quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Ações sobre Belo Monte causam divergências no TRF


Por André Borges | Valor
Marizilda Cruppe/Greenpeace

BRASÍLIA  -  As ações contra o processo de licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte podem não ter surtido efeito prático sobre o andamento das obras da usina, em construção no rio Xingu, no Pará, mas serviram para causar um embate jurídico dentro do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília.

As divergências surgiram a partir da decisão do presidente do TRF de Brasília, desembargador Mário Cesar Ribeiro, que ontem acatou o pleito da Advocacia-Geral da União (AGU), derrubando a liminar que impedia a continuidade d as obras da usina.

Em entrevista ao Valor, o autor da liminar que pedia a paralisação de Belo Monte, desembargador Antonio Souza Prudente, questionou a competência do presidente do TRF para acatar o pedido da AGU. “A minha decisão só poderia ser cassada pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente do TRF não tinha essa competência. Houve usurpação de competência”, disse Prudente.

O processo que trata da paralisação das obras começou a tramitar em 2011, quando a 9ª Vara da Seção Judiciária do Pará concedeu liminar requerida pelo Ministério Público Federal (MPF) para suspender a eficácia da licenç a ambiental e de instalação da usina. Na ocasião, a Justiça do Pará determinou ainda que o BNDES não poderia transferir recursos ao consórcio responsável pelas obras. 

À época, a AGU recorreu contra aquela decisão ao TRF de Brasília. Os procuradores federais alegaram que não seria possível suspender as obras de Belo Monte com a argumentação de que as condições de licenciamento não foram atendidas, pois o próprio Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou que não houve irregularidade. A decisão contra as obras foi cassada e o processo na Justiça do Pará foi extinto, mas sem o julgamento do mérito, após a licença de instalação ter sido substituída.

Por conta disso, o MPF recorreu novamente. Então, no último dia 25, obteve decisão do desembargador Antonio Souza Prudente para suspender as obras. Diante dessa nova decisão, a AGU entrou com novo recurso ao presidente do TRF, alegando que somente a Corte Especial daquele tribunal poderia modificar um entendimento anterior do próprio trib unal favorável às obras. O presidente do TRF, Cesar Ribeiro, concordou com a AGU e validou a continuidade da construção. Sob alegação de que “a decisão monocrática não tem o condão de, sob pena de usurpação de competência, afastar os efeitos da suspensão de liminar, que permanece hígida e intangível", destacou o desembargador, segundo nota da AGU.

O desembargador Antonio Souza Prudente reagiu. “O que fizeram foi ressuscitar um cadáver, baseando-se em uma ação que já perdeu o objeto. Esse é o verdadeiro retrato jurídico, tanto que a minha decisão não foi cassada. O que fizeram foi uma suspensão de segurança sobre uma decisão que não existe mais”, disse. 
Daqui a 20 dias, diz Prudente, o processo a respeito do licenciamento de Belo Monte será submetido à votação da 5ª turma do TRF, que irá deliberar sobre o assunto.  

A hidrelétrica já acumula um total de cinco meses de paralisações parciais ou totais de seus cantei ros de obra. Passados pouco mais de dois anos do início de sua construção, Belo Monte chegou ao seu pico de obra, com mais de 30% de execução. O início de operações da usina está previsto para fevereiro de 2015. 

Lucro do Magazine Luiza sobe dez vezes no 3º trimestre


Por Marina Falcão | Valor
 
 
SÃO PAULO  -  A rede de varejo Magazine Luiza reportou lucro líquido de R$ 25,4 milhões no terceiro trimestre. O ganho é mais de dez vezes superior ao obtido pela companhia no mesmo período do ano passado. A receita líquida da varejista no período avançou 18,8% na comparação anual, impulsionada por um avanço de 17% nas vendas ‘mesmas lojas’.

Divulgação

O Ebitda subiu 64,9%, para R$ 122, 3 milhões, em ritmo superior ao aumento da receita, resultando em ganhos de margem. 

Segundo o Magazine Luiza, o crescimento expressivo do Ebitda aconteceu devido ao avanço das vendas, à racionalização de despesas e ao aumento da equivalência patrimonial derivado da melhoria do resultado líquido da Luizacred.

A empresa registrou uma despesa financeira líquida de R$ 65,4 milhões no trimestre, alta de 28,23% em relação a um ano antes. 

