|
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Empresa alemã Siemens delata cartel em licitações dos metrôs de SP e DF
De olho da América Latina, Walmart investe em logística no Brasil
|
domingo, 14 de julho de 2013
Empresa alemã Siemens delata cartel em licitações do metrô de SP
CATIA SEABRA
JULIANA SOFIA
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
JULIANA SOFIA
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
A multinacional alemã Siemens delatou às autoridades antitruste
brasileiras a existência de um cartel --do qual fazia parte-- em
licitações para compra de equipamento ferroviário, além de construção e
manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito
Federal.
Gigante da engenharia, a empresa já foi condenada em outros países por conduta contra a livre concorrência.
A Folha apurou que o esquema delatado pela companhia envolve
subsidiárias de multinacionais como a francesa Alstom, a canadense
Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui.
Essas empresas e a Siemens são as principais candidatas a disputar o
megaprojeto federal do trem-bala que ligará Rio e São Paulo. O leilão
deve ser no mês que vem.
Combinações ilícitas entre empresas podem resultar em contratações com
preços superiores (entre 10% e 20%, segundo estimativas) aos praticados
caso elas concorressem normalmente.
No início do mês, a Superintendência-Geral do Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) realizou busca e apreensão nas sedes
das companhias delatadas. A Operação Linha Cruzada executou mandados
judiciais em São Paulo, Diadema, Hortolândia e Brasília.
Segundo as denúncias, o cartel atuou em ao menos seis licitações. Mas
ainda não se sabe ao certo o tamanho real, alcance, período em que atuou
e o prejuízo causado.
Ao entregar o esquema, a Siemens assinou um acordo de leniência, que
pode garantir à companhia e a seus executivos isenção caso o cartel seja
confirmado e condenado.
A imunidade administrativa e criminal integral é assegurada quando um
participante do esquema --antes que o governo tenha iniciado apuração--
denuncia o cartel, suspende a prática e coopera com as investigações.
No caso de condenação, o cartel está sujeito a multa que pode chegar a
20% do faturamento bruto da empresa no ano anterior à abertura de
processo pelo Cade.
No final da década de 90, houve uma troca no comando mundial da Siemens
depois de escândalos de pagamento de propina em vários países. A empresa
foi punida no exterior por formação de cartel.
A análise do material apreendido levará até três meses. Confirmados os
indícios de cartelização, o Cade abrirá processo contra as envolvidas. O
conluio, segundo a apuração, inclui outras sete empresas: TTrans,
Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan.
sábado, 13 de julho de 2013
Empreendedores buscam liberdade em micronegócios
FILIPE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao contrário do que se pode imaginar pelo título, "A Startup de $ 100" (ed. Saraiva) não fala de empreendedores que querem virar o próximo Google ou Facebook.
O autor escapa das teorias tradicionais para a construção de empresas de
internet. Sua preocupação está na conquista da liberdade, em que a
pessoa consegue viver daquilo que gosta, de preferência trabalhando de
qualquer lugar do mundo e com pouco estresse.
Após uma análise de milhares de histórias de "empreendedores não
convencionais", Chris Guillebeau conta que conseguiu encontrar 1.500
exemplos de empreendedores que satisfaziam a maior parte dos pontos que o
interessavam.
No seu radar estavam empreendedores que realizavam atividades pelas
quais são apaixonados, investiram menos de US$ 1.000 de capital inicial e
conseguiram uma renda mínima de pelo menos US$ 50 mil por ano. Também
priorizou negócios que não exigissem conhecimentos específicos.
Editoria de Arte/Folhapress |
INESPERADOS
Entre os "empreendedores inesperados", que descobriram seus negócios ao
perder um emprego, se cansar do que faziam ou simplesmente por encontrar
um novo modo de chegar ao mercado, estão os designers Jen Adrion e
Omarque Noory. A dupla iniciou um negócio de mapas customizados após
fazer um de Nova York para usar em uma viagem. Despretensiosamente,
colocaram alguns à venda na internet e fizeram sucesso.
Outra história prosaica exemplifica a visão do autor sobre o
empreendedorismo como libertação: Kelly Newsome, que passou a empreender
dando aulas de ioga na casa de executivas atarefadas. Sua renda passou a
ser de um quarto do que recebia em um escritório de advocacia, mas com
mais satisfação pessoal.
