quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ministério da Fazenda vê PIB crescendo mais em 2017, a 1,6%





Arquivo/Agência Brasil
PIB
PIB: a divulgação dos novos números antes do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) faz parte dos esforços para aumentar a transparência


Brasília - O Ministério da Fazenda estimou nesta quarta-feira que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 será de 1,6 por cento, acima do avanço de 1,2 por cento esperado antes, em meio à batalha para evitar aumento de impostos para garantir a meta fiscal do próximo ano.

Na revisão dos parâmetros macroeconômicos que leva em conta para elaborar o orçamento, o governo manteve sua projeção para a inflação medida pelo IPCA a 4,8 por cento em 2017.
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Segundo o secretário de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, a divulgação dos novos números antes do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) faz parte dos esforços para aumentar a transparência. 

Aquisição pode corrigir uma grande falha do Snapchat





Getty Images
Snapchat
Snapchat: aquisição de outra startup pode reforçar tecnologia de buscas da rede social
 
 
 
 
São Paulo – Não é preciso usar o Snapchat por muito tempo para perceber uma de suas grandes falhas: é difícil demais encontrar novas pessoas para seguir por lá. A aquisição de uma startup realizada hoje pode corrigir essa falha da rede social.

A startup em questão é a Vurb, especializada em buscas e recomendações Vurb. De acordo com o noticiário The Information, a aquisição custou 110 milhões de dólares para a companhia.

Uma das principais barreiras iniciar para os novos adeptos do Snapchat é a dificuldade em encontrar outros usuários para seguir. Aliado a isso, está o fato que o Snapchat não é exatamente uma rede social fácil de se usar. Com isso, parte dos novos usuários largam o app logo no início.

A expectativa é que com a tecnologia da Vurb, a experiência melhore. Atualmente, as opções para começar a seguir uma nova pessoa são saber o nome de usuário ou realizar a leitura do QR Code na tela do smartphone.

O mesmo vale para marcas usando a plataforma. Caso elas não estejam listadas na tela Discover, são invisíveis, a não ser que façam campanhas por seguidores em outras redes sociais ou sites.

O uso que o Snapchat fará da tecnologia da Vurb ainda é um mistério. Mas o melhor palpite neste momento é um reforço em suas ferramentas de buscas por perfis.

O Snapchat já conta com 150 milhões de usuários diários—número superior aos vistos pelo Twitter

Atualmente, a empresa é avaliada em 20 bilhões de dólares.

Vale a pena lembrar que os fundadores recusaram uma oferta de aquisição feita por Mark Zuckerberg em 2013. Na ocasião, ele ofereceu 3 bilhões de dólares. Após a recusa, o Facebook passou a tentar competir com força contra o Snapchat. O último ataque foi com o lançamento de novas funções (curiosamente bastante similares às do Snapchat) dentro do Instagram.

Para diretor do Inpe, Brasil pode exportar conhecimento na área espacial

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  in Clipping
 
Jornal da Ciência, 5 de agosto de 2016


Segundo Leonel Perondi, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais foi fundamental para o País se consolidar como um player mundial em economia espacial. Entidade vinculada ao MCTIC completou 55 anos nesta quarta-feira (3)

O Brasil poderá exportar conhecimento na área espacial. A avaliação é do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi. Segundo ele, o instituto, que completou 55 anos nesta quarta-feira (3), foi fundamental para o País se consolidar como um player mundial em economia espacial. Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Inpe é uma das principais instituições produtoras de conhecimento no setor aeroespacial – está entre as 40 mais prolíficas do mundo, segundo estudo publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2014.

“Somos uma peça importante para o Brasil se consolidar como um player mundial em economia espacial. Já temos a expertise construída em uma série de atividades relacionadas ao setor e temos também atuação forte na fabricação de satélites. Assim como produzimos aviões, podemos produzir e exportar nossos satélites e conhecimento na área espacial”, afirma Perondi.

Para ele, o Inpe só conseguiu alcançar este patamar porque transformou o conhecimento adquirido em produtos e serviços para a sociedade e a indústria. As principais áreas de atuação são meteorologia e mudanças climáticas; observação da Terra; ciências espaciais e atmosféricas; e engenharia espacial. “Isso é um fato muito importante. O que nós produzimos ajuda diversas atividades econômicas e a sociedade como um todo.”

Um dos serviços mais disseminados são as previsões produzidas diariamente pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), que servem de base para a modelagem do clima em toda a América do Sul. Há ainda os programas de monitoramento por satélite de áreas desmatadas e de focos de queimadas. Mas Perondi destaca outra atividade: o monitoramento da ionosfera. Ele explica que variações na ionização nesta camada da atmosfera da Terra podem interferir nas telecomunicações e na área de energia.

“As ondas eletromagnéticas trafegam na ionosfera e podem gerar interferências nas comunicações e na modulação da energia. A aviação civil e as plataformas de exploração de petróleo em alto mar, por exemplo, precisam dos nossos dados para validar o posicionamento do GPS. O Operador Nacional do Sistema Elétrico também usa esses dados, porque o campo eletromagnético pode interferir na transmissão de energia elétrica”, conta.
MCTIC


Programa apoiará colaborações entre pesquisadores dos BRICS

in Clipping Jornal da Ciência,


No Brasil, chamada de propostas do CNPq, parceiro do Programa Quadro BRICS de CT&I, encerra em 20 de setembro.

