quarta-feira, 24 de abril de 2013

Indústria de biscoitos lança marca para exportar com valor agregado







A indústria nacional de biscoitos desenvolveu uma marca com o objetivo de promover o produto brasileiro internacionalmente e alavancar as exportações.

O selo Happy Goods, que acompanhará os produtos brasileiros, será lançado em maio, em São Paulo.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biscoitos, atrás dos EUA. 
No entanto, ocupa a 33ª posição entre os exportadores, segundo a Anib (Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos).

Um dos entraves é que o produto é visto como de baixo valor agregado. 
"Vendemos preço baixo, mas não a qualidade. Queremos mostrar que também temos sofisticação", diz Alexandre Colombo, presidente da Anib.

As exportações de biscoitos somaram US$ 139 milhões no ano passado, alta de 6% ante 2011.
 
A previsão para este ano é de aumento de 8%.
O selo estará presente nos estandes do Brasil em feiras internacionais e há projeto para que ele esteja nas embalagens, junto com o slogan "Baked in Brazil".

A Bauducco, responsável por 49% das exportações, vai adotar a marca. 
"A nossa indústria é avançada, temos um parque fabril importante, mas não conseguimos transmitir isso", afirma Edgar Matos, diretor de exportação.


Fonte: Folha de S. Paulo

Metade dos consumidores acha vinho importado caro, mostra pesquisa

 
 
 
Quase metade dos consumidores brasileiros de vinho importado acha a bebida cara, mostra pesquisa divulgada nesta quarta-feira (24) pela empresa britânica Wine Intelligence em evento promovido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

A pesquisa foi realizada com 705 consumidores brasileiros de vinhos importados com idades entre 18 e 59 anos. 

Segundo os dados, 49% reclamaram do preço.

De acordo com a pesquisa, 84% dos consumidores dizem que, na hora da compra, optam pelos melhores vinhos dentro de suas possibilidades orçamentárias.

O estudo também detalhou as preferências dos consumidores com relação aos tipos de vinho oferecidos no mercado. 

Segundo a pesquisa, 58% preferem o vinho tinto.

A pesquisa mostra que, na hora da compra, 66% dos consumidores gostam de experimentar estilos novos e diferentes regularmente e 26% tendem a consumir o que já conhecem. 

Outros 8% não ligam para o que compram desde que o preço seja justo.

Para 78% dos entrevistados, beber vinho é bom para a saúde. Esse percentual é maior em consumidores acima dos 35 anos (entre 35 e 44, são 87%). Segundo a pesquisa, 52% consideram que o hábito de tomar vinho é importante para manter seu estilo de vida. 

A pesquisa foi feita com consumidores das cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro e Salvador (BA), além de moradores de todo o Estado de São Paulo, incluindo a capital.  

Fonte: Fecomércio-SP

Brasil quer 6 milhões de profissionais estrangeiros para áreas onde sobram vagas

 
 
 
A escassez de engenheiros, profissionais de saúde e pessoal qualificado para setores como extração de petróleo e químico forçará o governo brasileiro a atrair seis milhões de estrangeiros para trabalhar no país. 

Essa é a meta, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), para preencher os postos nos setores onde nas próximas duas décadas surgirão vagas, mas faltará mão de obra.

Em conjunto com especialistas de mercado, a SAE vai desenvolver a política de atração de profissionais do exterior. 

O primeiro entrave a ser retirado é reduzir a burocracia para emissão de vistos de trabalho para imigrantes. 

“É uma estratégia de atração de cérebros”, disse o ministro-chefe interino da SAE Marcelo Neri à BBC Brasil. 

Para atingir os seis milhões em 20 anos, o Brasil precisará quadruplicar a atual emissão de vistos de trabalho dos atuais 70 mil para 300 mil por ano (ou 1,3% da chamada população economicamente ativa). Segundo a SAE, os estrangeiros são hoje 0,2% da população. 

A meta é chegar a 3%.

São imigrantes que vão poder ocupar as oportunidades de emprego que seriam de brasileiros em uma medida curiosamente mais econômica, avalia Marcello Bolzan, diretor do Instituto de Desenvolvimento e Estudos de Governo (IDEG). 

“Esses trabalhadores têm salário até 25% menor que o do brasileiro, dependendo do posto e do setor”, disse. Angela Branco, sócia do curso Plan Idiomas Direcionados, está na expectativa para que o cenário melhore. 

