quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A gigante acordou






Com fábrica de EPS, a Videolar-Innova inicia ciclo de investimentos que podem chegar a R$ 1 bilhão

Por Laura D´Angelo

 Com fábrica de EPS, a Videolar-Innova inicia ciclo de investimentos que podem chegar a R$ 1 bilhão até o final de 2018



O fato de ser o primeiro grande investimento realizado no polo de Triunfo (RS), nos últimos seis anos, já seria o suficiente para dimensionar a importância da inauguração da planta produtora de poliestireno expansível (EPS) da Videolar-Innova (foto). Acontece que a unidade, que recebeu aporte de R$ 100 milhões, é também o pontapé inicial de um programa agressivo de investimentos da companhia que pode chegar a R$ 1 bilhão até o final de 2018. O recado da detentora de 70% do mercado de poliestireno é claro. Depois de quase dois anos de integração das operações (a Videolar adquiriu a Innova em 2014), a gigante acordou e está com apetite para crescer. 

Neste ano, a companhia deve iniciar a produção do ABS, plástico utilizado pela indústria automotiva e  que não é, atualmente, processado no Brasil. O tripé de apostas se completará com a duplicação da produção atual de 250 mil toneladas anuais do monômero de estireno, matéria-prima para borrachas sintéticas, plásticos e embalagens. Mas, para o analista João Luiz Zuñeda, diretor da consultoria MaxiQuim , os novos projetos da Videolar-Innova não devem parar por aí. Ainda que os planos para o país não estejam concretizados, Zuñeda vê a empresa caminhando para a decisão de realizar investimentos no exterior. “É um caminho natural para o grupo. E não parece um horizonte muito distante, pois ela já tem o cacoete do mercado internacional”, relata Zuñeda, fazendo referência às relações de exportação e importação da petroquímica com parceiros internacionais.

Com o EPS e, mais adiante, com o ABS, a Videolar-Innova se firma como um relevante fornecedor dessas matérias-primas para a indústria nacional, ainda muito dependente das importações. Programada para produzir inicialmente 25 mil toneladas ao ano, a unidade de EPS – conhecido pelo nome comercial isopor – pode abastecer um quarto da demanda nacional. 


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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Paris 6 dá “noite de estrela” para cliente levada por enxurrada

Iniciativa foi elogiada por grande parte dos seguidores nas redes sociais do restaurante Paris 6, localizado na rua Haddock Lobo em São Paulo




Nesta segunda-feira (16), um vídeo se espalhou pelos grupos de WhatsApp por todo o Brasil, principalmente em São Paulo.

As imagens mostram uma mulher, em meio a tempestade, tentando vencer a enxurrada que se forma perto da calçada para entrar no famoso restaurante Paris 6, na rua Haddock Lobo, região dos jardins, área badalada da capital paulista.

O problema é que a cliente do lugar é derrubada e arrastada por poucos metros pela correnteza, um susto daqueles.

Além de viralizar no aplicativo de mensagens, o assunto virou pauta para alguns veículos que cobrem o dia a dia da cidade.

Poucas horas após a notícia se tornar pública, o restaurante resolveu tomar uma iniciativa que surpreendeu seus seguidores: procurar a mulher do vídeo e convidá-la para “uma noite de estrela”. Saiba mais: Paris 6 é um dos restaurantes mais lucrativos da cidade.
 
A ação foi publicada na página do estabelecimento nas redes sociais. “Queremos convidar essa jovem para uma noite de Estrela no PARIS 6, como ela merece. Quem quiser ajudar, por favor compartilhe da nossa intenção de encontrá-la”, diz um trecho da postagem.


A mensagem foi assinada por um dos sócios da casa, Isaac Azar. A iniciativa foi elogiada por grande parte dos seguidores do restaurante nas redes sociais, embora alguns outros tenham feito uma ressalva: o manobrista também merecia um prêmio. Nas primeiras três horas, o post já colecionava mais de 14 mil comentários.

