quarta-feira, 10 de julho de 2013

Brasil receberá 600 mil estrangeiros para a Copa do Mundo em 2014



 
 
O Brasil espera receber 600 mil torcedores estrangeiros para a Copa do Mundo em 2014, evento que deve deslocar pelo país três milhões de brasileiros. “A expectativa é de um evento 30 vezes maior que a Copa das Confederações”, afirmou Flavio Dino, presidente da Embratur, em entrevista à ANBA.

As metas para a receita do maior evento de futebol do planeta também são bem maiores que os R$ 311,5 milhões arrecadados na Copa das Confederações, torneio que serve de teste ao país-sede um ano antes da Copa do Mundo. Segundo Dino, o Brasil deve arrecadar R$ 25 bilhões com a competição de 2014, sendo que R$ 7 bilhões virão dos torcedores estrangeiros.

Dados da Embratur mostram que da receita total obtida com a Copa das Confederações, R$ 69 milhões vieram dos turistas internacionais. De acordo com Dino, tirando os gastos com passagens aéreas, que não estão contabilizados neste valor, as maiores despesas dos 25 mil estrangeiros que vieram ao evento no Brasil foi feita com a hospedagem. Em média, os turistas internacionais ficaram sete dias no país.

De acordo com Dino, se espera que a Copa das Confederações seja um evento local. “Ter conseguido com que mais de 100 mil brasileiros viajassem e mais de 20 mil estrangeiros viessem ao país foi muito bom. Pudemos testar se o atendimento ao turista foi dentro do previsto e avaliar o que mudar para o ano que vem”, afirmou Dino sobre os números do torneio realizado em junho.

O executivo destaca que entre os principais problemas apontados pelos turistas estrangeiros estão a mobilidade urbana e questões relacionadas ao idioma. “No Brasil, são raros os pontos de ônibus com itinerários, então para brasileiros e estrangeiros é complicado”, avaliou. A falta de sinalização bilíngue e as dificuldades de comunicação dos turistas que não falavam português também foram algumas das reclamações sobre o evento.

Dino diz que essas questões limitam as atividades do visitante estrangeiro no país. “Nosso objetivo é que a pessoa, após os jogos, consiga visitar um atrativo, ir a um restaurante, visitar um município vizinho, para que se possa ampliar o conhecimento sobre o Brasil”, declarou. Entre os pontos positivos apontados pelos estrangeiros está a boa qualidade da hospedagem e da gastronomia brasileiras.

Para o presidente da Embratur, a Copa do Mundo também servirá para trazer turistas de países mais distantes, que não estão entre os principais visitantes do Brasil. “A Copa possibilita que outros intercâmbios se estabeleçam. O Oriente Médio pode se tornar mais próximo dos Brasil pela Copa. A presença de seleções da Ásia e da África dá uma expectativa de aumento do fluxo de turistas dessas regiões”, completou.  Fonte: Anba
 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Empreendedores brasileiros são bem recebidos na África do Sul


 
 
 
A África do Sul está de olho no Brasil. Ebrahim Patel, ministro sul-africano do Desenvolvimento Econômico, diz que o Brasil está em um estágio mais adiantado, por este motivo empresas brasileiras são bem-vindas a seu país para aproveitarem da grande capacidade de expansão de negócios regionais, principalmente a partir das suas principais metrópolis, como Johannesburg (foto), Pretoria, ao norte; e Capetown e Port Elizabeth, ao sul.
 Segundo Patel, a África do Sul tem estabilidade política, mas isto não garante economia forte; o desemprego no país bate em 25% da população economicamente ativa e é uma das maiores preocupações locais.
O ministro afirma que a criação de empregos está entre os pontos-chave para o desenvolvimento do país. 
"Quando a África do Sul se juntou aos Brics vimos isso como uma importante oportunidade para o desenvolvimento de mão de obra. Queremos, acima de tudo, complementar nossa infraestrutura social, de saúde e educação. E nisso nossos parceiros internacionais podem nos ajudar bastante." 

