segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

MCI Brasil compra JZ Brasil para ganhar espaço em congressos


Empresa especializada em eventos para empresas quer aproveitar aquisição para expandir operação no Brasil


Justin Sullivan/Getty Images
Médicos olham raio-x de mamas no centro de pesquisa de câncer na UCSF, em São Francisco, Califórnia - Câncer de Mama
Médicos: eventos da categoria serão um dos focos da MCI Brasil

São Paulo – A empresa de eventos corporativos MCI Brasil, uma parceria entre a Alatur JTB e a suíça MCI, anunciou, nesta segunda-feira, a aquisição da JZ Brasil, especializada em congressos para entidades de classe, principalmente médicos.

Juliano Lissoni, presidente da MCI Brasil, não divulga o valor da aquisição, mas explica que ela faz parte dos planos de expansão da empresa no Brasil.

“Pretendemos aumentar em 50% o número de clientes e de eventos até o fim do ano”, afirmou o executivo em entrevista à EXAME.com.

Segundo Lissoni, a escolha de começar pela JZ Brasil ocorreu porque o mercado de congressos voltados para médicos é o que mais movimenta as ações da MCI global. 63% de todos os seus eventos são voltados para essa área.

“A JZ vai nos ajudar a ganhar mais espaço nessa área no Brasil”, afirmou. “Além disso, somos amigos há muito tempo, apesar de concorrentes, e nossos valores são muito próximos”.


Ano de Copa


Ainda que 2014 seja um ano mais curto, por conta do carnaval tardio, da Copa do Mundo em junho e das eleições em outubro, Lissoni acredita que isso não afetará seus negócios. “O universo dos congressos tem uma lógica de longo prazo, temos eventos fechados para 2019 já”, explica.

“Além disso, trabalhamos com o mercado global, e diversas empresas internacionais estão interessadas em fazer eventos no Brasil especialmente por conta da visibilidade que a Copa e as eleições podem trazer ao país”, diz. Em 2014, a empresa planeja organizar 35 eventos, número maior que em anos anteriores.


Expansão latina


A América Latina corresponde, hoje, a 6% dos negócios da MCI global. Em cinco anos, a projeção é que a região responda por 18% da movimentação. E o Brasil terá uma grande participação nisso.

“Acreditamos que 40% dos negócios da América Latina virão do Brasil”, afirma Lissoni. “São Paulo é uma escolha natural para sede na América Latina de diversas multinacionais, que são o nosso foco”.

Para isso, outras aquisições serão feitas ao longo do ano. Ainda não ficou decidido, porém, em qual das áreas de atuação da companhia: organização, mensuração de retorno, tecnologia e captação de conteúdo – tudo voltado, claro, para eventos.

Além dos investimentos no Brasil, a MCI ainda planeja novas sedes na Colômbia e no México e, talvez, nos Estados Unidos. Ela já está presente em 28 países e planeja, até 2020, estar em 80. 

Só argentinos pagam mais impostos do que brasileiros na AL


Brasil é vice-campeão de carga tributária entre os latino-americanos, de acordo com a OCDE

Marcos Santos/USP Imagens
Dinheiro: notas de real
São Paulo - Em toda a América Latina, só os argentinos pagaram mais impostos do que os brasileiros em 2012.

Os números foram divulgados hoje pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O aumento de 2,6 pontos percentuais na carga tributária argentina em 2012 foi o que colocou o país no primeiro lugar.

O Brasil, que era líder até 2011, está atualmente mais de 10 pontos percentuais à frente do terceiro colocado, o Uruguai.

A média brasileira está mais próxima da OCDE, formada por 34 países, quase todos desenvolvidos.
Veja a comparação entre 18 países da América Latina:

País Impostos como % do PIB (1990) Impostos como % do PIB (2012)
Argentina 16,1% 37,3%
Brasil 28,2% 36,3%
Uruguai 19,6% 26,3%
Bolívia 7,2% 26,0%
Costa Rica 16,1% 21,0%
Chile 17,0% 20,8%
Equador 7,1% 20,2%
México 15,8% 19,6%
Colômbia 9,0% 19,6%
Nicarágua 14,1% (1994) 19,5%
Panamá 14,7% 18,5%
Peru 11,8% 18,1%
Paraguai 5,4% 17,6%
Honduras 16,2% 17,5%
El Salvador 10,5% 15,7%
Venezuela 18,7% 13,7%
Rep. Domin. 8,3% 13,5%
Guatemala 9,0% 12,3%
Média Am. Lat. 13,6% 20,7%
Média OCDE 32,9% 34,1% (2011)

A carga tributária brasileira não só é a segunda mais alta da América Latina como vem subindo sistematicamente.

