terça-feira, 8 de maio de 2018

Neoenergia pede arbitragem em meio à disputa por aquisição da Eletropaulo

Redação Reuters



 SÃO PAULO (Reuters) - A Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, pediu instauração de procedimento arbitral na Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM) devido a questões relacionadas a um acordo de investimento assinado junto à Eletropaulo, informou a distribuidora paulista em fato relevante nesta terça-feira. 


https://s4.reutersmedia.net/resources/r/?m=02&d=20180508&t=2&i=1259776312&r=LYNXMPEE47163-OBRBS&w=1280
 Técnico da Eletropaulo faz manutenção de poste no centro de São Paulo 08/04/2014 REUTERS/Nacho Doce

O movimento é mais um capítulo em uma forte disputa entre a Neoenergia e a italiana Enel pela aquisição da Eletropaulo, a maior distribuidora de energia do Brasil em faturamento. 

O pedido de arbitragem vem após a Neoenergia ter assinado em abril um acordo com a Eletropaulo para comprar até todos os papéis em uma emissão de ações em preparação pela empresa e posteriormente apresentar uma oferta pela aquisição até da totalidade da companhia.

Mas a Eletropaulo cancelou a oferta de ações após receber uma nova proposta de aquisição, pela italiana Enel, a um valor maior que o ofertado pela rival.

A Eletropaulo disse que “entende que o pedido apresentado (pela Neoenergia) é improcedente, tendo sido o Acordo de Investimento cumprido integralmente, o que será demonstrado ao longo do procedimento”.

O acordo entre Neoenergia e Eletropaulo, divulgado em 17 de abril, previa que a empresa ficaria com as novas ações a serem emitidas pela Eletropaulo por 25,51 reais por papel.

No mesmo dia, no entanto, a Enel apresentou uma oferta de 28 reais por ação pela distribuidora.

A elétrica italiana chegou a questionar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e em anúncios pagos em jornais o acordo de investimento entre Neoenergia e Eletropaulo, que segundo a empresa prejudicaria a competição pelo negócio.

Os espanhóis da Iberdrola, por sua vez, acionaram a Comissão Europeia, em carta em que defenderam que a Enel estaria praticando concorrência desleal pela aquisição. No documento, a empresa disse inclusive estudar “ações legais”.

Em meio à briga, as elétricas voltaram a elevar seus lances, e no momento a proposta mais alta sobre a mesa é da Enel, de 32,20 reais por ação da Eletropaulo, o que poderia envolver cerca de 5,39 bilhões de reais pela totalidade da companhia, contra oferta de 32,10 reais da Neoenergia.

As propostas pela Eletropaulo serão apresentadas aos acionistas da elétrica em um leilão agendado pela CVM para 4 de junho, durante o qual ainda existe a possibilidade de serem feitos novos lances.

A briga entre Enel e Iberdrola pela compra da Eletropaulo representa também uma disputa pela liderança do mercado brasileiro de distribuição de eletricidade —qualquer dos grupos europeus que ficar com a empresa vai se tornar a maior do setor, ultrapassando a atual líder, CPFL Energia, da chinesa State Grid.

Procurada, a Neoenergia não comentou de imediato a instauração da arbitragem.
Por Luciano Costa
 
Técnico da Eletropaulo faz manutenção de poste no centro de São Paulo 08/04/2014 REUTERS/Nacho Doce 
 
 

Laboratório japonés Takeda oferece £ 46 bilhões pelo britânico Shire



Laboratório japonés Takeda oferece £ 46 bilhões pelo britânico Shire Logo do laboratório farmacêutico japonês Takeda, em 25 de abril de 2018 em Tóquio - AFP/Arquivos

 

O laboratório farmacêutico japonês Takeda anunciou nesta terça-feira que apresentou uma oferta confirmada de compra do grupo britânico Shire por 46 bilhões de libras (52 bilhões de euros).

O grupo Shire é favorável à oferta apresentada em abril e confirmada nesta terça-feira.

Se a operação for concretizada, a fusão das duas empresas criará o nono grupo mundial do setor em termos de faturamento.


Acordo entre Embraer e Boeing deve ser fechado ainda este ano, diz ministro da Defesa

 

 

Redação Reuters

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse que está otimista com o andamento das negociações para uma associação entre a Embraer e Boeing e que espera que as empresas fechem um acordo ainda esse ano.

Ele disse que não houve nenhum recuo nas tratativas que começaram no ano passado, mas as negociações são complexas dada a exigência do Brasil de preservar o braço estratégico da fabricante nacional.

