e um resultado negativo de 0,63% (R$ 137,9 milhões), integralmente absorvido pelo Fundo de Reservas”. Outro ponto relevante foi o quadro geral de colaboradores da Aurora Coop que cresceu 9,7% em 2023 em decorrência da abertura de 3.938 novas vagas, totalizando, 44.336 empregos diretos.

Em outubro passado, a Aurora Coop assumiu as operações da unidade industrial de carnes da marca Alegra, localizada em Castro (PR), que pertencia às cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda. Com isso, a Aurora Coop ampliou em 12% sua capacidade industrial de abate. Agora, as oito plantas têm uma capacidade de abate e processamento de 32.092 suínos por dia.

Com o ingresso das três novas cooperativas paranaenses, em 2023, o Sistema Aurora Coop passa a contar com 14 filiadas: Cooperalfa, Caslo, Coopervil, Coolacer, Copérdia, Cooperitaipu, Cooasgo, Auriverde, Cooper A1, Copercampos, Cocari, Castrolanda, Capal e Frísia. O conjunto das 15 sociedades cooperativas – Aurora Coop e suas filiadas – representa uma receita operacional bruta de R$ 68,7 bilhões e um quadro associativo de 85.629 cooperados que sustentam 63.057 empregos diretos.

A estrutura do segmento suínos da Aurora Coop tem atualmente 3.625 produtores rurais (cooperados) integrados no campo, onde estão alojadas 300 mil matrizes produtivas. Nas UDGs (unidades disseminadoras de gens), 1.147 machos reprodutores garantem o fornecimento de 1,7 milhão de doses de sêmen por ano.

As unidades industriais de suínos instaladas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul abateram 7,376 milhões de suínos em 2023, volume 3,2% superior ao ano anterior. A produção in natura evoluiu 2,9% para 705,9 mil toneladas e a industrialização de carnes suínas cresceu 6%, fechando o ano em 428,4 mil toneladas.

Lácteos

O volume de leite captado das cooperativas do Sistema Aurora Coop atingiu 472,3 milhões de litros em 2023 gerados por uma qualificada base produtiva no campo, formada por 2.998 produtores cooperados.

A industrialização de lácteos registrou discreta variação de volume com a geração de 203.181 toneladas em bebida láctea, leite UHT, leite em pó, creme de leite, queijo em barra, queijo fatiado, requeijão e soro em pó.

Avicultura

As nove plantas de abate e processamento de aves, juntas, têm capacidade instalada para o abate de 1,607 milhão de frangos por dia. Fato relevante foi a conquista da habilitação para o mercado do Reino Unido na unidade avícola de Xaxim (SC).

A avicultura industrial de corte da Aurora Coop tem uma base produtiva, a campo, formada por 2.236 propriedades de avicultores cooperados localizados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

Em 2023, as nove plantas industriais de aves abateram 320,8 milhões de cabeças de frangos, registrando um incremento de 11% em relação à totalidade de aves abatidas em 2022.

Esse incremento decorre, principalmente, do reinício das operações da nova unidade frigorífica de Guatambu (SC), submetida a um grande programa de ampliação e modernização que elevou sua capacidade de abate de 115 mil aves/dia para 414,8 mil aves/dia. No ano passado, a produção in natura de carnes de aves aumentou 3,2% para 665,9 mil toneladas e a industrialização se manteve em 58,3 mil toneladas.

Na busca por autossuficiência, a Aurora Coop atende com produção própria 90% de suas necessidades de pintainhos, adquirindo de terceiros apenas 10%. Durante o ano de 2023 foram produzidos 436,6 milhões de ovos, 95% dos quais aproveitados no incubatório.

Na área de nutrição animal, as sete fábricas da Aurora Coop trabalharam em regime de capacidade plena e produziram 2,1 milhões de toneladas de rações para aves de corte, aves matrizes e suínos, além de núcleos e concentrados. A produção total de rações obteve um incremento de 4,88%, resultante basicamente do aumento do volume das rações para aves.

Os dirigentes reforçaram que, para 2024, uma ampla gama de ações será desenvolvida, entre elas, a ampliação do Frigorífico Aurora São Gabriel do Oeste (MS), o atendimento à rampa de crescimento de abate do Frigorífico Aurora Guatambu (SC) cuja ampliação foi concluída, a reavaliação do mix produzido em cada planta industrial com foco em otimização e maximização de resultados e a otimização das linhas do recém-adquirido Frigorífico Aurora Castro (PR).

Simultaneamente, entrará em produção a Unidade Industrial Aurora Chapecó II para a produção de empanados, peito cozido e peito desfiado.

 


Balança comercial tem superávit de US$ 1,484 bi na 4ª semana de fevereiro

 

logo mdic.jpg — Ministério do Desenvolvimento, Indústria ...

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,484 bilhão na quarta semana de fevereiro (dias 19 a 25). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 26, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,293 bilhões e importações de US$ 4,808 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,571 bilhões e, no ano, de US$ 11,097 bilhões.

