segunda-feira, 16 de maio de 2016

Após discursos, mercado aguarda ações de Temer e Meirelles



 


Anúncio de presidente do BC pode ficar para amanhã; preços de commodities avançam






Valor: Henrique Meirelles adia anúncio do novo presidente do Banco Central (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Valor: Henrique Meirelles adia anúncio do novo presidente do Banco Central (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)




Apito Inicial

A notícia mais esperada desta segunda-feira (16) foi adiada. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deixou para amanhã o anúncio dos membros de sua equipe e do novo presidente do Banco Central, de acordo com o Valor Econômico.

Tarcísio Godoy foi confirmado na sexta-feira (13) como secretário-executivo e o mercado tende a ficar em compasso de espera pela confirmação de Ilan Goldfajn na presidência do BC, enquanto Carlos Hamilton, Marcos Mendes e Mansueto Almeida devem compor a equipe do novo ministro.

Enquanto isso, a missão de Meirelles de recuperar a economia já começa a enfrentar obstáculos. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Fazenda e o presidente em exercício Michel Temer recebem pressão de centrais sindicais e de empresários devido ao pacote de medidas que a equipe econômica pretende anunciar nos próximos dias.

Aliados de Temer no processo de impeachment como o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, e o deputado Paulinho da Força, da Força Sindical, são contra a volta da CPMF e a reforma da Previdência.

A ausência de planos de se candidatar em 2018 é uma vantagem, disse Temer em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo. Ele declarou que isso lhe dará, inclusive, mais liberdade para tomar medidas duras para reestruturar a economia. “Posso até ser impopular”, afirmou.

O processo de impeachment segue em andamento. A Comissão Especial volta a se reunir nesta semana, já na condição de Comissão Processante, para começar a definir os próximos passos da ação contra a presidente afastada Dilma Rousseff.

Nesta terça-feira (17), o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), e o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), se encontrarão com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e assessores jurídicos, para tomar conhecimento dos detalhes legais do procedimento.

Sem novidades no campo político e em dia de agenda fraca, os investidores tendem a olhar para o ambiente internacional.

No mercado internacional, as bolsas chinesas encerraram em alta após o regulador do mercado negar notícias da mídia de que estaria se opondo a captações de recursos e aquisições em certos setores, o que ajudou a compensar indicadores econômicos fracos.

Os preços das commodities avançam, com destaque para a alta de mais de 1% do petróleo devido aos problemas na produção na Nigéria e após avaliações positivas para seus preços.
As bolsas europeias recuam e os índices futuros norte-americanos oscilam próximo da estabilidade.

“Enquanto os investidores aguardam o anúncio da nova equipe econômica, que deve ocorrer até amanhã, os mercados domésticos tendem a continuar fracos”, afirma a LCA Consultores.


O poder e a economia


Chega? - O ministro de Minas e Energia Fernando Bezerra Filho afirmou que a conta de luz dos consumidores não suporta mais reajustes. Ele disse que esse é um posicionamento unânime em toda a pasta. O ministro também expressou sua preocupação para apresentar os balanços da Eletrobras de 2014 e 2015, para evitar o resgate de bônus de dívida antecipado, algo em torno de R$ 40 bilhões que seria arcado pelo Tesouro. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Conferindo - O governo interino de Michel Temer iniciou na última sexta-feira (13) uma revisão de todos os atos do governo da presidente afastada Dilma Rousseff adotados a partir do dia 1º de abril. Entre as ações estão a criação de áreas indígenas, desapropriação de terras e reconhecimento de comunidades quilombolas. A revisão definida pela Casa Civil observará até o dia 2 de dezembro de 2015, quando o processo de impeachment foi aberto. A informação é do jornal O Globo.

Racha - O PT está dividido sobre qual estratégia de oposição irá adotar ao governo de Michel Temer. Integrantes da sigla buscam um discurso que vá além do “golpe” contra Dilma Rousseff. O partido poderia até mesmo apoiar a proposta de antecipar as eleições presidenciais. As divergências se estendem a possíveis propostas anunciadas pelo novo governo, como a criação da CPMF. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Pode ficar pior - O governo em exercício de Michel Temer trabalha com um cenário onde o rombo nas contas públicas pode ser superior a R$ 120 bilhões, número bem acima dos R$ 96,7 bilhões que a equipe da presidente Dilma Rousseff admitia. Com isso, a revisão da meta fiscal se torna urgente e caso não seja aprovada até o próximo domingo (22), a nova gestão terá que fazer um bloqueio no Orçamento, ameaçando paralisar a gestão. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Benefício - O novo ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, disse que estuda fazer com que as agências do INSS possam atender programas sociais, como o Bolsa Família. Segundo o ministro, a medida está sendo estudada junto com o Ministério do Planejamento. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Mudanças? - O novo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que o poder do Ministério Público é grande, mas não pode ser absoluto e defendeu que a gestão do presidente em exercício Michel Temer não nomeie obrigatoriamente o mais votado da lista tríplice para a chefia da Procuradoria-Geral da República, algo que vinha sendo adotado pelos governos do PT e que era elogiado por membros do MP. Sobre a questão de política públicas pensadas para mulheres, Moraes disse que a área não sofrerá retrocessos, mesmo com a secretaria que cuida do assunto sendo incorporada ao ministério. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. 