Confira o filme:
 
 https://www.youtube.com/watch?v=Gu6gb0HsvxY


Este conteúdo foi originalmente publicado no portal AdNews.


Brasil quer mudar em Davos ‘imagem distorcida’ do agronegócio


Brasil quer mudar em Davos ‘imagem distorcida’ do agronegócio

O embaixador Roberto Jaguaribe, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), usará o Fórum de Davos como oportunidade para combater a ‘imagem distorcida’ de boa parcela da comunidade internacional sobre o agronegócio no país.

‘Sofremos por um mito completamente falso de que a expansão agrícola no Brasil avança sobre a cobertura florestal nativa. Isso não procede e precisamos buscar alianças’, diz Jaguaribe. Ele comporá uma mesa de discussão sobre crescimento sustentável junto com outras figuras de peso, como o ministro de Meio Ambiente da Noruega, Vidar Helgesen.

Da safra de 1976/77 para a colheita de 2015/16, a produção saltou de 1,4 para 4,5 toneladas por hectare. Esse dado ilustra, segundo ele, os ganhos de produtividade obtidos no campo nas últimas décadas.

Para o embaixador, a imagem de desmatamento para plantar mais grãos legitima o discurso protecionista com o público de países ricos e prejudica a abertura de mercados para o Brasil, inclusive no âmbito de negociações comerciais, como o acordo entre o Mercosul e UE.

Para Jaguaribe, o ambientalismo têm três grupos diferentes: os racionais, os religiosos e os demagógicos. ‘A linha demagógica é a principal frente de desinformação. O interesse não é no ambiente, mas em minar a capacidade do agronegócio brasileiro. E os religiosos servem como um instrumento perfeito’.

O presidente da Apex terá encontros bilaterais com potenciais investidores e afirma que buscará explicar como o Brasil se manteve como uma economia respeitadora de contratos e com solidez institucional, apesar da crise e do terremoto político

(Assessoria de Comunicação, 16/1/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/brasil-quer-mudar-em-davosimagem-distorcida-do-agronegocio.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.WH5PJPRwto0

Retomada dos investimentos: Estrangeiros sondam usinas no Brasil





Conglomerados de países emergentes e fundos de investimento estão sondando usinas sucroalcooleiras com problemas financeiros no Brasil interessados em fazer eventuais aquisições. A expectativa é de que alguns desses negócios saiam neste ano, segundo fontes ligadas às negociações. Os fundos avaliam uma incursão de curto prazo no segmento, mas há grandes grupos com atuação em outros setores que estão mirando investimentos de longo prazo diante do cenário de capacidade restrita de produção de açúcar pelos próximos anos no mundo.

Entre esses conglomerados estão o grupo Cevital, maior companhia privada da Argélia, e o Fatima, um dos maiores grupos do Paquistão. Na lista de gestoras de fundos e consultorias que vêm colhendo informações sobre usinas estão o Amerra, o Proterra Investments Partners (que tem como um dos acionistas a Cargill), o Castlelake e a RK Partners.

O Fatima está avaliando a possibilidade de adquirir a usina Madhu, atualmente da indiana Renuka, e ativos da espanhola Abengoa Bioenergia, que busca reestruturar sua dívida desde o ano passado. O grupo paquistanês, que atua no setor sucroalcooleiro em seu país, além de ter negócios de trading de commodities, fertilizantes, têxteis, mineração e energia, já tem uma relação comercial bastante próxima com a companhia indiana. Procurado, o representante do grupo no Brasil não quis comentar.

A usina Madhu deve passar por uma segunda tentativa de leilão judicial no próximo dia 23, mas até agora houve poucas consultas à base de informações que a companhia disponibilizou sobre sua unidade. Segundo fonte ligada à Renuka, é mais provável que os investidores interessados façam propostas pela totalidade dos ativos da companhia indiana no Brasil depois do leilão.

