Brasil deve seguir a China, que investe pesado para manter economia aquecida | |||
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Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
domingo, 12 de maio de 2013
Top model brasileira amplia grife própria de moda de praia no mercado mundial
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Nordeste usa tecnologia de Israel, vence calor de 40°C e produz vinho
A Serra Gaúcha é referência quando se fala em produção de vinho
nacional. A milhares de quilômetros de distância dali, no entanto,
usando até tecnologia importada de Israel, outra região tem se destacado
no setor: o Vale do São Francisco, no sertão nordestino, cenário
marcado pelas altas temperaturas (27ºC em média, mas com picos de até
40°C) e pela pouca chuva.
Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), 48,6 milhões
de litros de vinhos finos foram produzidos, em 2012, no Rio Grande do
Sul, o único Estado que tem estatísticas oficiais sobre o assunto.
Estima-se que o Estado seja responsável por cerca de 90% da produção
nacional de vinhos finos, que seria, assim, de cerca de 54 milhões de
litros.
Não existem estatísticas oficiais sobre a produção do Nordeste. Mas o
consultor do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco e professor de
enologia do Instituto Federal do Sertão Pernambucano, Francisco Macedo
de Amorim, estima que a produção da região já chegue a 10 milhões de
litros. Há cerca de dois anos, eram cerca de 8 milhões.
"A região produz uma bebida adocicada, fresca e jovem que caiu no gosto do consumidor", diz Amorim.
Em vez de uma, duas safras por ano
As empresas que atuam na região conseguiram transformar o solo pobre do
sertão e o clima semiárido em aliados e conseguem obter suas safras
anuais. Em outros polos produtores, no Brasil e no exterior, o comum é
apenas uma safra anual.
"As uvas brancas se adaptaram muito bem à região. Além disso, o consumo
de espumantes tem crescido muito no Brasil, o que ajudou a dar destaque
à região", diz Afrânio Moraes Filho, diretor de operações da Miolo.
A Miolo mantém na cidade de Casa Nova, na Bahia, a Vinícola Ouro Verde,
que já é responsável por um terço de sua produção (o restante está do
Rio Grande do Sul).
Na Ouro Verde, a cada ano são produzidos cerca de 2 milhões de litros
de vinhos e espumantes em 200 hectares. Até 2018, a estimativa é
produzir 5 milhões de litros de vinhos e ampliar os vinhedos para 400
hectares.
Sistemas de irrigação suprem falta de chuva
"O maior desafio foi adequar as condições locais à parreira, uma vez
que não faz frio, que é um aliado da produção no Sul. Isso fez com que
tivéssemos de imitar a natureza por meio da tecnologia de sistemas de
irrigação", diz Moraes Filho.
A maior parte da produção na empresa na região está focada em
espumantes, especialmente aqueles elaborados com uvas moscatel. Ela é
mais adocicada e usada tanto na produção de espumantes como na de vinho
branco.
Vinhos tintos também são produzidos lá, como o Testardi Syrah 2010,
vencedor da categoria tinto nacional em um concurso realizado na feira
Expovinis, em São Paulo, em 2012.
Desde 2008, a fazenda faz parte do roteiro turístico Vapor do Vinho,
criado em parceria com a Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa). Os
visitantes fazem uma viagem pelas águas do São Francisco e são
convidados a visitar a sede da Ouro Verde, que tem cantina, loja,
destilaria e sala de degustação.
Grupo português Dão usa tecnologia de Israel
Há pouco mais de dez anos, a região atraiu também o grupo português Dão
Sul, que instalou em Lagoa Grande, Pernambuco, a Vinícola Santa Maria.
Numa área de 200 hectares, todos os pés de uva têm irrigação
individualizada, feita com uma tecnologia israelense.
"O fato de a região ser seca ajuda a evitar a proliferação de pragas e o
solo é propício para o cultivo. O Sul tem um inverno definido e
rigoroso, o que faz com que as uvas parem de se desenvolver nessa época
do ano. No Vale do São Francisco, a produção pode ser feita no ano
todo", diz André Goldberg, consultor comercial da vinícola.
Goldberg diz que a grande variação de temperatura da região, que pode
ser de 40ºC durante o dia e 20ºC durante a noite, é benéfica à produção.
