quarta-feira, 4 de maio de 2016

Gerdau tem queda de 95% no lucro do 1o tri com vendas menores no Brasil





Por Priscila Jordão

 SÃO PAULO (Reuters) - A siderúrgica Gerdau teve queda de 94,8 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre sobre um ano antes, a 14 milhões de reais, afetada por menores volumes de vendas no Brasil, mas apoiada por resultados nos Estados Unidos, que ampliou sua participação no desempenho do grupo.
 
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de janeiro a março ficou em 930 milhões de reais, queda de 15,9 por cento na comparação anual, informou a empresa nesta quarta-feira.


As vendas de aço totais recuaram 7 por cento de janeiro a março, a 3,85 milhões de toneladas, sobre um ano antes. Contra o trimestre imediatamente anterior, houve redução de 0,9 por cento.

A receita líquida do primeiro trimestre recuou 3,5 por cento, a 10,085 bilhões de reais, sobre o mesmo período de 2015.


No Brasil, as vendas de aço retraíram 8,7 por cento devido ao menor nível de atividade da construção e da indústria, ocasionado pelas incertezas econômicas, disse a Gerdau. As exportações, contudo, subiram 72,5 por cento por conta das oportunidades no mercado internacional e o câmbio favorável.

Com este desempenho, a importância das operações do país no total de faturamento da Gerdau caiu de 32 para 27,9 por cento. Do lado Ebitda, a participação recuou de 49,1 para 30,9 por cento.

Por outro lado, as vendas da unidade América do Norte subiram 2,4 por cento, com a melhora do setor de construção não residencial. A operação ampliou sua participação no faturamento do grupo de 33,2 por cento no primeiro trimestre de 2015 para 40 por cento neste ano. Já do lado do Ebitda, o percentual passou de 21 para 38,4 por cento.

A alavancagem medida pela relação da dívida líquida em dólares sobre o Ebitda subiu para 4 vezes, ante 2,4 vezes no primeiro trimestre do ano passado e 3,6 vezes nos três meses encerrados em dezembro.

PGR pede ao STF abertura de inquérito para investigar Dilma



(Reuters) -



 A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar a presidente Dilma Rousseff por suspeita de obstrução da operação Lava Jato.

O pedido está sob sigilo no sistema do STF e será analisado pelo ministro do Supremo Teori Zavascki, relator das ações decorrentes da Lava Jato no STF, de acordo com reportagens publicadas na noite de terça-feira.

Além de Dilma, a PGR também pediu para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, por suspeita de tentarem prejudicar a operação que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras, de acordo com as reportagens.

Na solicitação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita como fatos suspeitos de tentativa de obstrução à Lava Jato a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil e a nomeação do ministro Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) por Dilma.



As acusações foram feitas pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em seu acordo de delação premiada com as autoridades da Lava Jato após ser preso em novembro do ano passado também por suspeita de tentar obstruir a Lava Jato, ao ser flagrado tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

A posse de Lula como ministro da Casa Civil foi suspensa por uma decisão liminar do ministro do STF Gilmar Mendes e provavelmente não vai se concretizar, uma vez que Dilma deve ser afastada do cargo ainda este mês pelo Senado devido à tramitação do processo de impeachment no Congresso.
As investigações contra a presidente envolvem gravações de conversas telefônicas de Dilma e Lula interceptadas no âmbito da Lava Jato em que a presidente diz ao antecessor que estava enviando o termo de posse como ministro para ser utilizado em caso de necessidade antes da cerimônia oficial no Palácio do Planalto, em março.
 
Como ministro, Lula passaria a ter foro privilegiado junto ao STF e sairia do alcance do juiz federal do Paraná Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância e que já havia autorizado o cumprimento de mandado de condução coercitiva pela Polícia Federal contra o ex-presidente como parte das investigações.
 
Após a divulgação da conversa, Dilma negou que a nomeação de Lula tivesse o objetivo de conceder foro privilegiado e disse que o termo de posse foi enviado ao ex-presidente para ser usado na cerimônia de posse caso ele não pudesse comparecer.