A África do Sul firma a base de sua economia sobre produção de minérios como cobre e manganês. A extração de diamantes, que já foi significativa, vem caindo. 

A infraestrutura deficiente é um dos calcanhares de Aquiles que impedem o crescimento. Para sediar a Copa do Mundo de futebol em 2010, foram feitas grandes obras. Além de estádios, linhas de trens como a Gautrain, hotéis e outras construções de grande porte.

"A Copa talvez tenha funcionado como um gatilho, mas ainda há muito a ser feito", diz Siyabonga Gama, diretor geral da Transnet, empresa governamental responsável pelo transporte de cargas, que emprega mais de 30 mil pessoas e transporta 201 mil toneladas de mercadorias por ano.

O governo tem grandes projetos que abrangem toda a África, como construir uma linha de trem que ligaria o sul ao norte do continente, indo da Cidade do Cabo até o Cairo, no Egito. E o projeto de uma usina no Congo, que aproveitaria o grande potencial hidrelétrico do rio de mesmo nome – a energia poderia ser fornecida para toda a região. 

Os sul-africanos hoje consomem energia gerada por usinas atômicas e carvão. 
Do Brasil, esperam cooperação para beneficiamento de minerais e energia verde. 
O ministro aposta principalmente na tecnologia para a produção de etanol. 

"Queremos que as empresas brasileiras se instalem na África do Sul, não apenas para fornecer ao nosso mercado, mas visando sua própria expansão mundial. Vamos crescer juntos", convida Patel, que lembra a localização da África do Sul como argumento para tornar seu país um bom lugar para empresas brasileiras montarem suas fábricas. 

"Nossa geografia é privilegiada. Temos fácil acesso às Américas, à Europa, Ásia e Oceania, estamos em uma ótima esquina do planeta. Além disso, nosso clima é ameno, temos invernos pouco rigorosos e povo acolhedor, quase tão simpático quanto os brasileiros."

Espionagem põe sob tensão negociações de livre comércio EUA-UE


 
 
 
As negociações entre EUA e a União Europeia (UE) em busca de um acordo de livre comércio prosseguem nesta terça-feira em Washington em um clima de tensão após as revelações de espionagem norte-americana. 
 
O representante do Comércio Exterior norte-americano, Michael Froman, e o chefe negociador europeu, Ignacio García Bercero, lideram esta rodada de discussões sobre uma das principais zonas de livre comércio do mundo, com 820 milhões de habitantes. 
 
O processo está cambaleante depois de ser revelada a espionagem norte-americana a seus sócios da UE; Paris ameaçou suspender as discussões antes da solução sugerida pela Alemanha, de lançar as conversações e exigir, ao mesmo tempo, esclarecimentos de Washington. 
 
"Os governos da UE poderão se opor um pouco aos EUA, mas isso não terá efeito a longo prazo sobre o acordo", estima Joshua Meltzer, da Brookings Institution de Washington.Gary Hufbauer, pesquisador do Peterson Institute, prevê fortes atritos em matéria de transferência de dados pessoais e particularmente bancários.As barreiras alfandegárias não são um problema: já são frágeis de ambos os lados, abaixo de 3% em média e sua eliminação é quase um consenso, apesar de alguns setores continuarem sendo protegidos (nos EUA as tarifas sobre o calçado possam atingir 50%, por exemplo).
 
As negociações devem se concentrar então nas regulamentações e normas que os produtos devem cumprir para que sua venda seja autorizada."Isso poderia marcar verdadeiramente uma diferença. É muito caro para uma empresa se adequar às regras exigidas por outros países e isto pode frear o comércio", considerou Hufbauer. 
 
A UE não renunciará facilmente a suas normas fitossanitárias e ao princípio de precaução invocado, por exemplo, para justificar a proibição de produção e consumo de produtos agrícolas norte-americanos geneticamente modificados.
 