Um dos destaques da empresa é o Paralelo 8, feito com uvas cabernet
sauvignon e syrah, que foi eleito por um concurso do Ibravin o terceiro
melhor vinho brasileiro em 2011.
Uva moscatel se adaptou ao clima semiárido
Para o diretor da Associação Brasileira de Sommeliers em São Paulo
(ABS-SP) Arthur de Azevedo, a uva moscatel foi a que mais se adaptou ao
clima semiárido do Vale do São Francisco. "Os espumantes moscatéis da
região são extraordinários."
Ele diz que as duas safras registradas por ano na região, apesar de
serem interessantes comercialmente para as empresas, fazem com que as
parreiras não tenham tempo para acumular nutrientes suficientes, o que é
um problema para outros tipos de uva.
"Para outros tipos de vinho, a melhor região produtora brasileira ainda é a Serra Gaúcha", afirma Azevedo.
Ataque de lagarta pode ser bioterrorismo, diz secretário
Ataque de lagarta pode ser bioterrorismo, diz secretário
O ataque da lagarta Helicoverpa Armigera que atinge plantações de
algodão e soja em nove municípios do Oeste baiano e outros quatro estado
pode ser resultado de bioterrorismo, de acordo com o secretário
estadual da Agricultura (Seagri), o engenheiro agrônomo Eduardo Salles.
Ele disse, por meio de nota, que a Polícia Federal (PF) e a Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) investigam a suspeita.
A praga já causou prejuízo de mais de R$ 1 bilhão e compromete 228 mil
hectares de algodão apenas na Bahia. Também há registro do problema no
Paraná, Goiás, Piauí e Mato Grosso. O secretário diz que há risco do
problema atingir outras regiões do Brasil. A praga quarentenária A1 não
existia no país.
O secretário se reuniu nesta sexta, 10, com promotores do Ministérios
Públicos do Estado (MPE) e do Trabalho (MPT), com o diretor geral e do
diretor de Defesa Vegetal da Adab, Paulo Emílio Torres e Armando Sá;
produtores e secretários de Agricultura, de Saúde e do Meio Ambiente dos
municípios de Barreiras, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães,
Baianópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Correntina,
Jaborandi e Cocos. Eles discutiram as regras para aplicação do produto
agroquímico Benzoato de Amamectina, que já foi usado em outros países no
combate à lagarta Helicoverpa.
A previsão é que o produto chegue ao município de Luís Eduardo
Magalhães, onde vai ficar armazenado, nesta quarta, 15. Inicialmente,
será utilizado em 10 propriedades em fase de teste. Após análise do
efeito, o material será usado todos as lavouras atingidas pela praga.
A Tarde
Novas exigências para crescimento da América Latina
- O conjunto de fatores que, nos últimos anos, garantiram o crescimento médio de 4% ao ano das economias latino-americanas, preservando-as dos piores efeitos da crise mundial, está se esgotando e, se elas não forem capazes de fazer as mudanças necessárias, seu crescimento será menor, com efeitos sociais visíveis. Se esses países não aumentarem os investimentos, sobretudo em infraestrutura, e não alcançarem maior produtividade, terão grandes dificuldades para manter o crescimento acelerado. O alerta, feito pelo diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, vale para todos os governos da região, para a qual a instituição projeta crescimento de 3,4% em 2013 e de 3,9% em 2014. Mas é particularmente relevante para o do Brasil, cuja economia já cresce a um ritmo bem menor do que o da média dos últimos anos, as perspectivas não são brilhantes e a inflação se acelera. Em entrevista concedida em Washington ao Broadcasty serviço em tempo real da Agência Estado, Werner disse que os países da região já estão utilizando quase toda sua capacidade de produção, as vantagens que obtiveram com a alta dos preços das commodities no mercado mundial não devem se manter daqui para a frente e os juros internos não devem continuar caindo. "Aliás, o mais provável é que voltem a subir", observou - e isso já ocorre no Brasil.
Nesse cenário, a manutenção do crescimento acelerado dos últimos anos exigirá dos países latino-americanos medidas que resultem em aumento de sua produtividade e de seus investimentos produtivos em velocidade maior do que a observada até agora. Em resumo, eles precisam aumentar a eficiência de seu setor produtivo, para produzir mais e a preços mais competitivos, e aumentar também sua capacidade de produção.
