segunda-feira, 3 de abril de 2023

Crédito para empresas seca e renegociação de dívida dispara

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Diante de um cenário de juro alto, desaceleração econômica, dificuldades no mercado internacional e crise na Lojas Americanas, o crédito corporativo no Brasil secou. Endividadas, empresas têm recorrido a renegociação de débitos, além de recuperação judicial e extrajudicial, para tentar sobreviver.

A tendência, segundo analistas, é que as condições de crédito continuem duras pelo menos até o fim do ano, dificultando a operação das companhias brasileiras.

Na semana passada, o Banco Central divulgou que a concessão de crédito para pessoas jurídicas foi de R$ 166 bilhões em fevereiro, valor 8,6% inferior ao de janeiro. Para o Goldman Sachs, é provável que esse cenário piore. “Esperamos que as condições de crédito se tornem mais exigentes nos próximos meses devido ao alto nível de endividamento do consumidor, taxas elevadas, perspectiva de abrandamento da atividade real e o surgimento recente de várias situações de dificuldade de crédito corporativo”, afirma relatório do banco.

Na análise de Douglas Bassi, sócio da área de reestruturação de dívida da Virtus BR Partners, a situação deve se manter assim no mínimo até dezembro, dado que, após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros, a Selic, serão necessários de quatro a nove meses para haver efeitos na economia real.

Com o acesso ao crédito restrito, companhias têm tido dificuldade de rolar dívidas. As que conseguem estão pagando juros pesados. A Gol, por exemplo, trocou em fevereiro título de dívidas que venciam entre 2024 e 2026 por papéis que vencem em 2028, mas assumiu uma taxa de juros de 18% – antes, variava entre 3,75% e 8%. 

Para as que não estão tendo essa opção, as recuperações judicial e extrajudicial têm sido a saída. Na última semana, o Grupo Petrópolis, dono da cerveja Itaipava, e a varejista de moda Amaro recorreram, respectivamente, a esses expedientes.

Apenas no primeiro bimestre deste ano, 195 empresas no País já pediram proteção na Justiça, um aumento de 60% na comparação com o mesmo período de 2022. É o número mais alto desde 2017, quando foram feitos 197 pedidos nos dois primeiros meses do ano, segundo dados da Serasa Experian.

O economista Luiz Rabi, da Serasa, diz que o crédito ficou mais caro devido ao aumento da inadimplência e ao juro alto. Uma melhoria só seria possível com uma perspectiva de queda na inadimplência, o que não está no horizonte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Diretor de tecnologia e digital da Marisa renuncia

Rodrigo Lamosa Poço - Chief Digital Officer at Marisa Lojas SA | The Org

 

SÃO PAULO (Reuters) – O diretor de tecnologia e digital da Marisa Lojas, . Rodrigo Lamosa Poço, renunciou ao seu cargo para dar seguimento a projetos pessoais, informou a varejista de moda nesta segunda-feira.

A saída de Lamosa é mais recente mudança no alto escalão da Marisa, que desde fevereiro trocou de presidente, diretor financeiro e de presidente do Conselho de Administração.

A Marisa anunciou resultados de 2022 não auditados e um plano de reestruturação na sexta-feira, em meio a uma tentativa de controlar o patamar de endividamento.

(Por André Romani)


 

EUA saúdam planos do Banco Mundial para o clima e pressionam por mudanças mais ambiciosas


EUA saúdam planos do Banco Mundial para o clima e pressionam por mudanças mais ambiciosas

Participante de um evento em frente ao logo do Banco Mundial

WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos saudaram nesta segunda-feira os planos do Banco Mundial de aumentar os empréstimos anuais, em 5 bilhões de dólares, a países de renda média para combater as mudanças climáticas e outras crises globais ao longo de dez anos, mas disseram que estão pressionando por mais mudanças ambiciosas em breve.

Um alto funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA disse à Reuters que os diretores do Banco Mundial devem endossar o tão esperado plano durante suas reuniões semestrais na próxima semana, enquanto pedem que a administração do banco delineie planos firmes para novas reformas.

Os Estados Unidos, país que é o maior acionista do banco, há meses pressiona o Banco Mundial a tomar medidas mais ousadas para aumentar o financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas, futuras pandemias e outros desafios globais.

O Banco Mundial forneceu 100 bilhões de dólares entre 2020 e 2022 para bens públicos globais, mas estima que os países em desenvolvimento e o setor privado precisariam investir muito mais – cerca de 2,4 trilhões de dólares por ano – para atender a essas necessidades.

“Precisamos manter a ambição. Ainda há muito mais a fazer”, disse o funcionário, acrescentando que os Estados Unidos estão pressionando o banco para mapear reformas concretas adicionais, juntamente com um cronograma para implementação.

