segunda-feira, 6 de junho de 2016

Dilma sai da lista de 100 mulheres mais poderosas do mundo






Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente Dilma Rousseff olha para o lado, dia 15/04/2016
Dilma Rousseff: revista Forbes tirou a presidente afastada do seu ranking de mulheres poderosas; no ano passado, ela estava em sétimo
 
Álvaro Campos, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A presidente afastada do Brasil, Dilma Rousseff, que no ano passado aparecia como a sétima mulher mais poderosa do mundo na lista da revista Forbes, não entrou para o ranking de 100 mulheres.

Com isso, o País não tem mais nenhuma representante entre a elite feminina mundial. A metodologia avalia fortuna, aparições na mídia, esfera de influência e impacto, entre outros itens.
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No ano passado, o texto referente a Dilma já apontava que a presidente enfrentava protestos populares que pediam sua renúncia, pouco meses após a reeleição.

"Rousseff, que na campanha prometeu aproveitar o dinheiro do petróleo e impulsionar a economia, agora enfrenta um escândalo de corrupção que envolve a estatal Petrobras", apontava a Forbes em 2015.

A exemplo de Dilma, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner também desapareceu da lista este ano, após figurar na 16ª colocação em 2015.

Assim, a única representante da América Latina é a presidente do Chile, Michelle Bachelet, que aparece no 18º lugar (da 27ª posição no ano passado).

A Forbes aponta que, apesar de ter subido na lista, ela passa por um momento difícil, com um escândalo de corrupção envolvendo seu filho e também acusações de irregularidades na sua campanha, o que a levou a pedir a renúncia de seus 23 ministros.

"Essas medidas provavelmente farão pouco para restaurar a confiança dos eleitores na sua liderança. Suas taxas de aprovação, que já estavam caindo no ano passado, despencaram para mínimas recordes", aponta a publicação.

No topo do ranking a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se mantém invencível no 1º lugar pelo sexto ano seguido. Na sequência está a ex-secretária de Estado e presidenciável norte-americana, Hillary Clinton.

Depois vem a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen; a filantropa Melinda Gates; a executiva-chefe da GM, Mary Barra; a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde; a diretora-operacional do Facebook, Sheryl Sandberg; a executiva-chefe do YouTube, Susan Wojcicki; a executiva-chefe da Hewlett-Packard, Meg Whitman; e a presidente do Santander, Ana Patricia Botín.

A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, caiu três posições e agora aparece na 13ª colocação. O mandato do seu marido, Barack Obama, termina em janeiro do próximo ano.

A Forbes aponta que nos últimos meses ela tem estado ocupada consolidando seu legado na promoção da educação, projetos artísticos e, principalmente, alimentação saudável.

Temer quer interromper ciclo de queda de ministros






Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente interino do Brasil, Michel Temer, dia 01/06/2016
Michel Temer: o pedido de investigação contra o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, preocupa Temer
 
Tânia Monteiro, do Estadão Conteúdo
Carla Araújo, do Estadão Conteúdo


Brasília - O presidente em exercício Michel Temer poderá dar uma declaração à imprensa na tarde desta segunda-feira, 6, para tratar das inúmeras questões delicadas que têm atingido seu governo, como a saída de alguns ministros por conta das denúncias da Operação Lava Jato.

A ideia de Temer é interromper o ciclo que se tornou corriqueiro desde que ele chegou ao Planalto, de que, cada denúncia ou crítica a alguém ligado a seu governo acarrete em uma baixa. A avaliação é que esse movimento estaria dando instabilidade ao governo.
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O pedido de investigação contra o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, preocupa Temer.

Segundo interlocutores, o presidente em exercício já havia avisado a todos os membros do governo que estão enfrentando problemas na Justiça que deveriam se antecipar e pedir para sair, para evitar constrangimentos ao Planalto.

Neste momento, no entanto, não há nenhuma decisão sobre saída do ministro do Turismo. A princípio, a ideia é que Alves, que é amigo pessoal de Temer, permaneça, porque, segundo avaliações, não haveria fato novo em relação às investigações que estão sendo feitas.

Além do problema com Alves, outra questão administrada pelo presidente em exercício é a do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, que foi alvo de inúmeras críticas de auxiliares diretos do presidente em relação à sua atuação.