“As empresas buscam um caminho de ganha ganha entre elas. Esse caminho está sendo encontrado”, disse ele a jornalistas. “O que se busca é preservar o lado de Defesa da Embraer”, adicionou.

Silva e Luna frisou que as reuniões de trabalho do grupo montado dentro do governo para cuidar da parceria entre as duas fabricantes de aeronaves estão andando e não houve nenhum recuo.

“Está em fase avançada e é coisa para esse ano”, destacou. “Estou otimista demais.”


Por Rodrigo Viga Gaier

Dono do Madero inaugura nova marca de restaurantes


Pensado para praças de alimentação, Vó Maria Durski abre restaurante em Curitiba focado em parmegiana

 




São Paulo – O dono e fundador da rede de restaurantes Madero está investindo em novas empreitadas e acabou de inaugurar a primeira unidade da rede Vó Maria Durski, especializada em filé à parmegiana e com foco em praças de alimentação.

O primeiro restaurante foi aberto na praça de alimentação do Shopping Mueller, em Curitiba (PR). O foco da nova rede é a simplicidade. Há um prato único, o lombinho à parmegiana, que recebe diferentes acompanhamentos como arroz, penne ou batatas fritas, por R$ 17,90.

Esta é a quarta marca de restaurantes do empresário, que também comanda o internacional Durski, a rede Madero e a hamburgueria Jeronimo.

“Estamos levando para as praças de alimentação a mesma qualidade e sabor dos alimentos que servimos em nossos outros restaurantes”, afirma Luiz Renato Durski Junior, fundador e presidente da rede Madero.

A proposta é melhorar a qualidade das refeições nas praças de alimentação. “A qualidade da praça de alimentação não é das melhores, pois a franquia não favorece isso”, disse ele, em entrevista ao site EXAME em março.

Ainda em 2018, o Grupo lançará outras duas novas marcas: a Sanduicheria do Junior Durski e a hamburgueria Dundee. Serão 45 aberturas no ano e outras 80 em 2019, com uma forte expansão programada para o estado de São Paulo.

A expectativa é abrir 200 restaurantes de cada uma das marcas em apenas 5 anos. Com cerca de 600 shoppings centers no Brasil, o presidente acredita que essa marca é possível.
 
 

segunda-feira, 7 de maio de 2018

OAB denuncia venda de carteira de advogado no Mercado Livre






O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil encaminhou queixa-crime à Polícia Federal em que denuncia a venda de carteiras da OAB no Mercado Livre. A autoria da postagem no site é desconhecida, mas a entidade incluiu imagem em que o documento é vendido por R$ 1 mil e a entrega deve ser combinada com o vendedor. O link, também incluído na denúncia, não está mais disponível.
Anúncio oferecia carteira da OAB.Reprodução
"É incontroverso que o site vem divulgando a possibilidade de compra da carteira de advogado, o que, em tese, configura a prática do crime de estelionato em face dos bacharéis em direito que procuram os serviços oferecidos, delito este devidamente tipificado no Código Penal em seu artigo 171", diz a denúncia. A OAB também argumenta que a venda de carteiras de advogados configura falsificação de documento público.

A OAB requer a instauração de investigação policial para apuração dos fatos apontados, e, sendo constatada a prática, a remessa dos autos ao Ministério Público para ajuizamento de ação penal. A entidade pretende, de acordo com a denúncia, condenar os autores da oferta, bem como conseguir eventual reparação civil. A ação é assinada pelo presidente da OAB, Claudio Lamachia.


Leia aqui a íntegra da representação. 



https://www.conjur.com.br/2018-mai-05/oab-denuncia-venda-carteira-advogado-mercado-livre

Nestlé investe US$ 7,15 bilhões em licenças de produtos Starbucks


Startup que quer substituir Correios recebe aporte de R$ 25 mi




A Mandaê, que aplica tecnologia à logística de empresas, ganhou um investimento para crescer sua operação

 




São Paulo – A startup Mandaê está surfando em um mercado que, recentemente, só entristeceu seus consumidores – o que catapultou novas soluções. A logística para empresas passou diversos reveses nos últimos anos, como o fim do serviço de entrega para e-commerces e-Sedex e um vai e vem de fretes mais caros nos Correios, e isso ajudou a startup a anunciar uma nova rodada de aportes e continuar o crescimento de sua operação.