AGU E LULA

O advogado-geral da União (AGU), citando as informações divulgadas pela imprensa sobre o pedido de abertura de inquérito da PGR ao STF, afirmou em nota oficial na terça-feira que as denúncias feitas por Delcídio são "absolutamente levianas e mentirosas" e que o inquérito vai demonstrar que o senador falta com a verdade.

Também em nota, o Instituto Lula disse que as conversas do ex-presidente com Dilma "são a prova cabal" de que não houve ilegalidade nem obstrução à Justiça em sua nomeação para o ministério, e atacou o que chamou de "grampo ilegal" da operação Lava Jato.
Procurado pela Reuters, o Supremo Tribunal Federal disse que não podia confirmar o pedido de abertura de inquérito uma vez que o processo corre sob sigilo. A PGR também afirmou que não vai comentar o caso.

Também na terça-feira, Janot pediu a inclusão de Lula, ministros, ex-ministros, parlamentares e executivos em inquérito da Lava Jato no STF, e disse em seu pedido de investigação ao Supremo que a "organização criminosa" que atuou na Petrobras "jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse". [nL2N18100B]

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu, em Brasília, e Caroline Stauffer, em São Paulo)

Temer pode permitir controle de aéreas por estrangeiros




Sara Haj-Hassan
Avião decolando
Aviação: se Dilma for afastada por impeachment e Temer assumir o governo, vice pode abrir totalmente o mercado brasileiro para participação de estrangeiros.
 
Da REUTERS

Brasília - Um governo do vice-presidente Michel Temer poderia permitir o controle de companhias aéreas no Brasil por estrangeiros, disse um de seus assessores mais próximos à Reuters nesta quarta-feira.

Moreira Franco, principal assessor econômico de Temer, disse que apoia permitir elevar a participação estrangeira em companhias aéreas desde o tempo em que foi ministro da Secretaria de Aviação Civil, há alguns anos.
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"Hoje você tem uma legislação que limita a participação de investidores", disse Franco em entrevista por telefone. "Mas eles teriam de cumprir as regras locais."

Temer está pronto para suceder Dilma Rousseff se o Senado afastar a presidente na próxima semana, em meio ao processo de impeachment.

Empresas com mulheres no conselho têm desempenho melhor



Thinkstock
Mulheres no escritório; trabalho
Executivas: nos Estados Unidos, empresas chefiadas por mulheres deram retorno médio de 339%, enquanto empresas do S&P retornaram 122%.
 
Camila Russo, da Bloomberg


Katharina Miller participa das reuniões de acionistas de quase todas as grandes empresas espanholas e, depois que outros perguntam sobre dividendos e lucros, ela faz uma pergunta a um grupo invariavelmente dominado por homens: Por que há tão poucas mulheres no conselho?

Na reunião anual da Abertis Infraestructuras, no dia 12 de abril em Barcelona, Katharina se dirigiu aos 11 homens e às cinco mulheres que compõem o conselho da empresa e, como sempre, enfatizou que não perguntava como feminista, mas como investidora interessada em proteger seus retornos.
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“O número de mulheres em seu conselho é alarmante”, disse Katharina, com um vestido de tweed cor de ameixa que sobressaía na multidão de ternos escuros.

“As empresas onde há uma maior presença feminina obtêm resultados econômicos melhores e se expõem menos ao risco”.

Ela tem razão, especialmente em relação ao sul da Europa. Em todo o mundo, as empresas com mulheres na diretoria têm um desempenho superior àquelas dirigidas só por homens.

Na Europa, a diferença é maior em países como Itália, Portugal e Espanha, onde as mulheres sempre tiveram menos representação.

Nos lugares onde a dominação masculina nas empresas supera a média europeia, as vantagens de incluir mulheres são ainda maiores, porque as poucas que conseguem entrar no mundo corporativo sem dúvida são excepcionais, disse Julia Dawson, analista do Credit Suisse.