O que acontece no mundo corporativo


Oferta - O Itaú BBA recebeu nos últimos dias propostas pela compra dos ativos da Liquigás, divisão de gás de cozinha da Petrobras. De acordo com fontes ouvidas por O Estado de S. Paulo, o ativo da estatal, avaliado em aproximadamente R$ 1,5 bilhão, tem sido alvo de diversos grupos, como Supergasbrás, Ultra e Copagaz.

Estatais - O presidente em exercício Michel Temer deve se reunir com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para chegar a um consenso sobre nomes para comandar estatais como a Petrobras e o Banco do Brasil. Segundo aliados do peemedebista, Temer e Meirelles estariam indecisos entre dois nomes que, segundo eles, “agradariam muito o mercado”: Rodolfo Landim e Jorge Camargo.

Crédito e débito - O BNDES obteve lucro líquido de R$ 1,598 bilhão no primeiro trimestre, quase estável em relação ao R$ 1,585 bilhão em igual período de 2015. A despesa do banco estatal com provisão para risco de crédito somou R$ 871 milhões no período, um salto de 122% ante mesmo trimestre do exercício anterior. 

Apagão - A estatal mineira Cemig fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,2 milhões, redução de 99,65% sobre o lucro de R$ 1,5 bilhão no mesmo período do ano passado. A receita líquida da Cemig caiu para R$ 4,5 bilhões, ante R$ 5,8 milhões um ano antes.

Passou da conta - A AES Eletropaulo projeta impacto negativo no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 320 milhões a R$ 375 milhões neste ano por sobrecontratação de energia.

Padrinhos fortes - O Itaú Unibanco e a Microsoft anunciaram uma parceria para desenvolverem empresas pré-operacionais de tecnologia no Brasil. Além de um investimento financeiro de valor não revelado no Cubo, plataforma de empreendedorismo tecnológico do banco em parceria com a Redpoint, a Microsoft vai oferecer estrutura da companhia para as startups do negócio.

Promessa - A estatal paranaense de energia Copel deverá ter resultados melhores a partir do segundo trimestre, principalmente devido a maiores ganhos nas divisões de geração e transmissão, afirmaram executivos da companhia em teleconferência com investidores.

Anulando o problema - A Equatorial Energia teve efeito negativo de R$ 13 milhões na geração de caixa do primeiro trimestre devido a sobras de energia contratada em suas distribuidoras Celpa e Cemar, mas no consolidado do ano o impacto da sobrecontratação deve ser zero ou próximo disso, afirmou o diretor financeiro da companhia, Eduardo Haiama.

Sem crise - A BR Malls teve lucro líquido de R$ 130,7 milhões no primeiro trimestre, ante prejuízo de R$ 132,7 milhões um ano antes, informou nesta sexta-feira (13) a administradora de shoppings centers.


Para comentar mais tarde


Para Moreira Franco, é preciso mudar tudo no programa de concessões. Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do recém-empossado governo de Michel Temer, quer promover uma faxina geral nas concessões públicas. Em entrevista a O Financista, ele foi contundente ao afirmar que o atual modelo de parcerias com a iniciativa privada não para em pé, afugenta investidores e levou à concentração do mercado em poucos consórcios, muitos deles liderados por empreiteiras que hoje são investigadas pela Operação Lava Jato. Veja mais na entrevista concedida a Márcio Juliboni, de O Financista.

 http://www.financista.com.br/noticias/espresso-financista-apos-discursos-mercado-aguarda-acoes-de-temer-e-meirelles


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Time for Fun compra produtora de Luiz Oscar Niemeyer





Rodrigo Garrido / Reuters
Mick Jagger, cantor do Rolling Stones, durante show da banda no Chile, dia 03/02/2016
Show do Rolling Stones: o de 2006, em Copacabana, foi feito pela Plamusic e o deste ano pela T4F
 
 
 
 
São Paulo – No meio musical, o empresário Luiz Oscar Niemeyer é tido como a pessoa que colocou o Brasil na rota dos shows internacionais.

Por meio de sua produtora, a Planmusic, ele promoveu shows históricos no país, como o dos Rolling Stones na praia de Copacabana, em 2006, as cinco turnês de Paul McCartney e o Hollywood Rock de 1988 a 1993.
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Nesta semana, porém, o produtor anunciou que não tocará mais o negócio sozinho.

Os direitos da marca Planmusic foram comprados pela maior empresa do ramo no Brasil, a Time for Fun, por um valor não divulgado. Luiz Oscar foi eleito diretor estatutário da T4F. 

