segunda-feira, 19 de outubro de 2015

CVM suspende crowdfunding de imóveis da Vitacon




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Moedas e casas em miniatura
Investimento: CVM suspendeu o crowdfunding após identificar irregularidades no material de divulgação
 
 
 
 
São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que regula o mercado de capitais no Brasil, suspendeu o crowdfunding do empreendimento imobiliário VN Cardoso de Melo

O projeto da construtora e incorporadora Vitacon tinha o objetivo de arrecadar recursos para a construção de um prédio residencial no bairro Vila Olímpia, em São Paulo.

A empresa havia lançado o projeto na plataforma Urbe.me, que reúne diversas iniciativas de crowdfunding. Também chamado de financiamento coletivo, o crowdfunding é um modelo que permite que pessoas ou empresas arrecadem recursos para seus projetos por meio de doações coletivas.
A CVM determinou que o crowdfunding seja suspenso por 30 dias, após detectar a utilização irregular do material de divulgação sobre o projeto.

De acordo com a entidade, a forma como o projeto foi apresentado infringe regras dispostas na Instrução CVM 400, que exige que materiais divulgados em ofertas de investimento contenham "informações verdadeiras, completas, consistentes e que não induzam o investidor a erro" e que o texto seja "escrito em linguagem simples, clara, objetiva, serena e moderada, advertindo os leitores para os riscos do investimento".

No material de divulgação do crowdfunding, a construtora Vitacon garantia que, na pior das hipóteses, o investidor que participasse do projeto receberia ao final do prazo o valor aplicado, corrigido pela remuneração da poupança; e na melhor das hipóteses, receberia a mesma rentabilidade da construtora, que segundo as expectativas da Vitacon, deveria variar entre 13,1% a 17,2% ao ano, mais a variação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

A entidade já havia dispensado o projeto da Vitacon do registro de oferta pública, o que significa que a oferta não é reconhecida como um investimento regulado pela CVM e, portanto, a entidade não garante a veracidade das informações prestadas pelo ofertante nem julga a sua qualidade ou a dos valores mobiliários ofertados.

A CVM afirma que a suspensão poderá ser revogada dentro de 30 dias se as irregularidades apontadas forem corrigidas. Caso contrário, a oferta será cancelada.

Kroton discute crédito estudantil para 2016 com bancos




REUTERS/Paulo Whitaker
Kroton
Presidente da Kroton: "Tem várias opções de financiamento, já começamos a discutir com bancos (...) não queremos canibalizar a rentabilidade", disse Abreu durante encontro com analistas e investidores
 
Da REUTERS


São Paulo - A empresa de educação Kroton está discutindo com instituições financeiras produto de financiamento estudantil para o ano que vem, disse o vice-presidente de Finanças da companhia, Frederico Abreu.

"Tem várias opções de financiamento, já começamos a discutir com bancos (...) não queremos canibalizar a rentabilidade", disse Abreu durante encontro com analistas e investidores.

Andrade Gutierrez oferece fatia da CCR no mercado




Divulgação
Andrade Gutierrez
Andrade Gutierrez: O valor de mercado da CCR é avaliado em R$ 23 bilhões. Há um ano, valia R$ 30 bilhões
Renée Pereira e Mônica Scaramuzzo, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O grupo Andrade Gutierrez, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, começou a ofertar parte de seus ativos para grupos e fundos de investimentos estrangeiros.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o conglomerado já ofereceu sua participação de 17% na concessionária CCR para pelos menos três grupos - os fundos Temasek e GIC, ambos de Cingapura, e a canadense Brookfield.

Fontes afirmam, no entanto, que ainda não há negociações firmes. A empresa detém 17% das ações da CCR, mesma fatia da Camargo Corrêa. Outro sócio é o grupo Soares Penido, com 17,22%.
Pelo acordo de acionistas da concessionária, no caso de venda de participação, os demais investidores da companhia devem ser consultados primeiro e têm preferência na compra das ações.

Ainda segundo fontes, a Andrade Gutierrez só venderia esse ativo, que é considerado atrativo no mercado e tem vários interessados, se o comprador pagar um grande prêmio pelo negócio.

