segunda-feira, 3 de maio de 2021

Luiza Trajano: “Nunca me filiei a partido político, mas sou uma política”


A presidente do conselho do Magalu e do grupo Mulheres do Brasil é a convidada desta semana do podcast ESG de A a Z
Luiza Helena Trajano, presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza

Luiza Trajano, presidente do conselho do Magalu: "Vacinar as pessoas é a única maneira de parar com o abre e fecha" (LAILSON SANTOS)


Rodrigo Caetano

Repórter ESG| rodrigo.sabo@exame.com



A empresária Luiza Trajano lidera um grupo de empresários que pretende auxiliar o governo a vacinar a população. Comprar o imunizante, no entanto, não está nos planos. Trajano, que transformou o Magazine Luiza em uma das maiores varejistas do Brasil, deixa claro que há coisas que são do governo, e outras que são da iniciativa privada.

O que nenhum dos lados pode deixar de se preocupar é com o desenvolvimento social do país. De sua fazenda nos arredores de Cássia, em Minas Gerais, a empresária participou do podcast ESG de A a Z, produzido pela EXAME. Na conversa, Trajano falou sobre vacina, diversidade, varejo e a chance de entrar para a política. Confira um resumo da entrevista:

 

A pandemia está alterando a visão dos empresários sobre o papel da iniciativa privada para o desenvolvimento da sociedade?

O espírito de cidadania aumentou no Brasil. Eu canto o Hino Nacional todas as manhãs há 23 anos. Mas, como fomos colonizados e passamos por 400 anos de escravidão, as pessoas sentem que existem apenas dois papéis: o do colonizador e o do colonizado. Não sentem que o país pertence a elas. Com a desigualdade social sendo escancarada, as empresas doaram muito, mais de 6 bilhões de reais. Não apenas doaram para se sentir melhor, mas participaram da entrega, conheceram a desigualdade. Isso traz uma consciência muito grande, e o empresariado teve um papel muito importante nesta pandemia.

Qual é o objetivo do movimento Unidos pela Vacina?

Vacinar as pessoas é a única maneira de parar com o abre e fecha. Sempre deixamos claro que não vamos comprar vacina, quem faz isso é o governo. Até porque não há vacina disponível para comprar, as fabricantes já disseram que só vendem para governos. Não falta dinheiro para o Brasil, falta vacina para comprar. Não sei se dava para ter comprado antes, o que eu quero é olhar daqui para a frente e ajudar o governo.

Como será essa ajuda?

Temos três agências de propaganda e uma rede logística, até com aviões, trabalhando com a gente. Junto com a consultoria Locomotiva, fizemos um levantamento com 5.500 municípios para saber o que está faltando. Cerca de 5.300 já responderam, o Renato [Meirelles, fundador da Locomotiva] disse que nunca viu algo parecido. O que mais falta nos municípios são profissionais de saúde, comunicação e equipamentos como caixa térmica. Organizamos doadores que estão apadrinhando cada região para fornecer o que está faltando.

A inteligência e a expertise do setor privado é o que falta para acelerar a vacinação no país?

O SUS tem a maior inteligência de vacina do mundo. Não precisa da experiência do setor privado nessa questão. O que precisamos é ajudar na gestão. O governo federal é responsável pela compra. Mesmo estados como São Paulo, que compraram diretamente, ficaram com menos de 30%, o resto foi para o SUS. Por que isso? Para ter igualdade. Não é justo eu vacinar minha equipe e deixar o povo que anda de ônibus sem vacinar. Agora, não adianta culpar o que fez e o que não fez demonizando ou mitificando as pessoas. É preciso conectar todas as pontas.

Há um plano para continuar o Unidos pela Vacina após a pandemia, como está sendo feito com o Todos pela Saúde, do Itaú?

O que eu sempre quis, junto com o Mulheres do Brasil, foi investir em ciência. O Brasil tem um histórico de cura de doenças como a febre amarela. Esta não será a última pandemia. Os vírus estão aí circulando, temos de ter a prevenção. O Todos pela Saúde, do Itaú, também virou um instituto de ciência.