“Temos dificuldades em encontrar professores qualificados no país”, conta.

O estrangeiro está cada vez mais atraído pelo Brasil por ser um país emergente. 

As oportunidades, por isso, são mais válidas para o profissional do exterior, segundo Marcello Bolzan, diretor do Ideg.

Ele ainda afirma que China, Bolívia, Índia e Equador, são os que mais enviam profissionais para mercados de outros países.

“Com a desestabilização econômica mundial em 2008, os pólos de atração de mão de obra começaram a declinar e outros novos pólos surgiram, como o Brasil”, explica Bolzan. 

Ele detalha que como está complicado formar profissional no país, a saída é apostar em quem vem de fora — seja brasileiro formado no exterior ou estrangeiro que quer emprego por aqui.

Esse é o caso do cubano Jesus Domech More, 50 anos, que dá aula na Universidade Estácio de Sá. 
“Vim para o Brasil em 1998 para Doutorado e vi que tinham oportunidades de emprego”.

O MTE conta com um “Guia de Procedimentos”, no qual detalha como é feita toda a parte burocrática do processo de estrangeiros que vêm para trabalhar no Brasil.  
 
 A cartilha está em: http://goo.gl/LQDRG.

Investimento estrangeiro direto fica acima da expectativa no mês



 
 
O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira (24/4) que o Brasil recebeu em março US$ 5,739 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED), já descontadas repatriações de capital aos países de origem.
O resultado é ligeiramente menor que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando ingressaram liquidamente US$ 5,897 bilhões.

O resultado foi superior à estimativa da autoridade monetária, que projetava o ingresso de US$ 4,2 bilhões em IED no terceiro mês deste ano.

Para o acumulado de 2013, o BC manteve no mês passado a estimativa de entrada de US$ 65 bilhões de IED. 

No acumulado do primeiro trimestre, o país conta com US$ 13,256 bilhões, ante US$ 14,948 bilhões do primeiro trimestre de 2012, ano em que ingressaram ao todo US$ 65,272 bilhões.

Em 12 meses terminados em março, o fluxo líquido de IED chega a US$ 63,579 bilhões, o equivalente a 2,78% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC.

Já os brasileiros enviaram a outros países US$ 1,978 bilhão em investimentos diretos. 

Em março de 2012, a cifra tinha sido de US$ 4,994 bilhões em investimentos estrangeiros diretos.

O resultado decorre do envio de US$ 3,039 bilhões de participações de companhias brasileiras em empresas no exterior descontados da repatriação de US$ 1,061 bilhão de empréstimos dados por empresas de controle nacional e suas filiais em outros países (intercompanhias).

O recorde para todos os meses do ano foi registrado em janeiro deste ano (US$ 2,293 bilhões).
No acumulado de 2013, os turistas brasileiros gastaram US$ 6,022 bilhões, o maior valor já registrado, ante US$ 5,380 bilhões no primeiro trimestre do ano passado.

Já os turistas estrangeiros deixaram no Brasil em março US$ 599 milhões, ante US$ 630 milhões do mesmo mês de 2012. A diferença entre o que gastaram os turistas brasileiros no exterior e o que deixaram os estrangeiros no Brasil é uma saída líquida de US$ 1,271 bilhão em março, ante US$ 997 milhões no mesmo período do ano passado.

Para o acumulado deste ano, a autoridade monetária espera uma saída de US$ 16,3 bilhões por esse canal. Em 2012, a conta viagens ficou negativa em US$ 15,588 bilhões.

A autoridade monetária espera que o fluxo de investimentos brasileiros diretos no exterior feche 2013 negativo em US$ 10 bilhões. 

No acumulado do primeiro trimestre, o fluxo de IBD é negativo em US$ 3,085 bilhões, resulta do distinto do verificado no mesmo período de 2012, quando foram repatriados US$ 5,405 bilhões. 

Fonte: BC

Déficit nas contas externas é recorde para o mês de março e o primeiro trimestre, diz BC


 
 
 
O déficit em transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços entre o Brasil e o mundo) de US$ 6,873 bilhões, em março, e de US$ 24,858 bilhões, no primeiro trimestre, é recorde para os períodos, de acordo com a série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1947. Esses saldos negativos foram mais do que o dobro dos de iguais períodos do ano passado. Em março de 2012, o déficit ficou em US$ 3,279 bilhões e no primeiro trimestre, em US$ 12,061 bilhões.
 
