terça-feira, 30 de abril de 2024

Vale e Caterpillar têm acordo para testar caminhões elétricos e estudo com etanol

 

Marc Cameron

Rio, 30 – A Vale e a Caterpillar assinaram um acordo para descarbonização de operações de mina, que inclui a realização de testes com caminhões de grande porte movidos a bateria elétrica e com sistemas de transferência de energia, informou a mineradora mais cedo.

O entendimento também abrange a realização de estudos conjuntos para caminhões movidos a etanol. O objetivo é apoiar a Vale no atingimento das suas metas de redução de emissões de carbono diretas e indiretas (escopos 1 e 2) em 33% até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050.

Os caminhões fora de estrada movidos a bateria estão em fase de desenvolvimento pela Caterpillar, de acordo com a mineradora. “Uma unidade com capacidade de 240 toneladas será testada pela Vale em suas operações em Minas Gerais”, informou a companhia. “A Caterpillar também desenvolve um sistema de transferência de energia para caminhões, que será testado nas operações da mineradora no Pará nos próximos anos.”

As duas empresas iniciarão também um estudo conjunto para um motor a bicombustível para caminhões fora de estrada, que funcione com etanol e diesel, de acordo com comunicado da Vale.

A mineradora informou ainda que as emissões de diesel das operações de mina respondem por 15% de suas emissões diretas de gases de efeito estufa. E, entre os equipamentos de mina, o caminhão fora de estrada é o maior consumidor de diesel e o maior emissor.

De acordo com Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale, a mineradora está desenvolvendo “um portfólio de opções para descarbonizar as operações”, como a eletrificação e o uso de combustíveis alternativos nas minas. “As soluções mais viáveis serão adotadas”, afirma a executiva.

“Acreditamos que o etanol tem um grande potencial de contribuir para a meta de 2030 por ser um combustível já adotado em larga escala no Brasil, com uma rede estabelecida de fornecimento, e que requer uma parceria ativa com fabricantes”, acrescentou Ludmila Nascimento.

O diretor de Engenharia para Operações de Mina e Usina da Vale, José Baltazar, destacou que “houve avanços relevantes no desenvolvimento da tecnologia dos caminhões elétricos nos últimos anos” e que as inovações contribuirão para zerar as emissões líquidas até 2050. “Estamos oferecendo como campo de testes as nossas minas no Brasil, com suas características bem específicas, de forma a contribuir para o atingimento das nossas metas e para a construção de uma indústria de mineração mais limpa.”

Denise Johnson, presidente do segmento de Indústrias de Recursos da Caterpillar, disse que “a Vale tem sido uma voz-chave durante nossa longa história de colaboração em tecnologia e implementação de produtos”.

Jornais dos EUA processam OpenAI e Microsoft por violação de direitos autorais

 


OpenAI, criadora do ChatGPT, está no meio de uma disputa com o jornal The New York Times - AFP

Oito jornais americanos, incluindo o Chicago Tribune, estão processando a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos autorais, conforme ação judicial protocolada na terça-feira, 30, no Distrito Sul de Nova York. Os jornais são pertencentes à empresa de investimentos Alden Global Capital. De acordo com fontes ouvidas pelo site Axios, a Alden cogita envolver seus mais de 60 jornais regionais na ação.

A ação se soma a um caso semelhante movido pelo jornal americano The New York Times contra ambas as empresas. Até então, o Times era o único grande jornal a tomar medidas legais contra empresas de IA por violação de direitos autorais. A nova ação da Alden Global Capital é representada pela mesma empresa de advocacia que representa o Times e foi protocolada no mesmo distrito de Nova York. Caso o juiz escolhido para supervisionar ambos os casos seja o mesmo, ele poderá combinar as duas reivindicações

Tal como a ação movida pelo Times, os jornais acusam a OpenAI e a Microsoft de apropriarem-se de milhões de artigos protegidos por direitos autorais sem permissão e pagamento para treinar e alimentar suas inteligências artificiais generativas ChatGPT e Copilot.

Os jornais também dizem que os chatbots creditaram falsamente as publicações por reportagens imprecisas ou enganosas, em função das “alucinações” da IA generativa, “manchando a reputação dos jornais e espalhando informações perigosas”. Eles citam exemplos de falsas atribuições, como um caso em que o ChatGPT inventou que o Denver Post publicou pesquisas e observações médicas de que fumar pode ser uma cura para a asma.

Futuro incerto

 
O resultado desses processos pode afetar substancialmente o uso de conteúdos jornalísticos por IAs generativas. Para serem sustentáveis, veículos de mídia digitais dependem das receitas de publicidades, parte delas resultantes do tráfego vindo dos buscadores, como Google. As ferramentas de IA generativa podem eliminar uma parte considerável deste tráfego. Além disso, fazem uso de seu conteúdo sem qualquer forma de compensação, ameaçando os negócios dos jornais e veículos de mídia.

Em um movimento contrário, na segunda-feira, 29, o jornal inglês Financial Times anunciou um acordo de licenciamento com a OpenAI, permitindo que a empresa use seu conteúdo para treinar seus modelos de IA e incluí-los em respostas do ChatGPT. A companhia americana já fechou parcerias com outros veículos de mídia, incluindo a editora alemã Axel Springer, a agência de notícias Associated Press, com o jornal francês Le Monde, o espanhol El País e o conglomerado Prisa Media.

Tributação de dividendos pode render arrecadação de R$ 160 bilhões, estima estudo

 


Segundo Unafisco, montante viabilizaria a compensação da correção da tabela do IRPF e permitiria redução das alíquotas do IRPJ e da futura CBS, a ser implementada com a regulamentação da reforma tributária

 

Estudo da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal (Unafisco Nacional) traz proposta que prevê que a tributação de lucros e dividendos no País poderia render arrecadação de R$ 160,1 bilhões para o exercício 2025. Esse montante viabilizaria a compensação da correção da tabela do IRPF e permitiria redução das alíquotas do IRPJ e da futura CBS, a ser implementada com a regulamentação da reforma dos impostos sobre consumo. O dado consta em nota técnica, antecipada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que analisa a distribuição de lucros e dividendos, comparando experiências internacionais.