O valor de mercado da CCR é avaliado em R$ 23 bilhões. Há um ano, valia R$ 30 bilhões. Além de concessões rodoviárias, como o sistema Anhanguera-Bandeirantes, a empresa administra o Aeroporto de Belo Horizonte. Em nota, a Andrade Gutierrez negou veementemente que esteja vendendo sua participação na CCR.

A reportagem apurou que Brookfield e Temasek, que já têm investimentos no País em infraestrutura, estão de olho em outros ativos de companhias envolvidas na Lava Jato. Segundo o presidente da assessoria financeira BF Capital, Renato Sucupira, em função do câmbio, empresas brasileiras têm despertado a atenção do investidor estrangeiro.

Com a desvalorização do real, os ativos ficaram, em média, 50% mais baratos em dólar. A CCR, por exemplo, custaria na moeda americana US$ 5,6 bilhões, na cotação de Sexta-feira.

"Já entre os brasileiros, a situação é mais complicada. Dos oito grandes grupos nacionais que teriam condições de entrar numa empreitada desse tamanho, dois são acionistas da empresa e os demais também estão vendendo ativos."

Segundo o executivo, hoje há muita oferta, vários investidores interessados e um ambiente adverso para fechar negócios. "Mesmo com o Brasil barato, há incertezas. Hoje, não vale a pena pagar por esse risco, mesmo que o negócio seja atrativo", disse uma fonte de um grande fundo.

Além da fatia da Andrade Gutierrez na CCR, outros grupos estão colocando à venda participações que têm em empresas.

A Camargo Corrêa, por exemplo, tenta se desfazer de sua fatia na Alpargatas, InterCement e CPFL, conforme já informou o Estado. A OAS, por sua vez, também colocou à venda sua participação na Invepar, controladora da concessionária do Aeroporto de Guarulhos.

Dificuldades


Segundo fontes, além da CCR, a Andrade Gutierrez já sinalizou interesse em se desfazer de outros ativos caso a situação piore. Com o envolvimento na Lava Jato e a prisão do presidente da holding, Otávio Azevedo, a empresa foi impedida de participar de novas licitações da Petrobras e viu suas receitas em óleo e gás caírem.

Em recente relatório, divulgado na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch demonstra preocupação com os efeitos da Lava Jato na construtora, como a maior dificuldade para obter financiamentos futuros.

Segundo o documento, outro ponto fraco do grupo é a forte concentração da carteira de projetos no setor público. Dos R$ 28,8 bilhões da carteira de projetos em 30 de junho deste ano, 82% estavam atrelados a empreendimentos públicos.

Um problema que pode afetar o caixa da empresa é a dificuldade dos governos - federal e estaduais - de manter os pagamentos em dia. Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que os desembolsos do governo federal para as empreiteiras envolvidas na Lava Jato caíram 60% neste ano.

Junta-se a isso o fato de a companhia possivelmente ser punida pelo envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras, que deve retirar alguns milhões do caixa da companhia. O grupo também é acionista da encrencada Oi, altamente endividada e que virou uma empresa de capital pulverizado.

Procuradas, CCR, Brookfield e Temasek não comentaram o assunto.O GIC não retornou os pedidos de entrevista.

China dá aprovação a acordo entre Nokia e Alcatel




Dado Ruvic/Reuters
Silhueta de um homem usando um celular contra o logo da Nokia
Nokia: com isso, acordo de 15,6 bilhões de euros para processos antitruste fica quase completo
Paul Carsten, da REUTERS
Michael Martina e Jussi Rosendahl, da REUTERS


Pequim/Helsinque - O Ministério do Comércio da China aprovou nesta segunda-feira a proposta da Nokia para adquirir a rival francesa Alcatel-Lucent com condições, quase completando o acordo de 15,6 bilhões de euros para processos antitruste.

O Ministério disse que a fabricante do equipamento de redes de telecomunicação Finnish concordou em cumprir com certos termos até 10 de dezembro, principalmente relacionados ao uso de padrões de telecomunicação sem fio e licenciamento de patentes.