Quando “é mais difícil para as mulheres obter cargos de liderança, essas mulheres tendem a ser extraordinárias”, disse Julia, uma das autoras do relatório CS Gender 3000 do banco.

“Basta uma única mulher para começar a romper a dinâmica de pensamento de grupo masculino e isso pode ajudar a melhorar o desempenho”.

No sul da Europa, as empresas com mais diretoras que a média nacional tiveram um desempenho quase 55 pontos percentuais superior ao daquelas com diretoria composta exclusivamente por homens nos últimos três anos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Durante o mesmo período, o desempenho das empresas do índice Pan-European Stoxx Europe 600, cujo conselho tinha uma representação feminina superior à média do indicador foi cerca de 5 pontos percentuais melhor que o das empresas que não tinham nenhuma mulher no conselho.

 

Diversidade = desempenho


Embora não existam fundos de investimento especializados em empresas do sul da Europa com uma presença forte de mulheres na liderança, o número de investimentos baseados no gênero com o objetivo de aproveitar os benefícios resultantes de um melhor desempenho geral aumentou.

Por exemplo, o Pax Ellevate Global Women’s Index Fund, de US$ 93 milhões, subiu 3,2 por cento neste ano até o dia 29 de abril, em contraste com um avanço de 1 por cento das ações globais.

O fundo, que inclui Microsoft, Yahoo e Procter & Gamble, investe em empresas seguindo critérios como o número de mulheres em cargos executivos e nos conselhos.

“A comunidade financeira está acordando para a enorme quantidade de pesquisas e provas que mostram que investir em empresas mais responsáveis ou sustentáveis não pressupõe um custo e, muitas vezes, o desempenho é superior”, disse Julie Fox Gorte, que administra o fundo Pax.

No sul da Europa, “onde a diversidade nos conselhos é menor, as empresas com diretoras tendem a ter o melhor desempenho”.

Ironicamente, à medida que as empresas se tornarem mais igualitárias em relação ao gênero, o investimento na diversidade provavelmente enfraquecerá, disse Karen Rubin, gerente de produto da plataforma de negociação Quantopian, com sede em Boston.

Entre as 1.000 maiores empresas dos EUA, as que são dirigidas por mulheres deram um retorno médio de 339 por cento entre 2002 e 2014, em contraste com um retorno de 122 por cento do índice S&P 500, de acordo com a pesquisa de Karen.

“Se metade de CEOs fossem mulheres, essa estratégia provavelmente não seria interessante”, disse Karen. “Todos nós esperamos chegar a esse ponto, mas em geral tendemos a pensar que, em uma situação de igualdade absoluta, algumas mulheres seriam boas dirigentes e outras não, e as condições seriam mais iguais”.

Pedidos de recuperação judicial têm maior nível em 10 anos




Thinkstock
preocupação; medo; risco; empreendedor; erro; negócios; problema
Recuperação judicial: micro e pequenas empresas lideram ranking da Serasa, com 327 pedidos entre janeiro e abril deste ano.
 
Maria Regina Silva, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O alongamento da recessão econômica segue dificultando a situação financeira de muitas empresas do País.

Nos quatro primeiros meses deste ano, o porcentual de recuperações judiciais requeridas atingiu 97,6%, alcançando o maior nível para esta base de comparação desde 2006. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Falência e Recuperações.
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No primeiro quadrimestre de 2016, foram 571 ocorrências, em relação a um total de 289 apresentadas de janeiro a abril de 2015.

Só no quarto mês deste ano ante o anterior, houve elevação de 2,5% nos requerimentos de recuperação judicial, ou 162 pedidos. No confronto com abril de 2015, a alta foi de 65,3% (também com 162).

"O prolongamento e a ampliação do atual quadro recessivo da economia aliada à elevação dos custos operacionais e financeiros têm levado a recordes consecutivos dos requerimentos de recuperações judiciais", avaliam, em nota, os economistas da Serasa.

As micro e pequenas empresas lideraram o ranking de falências e recuperações judiciais com 327 pedidos, entre janeiro e abril de 2016, e também na comparação mensal (98).