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, um dos fatores que levaram à ampliação do saldo negativo foi o resultado da balança comercial, que registrou déficit de US$ 5,156 bilhões, no primeiro trimestre.
 
Maciel lembrou que, no mesmo período do ano passado, houve superávit comercial de US$ 2,420 bilhões. “O maior dinamismo econômico representa maior demanda por bens e serviços externos e isso repercute na balança comercial”, disse Maciel. Por outro lado, ele destacou que o crescimento mais lento da economia global “repercute nas nossas exportações”. 
 
Outro fator citado por Maciel é o aumento das remessas de lucros e dividendos do Brasil para o exterior.  Em março deste ano, essas remessas chegaram a US$ 2,732 bilhões e acumularam US$ 6,974 bilhões, no primeiro trimestre, contra US$ 1,965 bilhão e US$ 3,474 bilhões de iguais períodos, respectivamente, de 2012.  
 
Segundo Maciel, o aumento das remessas de lucros e dividendos também está relacionado ao maior ritmo do crescimento econômico, este ano. “À medida que a economia cresce, as empresas têm maior rentabilidade e isso permite a ampliação das remessas desses resultados para o exterior”, disse. 
 
Segundo Maciel, o aumento do estoque de investimento estrangeiro no país também favorece as remessas. Ele citou ainda que mudanças no câmbio também influenciam na escolha do momento para enviar os lucros e dividendos para o exterior. 
 
Maciel acrescentou que na década de 90 o peso dos juros no déficit de transações correntes era maior e lembrou que a situação se agrava em momentos de crise. “Hoje nosso principal componente não é mais a despesa com juros, e sim remessas de lucros e dividendos. 
 
As remessas aumentam em momento favorável. Há uma diferença importante na estrutura do déficit em transações correntes”, argumentou. O chefe do Departamento Econômico disse ainda que o financiamento do déficit em transações correntes está em “condições confortáveis” porque a maior parte é por meio de investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo do país. O IED é considerado a melhor forma de financiamento por ser de longo prazo, mas o país também conta com empréstimos e investimentos em ações e em títulos de renda fixa.  
 
Em março, o IED ficou em US$ 5,739 bilhões, contra US$ 5,897 bilhões de igual mês do ano passado. No primeiro trimestre, foram investidos no país US$ 13,256 bilhões, ante US$ 14,949 bilhões, nos primeiros três meses de 2012. 
 
Para o ano, a projeção do BC é que o IED fique em US$ 65 bilhões, o que deve corresponder a 2,68% do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção para o déficit das transações correntes é US$ 67 bilhões este ano. Em relação ao PIB, o saldo negativo deverá ser 2,76%.    
 
Fonte: BC
 

Corea del Sur negocia Tratado de Libre Comercio con el Mercosur

cio / Economía

Corea del Sur negocia Tratado de Libre Comercio con el Mercosur

El delegado coreano para la promoción de inversiones en América Latina, Joonseob Kwon, informó a UNoticias que el país asiático busca expandir el intercambio comercial con la región y apunta a Uruguay como punto estratégico a nivel logístico. Habrá importantes inversiones en el sector automotriz, energético y forestal.

Kwon destacó que “Uruguay puede ser un punto estratégico en la región”, debido a que puede ser utilizado logísticamente a nivel del armado industrial de productos que luego son llevados a los mercados más grandes, como Brasil, Argentina o México.

A propósito, indicó que nuestro país posee “mucha competitividad comparativamente” en la región, tanto a nivel de manufactura como de servicios.

Comunicó que Corea tiene un importante intercambio comercial con la región, que se viene desarrollando cada vez más mediante la firma de Tratados de Libre Comercio (TLC).

Este tipo de acuerdos comerciales ya fueron sellados con Colombia, Chile y Perú, mientras que se negocia un TLC con el Mercosur, que permitirá “un crecimiento importante en el intercambio entre Corea y la región”.

Asimismo, indicó que como parte de este acuerdo puede haber una mayor atracción de inversiones, aunque informó que próximamente se acercarán importantes empresas del rubro automotriz, energético y forestal a instalarse en el país.

También subrayó la importancia de la importación de productos de la región por parte de Corea, como la reciente incorporación de la carne uruguaya al mercado asiático y el posible futuro ingreso de los vinos nacionales.