A proposta da Unafisco é de inclusão parcial, com tributação de 75% dos lucros e dividendos recebidos, uma maneira que mitigaria a sensação de injustiça tributária. A tributação de dividendos teria uma alíquota efetiva média de 14,47% – intermediária entre o sistema atual, de isenção dessa cobrança, e do clássico, que todo montante seria tributável. Seguindo esses parâmetros, a arrecadação no IRPF para o exercício de 2025 totalizaria R$ 472,3 bilhões, sendo que R$ 160,1 bilhões corresponderiam a um incremento nas receitas.

Apesar de ressalvas sobre a comparação das alíquotas nominais, a nota técnica da Unafisco verificou que, independentemente do sistema adotado, a alíquota global nominal média nos Países analisados é de 48,5% sobre os lucros da empresa e do mesmo patamar para o lucro dos sócios. Foram analisadas a tributação nos Estados Unidos, China, Alemanha, Reino Unido e França.

Impacto distribuído

A avaliação é de que a tributação parcial de lucros e dividendos dá um passo importante para se alcançar a justiça tributária. Para que essa mudança não implique em elevação da carga tributária, a Unafisco faz uma proposta de redistribuição de tributação.

Para corrigir a tabela do IRPF, a sugestão é de correção de 37% da faixa de isenção, que passaria os atuais R$ 2.259,20 para R$ 3.095,10 mensais, com ajustes nas demais faixas. Pela proposta, seriam quatro faixas de alíquotas – 7,50%, 15%, 22% e 27,5% -, sendo que a base de cálculo da última faixa seria para ganhos acima de R$ 6.390,61 mensais.

“A correção de 37% no índice de ajuste, ainda que não corresponda à correção total da defasagem acumulada desde 1996, resultaria no alívio de R$ 100 bilhões na arrecadação, afetando positiva e indistintamente os contribuintes recebedores e não recebedores de lucros e dividendos”, diz o documento.

A alíquota de IRPJ teria redução de 2,5 pontos porcentuais. Atualmente, a incidência é de 15% sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre o que exceder R$ 20 mil ao mês, o que pode fazer o imposto chegar a 25%. Com a redução proposta pela Unafisco, o IRPJ chegaria a 22,50%, compensados com R$ 30 bilhões de arrecadação adicional.

No caso da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ainda será regulamentada pela reforma tributária em andamento, a Unafisco pontua que só será possível estimar redução em alíquota após a sua definição. Mas, levando em consideração a carga tributária federal que incide sobre consumo, que seria de 4,57% do PIB, seria possível reduzi-la em 0,28 p.p., passando para 4,37% do PIB, com a destinação de R$ 30 bilhões.

Dupla não-tributação

A Unafisco avalia que, apesar de uma das críticas à tributação dos dividendos ser o argumento de que haveria uma bitributação dos lucros, caso incidam impostos sobre as empresas e pessoas físicas, não se fala da não tributação de parte desses ganhos. Para os auditores, o que ocorre é uma “dupla não-tributação”. Apesar de as alíquotas de tributos para empresas alcançarem patamar de 34%, a carga efetiva, na prática, é menor após usar todos os dispositivos disponíveis, como benefícios fiscais, para abater impostos.

“Com isso, há evidente parcela do lucro apurado e não tributado que é objeto de distribuição aos sócios e acionistas, configurando-se, assim, uma renda distribuída que não é submetida ao IRPJ e, ao ser distribuída, não é tributada também no IRPF. Essa sistemática da dupla não tributação da renda ocorre não apenas no lucro real, mas também para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido e pelo Simples Nacional”, diz a nota.

A Unafisco sugere o fim da distinção entre empresas grandes e do Simples, o que combateria, também, a distorção da “pejotização”. A avaliação da entidade é de que a adoção dessas medidas trazem mais justiça fiscal, reduzindo a regressividade do sistema e estimulando o reinvestimento dos lucros, o que geraria mais emprego e renda.

Campos Neto diz não concordar com visão de que BC serve apenas ao mercado

 Roberto Campos Neto | Brasília, 01/10/2020. Presidente do Ba ...


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 29, que discorda da visão de que a atuação da instituição serve apenas ao mercado. “Essa é uma tese antiga e ultrapassada”, disse, durante palestra no Painel Econômico, promovido pelo Insper, em São Paulo.

Em relação à agenda de inovação, por exemplo, Campos Neto disse que o trabalho do BC contribuiu para tornar o Brasil campeão em fintechs, além de ter colaborado no avanço da transparência e na eficiência do sistema de pagamentos.

Ele também rebateu a crítica no que diz respeito ao trabalho em torno da política monetária. “Todo resto da taxa de juros são vocês que determinam com a vontade ou não de emprestar dinheiro para o governo”, disse o presidente do BC.

Durante o evento, Campos Neto defendeu o avanço da agenda de digitalização do sistema de pagamentos, inclusive para controle das fraudes. “Se todo dinheiro for digital e rastreável, só vai conseguir fazer (fraude) se conseguir transferir o dinheiro de uma conta para outra conta. Se no Brasil não tivesse conta laranja e nem conta fantasma, a fraude do PIX ia ser zero”, disse.

O presidente do BC afirmou ainda que, se houver controle no processo de abertura de contas bancárias, estas ocorrências de fraude tendem a ir a zero. “Hoje grande parte das fraudes é por falta de transparência”, avaliou. Em relação ao spread bancário, Campos Neto disse que o papel do BC visa diminuir a assimetria de informações.

iOS 18: Apple volta a negociar com OpenAI para embutir ChatGPT no iPhone

 

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A Apple retomou as negociações com a OpenAI para integrar suas tecnologias de inteligência artificial generativa (como o ChatGPT) no iOS 18, próximo sistema operacional do iPhone, a ser lançado no final deste ano, com a chegada do iPhone 16. As informações foram obtidas pela Bloomberg.

Segundo o veículo, a Apple já havia conversado com a OpenAI no início do ano, sem que houvesse fechado uma parceria. A fabricante do iPhone também vem mantendo o contato com o Google para licenciar seu chatbot Gemini, já disponível para celulares Android.

O veículo também afirma que o próximo sistema operacional do iPhone incluirá novos recursos baseados em uma inteligência artificial proprietária da Apple, incluindo uma função semelhante a um chatbot, como o ChatGPT e o Gemini.

De acordo com as fontes da Bloomberg, a Apple ainda não se decidiu com quais parceiros irá trabalhar ou sequer se fechará acordos com eles. A proposta da companhia é integrar melhor seus dispositivos à IA, com uma maior proteção de privacidade.