Juntas, as companhias esperam manter a liderança no mercado de entretenimento ao vivo na América do Sul, um ramo que sofre bastante em tempos de crise como a que vivemos hoje.

Além da retenção do consumo, os custos em dólar têm um peso grande nas contas das empresas do setor. A concorrência e a logística do país também são entraves importantes.

Experiência, as duas têm de sobra. A Time for Fun realizou, nos últimos dois meses, as turnês de Rolling Stones, Maroon 5, Coldplay e a quinta edição do festival Lollapalooza Brasil.

“Nosso objetivo na Time for Fun é sempre trazer os conteúdos de maior relevância para o público e os patrocinadores”, afirma Fernando Alterio, presidente da empresa em comunicado.

Operação da JBS é 1ª analisada por Comitê de Aquisições





Divulgação
Lucro da JBS cresceu no quarto trimestre em relação ao ano anterior, mas foi menor que no terceiro trimestre.
Produtos da JBS: o CAF tem o objetivo de analisar operações societárias para evitar possíveis conflitos entre controladores e minoritários
São Paulo — A reestruturação societária anunciada ontem pela JBS foi a primeira analisada pelo Comitê de Aquisições e Fusões (CAF) .

Criado em agosto de 2013, e inspirado no “takeover panel“ inglês — órgão do Reino Unido encarregado de supervisionar e regular a aquisição de empresas — o CAF tem o objetivo de analisar operações societárias para evitar possíveis conflitos entre controladores e minoritários.

Por iniciativa própria, a JBS procurou o comitê, que fez uma avaliação final da proposta de reestruturação num período de 10 dias.

Após um olhar inicial da operação, conta o diretor-executivo do CAF, Walter Mendes, a sugestão dada à empresa foi a de proporcionar também aos acionistas não controladores o direito de trocar ações no Brasil pelas da JBS Foods International, em uma base pro-rata em caso de demanda excedente.

A troca é limitada para garantir que a empresa que permanecerá listada na BM&FBovespa mantenha o percentual mínimo de 25% de suas ações em circulação, conforme exigido pelo regulamento de listagem do Novo Mercado.

“Analisamos a operação e entendemos que a extensão desse direito era um ponto muito relevante, mas também com o cuidado de preservar a liquidez daqueles que quiserem continuar acionistas da empresa no Brasil”, explica Mendes.

Feita a mudança, o CAF avaliou que a operação segue as boas práticas de governança e confere tratamento igualitário aos acionistas da companhia, ressaltando que garante a eles a decisão sobre a aprovação ou não da reestruturação.

O CAF continuará acompanhando a operação até a sua conclusão. As ações da JBS reagiram em alta hoje ao anúncio da operação.

“Esperamos que o mercado e as companhias percebam que o objetivo do CAF é evitar qualquer ruído e conflito envolvendo as operações societárias no mercado de capitais. Estamos aqui para isso."

"O órgão é formado por pessoas experientes e que podem antecipar questões e evitar que elas se transformem em futuros confrontos”, afirmou Mendes.

Ele destacou, ainda, que em sua primeira análise de operação o comitê conseguiu apresentar uma resposta rápida à companhia, não afetando a agenda de divulgação pretendida pela empresa.

Hoje o CAF conta com apenas duas adesões, da aérea Azul e da BM&FBovespa, que, apesar de ter aderido ao comitê, não submeteu sua negociação com a Cetip ao CAF. Ainda que não tenha aderido ao comitê, caso da JBS, qualquer empresa pode procurá-lo. 


Déficit no orçamento é maior que R$ 96 bilhões, diz ministro




Lúcio Bernardo JR/ Câmara dos Deputados
Ricardo Barros, novo ministro da saúde, do PP
Ricardo Barros: o novo ministro, então deputado federal, relatou o orçamento de 2016 na Câmara dos Deputados


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (13) que o déficit primário no orçamento é maior que os R$ 96,7 bilhões reconhecidos pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff. 

O novo ministro, então deputado federal, relatou o orçamento de 2016 na Câmara dos Deputados.
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Segundo ele, o orçamento tem receitas superestimadas, como aquelas previstas com CPMF e que não se realizarão. A renegociação da dívida dos estados também deve impactar o orçamento deste ano.

“Além do impacto dos índices macroeconômicos, nós teremos um déficit fiscal superior aos R$ 96 bilhões como estão colocados no projeto encaminhado ao Congresso. Vamos reavaliar essa questão dos déficits”, disse Barros.

O ministro explicou que o governo tem ainda R$ 230 bilhões de restos a pagar que concorrem com o orçamento de 2016, como emendas parlamentares de 2015, que são impositivas, não foram pagas e não estavam previstas.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, disse que a intenção é aprovar logo o projeto para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com o déficit previsto de R$ 96,7 bilhões e, após, enviar emendas para aumentar esse valor.

