A companhia aérea brasileira estaria negociando com o Airbus e a Boeing para começar a realizar voos internacionais
Chicago, Dallas e Toulouse - A Azul,
a companhia aérea brasileira criada pelo fundador da JetBlue Airways,
David Neeleman, está negociando com o Airbus Group NV, com a Boeing Co. e
com locadores sobre jatos de fuselagem larga para começar a voar para o
exterior, disseram fontes do setor.
O 787-8 Dreamliner da Boeing é um dos modelos cogitados, disseram duas
das fontes, que solicitaram o anonimato porque as negociações são
confidenciais. O atual A330-200 da Airbus e uma versão atualizada que
ainda está na mesa de projeto também fazem parte da discussão, disseram
as fontes.
A aquisição de jatos com corredores duplos seria uma mudança do foco
atual da Azul, que utiliza aviões menores em rotas domésticas. A
expansão também impulsionaria a Azul para concorrer com as duas maiores
companhias aéreas que operam no Brasil, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes
SA e o Latam Airlines Group SA, bem como com as linhas aéreas
americanas com descontos que concorrem por uma parte maior no
florescente mercado interamericano de viagens.
É possível que Neeleman “esteja fazendo isso de olho nos Jogos
Olímpicos” no Rio de Janeiro em 2016, disse Robert Mann, consultor de
aviação com sede em Port Washington, Nova York. “Como operadora de baixo
custo, eles têm grandes vantagens”.
Jacques Rocca, porta-voz da Airbus, com sede em Toulouse, França, não
quis comentar, nem Marc Birtel, da Boeing. Gianfranco Panda Beting,
diretor de comunicações e marca da Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA,
nome formal da companhia, disse que a empresa não possui “planos
concretos” por agora.
“Estamos focados no Brasil”, disse ele ontem, em entrevista por telefone. “Este é um projeto no longo prazo”.
Companhia aérea doméstica
A frota da Azul está ajustada ao mercado doméstico do Brasil, onde a
companhia aérea com descontos e sede em Barueri, São Paulo, atualmente
controla cerca de 17 por cento dos voos, após adquirir a Trip no ano
passado. Atualmente, a Azul utiliza 134 aviões, de jatos da Embraer SA
com capacidade para até 118 pessoas até aviões turboélices menores,
conforme seu site.
Os aviões Dreamliner discutidos com a Boeing incluíram modelos 787 que fazem parte da fase inicial de produção do primeiro avião comercial do mundo feito de plástico composto, disse uma fonte. Esses aviões, que são conhecidos como os “adolescentes” e são mais pesados do que os jatos montados depois, seriam vendidos com grandes descontos, disse a fonte.
A Azul também está considerando modelos de menor fuselagem, como o A321neo da Airbus e o 737 Max da Boeing, além de uma versão atualizada do E190 planejada pela Embraer, que não poderiam realizar rotas internacionais, disse uma das fontes. A empresa está examinando os aspectos econômicos de cada tipo de avião e como eles se encaixariam com o atual modelo de negócios, disse essa fonte.
Moeda desvalorizada
Os possíveis planos de expansão chegam em meio a uma desvalorização do real, que encareceu as viagens ao exterior para os brasileiros. No mês passado, a Azul adiou planos para uma venda pública de ações que teria arrecadado US$ 450 milhões, citando condições macroeconômicas desfavoráveis.
A desregulamentação das companhias aéreas na América Latina está abrindo grandes mercados como o México, a Argentina e o Chile, países onde a Azul aproveitaria uma vantagem de custos frente a concorrentes consolidados, disse Mann em entrevista por telefone.
As viagens aéreas entre os EUA e o Brasil aumentaram rapidamente graças a um tratado de Céus Abertos assinado em 2010, que deu às companhias aéreas americanas um maior acesso a aeroportos com vagas limitadas em São Paulo e no Rio de Janeiro a partir de 2011, e que eliminará todas as barreiras à concorrência das companhias aéreas entre ambos os países até o final de 2015.
Após construir uma rede que oferece 860 voos diários para 104 cidades dentro do Brasil, é natural que Neeleman passe para aviões maiores para satisfazer a crescente demanda, disse Mann.
“O próximo passo seria usar esse sustento para entrar no serviço internacional”, disse Mann.
Os aviões Dreamliner discutidos com a Boeing incluíram modelos 787 que fazem parte da fase inicial de produção do primeiro avião comercial do mundo feito de plástico composto, disse uma fonte. Esses aviões, que são conhecidos como os “adolescentes” e são mais pesados do que os jatos montados depois, seriam vendidos com grandes descontos, disse a fonte.
A Azul também está considerando modelos de menor fuselagem, como o A321neo da Airbus e o 737 Max da Boeing, além de uma versão atualizada do E190 planejada pela Embraer, que não poderiam realizar rotas internacionais, disse uma das fontes. A empresa está examinando os aspectos econômicos de cada tipo de avião e como eles se encaixariam com o atual modelo de negócios, disse essa fonte.
Moeda desvalorizada
Os possíveis planos de expansão chegam em meio a uma desvalorização do real, que encareceu as viagens ao exterior para os brasileiros. No mês passado, a Azul adiou planos para uma venda pública de ações que teria arrecadado US$ 450 milhões, citando condições macroeconômicas desfavoráveis.
A desregulamentação das companhias aéreas na América Latina está abrindo grandes mercados como o México, a Argentina e o Chile, países onde a Azul aproveitaria uma vantagem de custos frente a concorrentes consolidados, disse Mann em entrevista por telefone.
As viagens aéreas entre os EUA e o Brasil aumentaram rapidamente graças a um tratado de Céus Abertos assinado em 2010, que deu às companhias aéreas americanas um maior acesso a aeroportos com vagas limitadas em São Paulo e no Rio de Janeiro a partir de 2011, e que eliminará todas as barreiras à concorrência das companhias aéreas entre ambos os países até o final de 2015.
Após construir uma rede que oferece 860 voos diários para 104 cidades dentro do Brasil, é natural que Neeleman passe para aviões maiores para satisfazer a crescente demanda, disse Mann.
“O próximo passo seria usar esse sustento para entrar no serviço internacional”, disse Mann.