Com a Abengoa Bioenergia, a Fatima está em negociação e está em análise a possibilidade de assunção de dívidas da espanhola. Procurada, a Abengoa Bioenergia informou que tem ocorrido "levantamentos de informações por parte de possíveis investidores e compradores", mas "esclarece que até o momento não há nenhuma negociação concluída" e que, por enquanto, continua com foco para moer 6 milhões de toneladas de cana na próxima safra (2017/18).

Por sua vez, o grupo Cevital já demonstrou interesse em companhias do setor, como a Usina São Fernando, da família do empresário José Carlos Bumlai e que está em recuperação judicial. A companhia argelina é dona da maior refinaria de açúcar do mundo e atua em diversos segmentos do agronegócio, da indústria e do setor automotivo em vários países da Ásia e da Europa. Procurado, o representante do Cevital no Brasil preferiu não comentar.

Esse apetite, porém, não é unânime. A Cofco Agri, controlada pela estatal chinesa Cofco e que já tem quatro usinas em São Paulo, chegou a prospectar negócios no ano passado, inclusive com a Renuka, mas desistiu do negócio. Ao Valor, Marcelo Andrade, presidente global de açúcar da Cofco Agri, disse que a empresa está focada em preencher com cana a capacidade de suas usinas e que os preços atuais de venda dos ativos estão "fora da realidade".

As mesmas usinas também estão sendo cortejadas por fundos de investimento. O Proterra Investments Partners e o Castlelake já assinaram acordo de confidencialidade para acessar a base de dados a respeito da usina Madhu, o que significa que eles têm interesse em dar lance no leilão, embora não seja uma garantia de que isso ocorra.

O Proterra já fez sua primeira incursão no segmento em 2016, quando assumiu o Grupo Ruette, após a gestora de recursos Black River acertar a aquisição em 2015. Já a entrada do Castlelake seria uma novidade para o setor. Procurado, o Proterra não quis se manifestar, enquanto representantes do Castlelake não retornaram os pedidos de entrevista.

A brasileira RK Partners, que tem uma joint venture com a Cerberus Capital Management (uma das maiores gestoras de private equity do mundo) especializada em negócios com ativos "distressed" (depreciados), entrou em contato com representantes da Renuka para avaliar uma possível aquisição de ativos.

O Amerra é outro fundo que desde 2016 tem indicado interesse em aquisição no Brasil. O alvo é a Usina São Fernando. Contudo, as tratativas encontraram uma barreira desde que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ­MS) suspendeu a assembleia de credores da usina.

 
Preço dos ativos é fator de atração


O interesse de novos investidores em usinas sucroalcooleiras do país pode levar a um aumento nas operações de fusão e aquisição no setor neste ano em relação a 2016, mas a falta de oferta de cana-de-açúcar, decorrente dos baixos investimentos nas lavouras nos últimos anos, pode limitar o valor das transações.

‘Há uns cinco ou seis negócios para sair neste ano’, avalia Luis Felipe Trindade, diretor de finanças corporativas da consultoria Czarnikow.

A persistência das dificuldades financeiras de algumas usinas tornou seus ativos ‘baratos’ para potenciais interessados, principalmente diante da falta de investimentos para expandir a capacidade de produção no mundo, em um mercado em que a demanda cresce a um ritmo constante de 1% a 2% ao ano.

No ano passado, o valor dos ativos negociados foi bem menor do que no ‘boom’ do início da década. Estudo realizado a pedido do Valor pela consultoria EXM Partners indica que o valor das aquisições fechadas em 2016 por tonelada de cana que a usina é capaz de moer ficou entre R$ 62,70 e R$ 229,49, ou US$ 19,10 a US$ 67,90.