Na sequência, no primeiro quadrimestre, aparecem as médias empresas com 149 ocorrências, e 40 pedidos no mês, e as grandes companhias, com 95 nos três primeiros meses do ano (24 em abril).

A Serasa ainda informa que no primeiro quadrimestre deste ano foram realizados 523 pedidos de falências no País, o que significa alta de 4,0% em relação a igual período de 2015.

Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a abril, 271 foram de micro e pequenas empresas, na comparação com 264 em igual período de 2015.

Já as médias empresas tiveram 130 ocorrências, após 110 nos primeiros três meses do ano passado, enquanto as grandes companhias computaram 122 (ante 129), conforme a Serasa.
 
Atualizada às 12h56 para apagar a frase que dizia que o total de ocorrências tinha subido 4%; o percentual se refere apenas às falências

No Brasil, bagaço da cana vira biodetergente e bandeja que substitui isopor


Os produtos foram desenvolvidos por jovens estudantes brasileiros.

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Em diversas partes do país, jovens estudantes do ensino médio à universidade vêm desenvolvendo projetos acadêmicos usando a biomassa da cana-de-açúcar como base para a criação de produtos biodegradáveis. O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, cita duas destas soluções inovadoras premiadas no exterior: um detergente de origem renovável com potencial para ajudar no combate aoAedes aegypti sem causar grandes impactos ao meio ambiente, e uma bandeja de bagaço e palha de cana que pode substituir algumas embalagens de isopor usadas por padarias e supermercados.

“É estimulante notar como a cana continua contribuindo para o futuro da ciência brasileira, motivando estes jovens pesquisadores a criarem produtos cada vez mais alinhados com a questão ambiental”, avalia o executivo.

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Biodetergente


Reconhecido na premiação “Idea to Products”, organizado pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, um projeto criado pelos alunos Paulo Franco e Guilherme Fernando Dias Perez, do campus de Lorena da Universidade de São Paulo (USP), concebeu um detergente “verde”. Com características de aplicação semelhantes a outros produtos fabricados a partir de derivados do petróleo, o biodetergente apresentou o diferencial de ser menos agressivo ao meio ambiente graças a presença do bagaço de cana em sua composição.

Segundo o professor orientador do trabalho, Silvio Silvério da Silva, a utilização deste resíduo de origem renovável, abundante em nosso país e de menor custo operacional em relação às fontes fósseis, faz com que o produto tenha um grande potencial de preço reduzido em relação aos seus concorrentes não biodegradáveis. “Além disso, sendo um produto natural produzido a partir do bagaço de cana, há diversos estudos que apontam vantagens como a biodegradabilidade e atoxicidade frente aos detergentes sintéticos, não apresentando riscos ambientais e a saúde”, explica.

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Outra vantagem, de acordo com Silva, é que ele também tem características de um larvicída biológico, podendo ser usado para combater o mosquito transmissor da Dengue, vírus Zika e febre Chikungunya. “Testamos sua eficácia no combate de larvas de Aedes, em testes in vitro, demonstrando seu potencial neste sentido”, conclui o docente. Após quatro anos de desenvolvimento, a novidade já foi patenteada e, por enquanto, segue disponível nos laboratórios da USP para mais estudos.


Bandeja


Reduzir a quantidade de isopor descartado no meio ambiente, onde o processo de decomposição do material pode durar até 300 anos. Especialmente aquelas embalagens de carne, embutidos, frutas e verduras encontradas nas prateleiras de padarias e supermercados. Motivada por este objetivo, a aluna do ensino médio Sayuri Miyamoto Magnabosco criou uma solução sustentável inovadora: bandejas a partir do bagaço da cana-de-açúcar.

“Se mantida em estoque, com boas condições de preservação, a embalagem se mantém boa para o uso por até dois anos. Quando vai para os lixões e aterros sanitários, em menos de seis meses já está decomposta. E se ficar em contato constante com a água, em quatro horas já está dissolvida”, informa a jovem de 16 anos.

