sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Boticário é cosmética que mais gera valor para públicos


Ranking foi elaborado com base em ativos como reputação, valor das marcas e relacionamento com clientes. Veja as 5 empresas mais bem colocadas do setor

Divulgação/P Boticário
Novo conceito de loja da rede O Boticário
O Boticário: companhia recebeu nota 8,23 na criação de valores para seus públicos

São Paulo - O Boticário é a empresa do setor brasileiro de cosméticos que mais gera valor para seus públicos de interação, segundo a consultoria DOM Strategy Partners. 

Em seguida na lista, aparecem Natura, P&G, Johnson & Johnson e Unilever. 
Para entrar para ranking Mais Valor Produzido (MVP), as empresas foram avaliadas em quesistos como a eficácia da estratégia, resultados, crescimento, valor das marcas, qualidade do relacionamento com clientes, governança corporativa, gestão de talentos, cultura, inovação e uso de tecnologias digitais, dentre outros. 

A consultoria identifica a capacidade de cada uma delas de criar e proteger valor para si e para seus públicos por meio da quantificação de seus resultados, reputação, competividade e riscos. A partir daí, é gerada uma nota de 0 a 10.

Veja a pontuação de cada uma das companhias do ranking:

Empresa Nota
 
Boticário 8,23
Natura 8,17
Procter & Gamble 8
Johnson & Johnson 7,98
Unilever 7,36

Ben & Jerry's vai abrir loja no Brasil


Com cerca de 300 metros quadrados, a primeira unidade estará na rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo

Reprodução/Facebook/Ben & Jerry's
Sorvete Ben %26 Jerry's, da Unilever
Ben & Jerry's: marca de sorvetes americana pertence à Unilever

São Paulo - Depois de namorar o mercado brasileiro por cinco anos, a fabricante de sorvetes americana Ben & Jerry’s, que pertence à anglo-holandesa Unilever, finalmente abrirá a primeira loja no Brasil na última semana de setembro.

Com cerca de 300 metros quadrados, a loja estará na rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo.
Estima-se que a Ben & Jerry’s fature hoje cerca de 500 milhões de dólares com a venda de sorvetes no varejo e em 600 lojas em mais de 30 países.

Parte da popularidade da empresa, além dos sabores do sorvete, é creditada à estratégia de apoiar publicamente — e de maneira barulhenta — causas como a redução da desigualdade social e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Para ministro japonês, Brasil é oportunidade de investimento


Shinzo Abe destacou que os dois países têm cooperado nas áreas de construção naval e siderurgia "com grande sucesso".

Ricardo Della Coletta e Anne Warth, do
Wilson Dias/Agência Brasil
Dilma recebe o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe
Dilma destacou acordo firmado entre BNDES e Japan Bank for International Cooperation

Brasília - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou nesta sexta-feira, 01, que o Brasil representa grandes oportunidades de investimentos japoneses nas áreas de energia, petróleo e infraestrutura.

Numa breve declaração à imprensa, Abe disse que esse cenário tem despertado o interesse de companhias japonesas.

Abe realiza hoje uma visita oficial de trabalho ao país. Ele foi recebido mais cedo pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e participará de um almoço oferecido em sua homenagem no Palácio do Itamaraty, sede do ministério das Relações Exteriores.

Ele destacou ainda que os dois países têm cooperado nas áreas de construção naval e siderurgia "com grande sucesso". 

Abe disse também que Japão e Brasil atuam juntos na defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e felicitou a elevação das relações internacionais das duas nações para o nível de parceria estratégica global.
 
 
Petrobras

A presidente Dilma Rousseff afirmou que os acordos de empréstimo e de seguro firmados entre a Petrobras, a Nippon Export and Investment Insurance (NEXI) e o banco Mizuho vão permitir a construção de novas plataformas de petróleo. Ela classificou o acordo como promissor.

A presidente disse que é bem-vindo o interesse das empresas japonesas em licitações de infraestrutura e logística no País, especialmente na ampliação dos portos e ferrovias.

Dilma afirmou que a parceria entre Brasil e Japão se estende na área espacial, nuclear e na prevenção de desastres naturais.