O negócio recebeu 7,1 milhões de dólares (na cotação atual, cerca de 25 milhões de reais). A rodada série B foi liderada pelo órgão International Finance Corporation, do Banco Mundial, e contou com a participação dos fundos FJ Labs, Mercado Livre Fund, Tekton Ventures e UPS Strategic Enterprise Fund. Outros investidores já são conhecidos da startup, como Performa Investimentos, Qualcomm Ventures, Monashees e Icon Holding Company.

“São fundos que já investiram em startups, inclusive de logística, pelo mundo inteiro. Além disso, possuem muita experiência e conexões de mercado. Eles sabem os desafios que temos e poderão dar muitos conselhos”, afirma Marcelo Fujimoto, CEO da Mandaê.

O primeiro fundo que merece destaque é o feito pelo IFC, do Banco Mundial. “A logística é um setor muito importante para o desenvolvimento dos países e enfrenta muitos problemas no Brasil. Então, para eles, fazem muito sentido investir no mercado em geral e na nossa solução em particular.”

Além do líder da rodada, outro fundo da lista merece destaque: o Mercado Livre Fund, parte da gigante de e-commerce. Fujimoto diz não poder falar em nome do Mercado Livre, mas obviamente há um interesse estratégico com o aporte.

“O frete é um dos fatores mais impactam a experiência no e-commerce, especialmente a taxa de conversão de consumidores. Marketplaces como o Mercado Livre estão preocupados com o setor, e acho que é um dos fatores que explica o investimento deles na gente. O mercado está carente de uma solução.”

Vale lembrar que a Qualcomm Ventures, que também aportou nesta rodada, já investiu em outra startups de logística que atua no Brasil: a CargoX, do argentino Federico Vega.

Como funciona?

 

Criada em 2014, a Mandaê tem como objetivo aumentar a eficiência na coleta, embalagem e transporte de produtos para empresas. A primeira opção de envio de tais empreendimentos é, hoje, a Empresa Brasileira de Correios.

A empresa afirma que os Correios são “parceiros” e que, em algumas cotações, a melhor opção é de fato enviar pelo serviço. Mesmo assim, o negócio tira uma fatia do mercado da empresa por meio da competição com outros parceiros.

A startup faz a intermediação com outros negócios que recolhem os produtos, fazem uma embalagem adequada ou os transportam por caminhões próprios. Como a Mandaê negocia um volume maior de produtos durante toda essa cadeia, usando os pedidos de todas as suas clientes, a economia no frete das empresas pode chegar a 35%. A startup também oferece experiências como logística reversa (realizar trocas de pedidos) e ferramentas para gerenciar, rastrear e cotar envios.

Hoje, a Mandaê afirma atender “centenas” de clientes, compostos principalmente de pequenas e médias empresas. O negócio diz também atender companhias maiores.

Por conta do novo contrato de investimento, a startup não quis abrir números de volume de entregas ou faturamento, constatando apenas quadruplicar de tamanho nos últimos anos e querer manter a taxa para 2018.

A Mandaê ganhou o Prêmio ABComm de Inovação Digital 2017, da Associação Brasileira de E-Commerce, na categoria de “Logística no E-commerce”.

Planos de expansão e desenvolvimento

 

O investimento terá dois objetivos, segundo Fujimoto. O primeiro é expandir o serviço de logística empresarial para outros estados – até o momento, a solução atua apenas em São Paulo.

Depois, a startup usará os recursos para contratar mais pessoal, especialmente em atendimento e desenvolvimento de produto. A Mandaê possui 100 funcionários e quer dobrar de tamanho até o fim do ano.

“Nosso modelo de plataforma tecnológica para a cadeia de entrega é complexo, então continuaremos investindo”, afirma o CEO da Mandaê.

Um dos projetos tecnológicos para 2018 é melhorar a tecnologia de rastreamento sobre os produtos intermediados pela startup, por exemplo. A startup também quer fomentar parcerias mais profundas com as transportadoras.


Histórico de investimentos

 

A Mandaê já havia feito uma rodada de investimento-semente em março de 2014, no valor de 200 mil dólares. Um ano depois, captou um Série A de 4,9 milhões de reais, liderado pelos fundos Monashees e Valor Capital Group.

Por fim, fez novas rodadas que totalizaram 19,5 milhões de reais, com participação dos fundos anteriores e de nomes como Performa Investimos e Qualcomm Ventures. Somando o aporte atual, a startup já captou cerca de 50 milhões de reais.