Os EUA poderiam, por sua vez, valer-se de leis como as chamadas "Small Business Act" para pequenas empresas, ou "Buy American Act", que promove as compras de produtos norte-americanos, para reservar certos mercados públicos como prioritários para as empresas norte-americanas de pequeno porte.Com um acordo, os norte-americanos poderiam reduzir seu déficit comercial: em 2012 importaram US$ 380,8 bilhões de bens provenientes da Europa e exportaram muito menos, US$ 265,1 bilhões.
 
Contudo, recuperam terreno se for considerada a venda de serviços, em  particular financeiros e de informática.Para a UE o que está em jogo é ainda mais importante: uma possibilidade de combater a recessão que atinge a zona do euro há 18 meses e se beneficiar do moderado crescimento de seu sócio do outro lado do Atlântico.
  Fonte: redação com agências


 

Venezuela assume presidência temporária do Mercosul; Paraguai volta ao bloco em agosto


 
 
O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro (foto), disse nesta terça-feira (9/7) que a  Venezuela assumirá a presidência pro tempore (temporária) do Mercosul, no próximo dia 12, e apenas em agosto o Paraguai retornará ao bloco regional.

Atualmente, a presidência do grupo está com o Uruguai. Na sexta-feira (12), os presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela) participarão da Cúpula do Mercosul em Montevidéu (Uruguai) para discutir os temas.

“O Paraguai está suspenso, portanto, seguirá a presidência pro tempore para a Venezuela, em ordem alfabética, é um dado da realidade, sem prejuízos, considerando as sensibilidades, o caminho a seguir é este”, disse o chanceler uruguaio em entrevista coletiva concedida ao lado do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. 
 
As autoridades paraguaias reivindicavam o direito de assumir o comando temporário do Mercosul. Mas o Paraguai está suspenso do bloco desde junho de 2012 em decorrência de decisão tomada pelos líderes regionais que discordaram da forma como foi conduzido o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo.  
 
Almagro reiterou que o fim da suspensão do Paraguai do Mercosul está condicionada à cerimônia de posse do presidente eleito, Horacio Cartes, em 15 de agosto. “O fim da suspensão tem de esperar o 15 de agosto”, ressaltou, em resposta ao apelo dos paraguaios para antecipar a reintegração para julho. 
 
O chanceler uruguaio assinou dois acordos bilaterais com Patriota durante a visita a Brasília. Um documento visa a agilizar a concessão de autorização de vistos e residência para brasileiros interessados em viver no Uruguai e de uruguaios que querem morar no Brasil. O outro acordo é sobre a desburocratização, facilitando o reconhecimento de documentos entre países.  
 
De 2003 a 2012, o comércio entre Uruguai e Brasil quadriplicou, passando de US$ 943 milhões para mais de US$ 4 bilhões. O Brasil é o principal sócio comercial do Uruguai e o principal mercado para os produtos uruguaios. O Uruguai é o 2º investidor no Brasil entre os países da América do Sul. Os investimentos brasileiros no Uruguai estão em setores, como agroexportação, frigoríficos, energia, alimentos e bebidas, finanças, construção civil, produtos químicos, mineração e siderurgia.
 
  Fonte: AGência Brasil

Micros e pequenos importadores mostram como sobrevivem à alta do dólar



 
 
Com o dólar em alta, os micro e pequenos importadores - que compram produtos em dólar e revendem em real - têm pela frente o desafio de manter a clientela sem reduzir a margem de lucro e prejudicar as finanças do negócio.

A equação parece difícil de ser resolvida, mas segundo Carlos Alberto dos Santos (foto), diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae ), é possível vencer a alta do dólar sem trazer grandes danos ao negócio.

Primeiramente, destaca o consultor, o empresário precisa avaliar se houve impacto no estoque da empresa, pois é possível que o produto adquirido não tenha sofrido tanto com o câmbio. Em segundo lugar, orçamentos de longo prazo devem ser evitados.

E na hora de fazer novos pedidos, vale considerar a troca de insumos estrangeiros por versões nacionais, cotadas em real. "O ideal é buscar no mercado interno produtos que possam substituir aqueles usualmente adquiridos", aconselha Joseph Couri, presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi).