O Tesoura Nacional deu prazo até o dia 22 de maio para que a LDO seja aprovada no Congresso, para não comprometer os pagamentos do governo.

Os ministros falaram após a primeira reunião ministerial do presidente interino Michel Temer para discutir as primeiras medidas do governo, que deverão ser anunciadas na próxima semana.

Temer assumiu ontem (12) após o afastamento de Dilma Rousseff. Ele fica no cargo por até 180 dias ou até que o Senado Federal julgue o processo de impeachment de Dilma.
Temer também já deu posse aos novos 23 ministros

Dados econômicos da era Dilma: de chorar!

Alexandre Cabral


Ontem (12/05) Dilma Rousseff foi afastada do cargo de presidente da República. A partir de agora, terá até 180 dias para se defender e, quem sabe, voltar a ser nossa presidente até o fim do ano. Mas meu objetivo aqui é falar de economia. Como foi o desempenho da era Dilma? Vou responder com números de desemprego, inflação, PIB, dívida interna e ações.

Já adianto que os números são bem ruins. Um resumo rápido: o desemprego subiu de 5,30% para 8,20%, a inflação saltou de 5,90% para 9,28%, o PIB partiu de um crescimento de 7,53% ao ano para uma retração de 3,90% ao ano, a dívida interna aumentou em mais de 70% e algumas das maiores empresas do País tiveram perda expressiva de valor de mercado, como a Vale, com queda de 63,45% no valor da ação, e a Petrobrás, com recuo de 55,85% na cotação do papel.

Vamos detalhar os temas:


Desemprego

Aqui temos 3 formas de analisar os números:
  1. Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte: IBGE
a. Final do segundo governo Fernando Henrique (2002): 10,50%.
b. Final do primeiro governo do Lula (2006): 8,40%.
c. Final do segundo governo do Lula (2010): 5,30%.
d. Final do primeiro governo Dilma (2014): 4,30%.
e. Final do segundo governo Dilma (12 de maio de 2016): 8,20% (fevereiro).

Portanto, seguindo este critério (PME/IBGE), Dilma recebeu o desemprego em 5,30%, ao assumir o primeiro mandato, em janeiro de 2011. E foi afastada do poder, em maio de 2016, com taxa de 8,20%. É a maior taxa de desemprego da era Dilma, considerando a série histórica. Um patamar mais alto que este não era visto desde maio de 2009 (8,80%). Ou seja, voltamos 6 anos e 9 meses no tempo.

  
        2 - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Fonte: IBGE

Muitos têm acompanhado nos jornais que estamos com mais de 11 milhões de desempregados. Em termos de taxa, esse número equivale a 10,90%. Alguns vão me perguntar por que não uso este estudo para comparar com os períodos FHC e Lula. A resposta é que essa pesquisa surgiu em janeiro de 2011. Assim, não há uma série histórica muito longa e os dados abrangem apenas a era Dilma. 

Dentro desse período, o comportamento do desemprego ficou assim:

a. Final do primeiro governo Dilma (2014): 6.452.000 de desempregados ou 6,50%.
b. Final do segundo governo Dilma (12 de maio de 2016): 11.089.000 de desempregados (março) ou 10,90%.

Portanto, dentro da era Dilma, a variação da quantidade de desocupados foi de 11.089.000 / 6.452.000 = 71,87%. Ou, um aumento de 4.637.000 de desempregados. É gente demais. Aqui nem sei dizer o quanto voltamos no tempo. No mínimo, 5 anos e 3 meses.

  1. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – Fonte: Ministério do Trabalho
Foi pesquisando estes números que surgiu o meu texto mais famoso, revelando que 300 pessoas perdem emprego por hora no Brasil. Esse dado foi muito lembrado por economistas e deputados durante o período de impeachment. Fui citado até na Ana Maria Braga.

O relatório do Caged mostra a evolução de empregados/desempregados com carteira assinada. Tem abrangência nacional.

Detalhe: só consigo dados de 2003 para cá. Portanto, é este período que vamos analisar.

a. Final do primeiro governo do Lula (2006): estávamos gerando 4.875 empregos por dia ou 203 por hora.
b. Final do segundo governo do Lula (2010): 10.141 empregos eram gerados por dia ou 422 por hora.
c. Final do primeiro governo Dilma (2014): 1.551 empregos eram gerados por dia ou 65 a cada hora.
d. Final do segundo governo Dilma (12 de maio de 2016): 7.353 pessoas ficam desempregadas ao dia ou 306 por hora (dados de março).

Portanto, Dilma recebeu o governo com 422 empregos sendo gerados por hora. E agora entrega o cargo a Temer com 306 pessoas perdendo o emprego a cada 60 minutos. Quanta diferença! E esse número só piora.

Assim, se analisarmos o desemprego na era Dilma, vemos que todos os números são muito ruins. 
Voltamos demais no tempo. No fim do texto, vou fazer uma análise conjunta de todos os setores que foram estudados.