Temer ainda vai se reunir com Osório nesta segunda para dar a cartada final, mas a ideia também é contornar as divergências para evitar mais um desgaste.

"Ele ficou deslumbrado com o cargo e agiu de forma indevida em muitos casos", comentou um interlocutor do Planalto ao lembrar que até os servidores da própria AGU já fizeram chegar à Presidência inúmeras críticas a Osório, pelas suas ações.

"Está ficando muito difícil de conviver com ele", emendou outro assessor palaciano. "A sua situação está extremamente delicada", acentuou.

No caso da secretária das Mulheres, Fátima Pelaes, cuja situação também é considerada delicada, o tema está em discussão.

O governo, no entanto, considera que, além do problema que ela tem com a justiça, há bombardeio de petistas e movimentos sociais que querem a sua saída devido à sua posição em relação ao aborto. A secretária já se manifestou contrária ao aborto até em caso de estupro.

Fátima é alvo de investigação na Justiça Federal por supostamente haver participado de um esquema de desvio de R$ 4 milhões em verbas no Ministério do Turismo, objeto da Operação Voucher, da Polícia Federal, iniciada em 2011.

Temer suspende nomeações até projeto ser aprovado na Câmara






Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente interino do Brasil, Michel Temer, dia 01/06/2016
Michel Temer: Temer disse esperar que a proposta possa ser aprovada pelos deputados entre terça e quarta-feira 

Da REUTERS


Brasília - O presidente interino Michel Temer anunciou nesta segunda-feira que o governo vai suspender todas as nomeações para estatais e fundos de pensão até que a Câmara dos Deputados aprove um projeto que já teve aval do Senado e que obriga que todos os nomeados para esses postos tenham alta qualificação técnica.

Em declaração à imprensa no Palácio do Planalto, Temer disse esperar que a proposta possa ser aprovada pelos deputados entre terça e quarta-feira desta semana. O presidente interino afirmou ainda que as nomeações devem "preferencialmente" levar em conta os quadros das próprias empresas estatais. "Penso que se nós conseguirmos aprovar esses dois projetos ainda esta semana --dos fundos de pensão e das empresas estatais-- teremos dado mais um passo na configuração daquele propósito que nós expressamos", afirmou Temer, em referência a medidas para reforço de governança.
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Temer também anunciou a edição de um decreto que será publicado na terça-feira determinando que a Força Aérea Brasileira (FAB) mantenha de forma permanente pelo menos uma aeronave para transporte de órgãos e tecidos para transplante.

A medida foi tomada após matéria do jornal O Globo revelar que entre 2013 e 2015 a FAB deixou de fornecer aviões para o transporte de 153 corações, fígados, pulmões, pâncreas, rins e ossos no país.

"Eu devo dizer que o número apontado era um número muito significativo e, portanto, preocupante", afirmou Temer, acrescentando que a nova regra também abarcará o transporte do paciente até o local do transplante, quando assim for indicado pelas equipes especializadas.


Brasil perde posições em investimento direto estrangeiro




Atualmente, o país ocupa o 12º lugar em um total de 25 países pesquisados pela consultoria A.T. Kearney 

Da Redação
redacao@amanha.com.br
Brasil perde posições em investimento direto estrangeiro

Com US$ 80 bilhões em investimento estrangeiro em 12 meses até abril, volume que cobre o déficit em conta corrente de US$ 34,1 bilhões, o Brasil ainda conta com uma situação confortável. Porém, um levantamento da consultoria A.T. Kearney revela que o país perdeu seis posições nos últimos quatro anos em investimento direto estrangeiro. Atualmente, o Brasil ocupa a 12ª posição em um total de 25 nações pesquisadas. Além do Brasil, a América Latina só é representada no ranking pelo México, ainda mais atrás, na 18ª posição. A consultoria usa como base dados da Unctad, que se baseiam na metodologia antiga do Banco Central. 

O Brasil tem perdido representatividade global justamente em um momento em que o apetite dos investidores externos por ativos tem aumentado em outros países, pois há um cenário de liquidez internacional ainda abundante. De acordo com dados da A.T. Kearney, o volume global de investimento externo alcançou US$ 1,7 trilhão no ano passado – o maior desde 2007. Neste ano, 70% das 504 empresas da pesquisa dizem que aumentarão o volume de recursos direcionados para fora de seus países. 