No caso do Brasil,
essas necessidades estão se tornando agudas, em particular na indústria. A
eficiência do setor agroindustrial tem assegurado o bom desempenho da economia
brasileira e os saldos comerciais do País. Embora, como observou Werner, ao
boom de commodities, que gerou um efeito renda importante para vários
países", não deva se repetir nos próximos anos, a agroindústria certamente
continuará a desempenhar papel decisivo na manutenção do ritmo de atividades da
economia brasileira, graças aos notáveis ganhos de produtividade que obteve nas
últimas décadas. Já a indústria, sobretudo a de transformação, vem perdendo
espaço para a concorrência estrangeira não apenas no mercado externo, mas
também no doméstico.
Em alguns segmentos,
antigos produtores optaram por tornar-se importadores dos bens que antes
produziam, pois não viam condições de competir com os importados. Há anos o
governo do PT vem anunciando medidas de estímulo aos investimentos industriais,
para modernização e ampliação da capacidade produtiva, mas a persistência de
resultados negativos da produção industrial sugere que, se essas medidas são
corretas, até agora não produziram os efeitos que delas se esperavam. Esse
problema foi apontado pelo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional,
Olivier Blanchard, em entrevista ao jornal Valor. Na sua avaliação, o fraco
desempenho recente da economia brasileira tem forte relação com o comportamento
frustrante dos investimentos. Sem apontar de maneira clara as razões do baixo
nível de investimentos, Blanchard sugeriu os fatores que podem ter provocado
isso.
"É provável que um número de distorções, assim como alguma incerteza sobre políticas, tenham um papel nisso", disse. De fato, as incertezas sobre a condução da política fiscal do governo do Partido dos Trabalhadores - cada vez mais frouxa -, os inquietantes sinais de aumento da intervenção do governo nas atividades tipicamente privadas e as dúvidas crescentes sobre a real autonomia do Banco Central para conduzir a política monetária de maneira adequada para conter a pressão sobre os preços inibem os empresários, levando-os a conter seus planos de expansão e modernização.
(Fonte: O Estado
de S. Paulo)
sábado, 11 de maio de 2013
Lei das Domésticas incentiva empresa estrangeira expandir franquia no Brasil
Diante
da alta no preço do serviço doméstico no Brasil, a multinacional americana
Jan-Pro, especializada em limpeza comercial, vai começar a atender o
segmento residencial para competir com diaristas e domésticas.
A intenção é usar o sistema de microfranquias, que custam R$ 7 mil ao empreendedor, sendo que o próprio empresário executará os serviços de limpeza até conseguir recursos suficientes para contratar seus próprios empregados.
Com a regulamentação dos direitos trabalhistas destes profissionais, a hora não poderia ser mais propícia, diz Renato Ticoulat, diretor de novos negócios da Jan-Pro no Brasil.
“Isso abriu uma brecha para entrarmos neste mercado”, afirma.
Para o cliente, a vantagem é não ter de lidar com burocracia nem controle de horas extras ou pagamento de FGTS, uma vez que o profissional é contratado pela Jan-Pro, e não pelo cliente final.
“Toda parte jurídica e legal é nossa”, afirma.
Até o momento, a empresa opera um projeto piloto na área residencial, com atendimento de 300 apartamentos em São Paulo.
Para uma limpeza básica semanal, o custo é de R$ 250.
Segundo o executivo, o preço é mais competitivo do que o valor de uma diarista, que sairia entre R$ 350 e R$ 400.
Outros serviços são pagos separadamente, como limpeza de eletrodomésticos, louça, vidros, carpetes e arrumação de armários.
Os clientes atuais da Jan-Pro no segmento residencial brasileiro pagam R$ 600 por mês, para duas limpezas semanais, incluindo itens extras.
No projeto piloto, o principal público consumidor é composto por moradores de edifícios sem quarto de empregada ou área de serviço, em que os familiares passam quase o dia todo fora de casa.
Quando o orçamento é solicitado por um condomínio, a empresa apresenta o projeto para todos os moradores, e oferece o pacote para um franqueado realizar a operação de 15 a 20 apartamentos.