Inflação

Aqui vou analisar somente um índice: IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

a. Primeiro governo Fernando Henrique (1995 – 1998): A taxa média, nos quatro anos de governo, foi de 9,71% ao ano e terminou com 1,66% no ano de 1998. Neste mandato, tivemos a maior inflação do real: 22,41%, em 1995. E também a menor: 1,66%, em 1998.
b. Segundo governo Fernando Henrique (1999 – 2002): considerando os quatro anos de governo, registrou inflação média de 8,78% ao ano. Terminou o mandato com 12,53% no ano de 2002. Muitos criticam que o governo FHC entregou o país desarrumado para o Lula, mas cabe destacar um detalhe que muitos esquecem: o real desvalorizou forte em 2002, devido à grande preocupação que o mundo tinha com o Lula. Tivemos fuga de capital naquele ano. Se puxarem pela memória, vão se lembrar que a paridade dólar/real bateu R$ 4,00 em 2002. Então aqui a inflação foi fortemente motivada pela grande incerteza da eleição presidencial: quem seria Lula no poder?
c. Primeiro governo do Lula (2003 – 2006): registrou inflação média de 6,43% ao ano, durante os quatro anos de governo. Terminou o mandato com 3,14% no ano de 2006.
d. Segundo governo do Lula (2007 – 2010): teve inflação média de 5,14% ao ano, durante os quatro anos de governo. Terminou o mandato com 5,90% no ano de 2010.
e. Primeiro governo Dilma (2011 – 2014): teve inflação média de 6,16% ao ano, durante os quatro anos de governo. Terminou o mandato com 6,40% no ano de 2014.
f. Final do segundo governo Dilma (2015 – 12 de maio de 2016): Aqui, como tenho bases diferentes, vou considerar por ano. Em 2015, a inflação foi de 10,67%. Em 2016, até abril, está em 3,24%, com expectativa de fechar o ano na casa de 7%.

Portanto, Dilma assumiu o poder em 2011 com inflação de 5,90% ao ano e agora entrega para Temer uma taxa acumulada, nos últimos 12 meses, de 9,28%

Aqui cabe destacar um detalhe, a sequência de alta da inflação na era Dilma: 5,83% ao ano em 2012, 5,91% a ano em 2013, 6,40% ao ano em 2014 e 10,67% ao ano em 2015. Descontrole total do governo, que, em 2013, resolveu segurar a inflação na canetada, com o represamento da tarifa de energia. Conta que acabamos pagando em 2015. E também devido ao aumento mais do que esperado dos preços dos alimentos, causado pela forte exportação de algumas mercadorias que produzimos, mesclado com desvalorização do real e o aumento de alguns produtos no mundo. Tempestade perfeita.


PIB – Produto Interno Bruto

Vamos ver os resultados de cada presidente.

a. Primeiro governo Fernando Henrique (1995 – 1998): taxa média de +2,54% ao ano, sendo que, em 1998, foi de +0,34% ao ano.
b. Segundo governo Fernando Henrique (1999 – 2002): taxa média de +2,32% ao ano, sendo que, em 2002, foi de +3,05% ao ano. Não esquecendo que 2002 foi um ano problemático em termos de expectativas, devido à eleição do Lula.
c. Primeiro governo do Lula (2003 – 2006): taxa média de +3,52% ao ano, sendo que, em 2006, foi de +4,64% ao ano.
d. Segundo governo do Lula (2007 – 2010): taxa média de +4,64% ao ano, sendo que, em 2010, foi de +7,53% ao ano.
e. Primeiro governo Dilma (2011 – 2014): taxa média de +2,24% ao ano, sendo que, em 2014, foi de 0,10% ao ano.
f. Segundo governo Dilma (2015 – 12 de maio de 2016): retração de -3,85% em 2015 e, em 2016, recuo de -3,90%. Resumindo: nossa economia vai recuar, em dois anos, 7,60%.
Portanto, Dilma recebeu o País com crescimento em 7,53% ao ano, ou com uma média de 4,64% ao ano nos quatro anos anteriores, e nunca mais chegou a esse patamar. Deixa agora o poder com um grande desaquecimento da economia.

Voltamos ao ano de 2010. Isso mesmo. Nossa economia voltou 6 anos no tempo. Que desespero, meu Deus! O Brasil parou na era Dilma!

Dívida interna – somente as emissões do Tesouro Nacional

a. Segundo governo Lula (2007-2010). Em dezembro de 2006, a dívida era de R$ 1,24 trilhão. No fim de 2010, valia R$ 1,70 trilhão, o que dá uma variação, no período, de R$ 457,10 bilhões. Se formos ver a evolução em percentual, deu 0,66% de evolução média mensal.
b. Primeiro governo Dilma (2011-2014). Em dezembro de 2010, a dívida era de R$ 1,70 trilhão e, no fim do primeiro mandato, valia R$ 2,30 trilhões. Isso dá uma variação de R$ 601,86 bilhões, com percentual de 0,64% ao mês.
c. Segundo governo Dilma (2015 até março de 2016): Em dezembro de 2014, a dívida era de R$ 2,30 trilhões e atualmente vale R$ 2,89 trilhões, gerando um aumento de R$ 590,80 bilhões ou crescimento médio mensal de 1,54%.