Qual será seu próximo projeto na área social? Assim que passar a vacina, quero fazer um plano estratégico de dez anos para o Brasil, abordando saúde, educação, moradia e emprego. Tudo ligado à sustentabilidade. Quando eu estive no Japão pela primeira vez, em 2015, conheci o plano estratégico deles. Já o traduzi, e agora estou traduzindo o de Singapura. São quatro frentes importantes. O plano definirá em que lugar queremos estar na educação em 2025, por exemplo, ou na fila do SUS. Os objetivos precisam ser claros e difundidos para toda a sociedade. Ter o plano na boca do povo e um grupo de 100.000 pessoas com poder político é o caminho para fazer as mudanças necessárias [o Mulheres do Brasil tem 80.000 signatárias].

A política brasileira passa por grande turbulência, inclusive com temores de ruptura da democracia. Isso dificulta a organização da sociedade civil?

Não acredito na retomada de um país sem uma sociedade civil organizada. O Mulheres do Brasil nunca esteve tão organizado e tão forte. Não vai ter golpe porque a sociedade não vai deixar. As pessoas estão cansando dessa divisão. Sempre vai ter 10%, 15% e um lado ou de outro, mas as pessoas estão cansando.

Como a senhora enxerga o Brasil do futuro em termos de identidade nacional?

Não esperava tamanha adesão da sociedade ao Unidos pela Vacina. Não estamos levando paulada de nenhum lado. Acredito que o futuro do Brasil será este: uma grande união nacional com base na coletividade e na cooperação.

Outras bandeiras levantadas pelo Magazine Luiza, no entanto, sofreram com a polarização, especialmente nas redes sociais. Como a senhora reagiu às críticas ao programa de trainees para negros?

Foi um fenômeno de um fim de semana. Faz três anos que tentamos aumentar a presença de negros na liderança. Fomos à Universidade Zumbi dos Palmares, aos movimentos negros, mas não aparecia ninguém. O Frederico [Trajano, CEO do Magazine Luiza] deu a sugestão de criar um programa de trainees só para negros. Quem ajudou a montar foram os meninos negros da companhia e o comitê de diversidade do Mulheres do Brasil.

Foi aprovado em conselho e, na sexta-feira, às 15 horas, nossa comunicação mandou um release, até para chamar candidatos. Foi um horror no Twitter. Ficamos muito em evidência. Foram 32 horas de puro racismo estrutural. Eu já estou acostumada a quebrar paradigmas e sei que leva paulada mesmo, mas o Frederico ficou assustado. Então, ele escreveu uma carta dizendo ”calma, só estou querendo acertar na minha empresa, não é para ficar tão bravo“. Foi um fim de semana típico de internet. Mas, depois, recebemos muito retorno positivo. Os 20 trainees já estão trabalhando.

A senhora pensa em entrar para a política?

Nunca me filiei a partido político, mas sou uma política que trabalha pelo Brasil há décadas. Não sou contra partido político nem contra o processo político. Eu sempre quis que a sociedade se unisse, acredito muito no poder da sociedade civil organizada. Nunca me passou pela cabeça ter um cargo político e não estou recebendo ninguém que me procura. Agora, nunca diga “dessa água não beberei“.

 

 https://invest.exame.com/esg/luiza-trajano-nunca-me-filiei-a-partido-politico-mas-sou-uma-politica


BTG Pactual anuncia a aquisição da Fator Corretora


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O BTG Pactual informou ao mercado nesta segunda-feira, 3, que fechou um acordo para a aquisição de 100% do capital social da Fator Corretora, uma das mais tradicionais corretoras do mercado financeiro brasileiro. O valor da transação não foi divulgado e ainda depende da aprovação de órgãos reguladores, inclusive o Banco Central.

“A aquisição da Fator Corretora nos permite ganhar ainda mais escala, com diluição de custos, ganhos de eficiência, sinergia e produtividade. Trata-se de uma corretora criada e desenvolvida com foco na qualidade de atendimento ao cliente e expertise diferenciada. Agora, toda a estrutura tecnológica do BTG Pactual, na qual já investimos mais de R$ 1 bilhão, estará à disposição dos assessores e clientes da Fator Corretora”, afirma Marcelo Flora, sócio responsável pelo BTG Pactual Digital, em nota.