Os termos foram impostos para acompanhar a regulamentação anti-monopólio da China para garantir que a competição de mercado não seja prejudicada pela aquisição, adicionou em uma declaração em seu site.
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Como parte das conversas com a China, a Nokia concordou em agosto em criar uma joint-venture, Nokia Shanghai Bell, com a estatal chinesa Huaxin.

A Nokia e a Alcatel ainda precisam de aprovação formal do governo francês, após a qual a Nokia procederá com sua oferta por todas as ações.

Espera-se que a aquisição aconteça na primeira metade de 2016.

Empresas se unem para criar gigante de esportes no Brasil




Sandra Mu/Getty Images
Pessoas correndo - corrida
Corrida: metade da receita da companhia vem de inscrições para competições
 
 
 
 
São Paulo - Cinco empresas brasileiras de eventos e mídia esportiva se fundiram neste mês e deram origem a uma holding que deve faturar 400 milhões de reais no ano – quantia 15% maior do que elas arrecadaram, juntas, em 2014. A informação é do Valor Econômico.

Trata-se das companhias Ativo.com, Esfera BR Midia, Tenis Promo, TTK Marketing Esportivo e Tribo Skate. Unidas, elas se  transformaram na Norte Marketing Esportivo.

A nova companhia já nasce com 300 eventos anuais na agenda. São competições de corrida de rua, ciclismo, natação, futebol, tênis e skate, realizadas em 28 cidades e que reúnem 1,2 milhão de atletas inscritos por ano.
Além da organização de provas, a Norte Marketing Esportivo atua também na publicação de quatro revistas, entre elas a O2, e sete portais, como Ativo.com e Oxigênio TV.

Ao Valor, o presidente do novo grupo, Felipe Ferreira Telles, disse a meta é dobrar o tamanho do negócio em cinco anos, principalmente por meio de aquisições.

A Norte já estaria estudando comprar concorrentes no Chile e México, por exemplo. A estratégia de expansão na América Latina não é nova. No ano passado, a Ativo.com adquiriu a argentina Atletas.info depois de organizar eventos de rua no país vizinho.
 
Conforme Telles revelou ao jornal, a maior parte (50%) da receita da empresa combinada vem da venda de inscrições para provas. Outros 30% são resultado de publicidade em competições e 20% das assinaturas de revistas e outras fontes.
 

EUA e UE retomam negociações sobre acordo comercial


Emmanuel Dunand/AFP
Bandeiras da União Europeia
Bandeiras da União Europeia: o governo de Barack Obama aposta no elemento de pressão para acelerar as negociações do acordo comercial TPP que acaba de assinar com 11 nações do Pacífico, mas o caminho está repleto de obstáculos
 
Da AFP
 

Estados Unidos e União Europeia reiniciaram nesta segunda-feira as negociações sobre o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, que enfrenta resistências da sociedade civil europeia e que apresenta vários pontos de divergência entre as partes.

As discussões, que se prolongarão durante uma semana em Miami (sudeste de Estados Unidos), são apenas uma etapa técnica em um longo processo iniciado em julho de 2013 e que pretende eliminar as barreiras tarifárias e não tarifárias existentes nos dois lados do Atlântico.

O governo de Barack Obama aposta no elemento de pressão para acelerar as negociações do acordo comercial TPP que acaba de assinar com 11 nações do Pacífico, mas o caminho está repleto de obstáculos.
Na Europa e nos Estados Unidos o acordo é acusado de ser uma espécie de Cavalo de Troia de uma liberalização generalizada e obscura que beneficiaria as empresas multinacionais em detrimento de normas sanitárias e ambientais.

"É muito importante para a Europa unir-se em torno do TTIP (sigla do acordo em inglês)", declarou nesta segunda-feira em Madri o secretário de Estado americano, John Kerry.

"Permita-me ressaltar: o acordo não enfraquecerá as regulamentações. Não afetará as regras sobre meio ambiente e mercado de trabalho", defendeu Kerry.

O coletivo "Stop TTIP", fortemente contrário ao tratado, reuniu nos últimos dias mais de três milhões de assinaturas contra o acordo. No dia 10 de outubro, em Berlim, uma manifestação dos adversários do TTIP contou com a presença de 100.000 a 250.000 pessoas.