Em seu relatório de desempenho, o Magazine Luiza ressaltou que este foi o melhor trimestre para a companhia no ano. A empresa ressaltou que houve aumento expressivos de vendas em todos os canais, alta de produtividade das lojas e manutenção da margem bruta.

A companhia afirmou que continua confiante no crescimento das vendas no quarto trimestre, quando espera  ganhos de racionalização de custos e despesas ainda mais significativos. 
(Marina Falcão | Valor)

Embraer nega que seus funcionários tenham entrado em greve


Operários teriam sido impedidos de chegar à fábrica por representantes de sindicato

Divulgação
linha de montagem de jatos da embraer

Linha de montagem da Embraer: companhia promoveu conferência sobre resultados hoje

São Paulo - A Embraer negou que seus funcionários tenham entrado em greve nessa quinta. Em teleconferência no começo da tarde de hoje, executivos da fabricante de aviões relataram que representantes de sindicatos teriam bloqueados os acessos à fábrica da empresa em São José dos Campos (SP). "É uma situação bastante embaraçosa", afirmou o vice-presidente José Antonio Filipo.

De acordo com a Reuters, a terceira paralisação de funcionários em menos de um mês na Embraer teria como objetivo obter uma melhor proposta de reajuste salarial da empresa. Ao todo, 7 mil trabalhadores da companhia já teriam cruzarado os braços pela causa.

Além da greve, os resultados da Embraer no último trimestre também foram assuntos da teleconferência. Representantes da empresa admitiram que o desempenho da firma ficou abaixo do esperado - mas apostam num quarto trimestre de recuperação.

 

Embraer tem melhor carteira de pedidos desde 2009

Com 1.362 encomendas, companhia de aviação arrecadou cerca de 17,8 bilhões de dólares no terceiro trimestre

Bons pedidos
Germano Lüders/EXAME.com

Herchcovitch assina linha de perfumes e acessórios para casa


Estilista renova parceria de licenciamentos com a varejista Zelo, que já dura dez anos

Divulgação
Linha de perfumes Herchcovitch e Zelo

Linha de perfumes Herchcovitch e Zelo: fragrâncias cítricas e com toque de menta

São Paulo - No que entende o estilista Alexandre Herchcovitch, investir em acessórios e decoração da casa tem a mesma importância que investir em si mesmo e em roupas. “A casa e o corpo dizem o que você é”, define o paulistano.

É dele a assinatura da linha exclusiva de perfumes para o lar da Zelo, varejista de cama, mesa e banho. Desde 2003, Herchcovitch também cria edredons e roupas de cama para a rede, estampados com o universo de referências que consagrou o estilista, como o símbolo punk da caveira.

Responsável pela busca das fragrâncias para o lançamento, anunciado na mesma semana da São Paulo Fashion Week, o estilista conta que sua ideia de lar confortável passa pelo cheiro, e os sentimentos de limpeza e frescor. “Chegar em casa e ter a sensação de que ela está renovada para te receber é muito valioso”, afirma.

Após uma década de parceria com a Zelo, Herchcovitch, que também tem seu nome em óculos para a Chilli Beans e canecas para a Tok & Stok, vê na união uma chance de tornar suas criações mais populares. “A parceria é um sucesso pois leva o design a mais pessoas e contribui para as casas terem mais personalidade”, resume.

"Esta é uma das parcerias entre um estilista e uma rede de varejo que mais deu certo na história de licenciamentos do Brasil", comemora Mauro Razuk, diretor da Zelo. No primeiro mês, a sociedade vendeu 3.500 itens entre jogos de cama, edredons e toalhas, e hoje a média é de 72 mil itens por mês - cerca de 10% do faturamento, segundo a empresa. As mais de 60 lojas da rede ganharam ainda uma área permanente de exposição dedicada às peças do estilista.

A linha de aromas e ambientação inclui sachês, difusores e velas, com fragrâncias cítricas e notas de angélica e menta, escolhidas pelo fashionista.

Leilão de linha do Metrô SP tem participante único


Potenciais interessados tiveram dez minutos para entregar a proposta, entre às 14h e as 14h10, deste quinta-feira, 31

São Paulo, do
Mauricio Simonetti/EXAME.com
Metrô de São Paulo

Metrô de São Paulo: projeto, orçado em R$ 7,8 bilhões, dos quais 50% deverão ser feitos pelo Estado, prevê construção de linha de 15,3 quilômetros de extensão

Luciana Collet - O consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e o fundo de investimentos Eco Realty foi o único a apresentar proposta pela concessão para a construção, operação e manutenção da linha 6 - Laranja - do Metrô de São Paulo, no modelo de Parceria Público-Privada.