Nada comparado aos níveis de 2010, segundo Ângelo Guera Netto, sócio da EXM. ‘Aquela euforia fez com que negócios fossem fechados a US$ 116 por tonelada. Por mais que se recuperem negócios agora, não voltaremos ao mesmo patamar’, diz. Ele avalia que o valor dos próximos negócios pode ir a US$ 75 por tonelada de capacidade instalada. Segundo Netto, os fundos, que têm visão de curto prazo, estão avaliando aquisições ‘com um prazo de saída de uns três anos, a um preço de US$ 85 a tonelada’.

Há no mercado, contudo, quem acredite que os negócios não deverão superar os US$ 60 a tonelada, já que muitas usinas à procura de compradores – mesmo com um bom potencial de moagem – não têm oferta de cana suficiente para garantir níveis ‘satisfatórios’ de produção de açúcar e etanol. Além disso, as incertezas políticas e a falta de crédito ‘devem manter os preços do ativos baixos’, avalia Netto.

Trindade, da Czarnikow, diz que há uma pressão crescente para que os negócios com usinas com alto passivo financeiro sejam feitos com deságio na dívida. ‘A transação típica é assumir a dívida, o que pode incorrer em ‘haircut’, enquanto o capital é mais direcionado ao próprio negócio, em linhas de capital de giro’.

A maior parte dos negócios no ano passado ocorreu por meio de leilões judiciais ou pela decisão da Petrobras de sair do segmento para focar em petróleo.

Encaixam-se no primeiro caso as aquisições das usinas da Infinity Bioenergia pelas gestoras de fundos americanas Amerra e Carval e a compra de uma unidade da Unialco pela trading suíça Glencore. No caso das vendas feitas pela Petrobras, houve a alienação da participação na Nova Fronteira à São Martinho e da participação na Guarani à francesa Tereos.

O único negócio que fugiu a essa tônica foi a saída da Americana ADM da usina em Limeira do Oeste (MG). A unidade foi vendida para a JFLim Participações, de um fundo gerido pela BRL Trust Investimentos, a um valor não revelado

 (Assessoria de Comunicação, 16/1/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/retomada-dos-investimentos-estrangeiros-sondam-usinas-no-brasil.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.WH5MjvRwto0

O futuro é incerto para o que restou do Yahoo


Depois de vender seus ativos principais para a Verizon, o Yahoo perdeu até seu nome

 




São Paulo – O Yahoo já foi uma das maiores empresas de internet do mundo e seus produtos influenciavam as decisões das outras companhias do setor. Mas isso foi há muitos anos.

Agora, depois de vender seus ativos principais para a Verizon, a empresa irá até mudar seu nome. Os ativos que restaram, uma participação na gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba e o Yahoo no Japão, que operava de forma separada, foram nomeados de Altaba.

Já os serviços de e-mail, busca e produção de conteúdo, comprados pela operadora norte-americana, continuam com o nome Yahoo.

“Uma vez que a parte operacional da companhia for vendida à Verizon, não irá restar nenhuma operação na Altaba”, afirmou Paul Sweeney, analista de inteligência de negócios da Bloomberg em entrevista a Exame.com.

Além disso, Marissa Mayer, que se tornou presidente da companhia há 5 anos para tentar reinventá-la, deixará o conselho de administração quando a transação for completada, informou o Yahoo essa semana. Ela continuará como presidente da companhia. Outros membros do conselho de administração também deixarão o cargo na ocasião.

O futuro para o Yahoo, tanto os ativos que foram incorporados pela Verizon quanto para o que restou da empresa, ainda é incerto.

A Altaba não será nada além de uma gestora de investimentos, sem qualquer semelhança com o que um dia foi a operação do Yahoo. Por outro lado, cabe à operadora norte-americana, que também controla a AOL, reviver a companhia que adquiriu.

Apesar das incertezas, a venda de seu negócio central de internet foi vista como positiva pela maioria dos investidores da companhia.

“A maior parte dos investidores acredita que a transação foi um movimento sábio. É um negócio em dificuldades, com faturamento decrescente. A gestão do Yahoo foi incapaz de revitalizar o negócio, mas talvez a Verizon consiga fazer melhor”, disse o analista.