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Apoiada pelo programa Iniciação Científica do Colégio Bom Jesus, em Curitiba, a estudante criou o produto a partir de um processo de fabricação relativamente simples, em que utilizou biomassa de cana, temperos naturais e uma cola caseira feita de água e farinha. A ideia lhe rendeu medalhas na feira de ciências da Usina Itaipu, o terceiro lugar na Olimpíadas dos Gênios, em Nova York, e o título “Jovens Inventores” do programa Caldeirão do Huck.

De acordo com Sayuri, o maior desafio da sua invenção foi encontrar um modo para dar uma função antimicrobiana à bandeja, garantindo mais segurança alimentar para o consumidor. “Pesquisei nos produtos de limpeza, vi o que era utilizado, e encontrei uma substância que não teria nenhum efeito tóxico sobre o bagaço de cana”, explica, guardando segredo sobre o componente usado. “Há sempre algo que você deve melhorar e que pode ser ainda mais refinado”, complementa a menina.

Segundo o orientador da pesquisa de Sayuri e coordenador do projeto, o professor Cornélio Schwambach, no programa de Iniciação Científica do colégio Bom Jesus estão em cursos outros projetos visando a redução do uso de adubos químicos em monoculturas como a canavieira. “A cana tem um potencial fenomenal que pode ser mais investigado. Creio que o Brasil tem potencial para fazer uma revolução agrícola que considere fatores econômicos, sociais e ambientais”, explica.

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“Sempre pergunto aos meus alunos: O que te incomoda? Crie soluções simples para problemas simples. Quantos problemas simples os produtores de cana devem ter? Muitos. Isto é fazer ciência”, encerra Schwambach.

Taxas do Tesouro Direto sobem de olho em mudanças no BC




Pessimismo no exterior e notícias sobre medidas de Temer repercutem no mercado

Os títulos indexados à inflação pagam taxas de juros próximas de 6,15%, enquanto os papéis prefixados pagam por volta dos 12,55% (Marcos Santos/USP Imagens)
Os títulos indexados à inflação pagam taxas de juros próximas de 6,15%, enquanto os papéis prefixados pagam por volta dos 12,55% (Marcos Santos/USP Imagens)



SÃO PAULO - As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto avançam nesta quarta-feira (4) em relação às taxas ofertadas ontem, com os investidores repercutindo as medidas de um eventual governo de Michel Temer (PMDB), além do pessimismo vindo no mercado externo.

Se assumir a presidência, Temer deve propor ao Congresso a independência do Banco Central e incluir na missão da autoridade a tarefa de cuidar do emprego, além das atribuições atuais de manter a estabilidade da moeda e controlar a inflação, segundo o jornal Valor Econômico.

Os títulos indexados à inflação pagam taxas de juros próximas de 6,15%, enquanto os papéis prefixados pagam por volta dos 12,55%. A taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Devido à forte volatilidade nas taxas de juros dos títulos públicos nesta manhã, as operações do Tesouro Direto foram suspensas às 10h47 e voltam por volta das 11h30.

Veja abaixo as taxas dos dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta:


Título Vencimento Taxa hoje Taxa ontem
Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ 2019 (NTNB Princ) 15/05/2019 6,16% 6,12%
Tesouro IPCA+ 2024 (NTNB Princ) 15/08/2024 6,13% 6,10%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 (NTNB) 15/08/2026 6,19% 6,15%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTNB) 15/05/2035 6,17% 6,12%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTNB Princ) 15/05/2035 6,18% 6,13%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) 15/08/2050 6,14% 6,10%
Prefixados
Tesouro Prefixado 2019 (LTN) 01/01/2019 12,70% 12,56%
Tesouro Prefixado 2023 (LTN) 01/01/2023 12,75% 12,59%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2027 (NTNF) 01/01/2027 12,65% 12,50%
Indexados à Selic
Tesouro Selic 2021 (LFT) 01/03/2021 0,02% 0,02%
Fonte: Tesouro Direto


 http://www.financista.com.br/noticias/taxas-do-tesouro-direto-sobem-de-olho-em-mudancas-no-bc