A aquisição faz parte da estratégia de expansão do BTG Pactual Digital no segmento de assessoria de investimentos.

A transação não inclui os negócios do Banco Fator, Fator Seguradora e Fator Asset Management, que seguirão operando totalmente independentes e utilizando a marca Fator. 

 

https://www.istoedinheiro.com.br/btg-pactual-anuncia-a-aquisicao-da-fator-corretora-2/

 

Cielo monta fundo de R$530 mi com BNDESPar para crédito a pequenas empresas

 

Ações da Cielo saltam mais de 9% após dados mais fortes no 4T20 – Agência  CMA

 

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A Cielo informou nesta segunda-feira que concluiu a montagem de fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) de cerca de 530 milhões de reais em conjunto com o BNDESPAr, para ofertar crédito a micro, pequenas e médias empresas.

O fundo tem aportes do braço de participações do BNDES de até 450 milhões de reais em cotas sênior, sendo 200 milhões de imediato e o restante em chamadas de capital futuras. E a Cielo vai aportar 79,4 milhões de reais em cotas subordinadas, levando a um total de 529,4 milhões de reais, segundo fato relevante.

O fundo poderá liberar até 200 mil reais para capital de giro por cliente, com custo efetivo total de até 3,5% ao mês, carência de 60 dias e prazo de até 30 meses. As operações de crédito serão depois compradas pelo fundo.

(Por Aluísio Alves)

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/cielo-monta-fundo-de/

Quando os criminosos de colarinho branco tentam amordaçar a imprensa

Quando os criminosos de colarinho branco tentam amordaçar a imprensa

Antes de ser assassinada em 17 de outubro de 2017, a jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia havia sido submetida a numerosas pressões judiciais para silenciá-la. Afp
Série

Na Suíça, como em todo o resto da Europa e nos Estados Unidos, as pressões e as tentativas de censura estão se multiplicando contra os meios de comunicação enfraquecidos economicamente. Cerca de trinta organizações não governamentais alertam contra esses ataques judiciários que estão ameaçando a liberdade de expressão.

Este conteúdo foi publicado em 28. abril 2021 - 09:00

É o caso de Marie Maurisse e François Pilet. No fim de janeiro, os dois fundadores de “Gotham City”, um newsletter localizado no Cantão de Vaud e especializado em criminalidade econômica, se encontravam frente a um tribunal pela quinta vez em menos de doze meses. Seu erro? Ter relatado a condenação de um gestor de fortuna de Genebra que havia encoberto fundos de um abastado “filantropo” estrangeiro.

A identidade do condenado não foi divulgada, seguindo as regras suíças – bastante restritivas no que diz respeito à publicação de nomes. O juiz, contudo, avalia que há a possibilidade de que se descubra a identidade do culpado ao ler o artigo incriminado, e por isso interrompeu sua divulgação. “É um grave atentado contra a liberdade de imprensa, um verdadeiro ato de censura”, denuncia Marie Maurisse.

Embora certos de sua inocência, os dois jornalistas investigativos estão resignados. “Nós já desembolsamos 3.000 francos suíços em despesas legais, não temos mais o dinheiro nem a energia necessária para apelar. Então desistimos de publicar essa informação”, lamenta Marie Maurisse.

“Chilling effect”

Professor de direito dos meios de comunicação na Universidade da Suíça Italiana, Bertil Cottier observa um crescimento nas tentativas de intimidação judiciária contra os meios de comunicação na Suíça: “Mesmo que o jornalista ganhe a causa no final, todos esses procedimentos judiciários são exaustivos e desencorajadores. É o que chamamos de ‘chilling effect’, uma pressão judiciária que visa desencorajar o jornalista de cumprir o seu papel de cão de guarda da sociedade”.