Até a quarta semana do mês, a média diária das exportações cresceu 14,2% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de US$ 14,14 milhões (5,8%) em agropecuária; alta de US$ 145,55 milhões (74,5%) em indústria extrativa; e avanço de US$ 3,77 milhões (0,6%) em produtos da indústria de transformação

Já as importações caíram 0,2% no período, também na comparação pela média diária, com crescimento de US$ 430 mil (2,0%) em agropecuária; recuo de US$ 5,49 milhões (-7,7%) em indústria extrativa; e alta de US$ 7,73 milhões (0,9%) em produtos da indústria de transformação.

Após balanço, analista vê ambiente favorável para recuperação da Americanas

 


Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 26, pela Americanas, a varejista registrou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, O dado reflete uma redução de 23,5% em relação ao prejuízo líquido registrado nos nove primeiros meses de 2022, quando as perdas foram de R$ 6,02 bilhões. Para um analista de negócios consultado pela Istoé Dinheiro, a divulgação traz mais confiança à uma possível recuperação da empresa, mas não em 2024.

Cabe ressaltar que a companhia divulgou seu balanço financeiro de forma atrasada, já que balanços foram suspensos após o escândalo contábil que envolveu a empresa no início em 2023, quando a Americanas entrou com pedido de recuperação judicial por conta de um déficit contábil de mais de R$ 20 bilhões.

Nos três primeiros trimestres do ano passado, a receita líquida da empresa caiu 45%, ficando em R$ 10,3 bilhões. A principal razão para a baixa na receita foi a forte diminuição nas vendas realizadas pelos canais digitais da companhia, que caíram 77% em relação aos nove primeiros meses de 2022.

“No digital, onde se concentram as vendas de tickets mais altos, houve um abalo de confiança. Os clientes tinham preocupação em relação às entregas dos produtos e os sellers (vendedores) ficaram temerosos de não receber os repasses pelas vendas realizadas” , comunicou a empresa em relatório.

Ao divulgar seu balanço, a Americanas afirmou também que houve uma mudança de estratégia de negócios, visando aumentar sua rentabilidade. A varejista diz ter reduzido vendas da categoria 1P, quando o comerciante vende o seu produto pelo marketplace e é a Americanas quem fica responsável por todo o processo de venda e entrega, migrando algumas categorias de produtos para a categoria 3P, quando é a empresa que realiza processos de venda e entrega.

Na avaliação da companhia, a estratégia prioriza as operações de maior rentabilidade e a redução de queima de caixa operacional. Dessa maneira, essa categoria aumentou para 65% sua participação no total de vendas, contra 51% em 2022.

Dívidas da Americanas

No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas da Americanas eram de R$ 33,4 bilhões, um aumento de 10,6% em relação a setembro de 2022.

A dívida bruta divulgada foi de R$ 38 bilhões. Para a Americanas, o endividamento em tendência de redução relevante com o andamento do Plano de Recuperação Judicial, homologado pela Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 26.

A Americanas pode se recuperar?

Na opinião do especialista em investimento em startups e Ceo da FHE Ventures e da Health Angels Venture Builder, Rafael Kenji, é improvável que a Americanas se recupere totalmente em 2024. No entanto, o relatório apresentado pela companhia, que apresentou redução do prejuízo, apresenta um maior grau de confiança devido ao aumento do critério de fiscalização e reajustes realizados pela empresa após as inconsistências contábeis.

“A recuperação da Americanas não é dependente apenas da gestão e governança dos controladores da empresa, mas do mercado e estratégias de digitalização, marketing e experiência do usuário”, avalia Kenji.

No relatório apresentado, a empresa cita desafios na retomada das vendas digitais, onde se concentram as vendas de tíquetes mais altos, segundo Kenji. O problema, diz o analista, é que o escândalo contábil abalou também a confiança do consumidor.

“Uma estratégia de reconquista da confiança do cliente com foco na usabilidade e facilidade de compra e recebimento da mercadoria é primordial para a retomada da empresa”, opina.

Outro fator que pode contribuir com a recuperação da Americanas está no aquecimento da economia, mesmo que de forma tímida. Para Kenji, há clara tendência de queda dos juros no País e o mercado enxerga uma aceleração nas vendas do varejo.

“É difícil que o setor volte a ser como era antes, sendo o ano de 2024 um período de transição. Porém, a queda dos juros aumenta o poder de compra do consumidor e diminui custos para fornecedores, gerando esperança de melhora no setor”, complementa.

Empresa que fez auditoria da Americanas não opina sobre balanço

A BDO, empresa que fez a auditoria dos balanços da Americanas referentes aos nove primeiros meses do ano passado, se absteve de emitir opinião sobre a fidedignidade das informações. Segundo a empresa, a recuperação judicial da rede e as várias incertezas relativas ao processo não permitiram que a auditoria reunisse os elementos necessários para emitir uma opinião.

“Não nos foi possível reunir evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se a utilização do pressuposto de continuidade operacional é apropriada, nem tampouco quais seriam os efeitos sobre os saldos (individuais e consolidados) dos ativos, passivos e elementos componentes das informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, do resultado, dos resultados abrangentes, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado (informação suplementar), caso as informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, não fossem preparadas considerando esse pressuposto”, diz o relatório da BDO, assinado por Robinson Meira.