Mas se a empresa é 100% importadora e não tem espaço para artigos brasileiros, negociar desconto e prazo de pagamento com fornecedores é uma 
saída para não repassar um alto reajuste ao consumidor, segundo Santos, do Sebrae.

Prejudicado pela alta do dólar ao negociar produtos com a cotação do mês passado, Wilson Ribeiro, de 47 anos, dono da JUK Industrial, importadora de peças, criou uma estratégia para não perder mais dinheiro: passou a vender em dólar e só manter o orçamento aos clientes durante dois dias. Ou seja, aboliu a negociação antecipada.

"Se o consumidor não aceita comprar o produto na moeda americana, eu jogo o valor lá para cima para reduzir meu risco. Também parei de fazer orçamento e concretizar o negócio depois de semanas. Com o dólar variando desta forma, o preço muda de um dia para o outro", explica o empresário.

Quando o empreendedor está prestes a comprometer as finanças do negócio, como ocorreu com Ribeiro, a solução é abrir o jogo com o consumidor, alerta Simone Oliveira, presidente da consultoria America Expert. "O cliente quer um parceiro no negócio, não simplesmente um fornecedor. Se o preço teve que ser reajustado, o empreendedor precisa deixar isso claro.

"Foi o que fez o empresário do ramo de vinhos Orlando Pinto Rodrigues Júnior, de 51 anos, dono da Premium Importação e Exportação. Surpreso com a valorização da moeda americana, ele não só negociou preços e prazos com os fornecedores, como decidiu manter o diálogo aberto com os clientes explicando o porquê do reajuste de 6% a 10%.

"Tivemos de repassar um pouco do aumento aos consumidores porque tenho vários contêineres chegando já com os novos preços. Não posso mcomprometer minha empresa por causa do descontrole da economia", diz o empresário.

De acordo com Carlos Eduardo Furlanetti, professor do Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA), as micro e pequenas empresas são mais suscetíveis à variação cambial porque possuem menos capital de giro para cobrir possíveis imprevistos.

Por este motivo, os pequenos importadores devem priorizar produtos menos expostos à concorrência. "A venda de commodities, por exemplo, está muito ligada ao preço. Perfumes importados, contudo, não estão tão sujeitos à variação cambial porque o consumidor, na maioria das vezes, está disposto a pagar um preço mais caro por eles", explica o professor.

Para os que temem mais uma decolada do dólar, uma boa notícia: a alta deve cessar neste segundo semestre, segundo os especialistas ouvidos pelo iG. "A tendência é que o dólar caia conforme a melhora da economia dos EUA. No entanto, o empresário precisa sempre acompanhar o noticiário nacional e internacional para estar preparado para mudanças no setor financeiro", adverte Furlanetti.

Veja dicas para lidar com a alta do dólar:
  • - Evite acumular estoque
  • - Avalie a venda de insumos nacionais
  • - Priorize produtos com baixa concorrência no mercado
  • - Acompanhe o noticiário nacional e internacional
  • - Negocie prazos de pagamento e valores com fornecedores
  • - Reajuste preços e seja transparente com os consumidores
  • - Reduza a margem de lucro sem prejudicar as finanças do negócio
  • - Em último caso, faça um hedge cambial (proteção contra oscilação monetária)

Fonte: Brasil Econômico

13 empresas que também podem sofrer com a crise de Eike

Quem são os parceiros, fornecedores e clientes que também sentiriam os efeitos dos problemas que sufocam o empresário


, de MONTEIRO
O empresário Eike Batista, dono do Grupo EBX
Eike Batista: queda do empresário atrapalharia planos de muitos parceiros

São Paulo – Grandes grupos não operam no vácuo. Ao seu redor, forma-se um verdadeiro ecossistema de fornecedores, clientes, investidores e outros parceiros de negócio. A EBX, holding de Eike Batista, não é exceção, pois do sucesso de suas empresas depende também os planos de inúmeras companhias.