Em 1990, estava em 28,2% do PIB. Em 2000, chegou a 30,1% do PIB e nunca mais caiu abaixo deste patamar.
Desde então, as únicas quedas foram em 2003 e 2009. Só entre 2010 e 2012, o aumento foi de 3,1 pontos percentuais.
Em países como Venezuela, a participação dos impostos no PIB caiu mais de cinco pontos percentuais em duas décadas.
Veja a evolução da carga tributária brasileira ao longo dos últimos 20 anos:

Ano Impostos como % do PIB do Brasil
 
1990 28,2%
1994 29,2%
1995 27,0%
1996 26,4%
1997 26,6%
1998 27,4%
1999 28,7%
2000 30,1%
2001 31,0%
2002 31,7%
2003 31,2%
2004 32,1%
2005 33,1%
2006 33,1%
2007 33,8%
2008 34,0%
2009 32,6%
2010 33,2%
2011 34,9%
2012 36,3%

Fusão entre Estácio e Laureate?



ALCALAY, DA ESTÁCIO: abordagem do grupo americano Laureate


O presidente do conselho de administração da empresa de ensino Estácio, Eduardo Alcalay, recebeu pouco antes do Natal um emissário do banco Morgan Stanley. O banqueiro levava uma proposta da empresa de educação americana Laureate — que quer discutir uma fusão de seus negócios na América Latina com a Estácio. A Laureate tem mais de 800 000 alunos em universidades em todo o mundo. Na América Latina, são cerca de 500 000 matriculados, que se somariam aos quase 300 000 da Estácio. 

O novo grupo ficaria próximo da líder Kroton, que depois da fusão com a Anhanguera tem cerca de 1 milhão de alunos no país e é a empresa de educação de maior valor de mercado no mundo, 10,5 bilhões de reais. As conversas ainda são preliminares. Consultada, a Laureate negou a intenção de buscar uma fusão com a Estácio. A companhia brasileira não comentou o assunto.

Empresas de orgânicos fecham 2013 com US$ 130 milhões em negócios

Por Bettina Barros | Valor
 
 
SÃO PAULO E BRASÍLIA  -  A Organics Brasil, entidade que reúne 74 empresas brasileiras exportadoras de produtos e alimentos orgânicos, fechou o ano passado com geração de US$ 130 milhões em negócios, em meio à estabilidade registrada pelo setor no ano, com  crescimento mundial em torno de 10%.

“Temos a meta quantitativa de atingir 100 empresas brasileiras no mercado internacional em 2014. Sabemos que quantidade não representa qualidade, e neste caso, vamos dar maior foco no valor agregado”, afirmou Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil. “O Brasil ainda tem a imagem de fornecedor de matéria prima. Vamos investir no ‘branding’ dos produtos, promover interesse em inovar e melhorar o nível de empreendedorismo sustentável dos produtores, cooperativas e empresas”.

Segundo Liu, a prioridade é mostrar os diferenciais dos produtos orgânicos brasileiros neste ano de Copa. “Nosso país tem este potencial de trazer ao mercado suas histórias e seus produtos, que na maioria dos casos já é orgânico por natureza. No mercado internacional vemos que os consumidores valorizam os produtos dos biomas, como o açaí na Europa e nos Estados Unidos e; mais recente; a erva mate no Japão”.

Estima-se que o mercado global dessa categoria de produtos - que não recebem tratamentos ou componentes químicos - faturou US$ 60 bilhões em 2013, com a adoção de medidas importantes para o setor, como os convênios de equivalências de certificações entre os mercados europeu e americano e, a partir de 2014, entre o Japão e os Estados Unidos. O Brasil está em negociação para um convênio de equivalência com o Mercado Comum Europeu, que potencializará os negócios em curto prazo.
(Bettina Barros | Valor)

Camex aplica medida antidumping contra louças de mesa da China


Por Valor
 
BRASÍLIA  -  A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aplicou nesta sexta-feira medida definitiva de antidumping à importação de artigos de louça de mesa produzidos na China. A decisão, que valerá por até cinco anos, foi publicada no “Diário Oficial da União”.

As alíquotas antidumping a serem aplicadas vão variar entre US$ 1,84 e US$ 5,14 por quilo do produto, dependendo da empresa exportadora.

O pedido de abertura de investigação de dumping foi protocolado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em julho de 2012 pelas empresas Oxford e Studio Tacto.