Um dos atrativos para investidores externos no Brasil é que os ativos ficaram relativamente baratos com a desvalorização do real. Como a tendência é de avanço do fluxo global de investimentos pelo menos até 2019, é vital que a situação econômica brasileira se revertesse o mais rapidamente possível. Muitos investidores aportam recursos no país tendo em vista o grande tamanho do mercado doméstico. 


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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Chile tem tanta energia solar que agora é de graça




Yuzuru Yoshikawa/Bloomberg
Painéis de energia solar
Energia solar: preços à vista chegaram a zero em algumas regiões do país durante 113 dias até abril

Vanessa Dezem e Javiera Quiroga, da Bloomberg


A indústria solar do Chile se expandiu tão rapidamente que está gerando eletricidade gratuitamente.

Os preços à vista chegaram a zero em algumas regiões do país durante 113 dias até abril, número que está a caminho de superar o total do ano passado, de 192 dias, segundo a operadora da rede central do Chile.
Embora isto pode ser bom para os consumidores, é uma má notícia para as usinas de energia, em dificuldades para gerar receita, e para as empresas que buscam financiar novos parques.

A pior situação acontece na região norte do país, no deserto do Atacama. A crescente demanda por eletricidade do Chile, impulsionada pela expansão da produção mineira e pelo crescimento econômico, ajudou a estimular o desenvolvimento de 29 parques solares, e outros 15 estão nos planos para a rede central de energia do país.

Agora, o Chile enfrenta a queda da demanda por energia devido à desaceleração da produção de cobre em meio a um excedente global, o que provoca um excesso de energia gerada em uma região que não possui linhas de transmissão para distribuir a eletricidade a outras partes.

“Os investidores estão perdendo dinheiro”, disse Rafael Mateo, CEO da unidade de energia da Acciona, que está investindo US$ 343 milhões em um projeto de 247 megawatts na região, que será um dos maiores da América Latina. “O crescimento foi desordenado. Não se pode ter tantas empresas no mesmo lugar”.

Um dos principais problemas é que o Chile possui duas redes de energia principais, a central e a do norte, sem conexão entre si. Existem também áreas dentro das redes que não possuem uma capacidade de transmissão adequada.

Com isso, uma região pode ter muita energia, o que derruba os preços, porque o excedente não pode ser entregue a outras partes do país, segundo Carlos Barría, ex-chefe da divisão de energia renovável do governo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Chile, em Santiago.

Infraestrutura inadequada


O governo está trabalhando para corrigir este problema, com planos de construir uma linha de transmissão de 3.000 quilômetros para ligar as duas redes até 2017. Além disso, está desenvolvendo uma linha de 753 quilômetros para resolver o congestionamento nas partes norte da rede central, a região na qual os excedentes de energia estão levando os preços a zero.

“O Chile tem pelo menos sete ou oito pontos nas linhas de transmissão que estão em colapso e bloqueados e tem o enorme desafio de driblar os pontos de estrangulamento”, disse o ministro de Energia, Máximo Pacheco, em entrevista, em Santiago. “Quando você embarca em um caminho de crescimento e desenvolvimento como o que temos tido, obviamente surgem problemas”.

Governo estuda conceder empréstimos para Estados em pior situação fiscal




Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais poderão ter programas de recuperação próprios

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Governo estuda conceder empréstimos para Estados em pior situação fiscal


Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, Estados em pior situação fiscal, poderão receber empréstimos da União. De acordo com a edição do jornal O Globo desta sexta-feira (3), a equipe econômica estuda a possibilidade. A carência temporária para o pagamento das dívidas com o governo federal e o alongamento desses débitos por 20 anos, propostas pelo Ministério da Fazenda, não resolveriam o problema dos cofres carioca, gaúcho e mineiro. 

“Parte da equipe ainda resiste a dar crédito adicional a estados cujas finanças estão em frangalhos por descuido na gestão de suas contas. Além disso, seria preciso construir um programa de recuperação fiscal para esses estados, que combinaria a ajuda financeira com contrapartidas mais duras, como a adoção de um limite de gastos mais rigoroso”, revela a reportagem. Segundo dados do Tesouro, as despesas do Rio Grande do Sul com pessoal avançaram 46% entre 2012 e 2015, de R$ 14,9 bilhões para R$ 21,8 bilhões, por exemplo. 