Potenciais interessados tiveram dez minutos para entregar a proposta, entre às 14h e as 14h10, deste quinta-feira, 31. A comissão de licitação ainda analisa a garantia da proposta para dar prosseguimento ao processo de leilão. Ainda hoje deverá ser aberta a proposta comercial.

O projeto, orçado em R$ 7,8 bilhões, dos quais 50% deverão ser feitos pelo Estado, prevê a construção de uma linha de 15,3 quilômetros de extensão que ligará a zona Norte ao centro de São Paulo, no trecho entre Brasilândia e São Joaquim, abrangendo 15 estações enterradas.

A expectativa é de que passem pela linha 634 mil passageiros diariamente, com estimativa de crescimento médio anual de 1,5% durante o período de concessão, de 25 anos. As obras de construção devem levar seis anos. Está prevista a possibilidade de ampliação da linha de Brasilândia a Bandeirantes, com cinco estações adicionais, o que depende de autorização por parte do governo.

Esta é a segunda vez que o governo de São Paulo tenta leiloar o projeto. Na primeira tentativa, em 30 de julho, não houve interessados. O governo modificou algumas condições do edital que foram alvo de críticas dos investidores.

Facebook pisa no freio quanto ao número de anúncios no feed


A empresa está com receio de que o número excessivo de propagandas reduza o acesso de adolescentes ao site

Brian Womack, da
Frydolin / Wikimedia Commons
Celular conectado ao Facebook
Celular conectado ao Facebook: as vendas com publicidade em celular somaram 49% do total de receitas com anúncios no terceiro trimestre

São Francisco - A Facebook Inc. está pisando no freio em relação ao número de anúncios que aparecem com as postagens do usuário e disse que os adolescentes mais jovens não estão acessando o site tanto quanto o faziam, sugerindo que o crescimento da receita pode perder força.

As ações do serviço de rede social mais popular do mundo recuaram após comentários do diretor financeiro, David Ebersman, que disse em uma teleconferência que o número de novos anúncios no feed não subirá de forma significativa.

A ação havia subido até 18 por cento depois que o Facebook reportou vendas no terceiro trimestre que superaram as estimativas dos analistas, enquanto os anunciantes gastaram mais em promoções direcionadas a usuários de smartphones e tablets.

Embora o uso do serviço entre jovens americanos tenha sido relativamente estável durante o trimestre, houve uma queda entre adolescentes mais jovens que acessam o site diariamente, disse Ebersman.

O Facebook não havia dado, anteriormente, qualquer sinal de que os usuários estavam se desconectando por causa do número de anúncios que eles veem enquanto checam postagens, imagens e outras atualizações de seus amigos.

“É uma linha tênue”, disse Brian Wieser, analista do Pivotal Research Group em Nova York, que classifica as ações com o equivalente a “segurar”. “Eles querem controlar a experiência do usuário. Eles não querem sobrecarregar o uso do Facebook dos clientes com propaganda”.


Crescimento de usuários


“Dado o alto preço da ação, dada a alta valorização, há espaço para decepções”, disse Scott Kessler, analista da S&P Capital IQ em Nova York, que classifica o Facebook com o equivalente a “segurar”.

Brasil tem déficit primário de R$9 bi, pior para esses meses


Em 12 meses até setembro, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,58% do Produto Interno Bruto

Luciana Otoni e Anthony Boadle, da
Dado Galdieri/Bloomberg
Homem passa em frente a sede do Banco Central, em Brasília
Banco Central: déficit nominal ficou em 22,896 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 35,0% do PIB

Brasília - O setor público brasileiro registrou déficit primário de 9,048 bilhões de reais em setembro, o pior resultado para esses meses desde o início da série histórica, informou o Banco Central nesta quinta-feira.

O resultado foi muito pior que o esperado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de 100 milhões de reais. As projeções variaram de déficit de 2,6 bilhões de reais e superávit de 3 bilhões de reais.

Em 12 meses até setembro, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,58 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

O BC informou ainda que o déficit nominal -- receita menos despesas, incluindo o pagamento de juros da dívida-- ficou em 22,896 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 35,0 por cento do PIB. Nestes casos, pesquisa da Reuters mostrava projeções de saldo negativo de 20,5 bilhões de reais e dívida a 34,7 por cento.