Assim, vemos que Dilma recebeu uma dívida de R$ 1,70 trilhão e agora está entregando em R$ 2,89 trilhões. Uma variação, em 5 anos e 3 meses, de 70%, ou de 0,85% ao mês. Como sobreviver com uma dívida que sobe sem parar?


Ações

Vale

a. No primeiro governo FHC, o valor da ação da Vale caiu 11,22% e, no segundo, subiu 733,94%.
b. No primeiro governo Lula, o papel subiu 287,58% e, no segundo, teve alta de 98,92%, fechando dezembro de 2010 em R$ 35,62.
c. No primeiro mandato da Dilma, a ação da Vale caiu 49,01% e, no segundo, (até 11 de maio de 2016) desvalorizou 28,30%, ficando cotada a R$ 13,02.

Ou seja, Dilma recebeu o governo com a ação da Vale em R$ 35,62 e deixou o governo com o papel negociado a R$ 13,02, com uma queda acumulada de 63,45%. Voltamos ao preço que estava sendo negociado em outubro de 2006. Em outras palavras, dez anos se passaram e a empresa continua com a mesma cotação na Bolsa. Tivemos altas e baixas no caminho, mas retrocedemos 10 anos.


Petrobras

a. No primeiro mandato de FHC, a ação da Petrobras subiu 42,93% e, no segundo, 306,08%.
b. No primeiro mandato do Lula, o papel subiu 437,78% e, no segundo, registrou alta de 26,70%, fechando dezembro de 2010 cotado a R$ 23,21.
c. No primeiro mandato da Dilma, a ação caiu 56,84%. No segundo, teve alta de 2,30%.

Logo, Dilma recebeu a ação da Petrobras valendo R$ 23,21 e deixa o governo com o papel sendo negociado  (em 11 de maio de 2016) a R$ 10,25. Uma queda de 55,85%.


Mas por que isso tudo ocorreu?

a. Em 2010 (último ano do Lula), fechamos o caixa positivo em R$ 101,60 bilhões (quer dizer, arrecadamos bem mais do que gastamos). E, no ano passado, o rombo do caixa foi de R$ 111,20 bilhões.

Por que chegamos a essa situação? Na parte da receita, com a recessão por que estamos passando, a arrecadação dos impostos caiu bastante. Menos venda, menos imposto recolhido.

Na parte dos custos, mesmo o governo sabendo que o ano seria ruim, continuou com grandes gastos em programas sociais. Infelizmente, em um momento de crise, todos têm que sentir um pouco na carne. Não dá para somente uma minoria pagar por todos.

b. Outro aspecto importante é a Previdência (INSS). O rombo em 2015 foi de R$ 85,81 bilhões.

c. Estratégia adotada para tentar manter a inflação dentro da meta. Em 2013, com medo de estourar o teto da meta de inflação, o governo, na canetada, diminuiu a conta de luz, levando a um represamento dos preços. Um dia essa fatura ia chegar e foi o que aconteceu em 2015. Tivemos uma inflação de mais de 10%. Assim, concluo que o governo fez escolhas erradas na tentativa de segurar a inflação.

d. O escândalo da Lava Jato paralisou a Petrobras e várias outras grandes empresas. Se elas não investem, diversos setores sentem.

e. Para piorar a situação, com a queda do preço internacional do petróleo, vários projetos da Petrobras foram paralisados

f. Problemas de infraestrutura. Olhe para o nosso setor de transporte de mercadorias. É muito ruim, tornando muito caro levar o produto da origem até o porto.

g. Além disso, mesmo com o real desvalorizado, as nossas exportações não sobem como deveriam. Aqui temos um problema: a grande dependência de venda para o exterior de produtos básicos, como commodities agrícolas e minerais. E a culpa é puramente nossa: a indústria brasileira ainda não é tão competitiva lá fora.

h. Questão política. Em 2014, a presidente Dilma foi eleita por uma diferença pequena de votos.

i. O menor crescimento da China. Mas, por favor, não queira jogar toda a culpa nela.

Diante de todo esse quadro, os empresários ficam com receio de investir no Brasil. Será que o governo vai manter as regras e metas? Ou será que, a qualquer momento, pode mudar, para favorecer dados econômicos? Será que vai honrar a dívida que eu assumir com o Estado? O desemprego vai continuar crescendo? E a inflação? São muitas dúvidas, que afastam o empresariado, não só brasileiro, mas do mundo todo.