Anúncios sobre esse desenvolvimento devem ser feitos na Worldwide Developers Conference da Apple, evento anual para programadores, que acontece entre os dias 10 e 14 de junho.

AppleGPT

Apesar de não tocar no assunto, a Apple vem desenvolvendo internamente seu próprio LLM (large language model ou grande modelo de linguagem) batizado de Ajax – informalmente chamado de AppleGPT.

Um recente artigo acadêmico discretamente publicado por pesquisadores da Apple mostram que a companhia está obtendo êxito no desenvolvimento de novos métodos para treinar LLMs tanto em texto quanto em imagens. O artigo descreve um modelo proprietário com suporte a até 30 bilhões de parâmetros e capaz de “alcançar performance competitiva”. As técnicas desenvolvidas pela Apple teriam a capacidade de trabalhar com conjuntos de dados “cada vez maiores e com melhor desempenho e confiabilidade”.

Anteriormente, em dezembro, a Apple publicou um artigo sobre um método para rodar LLMs no smartphone, sem depender de processamento na nuvem, como os chatbots mais populares. A técnica usa a memória flash de forma complementar à memória RAM para fornecer mais desempenho ao celular.

Em abril, o site Venture Beat afirmou que a Apple está trabalhando em uma inteligência artificial generativa integrada à Siri capaz de ler a tela do celular e entender elementos visuais e contexto, segundo o site Venture Beat.

O sistema, chamado ReALM (Reference Resolution As Language Modeling) faz uso de grandes modelos de linguagem para converter qualquer informação contextual na tela, inclusive visual, em texto, de forma que a assistente do dispositivo seja capaz de descrever o que está “vendo” na tela e manter um diálogo coerente com o usuário.

Justiça aprova pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia

 

A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou nesta segunda-feira o pedido de recuperação extrajudicial da rede de varejo Casas Bahia, que cita dívidas de 4,1 bilhões de reais.

A informação foi confirmada à Reuters pela Casas Bahia, após ser inicialmente divulgada pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

+ Ação de Casas Bahia dispara após anúncio de pedido de recuperação; especialistas apontam caminho ‘menos custoso’

As ações da empresa dispararam mais de 34% nesta segunda após o anúncio do pedido de recuperação extrajudicial, com analistas vendo na operação um alívio para o caixa da rede de varejo, bem como uma oportunidade de a empresa focar no seu plano “transformacional”.

A dívida citada no pedido envolve as sexta, sétima e oitava emissões de debêntures a mercado e a nona emissão de debêntures “e certas CCBs emitidas junto a instituições financeiras”, afirmou a companhia em fato relevante.

A empresa disse que o plano não envolve dívidas operacionais com fornecedores e parceiros e não impacta trabalhadores ou clientes, e que já conta com apoio de seus principais credores, Bradesco e Banco do Brasil.

A expectativa é que o plano seja homologado em até 40 dias, já que a empresa tem o apoio de credores que detêm cerca de 55% da dívida elencada no processo, disse o presidente-executivo da Casas Bahia, Renato Franklin, em apresentação a analistas nesta segunda-feira.

O plano inclui alongamento de amortização de dívida, incluindo carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal. Além disso, a estratégia inclui possibilidade de credores apoiadores converterem parte de dívida em participação na empresa.

Segundo a Casas Bahia, o “reperfilamento” da dívida preservará cerca de 4,3 bilhões de reais no caixa da companhia nos próximos quatro anos. Além disso, o prazo médio da dívida sairá de 22 para 72 meses, com redução de 1,5 ponto percentual no custo médio, “que representa uma economia de 400 milhões de reais no período”, afirmou a empresa.

Antes do acordo, a Casas Bahia teria pela frente este ano pagamentos de 1,24 bilhão de reais em amortizações e 313 milhões em juros.

Agora, a empresa somente vai retomar os pagamentos a partir de 2026, com 150 milhões de reais em amortização e 103 milhões em juros. Porém, terá em 2030 pagamentos de 2,58 bilhões de reais em amortizações e 1,9 bilhão em juros para cumprir.

Com o pedido, a Casas Bahia reforça grupo de varejistas no país que tem sido obrigado a renegociar com credores desde o escândalo criado com o rombo contábil na Americanas, revelado em janeiro do ano passado e que afetou o nível de crédito ao setor.

Analistas do Safra citaram que o acordo com os bancos é positivo em termos de fluxo de caixa, já que reduz os desembolsos da empresa até 2026 em 3,1 bilhões de reais.

“Entretanto, no longo prazo, apesar da redução no custo da dívida, o pagamento total de juros vai crescer substancialmente — de 971 milhões para 2,397 bilhões de reais — impactando o fluxo de caixa futuro”.

Operação

Franklin afirmou que a empresa deverá apresentar no balanço do primeiro trimestre, previsto para publicação em 8 de maio, “redução maciça de custos e redução de estoques” depois de ter realizado no ano passado 8,6 mil demissões e fechado 55 lojas, com quatro centros de distribuição readeaquados.

“Temos 10 (CDs) ainda para trabalhar em devolução ou sublocação de espaço ocioso”, afirmou o executivo.

Segundo ele, o pedido de recuperação extrajudicial não muda o foco da empresa no plano “transformacional”, que foca a empresa em suas principais categorias de eletrodomésticos, celulares e móveis com investimentos em novas frentes como monetização de receitas com publicidade.

Com o fôlego adicional de 4,3 bilhões de reais em fluxo de caixa nos próximos quatro anos obtido no acordo com os credores, Franklin afirmou que a Casas Bahia poderá até antecipar a execução de “algumas alavancas” do plano de transformação que será concluído em boa parte até o final deste ano. Além disso, a empresa poderá aproveitar o ciclo macroeconômico mais positivo que tem sido sinalizado com a redução de juros da economia, disse Franklin.

O executivo afirmou que a empresa vai continuar processo de abertura de novas lojas físicas e trabalhar em novos produtos financeiros para clientes e fornecedores.

“Vamos ver algum crescimento no crediário nosso ao longo de 2024”, disse o presidente da Casas Bahia.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

XP estreia em consórcio com a meta de ser uma empresa relevante nesse mercado em 5 anos

 XP Investimentos muda marca pela primeira vez e passa a ser ...