Entre riquíssimos homens de negócios que podem contratar os serviços dos melhores advogados e meios de comunicação cada vez mais fragilizados no plano econômico, o combate está se tornando cada vez mais desigual, atesta Bertil Cottier. “Um jornal local ou uma nova mídia independente, como Gotham City, Heidi.Nwes, Bon pour la Tête ou Republik, não pode pagar milhares de francos em danos e juros. Porém são precisamente esses pequenos veículos que constituem o pluralismo e a diversidade de imprensa”, destaca.

Os fundadores do boletim informativo Gotham City, Marie Maurisse e François Pilet são processados volta e meia pelos empresários desesperados em evitar que seus nomes sejam divulgados. swissinfo.ch

Nos quatro outros casos judiciários nos quais esteve envolvido recentemente, “Gotham City foi, todas as vezes, objeto de medidas chamadas “super provisórias”. Elas permitem ao juiz proibir a publicação de um artigo, antes mesmo do seu surgimento e sem que os jornalistas sejam consultados, quando houver um risco comprovado de um atentado “iminente” à honra do peticionário. “É uma ferramenta muito poderosa, geralmente reservada a casos de urgência. Porém atualmente está sendo utilizada de uma maneira totalmente abusiva”, avalia François Pilet.

Uma ferramenta de censura

Quando os tribunais reconheceram o interesse público das informações e finalmente autorizaram sua publicação, os casos deixaram marcas. Em dois casos, a parte demandante não pagou as despesas judiciais da parte que obteve ganho de causa. “Ao total, em 2020, nós tivemos de desembolsar quase 20.000 francos em despesas legais. Isso representa aproximadamente um mês de salário a ser pago para nossa equipe de jornalistas”, ressalta Marie Maurisse.

Apesar de sua vontade de revelar casos de corrupção, de desvio de dinheiro ou de lavagem de dinheiro estar intacta, os fundadores de “Gotham City” se tornaram mais prudentes. "Nós não podemos lutar todas as batalhas. Quando você sabe que vai se meter em problemas, às vezes você desiste. É a autocensura”, lamenta Marie.

"Nós não podemos lutar todas as batalhas. Quando você sabe que vai se meter em problemas, às vezes você desiste. É a autocensura”

Marie Maurisse, cofundadora do Gotham City

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Esse fenômeno não é particular à Suíça. Nos Estados Unidos, os jornalistas estão sendo cada vez mais frequentemente o alvo de processos judiciais recorrentes chamados SLAPPs, que são dispositivos jurídicos que permitem processar pessoas que participaram do debate público. Um meio de pressionar jornalistas, universitários ou membros de organizações não governamentais que rapidamente se propaga pela Europa e pelo coração das democracias liberais.

Junto a trinta outras organizações não governamentais, a Repórteres sem Fronteiras (RSF) lançou no fim de março uma plataforma com a missão de “denunciar e combater a utilização de perseguições judiciais para intimidar e reduzir ao silêncio” as vozes críticas no âmbito europeu. No dia 18 de maio, a organização de defesa da liberdade de imprensa concederá prêmios “da vergonha” às empresas e figuras políticas que mais processaram jornalistas.

Sensibilizar os juízes sobre a liberdade de imprensa

Um dos eventos que desencadeou essa iniciativa foi o assassinato, em outubro de 2017, da jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia, que estava investigando casos de corrupção. "Antes de ser assassinada, Daphne Caruana Galizia foi alvo de cerca de 50 processos judiciais. Ela passou um tempo enorme no tribunal, sofrendo um imaginável impedimento ao seu trabalho de investigação", explica Denis Masmejan, Secretário Geral da RSF Suíça.

Ainda que esse tipo de caso felizmente não tenha acontecido na Suíça, Denis Masmejan acredita que é necessário um trabalho de sensibilização junto ao judiciário suíço. “A jurisprudência deve evoluir, especialmente no que diz respeito a atos prévios de censura. Os juízes devem aplicar a lei de uma maneira favorável aos jornalistas e que respeite a liberdade de imprensa”, continua o secretário.