Concentração da internet


Ainda que o Yahoo seja um caso isolado, há outras empresas que estão com dificuldade de crescer, rentabilizar suas operações ou acompanharem as mudanças velozes do mercado de internet.

Um exemplo é o Twitter. O número de usuários novos que ingressam na rede social tem desacelerado. Por isso, a companhia buscou um comprador em outubro do ano passado, mas ninguém se mostrou interessado.

Com milhões de usuários produzindo conteúdo em tempo real, poderia ser uma ferramenta para recolher dados de comportamento e aumentar a precisão da publicidade.

No entanto, a rede social não recebeu nenhuma oferta de compra, embora gigantes como Google, Facebook, Microsoft e Apple estivessem entre os principais suspeitos para a aquisição, o que fez com que seu valor de mercado despencasse.

O Pinterest é outra empresa que apenas recentemente começou a faturar e o lucro ainda é um horizonte distante.

O que essas companhias têm em comum é o seu modelo de negócios. A principal fonte de receitas vem de anúncios. No entanto, o mercado de publicidade digital é dominado principalmente pelo Google e Facebook. “Outras empresas de internet, como o Twitter, estão lutando para competir por dólares vindos da propaganda”, afirma Sweeney.

Apesar das adversidades, há companhias promissoras que conseguem navegar bem nas águas tumultuosas do mercado de internet. Para Sweeney, o Snapchat e o Uber são duas companhias que estão crescendo rapidamente com modelos interessantes.


Histórico


Mas o que levou o Yahoo a encolher tanto assim? Apesar de ter feito sua jogada final recentemente, a empresa já vinha decaindo de forma silenciosa há muitos anos.

Com o surgimento de concorrentes como Google e Facebook, o Yahoo ficou para trás e perdeu muito espaço – e dinheiro. O mercado de anúncios digitais, uma das principais fontes de receitas tanto do Yahoo quanto da concorrência, cresceu 15% nos últimos anos. No entanto, o faturamento da companhia apenas decaiu nesse período.

A primeira estratégia foi contratar Marissa Mayer, ex-diretora do Google, para revolucionar o negócio. Forte e implacável, a sua contratação foi vista como a salvação para o Yahoo, mas acabou não gerando os resultados esperados.

Apesar de ter concluído aquisições importantes para a companhia, como o Tumblr em 2013, Mayer não conseguiu reerguer o faturamento do Yahoo, nem reconquistar a confiança dos investidores.

A princípio, Mayer propôs a venda da participação de 15% do Yahoo no Alibaba, gigante chinês de comércio eletrônico, que vale cerca de US$ 30 bilhões. A proposta, no entanto, foi rechaçada, já que esse era um dos poucos ativos lucrativos da companhia e a venda poderia gerar altos custos em impostos.

A última esperança foi, então, vender os ativos principais da companhia, contrário ao que Mayer buscava para a empresa. Foram colocados à venda os portais de conteúdo, divisão de propaganda, site de compartilhamento de fotos Flickr, o microblog Tumblr, serviço de e-mail e buscador, além de patentes de internet.

Entre várias companhias que demonstraram interesse no Yahoo, principalmente nos dados que ele acumulou em todos esses anos, a Verizon acabou vencendo a concorrência. A operação foi anunciada em julho e a operadora norte-americana afirmou que pretende integrar o Yahoo à sua divisão de conteúdo e publicidade digital.

No entanto, a história ainda não terminou. Após a divulgação recente de que um ataque hacker havia invadido quase 500 milhões de contas em 2014, a Verizon ficou com o pé atrás a respeito da negociação, ainda não concluída.

Por isso, a compradora está pressionando o Yahoo para diminuir o preço da operação. O “desconto” pedido seria de US$ 1 bilhão, de um total de US$ 4,83 bilhões. Até que essa operação de fato seja concretizada, o Yahoo ainda pode enfrentar muitos percalços.