El delegado asiático expuso esta mañana la estrategia de promoción de inversiones de Corea, durante el “Foro Pequeños Países, Grandes Oportunidades”.

Montevideo, Uruguay
UNoticias
MDS

O NOVO ESTATUTO DO ESTRANGEIRO NA IMINÊNCIA DE CHEGAR AO PARLAMENTO

Governo deve enviar ao Congresso ainda este mês projeto para modernizar leis sobre migração. 
O governo brasileiro deve enviar até o fim deste ano ao Congresso Nacional um projeto de lei para modernizar as regras relativas às migrações no país. Atualmente, temas como visita, estada e permanência de estrangeiros no Brasil são disciplinadas pelo Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80), considerado ultrapassado pelas autoridades.

De acordo com o secretário nacional de Justiça e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Paulo Abrão, as linhas gerais da nova legislação estão sendo discutidas por um grupo de trabalho composto por integrantes do próprio Ministério da Justiça, além de representantes dos ministérios do Trabalho e das Relações Exteriores, Itamaraty.

Paulo Abrão enfatizou que o objetivo será suprir lacunas identificadas na legislação atual, considerada defasada e “não mais compatível com o ambiente democrático vivido pelo Brasil”. Entre elas, a definição clara dos direitos dos imigrantes no país.

“O estatuto atual não tem um capítulo sobre esse tema. Isso é um déficit sério e é preciso deixar bem clara [na lei] a condição isonômica do imigrante que recepcionamos no território nacional, conforme estabelece a Constituição Federal, no exercício de todas as liberdades, dos direitos civis, políticos e sociais que a nossa nação reconhece para os brasileiros”, disse, ao participar da abertura do 1º Curso de Elegibilidade e Reassentamento, promovido pelo Conare em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Ele acrescentou que a legislação também deve desburocratizar as formalidades para emissão de vistos e estabelecer mecanismos mais ágeis e simples na abordagem do imigrante no país. “É importante que as diferentes esferas estejam articuladas entre si, como o Ministério do Trabalho, responsável pela emissão de visto de trabalho; o Itamaraty, que garante o apoio ao brasileiro no exterior, já que estamos falando de migração no sentido amplo, tanto dos que imigram quanto dos que emigram; e o Departamento dos Estrangeiros [órgão do Ministério da Justiça], que regulariza a condição jurídica do imigrante em território nacional”, explicou.

Em seu discurso na abertura do evento, Paulo Abrão enfatizou que a legislação em vigor foi criada com base na doutrina da segurança nacional e, “defasada em décadas”, precisa incorporar uma visão mais voltada à proteção àqueles que buscam no país a possibilidade de realizar um novo projeto de vida, segundo os preceitos internacionais de direitos humanos.

“Não podemos nos perder desse horizonte ao tratar aquelas pessoas que buscam no Brasil a proteção de suas vidas, assim como, no passado, fomos nós que buscamos, na época do regime ditatorial, outros países. É um exercício de solidariedade com a humanidade”, ressaltou.

No início deste mês, a necessidade de modernizar a legislação relativa à imigração também foi destacada pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas da Câmara dos Deputados, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). O grupo pretende apresentar nos próximos meses um relatório parcial com sugestões de mudanças legislativas que contribuam para o combate ao tráfico de pessoas.

Ainda durante o evento, Paulo Abrão acrescentou que o governo estuda a criação de um mecanismo para garantir tratamento específico aos casos de apatridia, quando não há qualquer nacionalidade reconhecida. Ele explicou que, atualmente, pessoas nessa situação são tratadas como refugiadas, “por interpretação extensiva [da lei], já que não há dispositivos específicos”.

“Nossa proposta é incluir nas competências do Conare a apreciação de situações de apatridia, mas isso ainda está em tramitação no Ministério da Justiça”, ressaltou, lembrando que há aproximadamente 4,7 mil refugiados de mais de 70 nacionalidades diferentes no Brasil.

Uma proposta para reformular o chamado Estatuto do Estrangeiro e ampliar os direitos dos imigrantes tramita há três anos na Câmara dos Deputados. Entre as alterações previstas do Projeto de Lei 5655/09, de autoria do Poder Executivo, estão a criação do visto eletrônico, feito por meio da internet, e a ampliação do prazo de permanência do turista no país, que passa de 90 para 180 dias a cada 12 meses, prorrogável por 30 dias em caso de viagens de negócios.

Thais Leitão
(Agência Brasil – 24/04/2013)