A presidente destacou também o acordo firmado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) para a promoção de investimentos de pequenas e médias empresas japonesas no Brasil.

Disputa será acirrada para Dilma em SP e Minas, diz Ibope


Segundo pesquisa, a presidente lidera intenções nacionais de voto, mas terá que superar rejeição de seu governo atual em busca da reeleição

REUTERS/Ueslei Marcelino 

A presidente Dilma Rousseff fala ao telefone
Dilma Rousseff: o governo atual da presidente é desaprovado por 60% dos paulistas, segundo Ibope

São Paulo – Embora a presidente Dilma Rousseff lidere as intenções nacionais de voto para reeleição no cargo, pesquisa realizada pelo Ibope revelou que a petista enfrenta uma disputa acirrada com Aécio Neves (PSDB) nos principais colégios eleitorais do país.

Em São Paulo, por exemplo, Dilma aparece com 30% das intenções de voto contra 25% de Aécio, o que faz com que esteja tecnicamente empatada com o tucano no estado com o maior número de eleitores.

A margem de erro da pesquisa realizada entre 26 e 28 de julho é de três pontos percentuais.
Em Minas Gerais, Aécio lidera com 10 pontos percentuais a mais: 41% contra 31%. Já no terceiro maior estado, o Rio de Janeiro, Dilma tem 35% das intenções contra 15% do tucano.

Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro representam juntos 41,6% do total de eleitores brasileiros.

Ainda distante dos dois primeiros colocados, Eduardo Campos (PSB) só encosta no placar da presidente em Pernambuco, onde foi governador. Campos empata tecnicamente com Dilma no estado, com 37% contra 41%.


Rejeição


O principal desafio enfrentado por Dilma Rousseff é a rejeição da população a seu mandato atual.
Ao serem questionados sobre como avaliam sua gestão, 60% dos paulistas, 54% dos cariocas e 51% dos mineiros afirmaram que desaprovam a maneira com que a presidente governa o país. 

quinta-feira, 31 de julho de 2014

EUA suspendem emissão de vistos por tempo indeterminado



SÃO PAULO - A emissão de vistos americanos em todo o mundo está suspensa. Em nota, a Embaixada Americana afirma que o Bureau de Assuntos Consulares do Departamento de Estado está enfrentando problemas técnicos com o seu sistema de passaporte e visto.

 "Estamos operando com capacidade reduzida e será assim até que os documentos atrasados sejam processados. O problema é mundial e não é de um país, ou documento de cidadania, ou categoria de visto em especial". afirma a Embaixada dos Estados Unidos em comunicado divulgado na quarta-feira (30).

Não há previsão para a retomada da emissão do visto. A Embaixada afirma que está trabalhando para corrigir o problema e que espera que o sistema volte a funcionar o mais rápido possível. A recomendação é que as pessoas que pretendiam viajar para alguma cidade americana nas próximas semanas, e que não estão com visto, que adiem a viagem.

O problema vem sendo identificado desde o dia 20 de julho, quando foi constatada uma falha na rede de transmissão de dados, que estava sendo alterada para racionalizar o sistema e torná-lo mais rápido. Apesar de não ser interrompido, algumas embaixadas ou consulados poderão diminuir o número de entrevistas ou reagendar nos próximos dias. Os serviços de emergência estão sendo mantidos.

Os problemas com a emissão de vistos devem trazer grande impactos para a economia norte-americana. No ano passado, estima-se que os visitantes internacionais gastaram US$ 180,7 bilhões. Os estudantes internacionais contribuem com US$ 24,7 bilhões para a economia dos EUA por meio de seus gastos com mensalidades e custo de vida.

Contas públicas têm pior resultado para junho e para o semestre


Por Eduardo Campos e Alex Ribeiro | Valor
EBC

BRASÍLIA  -  (Atualizada às 11h54) O setor público não financeiro registrou, em junho, déficit primário de R$ 2,1 bilhões em suas contas primárias. Foi o pior resultado para o mês na série histórica do Banco Central (BC). Em maio, o déficit tinha sido de R$ 11,046 bilhões, a pior marca para esse mês do ano. Em junho do ano passado, foi registrado superávit, de R$ 5,429 bilhões. 