Natura ‘Sou’ chega às farmácias Panvel, Pacheco e São Paulo


Fabricante de cosméticos dá mais um passo para ampliar sua presença em canais além da venda porta a porta

 





São Paulo – A marca Natura Sou, antes vendida na rede Raia Drogasil, agora pode ser encontrada também na Panvel e nas drogarias Pacheco e São Paulo, do grupo DPSP – além das revistinhas, é claro.

Os produtos ganharão mais espaço nas gôndolas de todo o país. Eles estarão presentes em 2.800 lojas, o dobro do alcance que tinham antes da nova parceria.

A oferta da linha de cuidados com o corpo e cabelo em farmácias começou para valer em julho do ano passado, depois de alguns meses de testes.

Em outubro, a empresa incluiu na estratégia o rótulo Tez, de tratamento para a pele. As vendas ainda estão em fase piloto, em 45 unidades da Raia Drogasil.

Expandir sua atuação para além do comércio porta a porta é uma investida da Natura para tentar reverter a queda nas receitas, problema que ela já vem enfrentando há algum tempo.

A fabricante de cosméticos já abriu cinco lojas próprias e está fortalecendo os meios de venda online.

A própria linha Sou, por exemplo, já pode ser comprada por um serviço de assinaturas no aplicativo da companhia.

O foco, porém, não muda. “Não podemos fechar os olhos para nenhum canal que possa complementar a venda direta. Lembrando que [essas plataformas] têm que ajudar a consultora a vender mais. Se matarem o negócio dela, matam o meu também”, afirma Herlan Paiva, gerente de novos canais da empresa.

Segundo o presidente da Natura, João Paulo Ferreira, aproximadamente 90% do faturamento total da companhia deve continuar vindo das vendas por catálogo nos próximos cinco anos.

 

Desempenho nas farmácias


Sem abrir números, Paiva conta que as vendas da linha Sou nas farmácias “foram excelentes e superaram as expectativas para o ano”.

O pico ocorreu durante a campanha de Natal, segundo ele. Nesse período, os itens da marca tiveram saída 30% acima do esperado. “Nosso produto é muito ‘presenteável'”, diz.

Para performar ainda melhor no varejo, os xampus e condicionadores da marca vão ganhar embalagens de 400 ml (hoje elas são de 200 ml), tamanho adotado por muitas das concorrentes. A novidade chega ao mercado em março.

A empresa também vai apostar mais em marketing e publicidade. “Quando fomos para a TV, as vendas em ‘farma’ triplicaram”, conta o executivo.

 

Ganho de escala


Abrir o leque de produtos disponíveis em drogarias e estender as parcerias está nos planos da Natura, mas a expansão deve acontecer com muita cautela, de acordo com Paiva.

“Não vamos entrar em um monte de farmácias. Nossa estratégia é clara: estar nas principais redes, onde a gente consiga prestar um bom atendimento ao consumidor. Não queremos perder o controle da marca”.

A fabricante faz questão de treinar os vendedores das varejistas sobre seus cosméticos e projeta gôndolas diferentes para cada uma das empresas.

Com a estrutura reformulada que tem hoje, a Natura ainda consegue ganhar bastante escala no varejo, garante o gerente.

Quando todas as lojas da Raia Drogasil passaram a vender a linha Sou, no país inteiro, a empresa viu que precisava mudar sua logística, sistema financeiro e comercial.

Afinal, vender em grandes quantidades para outra companhia é diferente de vender para as consultoras.

“Foi aí que entendemos a complexidade da operação. Uma coisa é entregar uma caixa, que é importante. Mas quando o pedido era de paletes, o sistema travava, porque não era preparado”.

Hoje, a marca Sou tem um nível gerencial dedicado exclusivamente ao atendimento das farmácias.

Quanto à aceitação das revendedoras ao projeto, Paiva é taxativo “não tem reclamação, não há briga”.
  