Conteúdo externo

Adotadas pela Assembleia Federal em 1984, as medidas provisórias e “super provisórias” preveem explicitamente as condições de sua aplicação mais severa aos meios de comunicação, uma vez que elas afetam o cerne da liberdade de imprensa. No entanto, elas constantemente suscitaram tensões entre o mundo político, judiciário e midiático, relembra Bertil Cottier. “Nós vimos isso mais uma vez em 2019, quando vários conselhos de Estado (ministros) francófonos [Pascal Broulis, Christophe Darbellay, Jacqueline de Quattro e Pierre Maudet] tentaram impedir a publicaçãoLink externo de artigos ou de livros que os implicavam.”

Despesas legais pagas com antecedência

Uma solução, aos olhos dos fundadores do Gotham City, seria uma mudança legislativa e a introdução de garantias financeiras ao apresentar um pedido de medidas super provisórias, como é o caso em outros procedimentos legais. "Isso asseguraria ainda que os demandantes, que são frequentemente homens de negócios ricos do exterior, seriam forçados a pagar as despesas legais dos meios de comunicação que foram atacados injustamente", destaca Pilet.

Diante da necessidade urgente de conseguir dinheiro para cobrir suas despesas legais e a fim de não colocar em risco seu jovem periódico, François Pilet e Marie Maurisse entraram em contato com uma organização beneficente que poderia fornecer-lhes apoio financeiro. Pois os dois jornalistas têm toda a intenção de continuar a trazer à tona uma verdade que os justiceiros abastados tanto gostariam de esconder.

Um trabalho no coração dos escândalos do centro financeiro suíço

A Suíça encontra-se no centro das investigações judiciais acerca dos três maiores casos mundiais de desvio de verbas públicas que vieram à tona nos últimos anos: Petrobrás (Brasil), 1MDB (Malásia) e Venezuela.

“Com o fim do sigilo bancário para os contribuintes europeus, muitos bancos redirecionaram o seu foco para os mercados emergentes, expondo-se a riscos muitos altos em relação à corrupção, ao desvio de verba e à lavagem de dinheiro”, afirma François Pilet, cofundador do Gotham CityLink externo.

Em setembro de 2020, o Gotham City provocou indignação na Angola ao revelar o sequestro de 900 milhões de dólares pertencentes a um homem de negócios próximo ao governo do antigo presidente José Eduardo dos Santos.

Toda semana, ou quase, a Suíça recebe pedidos de assistência judicial de países em desenvolvimento. É nessas fontes de dados públicas que o Gotham City obtém suas descobertas. Essas informações são, então, relatadas aos assinantes do periódico, que incluem bancos, escritórios de advocacia, ONGs e meios de comunicação, mas também instituições judiciárias e ministérios federais.

Por meio de uma parceria, todo mês a swissinfo.ch publica um artigo do Gotham City que interesse particularmente a um público internacional.

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Adaptação: Clarice Dominguez


https://www.swissinfo.ch/por/quando-os-criminosos-de-colarinho-branco-tentam-amorda%C3%A7ar-a-imprensa/46556740?utm_campaign=top&utm_medium=email&utm_source=newsletter&utm_content=o

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Toshiba fecha aliança com Multilaser e vai voltar a vender TVs no Brasil

 


Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O mercado de televisão do Brasil é dominado pela Samsung e a Toshiba chega como nome conhecido para tornar a disputa competitiva (Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Separada da Semp, hoje com a TCL, a Toshiba planeja retornar ao mercado de televisões brasileiro, após sucesso na década de 1990 e 2000. E a aliança para voltar a fabricar no Brasil chegou através da Multilaser, união que deve produzir as primeiras unidades prontas para venda ainda neste primeiro semestre.

A Multilaser fechou parceria com o grupo chinês Hisense, parceiro global da Toshiba, colocando a companhia japonesa como uma das 20 marcas do portfólio que a Multi controla no mercado atualmente.

O anúncio marca a volta de uma marca conhecida no mercado brasileiro e em um momento em que a Samsung é o principal nome de vendas quando o assunto é televisão no País. Além disso, é uma forma de manter a competitividade no setor, já que a Sony deixou a produção de eletrônicos no Brasil no início deste ano.