Conclusão

Infelizmente o governo Dilma foi ruim demais. Várias medidas equivocadas, teimosia demais, orgulho ao extremo. Este para mim foi o principal motivo da queda: o governo se achava intocável.

Para Temer, fica um recado: você tem 6 meses para começar a demonstrar melhoras nos números ou, pelo menos, expectativa de melhora.

Só um detalhe: este texto teve como objetivo apresentar dados estatísticos. O debate sobre economia fica para outra oportunidade.

Vários vão me criticar porque não falei do dólar, do índice Ibovespa, da balança comercial e vários outros indicadores, mas são tantos temas que escreveria um livro com todos os dados.

As informações e opiniões expressas neste blog são de responsabilidade única do autor.

 http://economia.estadao.com.br/blogs/economia-a-vista/dados-economicos-da-era-dilma-de-chorar/

MINISTRO DA JUSTIÇA VAI ACABAR COM A GUERRILHA URBANA DO MST



 ALEXANDRE DE MORAES TROPA


Os movimentos “ditos” sociais, MST, CUT e outros com menos visibilidade – acostumados a infernizar a vida dos cidadão comuns nas grandes cidades e estradas brasileiras, interrompendo o trânsito e provocando enormes problemas a economia nacional acabam de ganhar seu maior inimigo, o novo Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Michel Temer “visualizou” no advogado, promotor de justiça e até a semana passada Secretário de Segurança Pública de São Paulo,  Alexandre de Moraes o “homem certo para o lugar certo”. Para o novo Ministro da Justiça, quem, sem poder, “suprime e proíbe” o direito de ir e vir do cidadão comum, queimando pneus em vias púbicas e estradas,  está “subvertendo a lei” e tem de ser tratado como criminoso. Moraes adverte que quem se comportar como bandido, terá tratamento reservado aos criminosos.

O Ministro Alexandre de Moraes é sabidamente um “homem de linha dura” e já foi criticado por movimentos sociais por autorizar o uso de força policial para cumprir reintegração de posse em locais públicos ocupados por estudantes e integrantes dos sem teto MTST na capital paulista.

Moraes, se diz admirador do Juiz Sérgio Moro. Já garantiu a disponibilização de todos os meios necessários para que a Polícia Federal continue atuando à pleno na Operação Lava Jato.


 http://cristalvox.com/ministro-da-justica-vai-acabar-com-a-guerrilha-urbana-do-mst/

Temer diz que brasileiros colaborarão para saída da crise



O presidente interino citou a necessidade de recuperar a economia


Por Agência Brasil



Em suas primeiras palavras como presidente interino da República, Michel Temer, disse que o povo brasileiro há de “prestar sua colaboração para tirar o país” da crise em que se encontra, mencionou entusiasmo dos políticos que o prestigiam e voltou a falar que é “urgente pacificar a Nação” e “unificar o Brasil”.

Após dar posse aos novos ministros de seu governo, que comporão uma equipe menor, Temer citou algumas vezes a necessidade de recuperação da economia. Segundo ele, é “urgente” fazer um governo de “salvação nacional”.

"O povo brasileiro há de prestar sua colaboração para tirar o país dessa grave crise em que nos encontramos. O diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos desafios para avançar e garantir retomada do crescimento", afirmou Temer, mencionando também a necessidade de partidos políticos e lideranças da sociedade civil participarem.

"Minha primeira palavra ao povo brasileiro é a palavra confiança. Confiança nos valores que formam o caráter de nossa gente, na vitalidade de nossa democracia, na recuperação da economia nacional nos potenciais do país, em suas instituições sociais e políticas e na capacidade de que unidos poderemos enfrentar os desafios deste momento que é de grande dificuldade", afirmou o presidente interino.

Quando Michel Temer entrou na sala em que deu posse ao novo governo, uma salva de fogos de artifício foi ouvida nos corredores do Palácio do Planalto. "Eu pretendia que esta cerimônia fosse extremamente sóbria e discreta, como convém ao momento que vivemos. Entretanto eu vejo entusiasmo dos colegas parlamentares, dos senhores governadores e tenho absoluta convicção de que este entusiasmo deriva precisamente da longa convivência que nós todos tivemos ao longo do tempo", declarou Temer.


Novo ministério
 

Como medida de economia, Temer reduziu o número de ministérios de 32 para 23. Sete ministros são do PMDB. O ministério de Temer também contempla nomes do PP, do PSDB, do PSD, do DEM, do PRB, do PTB, do PSB e do PR. Entre as mudanças estão a fusão das pastas de Comunicações com a de Ciência e Tecnologia, e a incorporação da Secretaria de Aviação Civil e da Secretaria de Portos, que tinham status de ministério, ao Ministério dos Transportes.