A XP Seguros e Previdência, do grupo XP Inc., anunciou nesta segunda-feira, 29, a entrada no mercado de consórcios, com o objetivo de incentivar a compra planejada de bens de alto valor como parte do planejamento financeiro de longo prazo. A meta é ser uma empresa relevante nesse segmento num prazo de cinco anos. Além da comercialização de cotas de um produto próprio em parceria com a CNP Consórcio, a XP terá um marketplace de consórcios, com ofertas de diferentes parceiros, produtos e cotas.

Em nota, a XP destaca que, no Brasil, o setor de consórcios vem se expandindo recorrentemente na última década. Com faturamento de mais de R$ 316 bilhões em 2023, o segmento cresceu mais de 25% em comparação com o ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

“O consórcio é um mercado consolidado no Brasil e tem um grande potencial de crescimento para apoiar a realização de objetivos”, diz Roberto Teixeira, líder da XP Seguros e Previdência. “O lançamento do consórcio faz parte da estratégia da XP de ampliar portfólio e entregar soluções completas aos clientes.”

Caio Souza, líder da nova área de Consórcios na XP, avalia que há uma “visão antiga” sobre o produto, “muito atrelada apenas a uma simples poupança forçada”. “Com uma consultoria bem-feita e consciência de um planejamento de médio e longo prazo, o cliente pode extrair claros benefícios de um produto bastante robusto, que pode ser utilizado para diversos fins”, afirma.

Revolut aumenta aposta no Brasil e se prepara para lançar conta local e conexão com Pix

 


Glauber Mota, CEO do Revolut

“O brasileiro está bem servido com isso.” É assim que Glauber Mota, CEO da Revolut, reconhece que o mercado brasileiro de bancos digitais já tem diversos players consolidados. Mas é nesse cenário concorrido que o banco britânico tenta ganhar relevância e aumentar o número de clientes. Para isso, a empresa está apostando numa estratégia inversa a dos concorrentes, abrindo espaço primeiro em serviços ligados ao uso de dinheiro no exterior para depois aumentar a quantidade de contas locais. 

Ao menos esse é o plano, no qual Mota se mostra confiante. “A estratégia da Revolut no mundo inteiro é bastante uniforme. O objetivo principal é ter uma plataforma global com serviços locais, e essa é a maneira de se colocar um diferencial competitivo”, afirma. 

O banco hoje está presente em 40 países, com mais de 41 milhões de clientes. Eles não revelam quantos deles estão no Brasil, mas a chegada ao país foi em maio de 2023. A porta de entrada foram os serviços como transferências internacionais instantâneas e cartão de viagem diversos locais mundo afora. “Funciona como um PIX global para todo mundo sem custo”, compara Mota. 

A exemplo do caminho trilhado por startups e bancos digitais, a Revolut também tenta ganhar o público na base da solução da chamada “dor do cliente”. “Por exemplo, é possível criar cofres individuais ou compartilhados, onde você coloca lá seu grupo de amigos ou de familiares, e eles podem contribuir e retirar desse cofre. Então, numa viagem em grupo, num planejamento de uma compra internacional, é muito mais fácil e conveniente, você não precisa de nenhuma planilha, você não precisa de ferramentas extras”, exemplifica o executivo. 

Ele revela ainda mais recursos que devem chegar ao público brasileiro. “A gente está acostumado com aquelas mesas de restaurante, com muita gente. Aí vai passando a maquininha, todo mundo pagando a sua parte. Com a Revolut, no exterior isso não existe. Uma pessoa pode pagar e ali mesmo no app já fala para distribuir essa conta para todos na mesa.”

O passo seguinte na estratégia da empresa é começar a crescer agora com contas locais (a autorização do Banco Central para operar como Sociedade de Crédito Direto foi dada no final de 2023). “Nós já estamos avançando nesse processo”, diz Mota. “A gente acabou de receber nossa permissão para emitir cartão no Brasil, e estamos trabalhando para fazer a conta local, conexão com o Pix”. 

Mas os serviços internacionais não vão ficar em segundo plano, e sim continuar sendo explorados como o produto em que a empresa tem “um diferencial claro”, segundo Mota. “O fato de a gente ter essa presença em todos esses países e, portanto, ser regulado em todos eles é outro tipo de segurança”, diz ele, citando ainda “escala suficiente para fazer isso mais barato”. 

“Se o cliente vai viajar, não é que ele está com um puxadinho da sua conta. É verdadeiramente global, é a única que está fazendo isso. Mas a gente pode vislumbrar que daqui um tempo seja também uma conta local, ou seja, com a mesma conta que a pessoa tem aqui no Brasil (ela vai para fora), como se ela não fizesse nada.”

O caminho da Revolut então seria o inverso ao de concorrentes que começaram seu crescimento pelo aumento da base de clientes com contas digitais locais, para depois passar a oferecer serviços internacionais. “Quando a gente olha a nossa concorrência, alguns são uma plataforma de vendas aqui no Brasil que usam bancos a serviço no exterior, outros são bancos só regulados no Brasil ou uma instituição financeira regulada no Brasil”, afirma Mota.

Avaliação do mercado

Enquanto a Revolut rivaliza com a concorrência em busca da lacuna que pode preencher no mercado para crescer, especialistas também avaliam o cenário e comparam as empresas. Thomas Monteiro, analista-chefe do Investing.com, opina que “a Revolut está sabiamente olhando o crescimento massivo esperado em dois mercados bastante pungentes no Brasil no momento: turismo de brasileiros no exterior e remessas do exterior para o país”. 

“Neste sentido, a empresa busca capitalizar nos dois lados do mercado de câmbio a partir do real, algo que tem se mostrado bastante lucrativo para os bancos maiores, mas que ainda possui um potencial de crescimento enorme para as fintechs”, analisa. Sobre a concorrência, ele não acredita em saturação do mercado, “devido à maioria dos concorrentes diretos da Revolut não terem um enfoque inteiramente nas contas internacionais”. 

Já Milton Rabelo, analista da VG Research, aponta que “existem evidências de que o mercado de fintechs no Brasil está próximo da maturação e, inclusive, neobanks estrangeiros como o N26 recentemente encerraram as operações no Brasil”. 