A resolução também homologa um compromisso para que as empresas chinesas se comprometam a parar de exportar ao Brasil objetos de louça de mesa com preços inferiores ao fixado pelo Executivo, de US$ 3,20 por quilo do produto.

“Em contrapartida, o governo brasileiro suspenderá a investigação para essas empresas e não aplicará direito antidumping definitivo sobre as exportações chinesas de objetos de louça para mesa, conforme definidos neste compromisso e no processo administrativo em referência, que sejam produzidos e exportados pelas empresas participantes, durante todo o período de vigência do direito antidumping definitivo”, informa o texto da decisão.
(Valor)

Fundador de O Boticário entrará em lista de bilionários da Forbes


Por Valor
 
Ivonaldo Alexandre

SÃO PAULO  -  O fundador da empresa O Boticário, Miguel Krigsner, vai entrar na lista deste ano dos maiores bilionários do mundo elaborada pela revista Forbes. Baseando-se na fatia de 80% que ele detém na companhia, a publicação avalia a fortuna de Krigsner em cerca de US$ 2,7 bilhões. Artur Grynbaum, que possui os outros 20%, teria um patrimônio de US$ 690 milhões - sempre na estimativa da revista.

O Boticário foi criado por Krigsner em 1977 como uma farmácia de manipulação no centro de Curitiba (PR) e, de lá para cá, virou uma gigante da área de cosméticos. Grynbaum assumiu o comando da empresa em 2008.

Em dezembro de 2009 foi criada a GKDS, uma holding que para negociar a compra de empresas e criar novas marcas em novas áreas. Em 2010, os sócios anunciaram a criação do Grupo Boticário, que hoje reúne outras marcas além da principal: a marca de cosméticos Eudora, a multimarcas The Beauty Box, e a rede de franquias de maquiagem Quem disse, Berenice?.

A projeção para o ano de 2013 era de um faturamento acima de R$ 8 bilhões, incluindo as vendas dos franqueados. O grupo abriu 241 lojas no ano passado, somando 3.747 pontos de todas as marcas - só a rede O Boticário tem 3.628 unidades.


Wizard


Outro brasileiro que vai fazer parte da tradicional compilação é Carlos Wizard Martins, fundador do Grupo Multi e que vendeu a empresa no ano passado para a britânica Pearson. O Multi - holding formada por dez escolas de idiomas e profissionalizantes como Wizard, Yázigi, Bit Company e Microlins -, saiu por R$ 1,95 bilhão, dos quais R$ 1,3 bilhão foram para a família Martins.

A Forbes lembra que Carlos Martins também é dono da Vale Presente, única instituição não bancária do Brasil autorizada a emitir cartões com a bandeira Mastercard, e da Akatus, uma intermediadora de pagamentos semelhante ao Paypal.

Nascido em Curitiba, Martins é o primogênito de sete filhos e o único que mora no Brasil. Seus irmãos e pais residem nos Estados Unidos há mais de 20 anos. A família mudou de país na década de 80 para que os filhos estudassem em faculdades americanas e o único que retornou ao Brasil foi Martins, que se formou em Ciência da Computação pela Universidade Brigham Young, em Utah.

TAM e Gol sobem no ranking das aéreas mais seguras


Por Tatiane Bortolozi | Valor

SÃO PAULO  -  As companhias aéreas TAM e Gol melhoraram de posição em lista sobre a segurança dos voos das 60 maiores empresas do setor de aviação do mundo, elaborada pela consultoria alemã Jacdec. As brasileiras, no entanto, seguem nas últimas dez colocações.

A TAM ficou em 56º lugar no ranking de 2013, com índice 0,890. A companhia subiu três posições em relação a um ano antes, quando ocupava a penúltima colocação. A Gol passou do 57º para o 54º lugar, na comparação anual, para o índice 0,689.

O ranking leva em conta os acidentes graves em relação à receita de cada passageiro por quilômetro em um período de 30 anos de operação. A consultoria leva em conta o número de mortes, o pior acidente, a adequação aos padrões de segurança internacional, além de utilizar um fator que eleva o efeito de acidentes recentes, mas diminui o imp acto de eventos passados.

A chilena LAN Airlines, que uniu suas operações com a brasileira TAM em junho de 2012, subiu uma posição e ficou em 39º lugar no índice, com 0,127 pontos.

A primeira colocada é a Air New Zealand, da Nova Zelândia. A finlandesa Finnair, líder no ano passado, caiu para o terceiro lugar.