O Ministério de Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial foi incorporado ao Ministério da Justiça, que passou a se chamar Ministério da Justiça e Cidadania. Os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Desenvolvimento Agrário viraram o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Os ministérios da Educação e da Cultura também foram unidos em uma única pasta. A Controladoria-Geral da União passa a se chamar Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a Chefia de Gabinete, a Advocacia-Geral da União e o Banco Central perderam status de ministério. O Gabinete de Segurança Institucional passou a ser considerado um ministério do governo Temer. O advogado-geral da União será Fábio Osório Medina.

Veja a lista dos ministros do governo Temer:


- Gilberto Kassab, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
- Raul Jungmann, ministro da Defesa
- Romero Jucá, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
- Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria de Governo
- Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
- Bruno Araújo, ministro das Cidades
- Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Henrique Meirelles, ministro da Fazenda
- Mendonça Filho, ministro da Educação e Cultura
- Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil
- Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário
- Leonardo Picciani, ministro do Esporte
- Ricardo Barros, ministro da Saúde
- José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente
- Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo
- José Serra, ministro das Relações Exteriores
- Ronaldo Nogueira de Oliveira, ministro do Trabalho
- Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania
- Mauricio Quintella, ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil
- Marcos Pereira, Ministério da Indústria e Comércio e Serviços
- Fabiano Augusto Martins Silveira, ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)
– Fernando Bezerra Filho - Ministro de Minas e Energia
- Helder Barbalho - Ministro da Integração Nacional
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Temer diz que brasileiros colaborarão para saída da crise

O presidente interino citou a necessidade de recuperar a economia

Por Agência Brasil

Em suas primeiras palavras como presidente interino da República, Michel Temer, disse que o povo brasileiro há de “prestar sua colaboração para tirar o país” da crise em que se encontra, mencionou entusiasmo dos políticos que o prestigiam e voltou a falar que é “urgente pacificar a Nação” e “unificar o Brasil”.
Após dar posse aos novos ministros de seu governo, que comporão uma equipe menor, Temer citou algumas vezes a necessidade de recuperação da economia. Segundo ele, é “urgente” fazer um governo de “salvação nacional”.
"O povo brasileiro há de prestar sua colaboração para tirar o país dessa grave crise em que nos encontramos. O diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos desafios para avançar e garantir retomada do crescimento", afirmou Temer, mencionando também a necessidade de partidos políticos e lideranças da sociedade civil participarem.
"Minha primeira palavra ao povo brasileiro é a palavra confiança. Confiança nos valores que formam o caráter de nossa gente, na vitalidade de nossa democracia, na recuperação da economia nacional nos potenciais do país, em suas instituições sociais e políticas e na capacidade de que unidos poderemos enfrentar os desafios deste momento que é de grande dificuldade", afirmou o presidente interino.
Quando Michel Temer entrou na sala em que deu posse ao novo governo, uma salva de fogos de artifício foi ouvida nos corredores do Palácio do Planalto. "Eu pretendia que esta cerimônia fosse extremamente sóbria e discreta, como convém ao momento que vivemos. Entretanto eu vejo entusiasmo dos colegas parlamentares, dos senhores governadores e tenho absoluta convicção de que este entusiasmo deriva precisamente da longa convivência que nós todos tivemos ao longo do tempo", declarou Temer.
Novo ministério
Como medida de economia, Temer reduziu o número de ministérios de 32 para 23. Sete ministros são do PMDB. O ministério de Temer também contempla nomes do PP, do PSDB, do PSD, do DEM, do PRB, do PTB, do PSB e do PR. Entre as mudanças estão a fusão das pastas de Comunicações com a de Ciência e Tecnologia, e a incorporação da Secretaria de Aviação Civil e da Secretaria de Portos, que tinham status de ministério, ao Ministério dos Transportes.
O Ministério de Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial foi incorporado ao Ministério da Justiça, que passou a se chamar Ministério da Justiça e Cidadania. Os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Desenvolvimento Agrário viraram o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Os ministérios da Educação e da Cultura também foram unidos em uma única pasta. A Controladoria-Geral da União passa a se chamar Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a Chefia de Gabinete, a Advocacia-Geral da União e o Banco Central perderam status de ministério. O Gabinete de Segurança Institucional passou a ser considerado um ministério do governo Temer. O advogado-geral da União será Fábio Osório Medina.
Veja a lista dos ministros do governo Temer:
- Gilberto Kassab, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
- Raul Jungmann, ministro da Defesa
- Romero Jucá, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
- Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria de Governo
- Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
- Bruno Araújo, ministro das Cidades
- Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Henrique Meirelles, ministro da Fazenda
- Mendonça Filho, ministro da Educação e Cultura
- Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil
- Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário
- Leonardo Picciani, ministro do Esporte
- Ricardo Barros, ministro da Saúde
- José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente
- Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo
- José Serra, ministro das Relações Exteriores
- Ronaldo Nogueira de Oliveira, ministro do Trabalho
- Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania
- Mauricio Quintella, ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil
- Marcos Pereira, Ministério da Indústria e Comércio e Serviços
- Fabiano Augusto Martins Silveira, ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)
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