“Os principais players desse mercado são a Avenue, o C6 Bank, o Inter, a Wise, a Nomad e também alguns players locais como o BTG Pactual, a XP e o Bradesco. Certamente, será necessário um esforço coordenado de iniciativas bem-sucedidas para que o neobank tenha êxito no mercado brasileiro”, aponta Rabelo. “Dessa forma, a instituição pretende atrair brasileiros com uma boa experiência ao usuário no app, oferta ampla de produtos e custos mais baixos, diante da escala de sua operação global”, avalia. 

“Além disso, a instituição financeira também aposta nas criptomoedas, que são ativos que já gozam de muita popularidade entre os investidores brasileiros”, acrescenta Rabelo.

Museu do Ipiranga atinge a marca de 1 milhão de visitantes desde reinauguração; veja atrações

Museu do Ipiranga reabre após nove anos e uma reforma de R ...

 


Depois de um ano e meio da reinauguração, o Museu do Ipiranga, em São Paulo, atingiu nos últimos dias a marca de 1 milhão de visitantes. “Com um milhão de visitantes, temos um milhão de histórias que se integram e enriquecem a história do novo museu”, disse a instituição.

O local foi reaberto ao público em 7 setembro de 2022, na comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil, após nove anos fechado para o público devido a uma extensa reforma. Neste período, o espaço dobrou de tamanho e as salas de exposição quadruplicaram. Especializado na história da sociedade brasileira, com ênfase na cultura material, o museu tem um acervo de cerca de 30 mil itens, entre pinturas, fotografias e cartazes, além de 25 mil objetos.

No total, a reforma e a ampliação custaram cerca de R$ 211 milhões, no maior valor já captado com a iniciativa privada pela Lei de Incentivo à Cultura. “O novo museu ampliou de forma significativa a sua visitação pública, podendo receber um público acima de 500 mil visitantes por ano. As exposições de longa duração, utilizando os acervos do Museu, foram ampliadas e completamente renovadas”, disse a instituição, na ocasião.

Todas as quartas-feiras e no primeiro domingo do mês (o próximo será 5 de maio), a entrada é gratuita, assim como nos feriados do aniversário de São Paulo (25/1) e da Independência (7/9). A distribuição é feita a partir de 10 horas, somente na data e sem agendamento. Alguns públicos possuem gratuidade todos os dias, assim como acesso com pagamento de meia-entrada para grupos específicos.

Dias gratuitos para toda a população:

– O acesso é gratuito às quartas-feiras, no primeiro domingo de cada mês e nos feriados do aniversário de São Paulo (25/1) e da Independência (7/9);

– O ingresso deve ser retirado na bilheteria, na própria data, sem possibilidade de agendamento pelo site;

– Ingressos limitados, com possibilidade de esgotar em pouco tempo.

Gratuidade para grupos específicos todos os dias:

– Crianças com menos de 6 anos;

– Comunidade USP (servidores, professores e alunos);

– Servidores da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica, do Estado de São Paulo, em atividade e seus familiares (cônjuge ou companheira/o, filhos e menores tutelados ou sob guarda), mediante último holerite e documento de identificação;

– Benefício determinado pela resolução SC-39, de 15 de julho de 2010;

– Guias de turismo credenciados;

– Membros ativos do ICOM.

– Os ingressos devem ser retirados na bilheteria, na data da visita. Bilhetes sujeitos à disponibilidade.

Direito a meia-entrada:

– Estudantes e profissionais da rede de ensino público de todo País (professores, coordenadores, diretores, supervisores e equipe técnica), mediante comprovantes;

– Estudantes podem apresentar a carteirinha de anos posteriores a 2020, bilhete estudantil de transporte atualizado ou comprovante de matrícula, além de documento com foto;

– Profissionais podem apresentar holerite, contracheque, carteirinha emitida pelo ministério da educação ou comprovante do portal do professor;

– Estudantes da rede de ensino privado de todo o País, mediante comprovantes citados no item anterior;

– Idosos com mais de 60 anos, mediante documento;

– Pessoas com deficiência – PcD e seu acompanhante, mediante apresentação de laudo médico;

– Jovens de 15 a 29 anos, de baixa renda, cadastrados no programa ID Jovem.

Ingresso pago:

Para visitar o museu, o valor do ingresso é de R$ 30 (inteira), que pode ser comprado online pela plataforma Sympla. Também é possível fazer a compra diretamente na bilheteria, a partir das 9h, com ingressos limitados.

“Caso a data esteja esgotada no link (da Sympla), compre diretamente na bilheteria, na data da visita. Temos cotas de ingressos para compras diretamente no museu em todos os dias de funcionamento. Tal oferta é sujeita a disponibilidade, com possibilidade de esgotar em momentos de alta demanda”, orienta o museu.

Confira algumas atrações:

– De longa duração – Uma história do Brasil: para visitar esta exposição é necessário percorrer três espaços diferentes do Museu: Saguão, Escadaria e Salão Nobre. “Esses ambientes foram decorados com esculturas e pinturas que apresentam uma versão da formação do País. As obras representam bandeirantes e personagens do início da colonização portuguesa, além de personagens e eventos ligados à Independência do Brasil”, afirma o museu.

– De longa duração – A cidade vista por cima: nesta exposição, o visitante encontrará fotografias aéreas do bairro do Ipiranga, que apresentam a região do entorno do Museu em diferentes momentos de sua história. “Essas imagens foram capturadas a partir de diferentes pontos, como o alto do Edifício-Monumento, aviões e drones.”

– Nossas coleções – Coleções de documentos tridimensionais: as coleções de objetos reúnem uma enorme variedade de tipologias de objetos produzidos entre os séculos 16 e 20. “As coleções de numismática, medalhística e filatelia são as mais numerosas. As coleções relacionadas ao espaço doméstico contemplam serviços de jantar, chá e café em porcelana, brinquedos, mobiliário, indumentária civil e militar, objetos de decoração, entre outros.

Para quem não puder visitar o museu pessoalmente, a coleção também está disponível por meio de plataforma online.

SERVIÇO

Museu do Ipiranga

Funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 17h (com última entrada às 16h);

– A bilheteria abre às 9h nos dias pagos e 10h nos dias de gratuidade (quarta-feira, primeiro domingo do mês e dois feriados);

Endereço: Rua dos Patriotas, 100, no Parque da Independência, no Ipiranga, na zona sul da cidade de São Paulo.