O próprio governo francês exigiu maiores garantias a seus parceiros americanos para continuar nas negociações.

"É necessário que haja alterações substanciais na confiança, na reciprocidade, no acesso aos documentos", disse no começo de outubro o secretário de Estado francês para o Comércio Exterior, Matthias Fekl, que ameaçou com uma suspensão "pura e simples" das negociações em 2016.
 

Risco inútil


Um dos principais alvos dos opositores ao TTIP é o ISDS, un mecanismo de arbitragem que permitiria às multinacionais acionarem na justiça qualquer Estado que ameace seus interesses.

"Considerando a solidez dos sistemas judiciais dos Estados Unidos e da UE, (um mecanismo desse tipo) traria um risco inútil às políticas públicas dos países", diz a central sindical americana AFL-CIO.

A Comissão Europeia, que conduz as negociações do lado europeu, propôs em meados de setembro substituir este mecanismo de proteção dos investidores por um tribunal especial de solução de controvérsias integrado por magistrados.

"Até o momento, essas negociações são muito difíceis de vender na União Europeia, já que não levaram a nada concreto", admitiu no começo de agosto a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmström.

O recente escândalo que afetou o grupo alemão Volkswagen, que estourou nos EUA e chegou até a Europa, prejudicou ainda mais o estabelecimento de um clima de confiança entre os negociadores.

"Dediquei muito tempo para explicar aos americanos que na Europa temos normas ambientais mais severas e agora parece que não são tão perfeitas", lamentou Malmström.

Pelo lado europeu insiste-se, contudo, que o caso Volkswagen "não tem nada a ver" com as negociações do TTIP.

A rodada de Miami, a décima primeira desde o começo das negociações, deve abordar o tema das barreiras tarifárias antes de chegar aos pontos mais sensíveis: o acesso aos mercados públicos americanos pelas empresas europeias.

Várias leis do EUA, como a Small Business Act e Buy American Act, reservam a pequenas e médias empresas nacionais alguns mercados públicos, principalmente de estados federados.

"As compras dos estados são muito importantes para nós", disse uma fonte europeia que não quis se identificar.

"Sabemos que é um tema sensível nos Estados Unidos (...) exporemos nossos pontos de vista", acrescentou.

O governo de Obama, que busca reequilibrar uma balança comercial americana cronicamente deficitária, espera chegar a um acordo antes que a campanha presidencial e legislativa de 2016 paralise as discussões.

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton, que tem grandes chances de ser eleita a candidata democrata à presidência, já manifestou sua oposição ao TTIP, buscando atrair a ala esquerda de seu partido.

"Se pudéssemos concluir as negociações durante o governo de Obama, seria algo positivo (...), mas não vamos sacrificar o conteúdo do acordo", disse uma fonte europeia.

Fundador do Alibaba é nomeado conselheiro de David Cameron




Reuters/Lucy Nicholson
Jack Ma
Jack Ma, fundador do Alibaba: ele "irá fornecer ajuda e aconselhamento sobre como aumentar as exportações de pequenas e médias empresas do Reino Unido"
 
Da AFP


O fundador da gigante chinesa do e-commerce Alibaba, Jack Ma, foi nomeado pelo primeiro-ministro britânico David Cameron conselheiro para assuntos econômicos, indicou nesta segunda-feira Downing Street.

Este anúncio foi feito no dia da chegada ao Reino Unido do presidente chinês Xi Jinping para uma visita de Estado de quatro dias, enquanto Londres procura reforçar as suas relações econômicas com a China.

Jack Ma "irá fornecer ajuda e aconselhamento sobre como aumentar as exportações de pequenas e médias empresas do Reino Unido e, em particular, acessar o mercado chinês através de sites como o Alibaba", disse um porta-voz do primeiro-ministro.
O governo de David Cameron é alvo de críticas de organizações de defesa dos direitos humanos, que o acusam de complacência em relação ao regime chinês e anunciaram protestos durante a visita de Xi.

O grupo consultivo econômico de David Cameron conta com cerca de 20 conselheiros, incluindo os líderes das maiores empresas britânicas, como BP, Easyjet e Rolls Royce.

A participação neste grupo não é remunerada, segundo a mesma fonte.