As considerações de Guillebeau são feitas em linguagem direta sem
jargões do ramo dos negócios. Em um dos seus ensinamentos, ele compara a
possibilidade de encontrar possibilidades a um restaurante em que o
chef chama os clientes para ajudar a preparar o prato na cozinha. Ao
constatar que a experiência seria desagradável (a menos que a pessoa
tivesse ido lá para cozinhar), conclui que o bom negócio não é aquele
que ensina a pescar, mas o que dá o peixe.
PASSO A PASSO
O livro também traz momentos de sistematização. Um exemplo é quando
mostra como fazer marketing gastando pouco ou aumentar a receita do
negócio a partir da cobrança recorrente (receber mensalmente por um
serviço, em vez de fazer uma única venda).
Ao falar sobre como se deve fazer um lançamento de produto, por exemplo,
o autor enumera 39 passos que ajudam a manter a expectativa antes,
controlar o que acontece durante e manter o sucesso depois.
Outra passagem memorável, pela ironia de um autor que busca sempre a
liberdade, está na descrição do modelo de franquia: "Siga rigorosamente
as instruções operacionais impostas pela empresa, sem exceções. Se o
negócio tiver sucesso, você ganhará em média US$ 47 mil anuais depois de
passar três anos apertando o cinto e trabalhando as mesmas 50 horas por
semana que passaria em um emprego formal com muito menos estresse".
O livro é francamente otimista sobre o empreendedorismo. Mesmo com
algumas ressalvas, como quando diz que nem tudo o que gostamos de fazer
corresponde a algo que as pessoas estão dispostas a nos pagar. Mesmo
assim, há um exagero em especial no "Manifesto" em prol da liberdade que
abre o livro.
Se a pesquisa foi rica em encontrar exemplos de sucesso com baixo
investimento, por outro lado pouco se detém sobre os riscos do negócio
próprio, fato relevante ao levar em conta que uma em cada quatro
empresas fecham em menos de dois anos no Brasil.
Defesa da Petrobras sobre dívida de R$ 7 bi é 'aberração', diz governo
FILIPE COUTINHO
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
Em nova ofensiva do governo contra a Petrobras, a Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, ligada ao Ministério da Fazenda, classificou de
"aberração" os argumentos da empresa para suspender uma dívida de R$ 7,3
bilhões.
O governo recorreu à Justiça para recuperar os valores referentes a
Imposto de Renda não recolhidos pela estatal entre 1999 e 2002.
A Folha teve acesso ao pedido da PGFN, que representa o governo, para
que o ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de
Justiça), reconsidere sua decisão de suspender a cobrança ou submeta o
recurso à Primeira Turma do tribunal.
O caso é duplamente explosivo para a Petrobras. Além da dívida
bilionária cobrada pelo governo, a briga na Justiça pode levar à
suspensão das principais operações da empresa.
Sem a certidão negativa de débitos, que já deixou de ser renovada pela
PGFN na briga judicial, a empresa afirma ficar impossibilitada de
importar, exportar e participar de leilões do pré-sal.
Apesar do impacto nas contas da estatal e da queda nas ações na Bolsa de Valores quando a Folha revelou o caso, em junho, o governo insiste em cobrar a dívida.
No pedido da Procuradoria da Fazenda levado ao STJ no fim de junho, o
governo diz que vai "desconstruir" argumentos "inconsistentes e
absurdos" da Petrobras.
No recurso, o governo diz também que alegar que a dívida de R$ 7 bilhões
é alta é uma "aberração do raciocínio" e que a estatal "defende uma
relação odiosa entre credores e jurisdicionados [quem recorre à
Justiça]".
A PGFN questiona ainda se a Petrobras usaria a mesma lógica para quem lhe deve.
Os procuradores da Fazenda argumentam, ainda, que a Petrobras tem que quitar o débito porque não é um "cidadão comum", mesmo com a "notória indisponibilidade de caixa" e tendo sido "obrigada a reduzir o orçamento de investimentos no pré-sal".