 
 

Brasil perde para Venezuela em ranking de crescimento inclusivo

Relatório lançado hoje pelo Fórum Econômico Mundial combina medidas de crescimento com bem-estar social - e o Brasil se saiu mal





São Paulo – O Brasil ficou na 30ª posição entre 79 países em desenvolvimento em um ranking de “crescimento inclusivo e desenvolvimento”.

Estamos atrás de países como Argentina (11ª), China (15ª), Turquia (20ª) e Venezuela (26ª) e na frente de Colômbia (33ª) e Filipinas (40ª).

“Para deixar o crescimento mais inclusivo, o sistema educacional precisa ser modernizado, particularmente para que jovens de origens socioeconômicas mais pobres, atualmente menos bem-sucedidos, possam se beneficiar de um ambiente com igualdade de condições”, diz o texto.
Noruega, Luxemburgo e Suíça ficaram nos primeiros lugares enquanto Reino Unido ficou em 21º e os Estados Unidos em 23º no ranking geral.


Critérios


O relatório foi divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, que começa amanhã sua consagrada reunião anual da elite mundial em Davos, na Suíça.

Foram analisadas a situação atual e a tendência para os próximos 5 anos dos países com base em critérios que vão além do PIB, considerando também seus efeitos sobre o bem-estar social.

“Usar o PIB como medida de prosperidade não leva em conta quem está ficando mais rico e como – consequências que podem ter implicações profundas para a sociedade”, diz o texto.

Além disso, medidas antiquadas fazem com que produtos e serviços da nova economia passem despercebidos, ainda que tenham amplo impacto social.

Para corrigir isso, o Fórum usou tanto medidas econômicas (como PIB per capita, produtividade e emprego) quanto medidas de inclusão (como taxa de pobreza e desigualdade de renda e de riqueza).

Também foram usados dados de educação, serviços básicos, infraestrutura, criação de ativos, empreendedorismo e outros.


Fraquezas


A economia brasileira está ficando mais intensiva no uso de carbono e tem um dos piores níveis de dívida pública entre os emergentes.

Esses dois fatores derrubaram nossa nota no pilar “intergeracional”, sobre como políticas atuais podem prejudicar gerações futuras.

“Acesso e preço do sistema de saúde também devem ser abordados. A corrupção permanece como um grande problema, minando a confiança no sistema e tornando mais difícil alcançar várias metas de desenvolvimento”, diz o texto.

Outros destaques negativos para o Brasil são a informalidade, a desigualdade e o desemprego em alta: a cada 3 novos desempregados no mundo em 2017, um será brasileiro, segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT).

O país também atravessa a maior crise econômica de sua história e a retomada do crescimento em 2017 deve ser tímida (o FMI divulgou hoje expectativa de 0,2%, contra 0,5% segundo o Boletim Focus).


Cenário global e reformas


O Fórum destacou no relatório alguns dos desafios da globalização que fizeram mais da metade dos 103 países medidos verem suas pontuações caírem nos últimos 5 anos.

São citados a falta de investimento, a produtividade estagnada, a queda da participação do trabalho no total da riqueza e a desigualdade em alta entre os indivíduos, ainda que tenha caído entre os países.

A ONG Oxfam destacou hoje que as 8 pessoas mais ricas do planeta têm a mesma riqueza que as 50% mais pobres.

Para combater esse e outros problemas, alguns países tem espaço fiscal de menos (porque a dívida está muito alta) ou espaço monetário de menos (porque os juros já estão baixos demais) – e a única saída é uma agenda de reformas.

“Em países de rendas média experimentando exportações e preços de commodities fracos, com a política monetária constrangida pelo risco de depreciação cambial e fuga de capital, e espaço fiscal limitado (como por exemplo, a maioria dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), uma agenda de reforma estrutural dessa natureza é precisamente o que pode rebalancear seu modelo de crescimento em direção a um consumo doméstico mais robusto”, diz o texto.