Presidente da Fiesp anuncia criação de observatório da tributária, em convênio com o IDP

 

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, anunciou a criação de um observatório da reforma tributária, em convênio com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). “Esse observatório visa trazer informações tecnicamente produzidas e educação para todos os segmentos da sociedade a respeito do que se passa no sistema tributário nacional”, disse, em seminário realizado pela Fiesp.

Josué também convidou o Tribunal de Contas da União (TCU) a analisar uma possível participação no convênio.

Presente no evento, o presidente do TCU, Bruno Dantas, aceitou o convite. Ele frisou que a palavra-chave da reforma tributária é eficiência e salientou que é preciso que os aspectos jurídicos da matéria dialoguem com os econômicos.

Ainda em sua fala, Dantas disse que se preocupa quando ouve que o órgão será o responsável por fixar a alíquota do IBS. “O peso da competência para fixá-la não cabe só nos nossos ombros”, disse.

O presidente do TCU também salientou que o papel do TCU ao observar as contas públicas é analisar os grandes números e a metodologia, a fim emitir recomendações e determinações para corrigir ilegalidades e aperfeiçoar o sistema, e pontuou que o órgão não deseja saber os números de notas fiscais individuais.

Josué Gomes, por sua vez, afirmou que o observatório pretende acompanhar não só a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, mas também as reformas sobre o Imposto de Renda e a folha de pagamentos.

Ele frisou que é necessário que o Brasil aprenda que as políticas públicas, sejam gastos públicos ou benefícios fiscais, precisam ser avaliadas e reavaliadas rotineiramente.

Como a Casas Bahia chegou à recuperação extrajudicial e qual o plano para a dívida

 


Casas Bahia entra com pedido de recuperação extrajudicial para dívida de R$ 4,1 bi

Casas Bahia entra com pedido de recuperação extrajudicial para dívida de R$ 4,1 bi (Crédito: Casas Bahia)

A rede de varejo Casas Bahia anunciou na noite de domingo, 28, que fez um pedido de recuperação extrajudicial, citando dívidas de R$ 4,1 bilhões e que já conta com apoio do Bradesco e Banco do Brasil, seus principais credores.

O plano inclui alongamento de amortização de dívida, incluindo carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal. Além disso, a estratégia inclui possibilidade de credores apoiadores converterem parte de dívida em participação na empresa.

A dívida citada no pedido envolve as sexta, sétima e oitava emissões de debêntures a mercado e a nona emissão de debêntures “e certas CCBs emitidas junto a instituições financeiras”, afirmou a companhia em fato relevante. Segundo a empresa, o plano não envolve dívidas operacionais com fornecedores e parceiros e não impacta trabalhadores ou clientes.

A empresa afirmou em divulgação ao mercado que conta com apoio de credores detentores de 55% de sua dívida financeira sem garantias, o que, segundo a companhia, já permite a homologação do plano.

Antes do acordo, a Casas Bahia teria pela frente este ano pagamentos de R$ 1,24 bilhão em amortizações e 313 milhões em juros.

Empresa teve prejuízo acumulado de R$ 2,6 bilhões

Com o pedido, a Casas Bahia reforça grupo de varejistas no país que tem sido obrigado a renegociar com credores desde o escândalo criado com o rombo contábil na Americanas, revelado em janeiro do ano passado e que afetou o nível de crédito ao setor.

No último trimestre de 2023, o Grupo Casas Bahia reportou um prejuízo contábil de R$ 1 bilhão, uma forte piora na comparação com os R$ 163 milhões negativos do ano anterior, e o sexto resultado negativo seguido. A última vez em que registrou lucro foi no segundo trimestre de 2022 – de R$ 16 milhões. No ano de 2023, o prejuízo acumulado chegou a R$ 2,62 bilhões, ante perda de R$ 342 milhões no ano anterior.

Nos últimos três meses do ano passado, a Casas Bahia realizou o fechamento de 17 lojas. Mas desde o início da reestruturação, foram 55 unidades encerradas.

Segundo a Casas Bahia, o “reperfilamento” da dívida preservará cerca de R$ 4,3 bilhões no caixa da companhia nos próximos quatro anos. Além disso, o prazo médio da dívida sairá de 22 para 72 meses, com redução de 1,5 ponto percentual no custo médio, “que representa uma economia de 400 milhões de reais no período”, afirmou a empresa.

Agora, a empresa somente vai retomar os pagamentos a partir de 2026, com 150 milhões de reais em amortização e 103 milhões em juros. Porém, terá pela frente em 2030 pagamentos de 2,58 bilhões de reais em amortizações e 1,9 bilhão em juros.

Segundo a Casas Bahia, o acordo “traz ainda mais confiança e segurança” a todos os fornecedores, parceiros, clientes e funcionários do grupo.

“Este acordo, já aprovado por nossos principais credores financeiros, estava entre nossas metas prioritárias para o ano e, graças ao trabalho já feito até aqui, pudemos concluí-lo antes do previsto”, disse o presidente-executivo da Casas Bahia, Renato Franklin, em comunicado à imprensa.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

As 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil em 2023, segundo lista do Infojobs

 


Empresas

Montadora foi eleita a melhor empresa para trabalhar em 2023 (Crédito: Divulgação/ Mercedes Benz)

 

Da redaçãoi

O Best WorkPlaces, premiação criada pelo Infojobs,  que acontece anualmente desde 2018, reconheceu as organizações pelo trabalho de marca empregadora e cultura de bem-estar voltada para os colaboradores. A lista contempla as 50 empresas que melhor valorizaram o trabalhador em 2023, divididas em 10 segmentos – que incluem bens de consumo, varejo, educação e muito mais, além de uma categoria exclusiva para CEOs e o Top 10 marcas.

“Pesquisas realizadas pelo Infojobs mostram que os prêmios de marca empregadora fazem diferença para 98,3% das pessoas, que dizem desejar trabalhar em espaços reconhecidos. A lista  das 50 melhores empresas é feita com base nas avaliações de funcionários e ex-funcionários registradas no Infojobs , que possui milhões de avaliações espontâneas”, explica Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.

As empresas recebem avaliações espontâneas e são pontuadas de 1 a 5 de acordo com os seguintes critérios: avaliação geral, ambiente de trabalho, salários e benefícios, diretoria, oportunidades de carreira e empresa recomendável. Além disso, o profissional que está avaliando também pode redigir um comentário livre sobre a passagem pela empresa, que ficam disponíveis em uma página pública após 5 avaliações.