O BRICS STI Framework Programme (Programa Quadro BRICS de CT&I), fundo multilateral formado por agências de fomento do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, apoiará pesquisas colaborativas com abordagem multilateral.

O programa é apoiado pelo Future Earth. No Brasil, o Programa tem como parceiro o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que lançou chamada de proposta com prazo de submissão até 20 de setembro de 2016.

O objetivo da chamada são consolidar a cooperação científica e tecnológica entre o Brasil e os demais países integrantes do BRICS para alcançar resultados técnicos e científicos de nível mundial; apoiar o desenvolvimento de projetos conjuntos de investigação realizados por grupos de pesquisa dos países participantes que contribuam para melhoria da qualidade de vida das respectivas sociedades; promover a mobilidade e o desenvolvimento dos investigadores por meio dos projetos conjuntos de pesquisa; selecionar propostas de projetos conjuntos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação que contribuam para a formulação de políticas públicas dos países envolvidos; e fortalecer o vínculo de pesquisadores dos países participantes nas áreas propostas.

A chamada envolve as seguintes áreas temáticas: Recursos hídricos e tratamento da poluição; Tecnologia geoespacial e suas aplicações; Energias novas e renováveis e eficiência energética; Biotecnologia e biomedicina incluindo saúde humana e neurociências; Tecnologias de informação e computação de alta performance; e Ciência e tecnologia oceânica e polar.

Para mais informações e roteiro para detalhamento do projeto acesse a chamada do CNPq no endereço http://cnpq.br/web/guest/chamadas-publicas?p_p_id=resultadosportlet_WAR_....

Para mais informações sobre o BRICS STI Framework Programme acesse http://brics.rfbr.ru/rffi/eng/brics.

Agência Fapesp

terça-feira, 16 de agosto de 2016

General Atlantic ousa ao investir no Brasil em meio à crise





shironosov/ThinkStock
Empresários se cumprimentam após assinatura de contrato
Assinatura de contrato: A General Atlantic está entre os poucos fundos internacionais que estão ousando comprar empresas brasileiras em meio à maior recessão da história do país
 
Fabiola Moura, da Bloomberg
Cristiane Lucchesi, da Bloomberg


A General Atlantic, empresa americana de private equity que já investiu mais de R$ 1 bilhão (US$ 318 milhões) no Brasil neste ano, pretende continuar comprando fatias em companhias que “não estão baratas”, mesmo em meio à pior crise econômica enfrentada pelo país em um século.

A General Atlantic está entre os poucos fundos de private equity internacionais que estão ousando comprar empresas brasileiras em meio à maior recessão da história do país e à instabilidade política. Embora haja sinais de que o volume de negócios tenha chegado ao fundo do poço, o total de aquisições anunciadas de empresas brasileiras caiu 34,9 por cento acumulado no ano em comparação com o mesmo período no ano passado, para US$ 13,8 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.
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As transações que envolvem empresas de private equity foram ainda mais afetadas, com o total caindo 72 por cento, para US$ 729,5 milhões, mostram os dados. O número de transações caiu 49 por cento, para um total de 25.

A General Atlantic está focando em indústrias não regulamentadas que atendem aos consumidores de classe média e classe alta e entre as principais transações estão uma fatia maior na corretora XP Investimentos CCTVM e um investimento na rede de farmácias Pague Menos.

Esse enfoque também significou ficar longe das transações em infraestrutura, apesar de a Operação Lava Jato ter aberto oportunidades de investimento ao enfraquecer empresas dominantes desse setor.

“As empresas que estamos olhando hoje estão todas crescendo acima de 20 por cento, mas não estão baratas”, diz Martín Escobari, chefe para a América Latina do fundo de private equity. “O rali do real e do Ibovespa reflete perspectivas melhores para o médio prazo, mas, no curto prazo, o Brasil não é um país para investidores com problemas cardíacos”.

A compra de uma participação adicional de 16 por cento na corretora XP Investimentos pela General Atlantic, anunciada em abril, foi a maior aquisição feita neste ano por uma empresa de private equity de uma companhia operando no Brasil, de R$ 450 milhões, mostram dados.

O fundo aumentará sua participação na XP, que tem sede no Rio de Janeiro, de 33 por cento para 49 por cento através de uma injeção de capital e da aquisição de uma fatia de 10 por cento pertencente à Actis. Graças aos investimentos da General Atlantic, a XP está crescendo agressivamente, buscando uma licença bancária no Brasil e também se expandindo em Nova York, Miami e Genebra, atendendo a investidores com nível de renda mais elevado diante da recuada dos bancos concorrentes.