Os procuradores da Fazenda argumentam, ainda, que a Petrobras tem que quitar o débito porque não é um "cidadão comum", mesmo com a "notória indisponibilidade de caixa" e tendo sido "obrigada a reduzir o orçamento de investimentos no pré-sal".
A PGFN diz também que o ministro do STJ Benedito Gonçalves "ultrapassou
limites" ao alterar sua própria decisão para livrar a estatal da
exigência de certidão negativa de débito.
IMPACTO
Quando o caso ainda tramitava no Tribunal Regional Federal da 2ª Região,
o Ministério Público classificou a dívida de "estratosférica" e afirmou
que o pagamento poderia quebrar a empresa.
As ações da estatal caíram quase 4% quando o caso foi revelado pela Folha.
O ministro reverteu sua decisão em 24 horas.
Primeiro, manteve a suspensão do certificado de débito e derrubou
temporariamente a exigência do pagamento, garantindo à empresa o
certificado para operar.
Na segunda decisão, destacou a situação "dramática" da empresa e alegou
que a suspensão do certificado seria "potencialmente danosa".
A dívida que motivou o cancelamento da certidão da Petrobras está
relacionada ao não recolhimento de IR sobre remessas para o exterior em
pagamento de plataformas petrolíferas móveis, entre 1999 e 2002.
A empresa foi autuada em 2003 e, desde então, questiona na Justiça a cobrança da dívida.
Novos blocos comerciais enfraquecem o Mercosul?
DE SÃO PAULO
Apesar de dominada pela polêmica gerada pela revelação do esquema de
espionagem dos Estados Unidos, a reunião da cúpula do Mercosul encerrada
ontem tem uma questão de fundo que vem se acentuando nos últimos anos.
Novos acordos comerciais como a Aliança do Pacífico, que reúne Chile,
Colômbia, Peru e México, são apontados como sinal da perda de
importância do bloco.
Para o alto representante geral do Mercosul, Ivan Ramalho, não passa de falsa rivalidade.
"O fator relevante de aproximação está no fato de que os integrantes da
Aliança já são países associados do Mercosul, participando das reuniões
semestrais do bloco", diz. "Esses países registram com o Mercosul um
comércio anual de US$ 20 bilhões, exatamente o mesmo nível que alcançam
em seu próprio comércio intrabloco."
Para o economista Roberto Luis Troster, "em dois anos, os países da Aliança construíram mais do que o Mercosul em 20".
"Novos acordos estão acontecendo em todo o planeta. São ferramentas
potentes para crescer. O mais importante é a intenção de um
livre-comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos, que pode
mudar a economia mundial. Em todos os blocos, quanto maior e mais
integrado, melhor. Urge reagir", avalia Troster.
Novos blocos comerciais enfraquecem o Mercosul?
Presidente eleito do Paraguai rejeita volta ao Mercosul
O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes,
rejeitou nesta sexta-feira reintegrar seu país ao Mercosul, após
manifestar que a entrada da Venezuela no bloco e a entrega da
presidência rotativa ao presidente Nicolás Maduro não se ajustam aos
tratados internacionais firmados pelos sócios fundadores.
"As características jurídicas da entrada da Venezuela
como membro pleno do Mercosul, em julho de 2012, não respeitaram as
normas legais", afirmou Cartes em um comunicado divulgado após a cúpula
do Mercosul em Montevidéu, onde ficou decidido o retorno do Paraguai ao
bloco, com a anulação da medida imposta a Assunção após o impeachment
relâmpago do presidente Fernando Lugo.
Segundo Cartes, "o mero transcurso do tempo ou decisões
políticas posteriores não restabelecem, por si só, o império do direito.
O direito internacional e nacional deve ser reconhecido, respeitado e
cumprido tal como foi estabelecido".
Ao ser suspenso do Mercosul, o Congresso do Paraguai
ainda não havia aprovado a entrada da Venezuela no bloco, e resistia à
medida por razões políticas.
O presidente eleito, que assumirá no dia 15 de agosto,
ressaltou que 'um fato fundamental da política internacional é a
vigência do direito internacional. A política não é força e nem
arbítrio, e também não legitima qualquer fato ou procedimento que ignore
o direito'.
Assinar:
Postagens (Atom)