Os números referem-se ao desempenho fiscal de União, Estados, municípios e empresas sob controle dos respectivos governos, excluídos bancos estatais, Petrobras e Eletrobras. O resultado não surpreende, pois, ontem, o Tesouro tinha anunciado um déficit para o governo central de R$ 1,946 bilhão. No semestre, pelos dados do Tesouro, a economia foi equivalente a 0,69% do Produto Interno Bruto (PIB), menor resultado para o período desde 1998.

Segundo o chefe do Departamento Econômico da autoridade monetária (Depec/BC), Túlio Maciel, o déficit primário de R$ 13 bilhões somando maio e junho tornam o alcance da meta de superávit de 1,9% do PIB “mais difícil”. No entanto, ponderou, isso não quer significa que não seja possível de se obter tal resultado. “O Tesouro trabalha nesse sentido”, apontando que esse é o órgão responsável pela execução orçamentária.

Medido em 12 meses, o superávit primário caiu de R$ 76,057 bilhões em maio para R$ 68,528 bilhões em junho de 2014, passando de 1,52% para 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC. É o menor resultado desde outubro de 2009, quando correspondeu a 0,97% do PIB.

No acumulado do ano, o superávit primário é de R$ 29,380 bilhões, resultado menor que os R$ 52,158 bilhões vistos nos seis primeiros meses do ano passado. Foi a pior marca para um primeiro semestre desde o começo da série histórica.

Para este ano, o governo se comprometeu em entregar um superávit primário de R$ 99 bilhões, ou 1,9% do PIB. São R$ 80,8 bilhões do governo central, ou 1,55% do PIB e outros 18,2 bilhões de Estados e municípios, o que equivale a 0,35% do PIB.

Ontem, ao apresentar os resultados do governo central, o secretário da Receita Federal, Arno Augustin, afirmou que trabalha com um cenário melhora da atividade econômica e aumento de receitas, principalmente por conta do Refis e do leilão de frequência de telefonia 4G. Com uma economia de R$ 15,370 bilhões em seis meses, o governo central tem de acumular R$ 65,43 bilhões ou superávits de R$ 10,9 bilhões por mês para entregar a sua meta do ano.

No conceito nominal de resultado fiscal, que inclui os gastos com juros, o setor público consolidado teve déficit de R$ 20,792 bilhões em junho. Em igual período do ano passado, foi registrado déficit de R$ 12,198 bilhões. A conta de juros ficou em R$ 18,691 bilhões no mês passado, contra R$ 21,397 bilhões em maio e R$ 17,627 bilhões em junho do ano passado.

Nos 12 meses terminados em junho, quando o valor líquido pago em  juros correspondeu a R$ 251 bilhões, houve déficit nominal de R$ 182,481 bilhões, o que representa 3,63% do PIB estimado pelo BC para o período. A situação piorou em relação ao período de 12 meses terminado em maio de 2014, quando o déficit foi de 3,48% do PIB.

No acumulado do ano, o pagamento de juros soma R$ 120,246 bilhões e o déficit nominal é de R$ 90,866 bilhões. Em igual período do ano passado, a conta de juros somava R$ 118,093 bilhões e o déficit nominal era de R$ 65,953 bilhões.

Por que políticos guardam dinheiro embaixo do colchão?


A razão pode ser completamente legal e justificada. Mas para especialistas em finanças, há espaço para que o motivo seja, por exemplo, ocultar doadores. Entenda

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Cama de casal
Guardar dinheiro no colchão pode ser um ato legal. Mas também pode ocultar irregularidades

São Paulo - Do ponto de vista financeiro, guardar dinheiro embaixo do colchão deixou de fazer sentido faz tempo.

Mas a declaração dos bens de candidatos nas Eleições 2014 mostra que a prática permanece viva entre os nossos políticos. Juntos, eles somam 269,7 milhões de reais em espécie, segundo o jornal O Globo.