Por isso, a crise que atinge os negócios de Eike coloca em risco os projetos de parceiros do porte de uma Petrobras e de uma Anglo American, por exemplo. Veja, a seguir, algumas companhias que podem ser prejudicadas pelos problemas do empresário:

NKTF
A NKTF, uma das maiores fabricantes mundiais de tubos flexíveis para a indústria do petróleo, alugou, em 2011, uma área no porto de Açu, em construção pela LLX, para construir uma fábrica. O início da operação está previsto para este ano. O principal cliente da NKTF é a Petrobras, com quem assinou um contrato para fornecer até 694 quilômetros de tubos, avaliados em 1,86 bilhão de dólares. A LLX espera receber cerca de 8 milhões de reais da NKTF por ano, entre taxas portuárias e o aluguel da área. O contrato é de 20 anos, renováveis pelo mesmo prazo.

Intermoor
Também em 2011, a LLX alugou uma área de 52.300 metros quadrados para a americana Intermoor, uma prestadora de serviços para o setor de óleo e gás, no Porto de Açu. No local, a empresa pretende erguer uma base de operações para atender clientes como Petrobras, Shell e OGX. As operações da Intermoor estavam previstas para começar em 2013, e a LLX projeta uma receita anual de 3,6 milhões de reais com o contrato, entre tarifas portuárias e o aluguel da área. O contato é de 20 anos, renováveis pelo mesmo prazo.

Technip
A empresa francesa Technip assinou, em 2011, o maior contrato de locação no Porto de Açu, em construção pela LLX. Entre tarifas portuárias e aluguel, LLX estima receber 22 milhões de reais por ano. Especializada em projeto e construção de instalações de óleo e gás, a Technip fechou um acordo de 25 anos, renováveis por mais 25.

Wärtsilä
Um dos contratos mais recentes assinados pela LLX foi com a finlandesa Wärtsilä, que produz motores para navios e termelétricas. Fechado em março deste ano, o contrato de 30 anos, renováveis, prevê o investimento de 20 milhões de euros pela empresa para construir uma fábrica no Porto de Açu.

General Electric
Uma das gigantes do capitalismo global, a General Electric (GE) também assinou contrato para se instalar no Porto de Açu. Com 30 anos de validade, renováveis, o acordo prevê a construção de uma fábrica da GE com foco nas áreas de óleo e gás e geração de energia. Segundo a LLX, o contrato foi assinado em 2012, mas só começa a vigorar em 2014.

V&M
No fim do ano passado, a francesa V&M, que pertence ao grupo Vallourec, fechou um acordo de 20 anos, renováveis, para construir uma fábrica no Porto de Açu, em construção pela LLX. A unidade vai armazenar e fornecer tubos para o setor de óleo e gás.

Anglo American
A partir de julho de 2014, deve começar a valer um contrato assinado entre a mineradora Anglo American e a LLX. Com prazo de 25 anos, renováveis, o acordo prevê o escoamento de até 26,5 milhões de toneladas por ano de minério, o que geraria uma receita de 190 milhões de dólares para a empresa de Eike Batista.

Asco
Em fevereiro, a LLX assinou um contrato com a Asco, uma das maiores empresas do mundo para prestação de serviços de logísticas para o setor de óleo e gás. O objetivo, segundo a empresa de Eike, é oferecer às companhias que se instalem no Porto de Açu um parceiro capaz de auxiliar quem se instalar no polo petrolífero que a LLX pretende montar ao redor do Açu.
 

3 novidades que vão dar o que falar do "Mais Médicos"


Governo apresentou hoje parceria entre Ministério da Educação e da Saúde para investimentos em saúde no Brasil, sem recuar em "importação" de estrangeiros

Getty Images
Médicos e paciente em uma sala de operação
Saúde: governo promete mais vagas em faculdades, mais residências e mais hospitais, mas não recua em "importação" de estrangeiros

São Paulo – O governo anunciou hoje o projeto “Mais Médicos para o Brasil Mais Saúde para Você”, com propostas para a Saúde no Brasil. Através de uma parceria entre o Ministério da Educação e da Saúde, o palácio do Planalto anuncia a criação de mais vagas nas faculdades de medicina, mais instituições de ensino e mais hospitais no país, especialmente em regiões onde há escassez de médicos por mil habitantes. 