A programação da Toshiba, segunda a Exame, é lançar dois modelos de TV em maio. As televisões contarão com telas de 55 e 65 polegadas, resolução 4K e tecnologia de pontos quânticos no painel, usada nos aparelhos da Samsung e TCL, e rival dos painéis OLED da LG.

As TVs contarão com a assistente virtual da Amazon, a Alexa, além de aplicativos de transmissão como Netflix e YouTube.

Até o fim do ano a ideia é lançar modelos com telas menores, entre 32 e 50 polegadas e a projeção a Multilaser é vender 100 mil peças em 2021 e 1 milhão de televisores até 2026.

 https://www.istoedinheiro.com.br/toshiba-fecha-alianca-com-multilaser-e-vai-voltar-a-vender-tvs-no-brasil/

 

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terça-feira, 13 de abril de 2021

Cármen Lúcia pede que STF julgue queixa contra Bolsonaro por genocídio


 Cármen Lúcia pede que STF julgue queixa contra Bolsonaro por genocídio

Marcelo Camargo / Agência Brasil / Wikipédia

 

Brasil 247 – A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia pediu que o presidente da Corte, Luiz Fux, marque julgamento de uma notícia-crime contra Jair Bolsonaro por suspeita de genocídio contra indígenas na pandemia do coronavírus. A ideia do STF é avaliar se a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve ou não abrir um inquérito para investigar Bolsonaro por sua conduta ao vetar trecho de lei para assistência a indígenas durante a maior crise sanitária, que previa garantia de fornecimento de água potável e insumos médicos.


O procurador-geral, Augusto Aras, já se manifestou contra a abertura do inquérito – o chefe da PGR foi indicado por Bolsonaro ao cargo sem estar na lista tríplice do Ministério Público.

Após pedido do ministro Edson Fachin, o caso foi remetido ao plenário comum do Supremo. “A manifestação do senhor ministro sobre a questão posta será oportunamente apresentada, quando da prolação de seu voto”, disse o gabinete de Fachin em resposta ao portal UOL.

A queixa-crime foi apresentada pelo advogado André Barros. De acordo com a defesa dele, feita pelo advogado Luís Maximiliano Telesca, os crimes de genocídio não afetam somente os indígenas, mas a toda a população.

“O presidente da República buscou, de maneira concreta, que a população saísse às ruas, como de fato saiu, para que contraísse rapidamente a doença, sob a falsa informação da imunização de rebanho”, afirmou Telesca na sexta-feira (9), em petição ao Supremo.

 

 https://leragora.net/carmen-lucia-pede-que-stf-julgue-queixa-contra-bolsonaro-por-genocidio/

 

Lira nega viagem de Bolsonaro e Mourão ao exterior para sanção do Orçamento


Lira nega viagem de Bolsonaro e Mourão ao exterior para sanção do Orçamento

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, em Brasília

Por Maria Carolina Marcello

 

 BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou nesta terça-feira reportagem do Estado de S. Paulo segundo a qual o presidente Jair Bolsonaro estaria sendo aconselhado a sair do país, assim como o vice-presidente Hamilton Mourão, deixando a responsabilidade pela sanção do Orçamento de 2021 –e por eventuais problemas– nas mãos do deputado.

Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar o Orçamento deste ano, mas a proposta orçamentária tem enfrentado um impasse em torno das despesas obrigatórias. Enquanto o presidente e Mourão estivessem fora do país, é Lira quem assumiria a Presidência da República e suas funções.

“Desminto com veemência o conteúdo desta matéria do Estadão. O cidadão merece uma apuração sem ‘disse me disse’ e calcada na verdade”, publicou o presidente da Câmara no Twitter.

“O país vive um momento grave de perdas e crise sanitária. O Orçamento é crucial e será tratado por mim e pela Câmara com responsabilidade”, tuitou Lira.

Para a equipe econômica do governo, as despesas obrigatórias foram subestimadas, ao passo que houve uma elevação de recursos direcionados a emendas parlamentares.

Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por outro lado, afirmam que não há problema na proposta e lembram que o governo participou de todo o processo de elaboração e votação, sem apontar irregularidades. 

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/lira-nega-viagem-de/