Guardar milhares e até milhões de reais em espécie - mesmo em pleno século XXI -, vale dizer, é completamente legal. E os políticos podem ter várias justificativas para fazê-lo, sem qualquer ato irregular.
Entretanto, especialistas de finanças concordam que dinheiro em espécie pode ser também uma maneira de movimentar grandes quantias sem precisar detalhar os pormenores das transações.

Do ponto de vista tributário, o professor de finanças do Ibmec/RJ e especialista em imposto de renda, Gilberto Braga, afirma que, se o candidato quisesse burlar a lei, poderia usar o artifício para ocultar possíveis doadores de campanha.

“Manter dinheiro em casa pode ser uma estratégia para ocultar doadores que não desejam, não podem ou não querem aparecer. Tradicionalmente, esse tipo de doador depois vai pedir uma reciprocidade aos políticos ajudados nos exercícios das funções”, diz o professor do Ibmec.

A lógica é a seguinte: como os políticos têm muitos benefícios, o valor recebido mensalmente vai muito além do salário registrado no contracheque. Com auxílios-moradia, vale-alimentação, verbas para passagens aéreas, contas telefônicas, roupas, etc. não chama atenção o fato de que eles consigam guardar boa parte do salário. 

A questão é que, como eles não precisam mostrar exatamente como gastam seu dinheiro no dia a dia, e é razoável que consigam poupar o próprio salário, um político poderia gastar todo o montante sem que qualquer órgão de controle tome conhecimento.

Assim, ao receber uma doação de dinheiro em espécie, ele poderia afirmar que na verdade o valor foi reunido a partir de suas economias.

“Nós não precisamos demonstrar como nossos recursos são usados no dia a dia, quanto se gasta de supermercado, quanto se gasta de luz, quanto gastamos com supérfluos. Cada um tem um padrão de consumo e uns são mais econômicos e outros mais gastadores. Então, eles podem pegar o dinheiro da doação e passar como se fosse uma economia do próprio salário”, diz Braga.


E onde está a Receita?


Claro que a declaração de um valor em espécie alto pode chamar a atenção da Receita Federal, mas se os valores recebidos forem compatíveis com a quantia declarada, o fisco pode apenas entender que as despesas do candidato foram baixas e o dinheiro em espécie é fruto da poupança do seu salário e ganhos.
Se na verdade o recurso for proveniente de uma doação, considerando que o valor foi doado em dinheiro vivo, a tarefa de rastrear a origem dessa quantia fica muito mais complexa.

Por mais que a Receita solicite a comprovação dos extratos bancários e saques realizados para que o político chegasse ao montante mantido em casa, nada impede que o valor tenha sido de fato sacado, e em vez de ter sido colocado no cofre, por exemplo, tenha sido gasto inteiramente.

Assim, hipoteticamente, como tudo foi pago em dinheiro, dificilmente se poderia verificar se de fato o valor foi mantido embaixo do colchão, ou se foi inteiramente gasto e uma nova quantia proveniente de um doador substituiu este dinheiro.

No entanto, em alguns casos, segundo Braga, não seria preciso ir muito longe. Com um simples cruzamento de dados a Receita verificaria a incongruência.

“Alguns políticos que saíram nos jornais têm recursos em espécie muito superiores à sua capacidade de poupar. Essas situações deveriam merecer apuração mais rigorosa das autoridades competentes. Embora seja legal manter dinheiro em casa, essa não é uma prática razoável”, opina.

Para quem tem a cabeça focada em investimentos e rentabilidade, aliás, a atitude dos candidatos não faz sentido nenhum. E alegar falta de confiança no sistema bancário soa como pouco razoável.

“Essa história de ter dinheiro parado é absolutamente fora do normal e não tem explicação econômica para justificar alguém com uma quantia tão grande em espécie. Significa rasgar dinheiro”, afirma Rafael Paschoarelli, professor de finanças da USP.

Para o professor da Ibmec, a ação não deixa de causar estranheza. “Todo e qualquer político vai ter uma boa desculpa para dizer por que guarda dinheiro em casa: ou ele ganhou de herança, ou vendeu um bem, mas ainda assim é estranho não receber esse dinheiro em cheque ou mantê-lo em uma conta que possa ser rastreada”, conclui.