Outra dificuldade para a solução é que uma operação de crédito do governo federal para os Estados necessitaria um projeto de lei complementar que exige quórum maior para aprovação no Congresso. 

A equipe econômica definirá, nos próximos dias, qual será a carência dada aos governadores no pagamento das dívidas com a União. Em reunião no Ministério da Fazenda, os secretários de Fazenda estaduais pediram que a moratória seja de 100% por um prazo de até dois anos. Para os técnicos do governo, no entanto, esse caminho é inviável, pois o máximo de carência que poderia ser dado ao pagamento das dívidas é de um ano.  

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Falta de investidores ameaça plano da China contra dívida






Reuters/David Gray
Yuan, moeda chinesa
Sinal vermelho na dívida: estratégia chinesa para diminuir exposição dos bancos pode fracassar por falta de investidores
 


No papel, a mais recente iniciativa da China para livrar seus bancos de empréstimos de liquidação duvidosa parece sensata.

Reunindo a dívida em títulos, os bancos esperam repassá-la a investidores ávidos por risco, uma solução que poderia ser benéfica para todos e que foi muito elogiada pelo bilionário Wilbur Ross.
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Mas se as primeiras transações desse programa de 50 bilhões de yuans (US$ 7,6 bilhões) servirem de referência, todo esse exercício pode acabar simplesmente transferindo a inadimplência de um banco a outro, o que pouco faria para melhorar a saúde do sistema financeiro da China como um todo.

O Bank of China (BOC) vendeu pelo menos metade dos 301 milhões de yuans de sua oferta de estreia de títulos garantidos por empréstimos em inadimplência (“non-performing loans”, NPLs) para outros bancos chineses no dia 26 de maio, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram anonimato porque não estão autorizadas a falar publicamente sobre isso.

Noventa e cinco por cento da fatia de maior risco da transação foi comprada por um gestor de ativo que pertence ao Estado, um sinal de demanda morna entre as instituições privadas.

Nesse mesmo dia, o China Merchants Bank (CMB) vendeu pelo menos 60 por cento de uma oferta de 233 milhões de yuans em NPLs a outros bancos, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Embora uma demonstração inicial de apoio dos bancos possa ajudar a atrair outros tipos de investidores, os céticos dizem que é improvável que o programa atraia uma demanda ampla porque os títulos são ilíquidos e complexos demais para a maioria das instituições não bancárias da China.

Um fracasso da tentativa de expurgar os credores de seus NPLs poderia gerar expectativas de um resgate liderado pelo governo que, segundo estimativas do Standard Chartered, poderia chegar a custar até US$ 1,5 trilhão.

“Não temos uma quantidade suficiente de investidores institucionais locais com experiência para fixar o preço de produtos tão complexos”, disse Ming Ming, chefe de pesquisa sobre renda fixa em Pequim da Citic Securities, maior corretora da China.

“A falta de investidores qualificados, fará com que os bancos tenham dificuldades para vender títulos garantidos por NPLs e restringirá seu desenvolvimento”.

O acúmulo de empréstimos de liquidação duvidosa é um dos maiores riscos enfrentados pela maior economia asiática.

Após anos inundando o país de crédito, os bancos agora enfrentam um aumento de tomadores de empréstimos em problemas porque o crescimento econômico desacelerou para o ritmo mais lento desde 1990 e os lucros corporativos estão diminuindo.

A China tem cerca de US$ 2,4 trilhões de dívida corporativa sob risco de calote, de acordo com a Bloomberg Intelligence.

O problema é que a maioria das seguradoras, dos trusts, das corretoras e dos fundos mútuos da China não tem o conhecimento necessário para investir em ativos garantidos por empréstimos de liquidação duvidosa, de acordo com Luo Yi, analista da Huatai Securities em Shenzhen.

Mensagens enviadas por fax ao banco central e à Comissão Reguladora Bancária da China não foram respondidas e assessores de imprensa do Bank of China e do China Merchants Bank preferiram não comentar.