Na avaliação de Ticoulat, que atua no ramo há 22 anos, o setor de limpeza está passando por uma importante transformação.
“Nunca entrei neste mercado antes porque eu sempre fui mais caro, portanto, menos competitivo que o serviço tradicional. Mas recentemente o preço da diarista encareceu, e hoje vale a pena disputar este mercado”, conta.
Outro fator é o receio do patrão em contratarem empregadas domésticas com a nova lei.
Apesar do otimismo, o executivo revela que existe um longo caminho pela frente, pois a mudança cultural não acontece do dia para a noite.
Para estruturar a operação residencial, a Jan-Pro vai investir R$ 1,5 milhão nos próximos 12 meses.
Os investimentos prevêem a elaboração de um manual, a contratação e treinamento dos primeiros funcionários, marketing e comunicação da nova operação.
Um dos desafios será a seleção e treinamento dos franqueados, pois a exigência da limpeza de um lar é maior do que de um escritório.
“É preciso ter olho da dona de casa”, explica.
Segundo Ticoulat, o apego do cliente residencial a seus bens e objetos é maior do que o cliente corporativo, e demanda cuidados ainda maiores do franqueado. A exigência com a limpeza também é maior neste tipo de cliente.
Ticoulat não descarta a possibilidade de ex-empregadas domésticas serem uma parcela deste público empreendedor, pois isso ocorre em outros mercado que a empresa atua, como a Europa.
Cuidadores de idosos e jardineiros também podem ser atraídos a este modelo.
Brasil "perde" US$ 6 bilhões em exportações para principais parceiros
O Brasil vem perdendo espaço em todos os seus principais mercados no
exterior e a fatura dessa presença cada vez mais tímida tem sido alta
para as contas do país: só neste ano, já deixou de ganhar pelo menos US$
6 bilhões com exportações.
Mercado prevê piora das contas externas e pressão maior no câmbio
Investimento estrangeiro direto deverá encolher 16%
O valor corresponde ao que o país teria vendido para China, Estados
Unidos, União Europeia e Argentina nos dois primeiros meses deste ano
caso tivesse mantido a mesma participação nas importações totais desses
blocos em 2012.
Os quatro mercados são destino de mais de metade dos produtos brasileiros que seguem para o exterior.
O cálculo feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) a pedido
da Folha considera dados bimestrais diante da ausência de informações de
todos os países estudados para o quadrimestre.
O montante
apurado representaria um forte alívio à balança comercial (diferença
entre importações e exportações), que até abril registra um resultado
negativo histórico de US$ 6,2 bilhões.
A derrapada no
desempenho se repete em todos os mercados. Na China, principal parceiro
comercial do país, a fatia brasileira caiu de 2,4% no primeiro bimestre
de 2012 para 1,9% do total neste ano, com redução das compras de
petróleo, soja e ferros-ligas, entre outros. No total, o Brasil deixou
de faturar US$ 3 bilhões.
A participação do país nas compras
feitas pelos EUA encolheu de 1,6% para 1,2% do total, custando US$ 1,6
bilhão em exportações. Houve retração, por exemplo, nas vendas de
motores, petróleo e café.
A União Europeia reduziu suas compras
externas no período, mas o corte no consumo de produtos brasileiros foi
mais intenso. Com isso, a fatia do país caiu de 1,93% para 1,71%, quase
US$ 1 bilhão de vendas perdidas.
Já na Argentina, o espaço de
produtos brasileiros regrediu de 27,1% das importações totais para
25,4%. No mesmo período, os chineses ampliaram sua fatia de 14,9% para
16,6%. A retração representou menos US$ 200 milhões em exportações para o
Brasil.
Entre as razões para a derrocada brasileira no
exterior, estão a baixa produção da Petrobras, o atraso de embarques
devido a problemas logísticos e a baixa competitividade dos
manufaturados.
Fabrizio Panzini, especialista da CNI, afirma
que a pauta de exportações brasileira é pouco diversificada e muito
dependente dos produtos básicos, cujas vendas, em queda, não têm
conseguido compensar o fraco desempenho dos manufaturados. "Neste ano,
temos os dois caindo. É o pior cenário possível."
Fonte: Folha de São Paulo.
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