Para garantir a veracidade das informações, somente profissionais com experiência registrada em determinada empresa no currículo, e cadastro no Infojobs, são convidados a avaliarem sua passagem pela organização, incluindo a empresa atual.

Tudo é feito por meio do Infojobs Advisor, solução de Employer Branding, que tem como objetivo ajudar as empresas a gerenciarem e impulsionarem a sua marca empregadora e reputação, além de fornecer aos profissionais informações reais e valiosas sobre a cultura das organizações. E para concorrer ao Best WorkPlaces precisam estar dentro de dois critérios: atuar no Brasil e ter mais de 50 avaliações publicadas no Infojobs Advisor. 

TOP 10 Marcas

Em pesquisa feita pelo Infojobs, 70% dos profissionais afirmam que acreditam que a reputação da marca diante dos funcionários é um fator importante ou muito importante ao aceitar uma proposta de emprego, mostrando que ao buscar uma oportunidade levam a sério a opinião dos colaboradores que já integram as empresas. 

Além disso, 76,2% dos respondentes afirmaram consultar páginas de opinião pública e redes sociais antes de se candidatar a uma vaga. Mais da metade (62,4%) dos profissionais, acompanham as empresas que são premiadas e reconhecidas pela marca empregadora. 

“O que as 10 melhores empresas têm em comum é que são comprometidas com o bem-estar e valorização dos colaboradores, por isso elas conquistam o maior número de avaliações positivas. O reflexo disso é o destaque entre os profissionais no mercado e investidores também”, conclui Ana Paula Prado.

Confira as Top 10 empresas

1 Mercedes Benz Do Brasil

2 Scania Brasil

3 Hospital Israelita Albert Einstein

5 Ford Brasil

4 Toyota do Brasil

6 AC Camargo Cancer Center

7 Cargill

8 Souza Cruz

9 CEJAM

10 Honda

 

Confira abaixo as categorias avaliadas:

 

Executivos com maior aprovação

Hospital Israelita Albert Einstein

Mondelez Brasil

Ford Brasil Prevent Senior

Honda

 

Indústrias e Bens de Consumo 

Mercedes Benz Do Brasil

Scania Brasil

Ford Brasil

Toyota do Brasil

Cargill

 

Varejo 

Avon

Magazine Luiza

Supermercados Mundial

Grupo Boticário

Ri Happy Brinquedos

 

Hotéis, Restaurantes e Entretenimento

Outback

Accor Hotels

Rede Windsor Hotéis

CVC Viagens

Grupo SouthRock

 

Recursos Humanos 

Randstad

Manpower

Gi Group

Mazzini

Global Empregos

 

Hospitais e Farmacêuticas

Hospital Israelita Albert Einstein

AC Camargo Cancer Center

CEJAM

HCor – Hospital do Coração

Prevent Senior

 

Instituições Financeiras, Seguradoras e Consultorias 

SulAmérica Seguros

Itaú

Porto Seguro

Banco Bradesco

Sicredi

 

Telemarketing e BPO

Grupo Prosegur

TB Forte

Brink’s Brasil

G4S

Grupo Pro Security

 

Tecnologia e Telecom

ClearSale

Samsung Brasil

IBM Brasil

LG Electronics

Vivo – Telefônica

 

Educação 

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Rede Marista

Rede Adventista

UniCesumar

Universidade Nove de Julho

 

 https://istoedinheiro.com.br/as-10-melhores-empresas-para-se-trabalhar-no-brasil-em-2023-segundo-lista-do-infojobs/

Café: exportadores defendem na UE que produto brasileiro atende leis contra desmatamento

 

CECAFÉ (@cecafebrazil) / X

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) defendeu, nesta semana, a sustentabilidade dos cafés do Brasil e seu atendimento ao Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, em inglês). Segundo comunicado do conselho, a ação de maior impacto foi realizada ontem (25), em Bruxelas, na Bélgica, quando a entidade, em parceria com a Missão do Brasil na União Europeia (UE), apresentou a autoridades políticas do bloco a Plataforma de Monitoramento Socioambiental Cafés do Brasil, desenvolvida pela Serasa Experian.

O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, disse em nota que “expusemos os detalhes técnicos, de geolocalização e coleta de dados socioambientais da plataforma desenvolvida pela Serasa Experian, em parceria com o Cecafé, a essas autoridades. Solicitamos maior detalhamento das regras do EUDR e a flexibilização da aplicação de multas por um período de um a três anos, para que os países menos preparados se adaptem à regra. Também pleiteamos o reconhecimento dos sistemas brasileiros de informações e o respeito às Leis dos países de origem, como o Código Florestal e os direitos constitucionais relacionados ao uso da terra no Brasil”.

O representante da Direção-Geral (DG) de Meio Ambiente da Comissão Europeia, Emanuele Pitto, convidou o Cecafé para realizar uma apresentação e participar dos debates da Plataforma Multiatores do EUDR. “Isso é fundamental, uma vez que esse fórum analisa os testes do novo sistema que os europeus possuem para a fiscalização e, em especial, por podermos dar nossas contribuições em um ambiente que, até então, era restrito a apenas países do continente e a algumas empresas globais previamente escolhidas”, destacou Matos.

Conforme o diretor-geral do Cecafé, o Brasil também conseguiu abrir portas para o diálogo com as autoridades competentes pela fiscalização do EUDR em cada país, principalmente com Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha, Suécia, Irlanda e Eslovênia, que estiveram presentes na reunião. Matos ressaltou que esse estreitamento foi possível após a equipe da Serasa Experian ter apresentado questionamentos sobre o mapa de cobertura florestal do Joint Research Centre (JRC), demonstrando, técnica e comprovadamente, que o uso dessa ferramenta causará impactos negativos e indevidos às origens produtoras.

“A utilização do mapa do JRC será um caminho mais rápido e mais fácil, porém péssimo em termos de alertas de desmatamento, nas áreas onde o café está consolidado há décadas, e isso foi muito bem fundamentado, de maneira técnica, pela Serasa Experian”, explicou Matos.

Como sugestão de contrapartida ao não uso do mapa do JRC, Matos argumenta que os países de origem poderão providenciar seus próprios mapeamentos, com maior acurácia, como no exemplo da Plataforma Cecafé-Serasa Experian do Brasil. “Somado a isso, o caminho está aberto para o diálogo focado em cada autoridade competente para chegarmos às melhores alternativas”, completou.