Entre as novidades, os ministros Aloizio Mercadante, da Educação, e Alexandre Padilha, da Saúde, anunciaram a criação de 12 mil vagas de residência, cinco novos hospitais universitários até 2018 e um investimento de R$ 2,7 bilhões para a construção de seis mil novas unidades de saúde básica. 

Nos discursos, os ministros reiteraram que o Brasil precisa de mais médicos, e precisa de uma distribuição mais “equilibrada” entre municípios. Segundo Padilha, há no país pelo menos 700 municípios que não têm sequer um médico atuando.

Dentre as propostas do projeto, três se destacam e acabam sendo pontos mais polêmicos. Confira:

Médicos estrangeiros

A proposta de parceria para “importação” de médicos estrangeiros, a mais polêmica do projeto e amplamente criticada pela comunidade médica brasileira, permanece. Entretanto, Alexandre Padilha reiterou que as 10 mil vagas criadas em periferias e regiões como Norte e Nordeste do Brasil serão prioritariamente preenchidas por brasileiros.

Para os médicos dispostos a atuar em áreas mais necessitadas, o Ministério da Saúde vai oferecer salários de R$ 10 mil mensais, além de auxílio deslocamento que pode variar de R$ 10 mil a R$ 30 mil. 

Segundo o ministro da Saúde, após a chamada por médicos brasileiros, apenas se não forem preenchidas as dez mil vagas o Ministério vai buscar profissionais estrangeiros. Esses médicos terão necessariamente de ter uma habilitação para exercício da medicina em seu país de origem, conhecimento da língua portuguesa e ser proveniente de um país com mais médicos por mil habitantes que o Brasil.

“Nós não temos preconceitos. Às vezes se tenta fazer um debate ideológico para a Saúde e a única ideologia que se tem de ter na medicina é de salvar vidas”, afirmou Padilha, em resposta às críticas ao programa.

O governo reiterou que não vai usar o Revalide, exame nacional de revalidação de diplomas de médicos estrangeiros, para testar os profissionais de fora do Brasil. De acordo com Padilha, a revalidação do diploma permitiria que esses médicos atuassem em qualquer lugar do país. Com o programa, eles terão de permanecer nos locais indicados, as regiões mais necessitadas de médicos.

No discurso, Alexandre Padilha ainda explicou que haverá um período de acolhimento desses profissionais – brasileiros ou estrangeiros – por universidades públicas, que vão acompanhar a atuação dos médicos durante todo o período em que eles atuarem no programa.

Estudantes formados terão de passar por um ciclo de dois anos no SUS

Outra novidade que vem com o projeto é a criação do que o governo chama de “segundo ciclo de graduação”. Atualmente, os médicos passam por seis anos de graduação para então seguirem residência em uma área específica.

A proposta do “Mais Médicos” é de que, após os seis anos de graduação, todo estudante formado de medicina ficaria por dois anos atuando na saúde popular do SUS. Esses graduados receberão bolsas de estudos e esse período poderá ser aproveitado como o programa de residência médica, de acordo com Mercadante. Se passar pelo Congresso, a mudança passa a valer para os estudantes que ingressarem a partir de 2015.

“Buscamos, assim, uma formação mais humanizada e voltada à realidade”, explicou o ministro.

Novos critérios para abertura de cursos

De acordo com Mercadante, ministro da Educação, o governo vai incentivar com editais a criação de novas instituições de ensino, especialmente nas regiões que mais precisam de médicos. 

Entretanto, novos critérios serão adotados pelo MEC para permitir a abertura dos cursos. Dentre eles, a exigência de que as faculdades possuam no mínimo três residências disponíveis nas áreas prioritárias de medicina, como obstetrícia e pediatria, por exemplo.