A economia do Brasil deverá se contrair 3,5 por cento neste ano, após ter encolhido 3,8 por cento em 2015. A Operação Lava Jato ajudou a aprofundar a crise política que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. A turbulência contribuiu para a redução do volume de negócios, mesmo apesar de o presidente interino Michel Temer ter reforçado a confiança dos investidores e de o Ibovespa ter registrado uma alta de 67 por cento em dólares neste ano. O real avançou 24 por cento frente ao dólar, o maior retorno entre as moedas dos mercados emergentes.

Dilma apresenta carta ao Senado e à população; leia





Adriano Machado/Reuters
A presidente Dilma Rousseff. Em 29/03/2016
 
 
 
 
Brasília –  Com 50 minutos de atraso, a presidente Dilma Rousseff iniciou na tarde de hoje a leitura da carta em que pede apoio para barrar processo de impeachment.

Elaborado nas últimas semanas, o documento conta com 4 páginas e já foi entregue aos 81 senadores. 
O julgamento final começa em 25 de agosto, às 9h. 
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Intitulado "Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiro", o texto conta com uma série de compromissos que a petista assumiria caso voltasse à Presidência da República. Entre eles, destaque para a eventual convocação de um plebiscito para consultar a população sobre antecipar as eleições. 

Segundo interlocutores de Dilma, na carta, a presidente classifica o impeachment como uma afronta à democracia. Além disso, a petista afirma que o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) representa risco de perda de direitos para diversos setores da sociedade. 

O texto, que estava previsto para ser publicado na semana passada, passou por reformulações após Dilma escutar sugestões de aliados. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Jaques Wagner foram alguns dos políticos que contribuíram na elaboração da carta.

Participaram da leitura os ex-ministros Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto e Eleonora Menicucci.

 
 
https://www.facebook.com/DilmaRousseff/videos/1178642492189340/

Moro não cede à pressão e decide que tem competência para julgar Lula


Em despacho de seis páginas, o juiz da Lava Jato mantém sob sua responsabilidade os inquéritos que investigam se o petista 'seria o arquiteto do esquema criminoso que vitimou a Petrobrás'
Ricardo Brandt, Julia Affonso, Fausto Macedo e Mateus Coutinho


O ex presidente Luiz Inacio Lula da Silva. Foto: Gabriela Bilo/Estadão
O ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Gabriela Bilo/Estadão


O juiz federal Sérgio Moro não cedeu à ofensiva da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decidiu nesta terça-feira, 16, que é de sua competência julgar o petista. Em decisão de seis páginas, Moro reputou ‘inadmissíveis’ as exceções de incompetência por meio das quais os advogados de Lula pretendiam tirar de suas mãos  os inquéritos da Polícia Federal que investigam se o petista ‘seria o arquiteto do esquema criminoso que vitimou a Petrobrás’

Documento

 


O embate entre Lula e Moro vem se acirrando desde a deflagração da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que, em 4 de março deste ano, conduziu coercitivamente o ex-presidente para depor. Na sequência, Moro deu publicidade aos grampos que pegaram Lula com ministros e até com a presidente afastada Dilma Rousseff.

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Segundo Moro, as exceções de incompetência foram prematuras porque não há denúncia contra o petista na Lava Jato, em Curitiba.

“A hipótese investigatória que levou à instauração dos inquéritos, de que o ex-presidente seria o arquiteto do esquema criminoso que vitimou a Petrobrás e que, nessa condição, teria recebido, dissimuladamente, vantagem indevida, define a competência deste Juízo, sendo a correção ou incorreção desta hipótese dependente das provas ainda em apuração nos inquéritos. Portanto, ainda que a exceção fosse admissível, deveria ser julgada improcedente pois as hipóteses investigatórias em apuração relacionam os fatos ao esquema criminoso que vitimou a Petrobrás”, afirmou Moro.

O juiz resumiu a linha de investigação da Procuradoria da República. “Se o Ministério Público Federal trabalha com a hipótese de investigação de que o ex-presidente seria responsável por esses crimes, por deliberadamente ter autorizado que fossem pagas e divididas propinas em contratos da Petrobrás com agentes da estatal, agentes políticos e partidos políticos, a competência para o processo e julgamento é deste Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, prevento para o caso.”

“A hipótese investigatória com a qual trabalha o Ministério Público Federal, pelo que se depreende de suas anteriores manifestações e da resposta à exceção, é a de que o ex-presidente teria responsabilidade criminal direta pelo esquema criminoso que vitimou a Petrobrás e que as supostas benesses por ele recebidas, doação simulada de apartamento, benfeitorias no sítio e no apartamento e remuneração extraordinária das palestras, estariam vinculadas a ele, representando vantagem indevida auferida pelo ex-presidente.”

Moro é taxativo. “Se essa hipótese é correta ou não, é uma questão de prova e que não pode ser definida antes do julgamento da eventual ação penal e muito menos antes sequer do encerramento das investigações e do eventual oferecimento da denúncia. Mas essa hipótese investigatória, que atribui ao ex-presidente responsabilidade criminal pelo ocorrido na Petrobrás e vincula às benesses aos crimes cometidos contra a estatal, é suficiente, nessa fase, para determinar a competência deste Juízo, igualmente responsável, conforme jurisprudência já consolidada, inclusive das Cortes Superiores, para o processo e julgamento dos crimes praticados no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás.”