Após decisão de doar 60% da fortuna em vida, Elie Horn tenta convencer outros brasileiros

 


Elie Horn, fundador da Cyrela

Elie Horn, fundador da Cyrela (Crédito: Divulgação)

 

Karina Trevizani

“Eu aprendi que doar dinheiro é muito bom, mas não basta. Você tem que fazer outras pessoas fazerem o mesmo.” É o que diz o fundador da Cyrela, Elie Horn, que em 2025 vai completar dez anos na lista dos super-ricos que prometeram doar parte de sua fortuna ainda em vida. Como parte do plano para convencer outros a fazer o mesmo, Horn agendou para o dia 6 uma reunião com 20 empresários brasileiros. 

Em entrevista à IstoÉ Dinheiro, Horn contou que o novo projeto “ficou em gestação por dois anos”, e que esse será apenas o primeiro encontro. “Vai começar a primeira reunião desses 20 empresários voluntários para gerar ideias para o bem, é um ‘think tank’ (laboratório de ideias) do bem.”

Sem dar detalhes sobre nomes ou empresas dos participantes, o empresário descreveu que são “20 pessoas muito bem de vida, todas com vontade de fazer o bem”. O objetivo é reunir ideias de iniciativas de doação de dinheiro para caridade e obras sociais. “Não é lucro, não é venda, é doar”, defende Horn, que vai completar 80 anos em 2024.

Primeiro brasileiro a doar fortuna em vida

Foi em 2015 Elie Horn e sua esposa, Suzy, entraram na lista do projeto The Giving Pledge, programa criado em 2010 por Bill Gates (Microsoft) e Warren Buffett (Berkshire Hathaway) para estimular bilionários a doar ao menos metade de suas fortunas ainda em vida para causas beneficentes. 

Com o compromisso de direcionar 60% de seus recursos para doações, Elie e Suzy foram os primeiros brasileiros a entrar na lista. Mais tarde, em 2021, foi a vez de David Vélez, fundador do Nubank, ao lado de sua esposa, Mariel Reyes. 

“O que eu aprendi é que nós somos anões em relação a eles”, diz Horn sobre os signatários de outros países do The Giving Pledge. “O que eles dão em porcentagem é muito maior que qualquer número no Brasil”.

Segundo a lista de bilionários da construção Forbes de 2023, a fortuna de Horn estava estimada em aproximadamente R$ 3,1 bilhões. Já Velez e sua família, de acordo com o ranking divulgado pela revista neste mês, têm uma fortuna estimada em mais de R$ 50 bilhões.

Vale destacar que os únicos quatro brasileiros na lista não nasceram no país. Elie, que também tem nacionalidade brasileira, nasceu na Síria e Suzy, no Chile. David nasceu na Colômbia e Mariel, no Peru. 

‘Piada da vida’ 

Elie Horn conta que aprendeu sobre a importância da caridade com o pai, Raphael Horn, ainda durante a infância. A família vivia das vendas de uma loja de tecido no Líbano, onde morava durante a infância de Elie (o caçula de sete irmãos). Mas eles passaram por uma situação difícil após perderem tudo que tinham na década de 50. 

Viveram então um ano na Itália para, depois, virem para o Brasil. Elie se lembra de ver sua família passando por dificuldades financeiras, mas seu pai, quando conseguiu se reerguer, doou seu dinheiro para caridade. 

A situação difícil da família àquela época em nada se parece com a vida que Elie leva hoje com a esposa, seus 3 filhos e 5 netos. Agora, ao comparar os dois momentos de sua trajetória, ele diz que vê uma “piada da vida”, tomando como exemplo a vontade que sentia de ter um carro quando não tinha dinheiro. 

“É uma piada, uma piada. Um carro custa hoje R$ 60 mil, não sei, que seja. Eu sonhava com uma coisa que nunca tive”, diz. 

“Antes, com pouco dinheiro, podia fazer muito mais. Só que esse pouco dinheiro eu não tinha. Hoje vejo uma gozação da vida, uma piada: você pode, e hoje não interessa. Antes interessava e não podia. Esse é um conflito contínuo que existe.”

‘A empresa da minha vida’ 

Elie começou os trabalhos que dariam origem à Cyrela aos 19 anos. Ele começou atuando com a compra e venda de imóveis, mas operava alavancado (isto é: sem dinheiro, pegava um empréstimo para dar um sinal pelo imóvel e corria para vendê-lo e pagar o restante, em uma corrida contra os juros). Apesar de arriscado, o negócio deu certo, e se tornou a empresa familiar que hoje é uma das maiores do setor imobiliário no país. A Cyrela foi fundada com este nome em 1963.

“Não existe não dar certo para quem trabalha, não existe. Pode ganhar pouco ou muito, mas vai ganhar, é certeza absoluta”, diz Horn. 

“Obviamente que é a empresa da minha vida”, conta o empresário. Atualmente, o fundador faz parte do conselho da Cyrela, mas dedica a maior parte do seu tempo à filantropia. “Não tem duas horas que eu não fale com pessoas sobre (fazer) o bem. Eu gasto quase oito horas por dia de trabalho.”

Os afazeres incluem conhecer projetos que necessitem de ajuda, mas também os esforços de convencimento de mais pessoas com recursos. Um dos trabalhos de filantropia mais conhecidos é o Instituto Liberta, fundado por Horn em 2017 com o objetivo de combater a exploração sexual infantil. Entre as outras instituições ajudadas estão a ONG Nosso Olhar, voltada para educação e inclusão de pessoas com deficiência, e o Movimento Bem Maior, que reúne diversas iniciativas para ajudar projetos sociais. 

Enquanto isso, dois dos herdeiros de Elie Horn seguem no comando da empresa: seus filhos Efraim e Raphael Horn são co-presidentes.

Apesar de se mostrar cada vez mais satisfeito com a decisão de doar parte de sua fortuna, Elie Horn revela que sente uma “pequena frustração”, em parte, pela percepção de que sua ação não será suficiente diante de tantas necessidades no país. “A minha ambição é maior do que a minha capacidade de fazer acontecer.”

 

 https://istoedinheiro.com.br/apos-decisao-de-doar-60-da-fortuna-em-vida-elie-horn-tenta-convencer-outros-brasileiros/