O governo do presidente norte-americano Joe Biden vê o “mapa da evolução” do banco como um “pagamento inicial de uma série de reformas importantes”, mas quer as reformas implementadas assim que possível, em vez de esperar que os governadores do banco se reúnam em outubro, disse o funcionário.

(Reportagem de Andrea Shalal)

 

Natura&Co acerta venda da Aesop para L’Oréal em negócio de US$2,5 bi


Natura&Co acerta venda da Aesop para L’Oréal em negócio de US$2,5 bi

Natura&Co acerta venda da Aesop para L'Oréal

SÃO PAULO (Reuters) – A Natura&Co assinou acordo para a venda da Aesop para a L’Oréal em negócio que avaliado (“enterprise value”) em 2,53 bilhões de dólares, disseram as empresas nesta segunda-feira.

A expectativa é que o negócio seja fechado no terceiro trimestre.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/naturaco-acerta-venda-da/

BNDES aprova crédito de R$907 mi para 4 parques eólicos da Casa dos Ventos no RN


BNDES aprova crédito de R$907 mi para 4 parques eólicos da Casa dos Ventos no RN

Turbina de energia eólica

 

Reuters

 

 RIO DE JANEIRO (Reuters) – O BNDES aprovou um financiamento de 907 milhões de reais para a geradora renovável Casa dos Ventos implantar quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte, informou o banco de fomento nesta segunda-feira em comunicado.

Os quatro parques eólicos, Ventos de Santa Luzia 11, 12 e 13 e Ventos de Santo Antônio 1, têm uma capacidade instalada total de 202,5 MW. O investimento total no projeto é de mais de 1,3 bilhão de reais.

A energia gerada será suficiente para atender cerca de 500 mil domicílios e reduzir a emissão de carbono de 522 mil toneladas ao ano.

Os quatro sítios de geração de energia a partir do vento integram o Complexo Eólico Umari, localizado nos municípios de Monte das Gameleiras, São José do Campestre e Serra de São Bento. As obras do complexo começaram no ano passado e o projeto deve entrar em operação em agosto de 2024, de acordo com o banco.

O empréstimo será destinado prioritariamente para a aquisição e instalação de aerogeradores e na realização de obras civis, além da implantação de sistema de transmissão associado ao projeto. 

Cada um dos parques eólicos tem como proprietário uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) diferente. As quatro SPEs são controladas pela CDV Holding, uma joint venture entre a brasileira Casa dos Ventos e o grupo francês TotalEnergies.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

 

Lula diz que não concorda com previsões “pessimistas” de crescimento do PIB abaixo de 1%

 

Lula diz que não concorda com previsões “pessimistas” de crescimento do PIB abaixo de 1%

Lula participa de cerimônia no Palácio do Planalto


(Reuters) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que não concorda com avaliações de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá crescer menos de 1% e disse que a economia do país crescerá mais do que o estimado por aqueles que classificou como pessimistas.

“Não concordo com as avaliações negativas de que o PIB vai crescer zero não sei das quantas, 0,1%”, disse o presidente na abertura de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto, em fala transmitida pela TV Brasil.

“Eu acho que a gente vai crescer mais do que os pessimistas estão prevendo. Vai acontecer mais coisas no Brasil do que as pessoas estão esperando que vai acontecer”, acrescentou.

O presidente também manifestou confiança de que o governo conseguirá aprovar no Congresso Nacional a proposta de novo arcabouço fiscal, anunciada na semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assim como uma reforma tributária, que tem sido aprontada como prioritária pela equipe econômica de seu governo.

“Se você olhar para a cara do Haddad depois do marco regulatório que ele fez, olha a cara dele de felicidade. Significa que ele está acontecendo, que vai passar. Nós estamos acreditando que vai passar a nossa tão sonhada nova política tributária neste país”, disse.

Lula afirmou que o salto da economia pode vir da atividade do que chamou de micro e pequena economia nos “rincões” do país. Ele afirmou ainda que é dever do governo manifestar otimismo com a situação da economia, porque, segundo ele, ninguém aposta em um cavalo se o próprio dono do animal dizer que ele está cansado ou com problemas.

“Estamos acreditando que esse país voltará a ser um país em crescimento, em geração de emprego, que essa é a nossa obsessão agora”, disse. “Temos que ter como obsessão fazer esse país voltar a crescer.”

Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a estimativa de crescimento do PIB em 2023 seguiu em 0,90%.

Lula também anunciou na abertura da reunião ministerial que na próxima segunda-feira fará o balanço dos 100 primeiros dias do governo, acrescentando que irá anunciar na ocasião os próximos passos de sua gestão.

 “Na próxima segunda-feira, ao fazer a avaliação dos 100 dias, a gente vai ter que anunciar o que a gente vai fazer para frente, porque os 100 dias vão fazer parte do passado”, disse.

(Reportagem de Eduardo Simões, em São PauloEdição de Pedro Fonseca)

Promotores da Suíça investigam compra do Credit Suisse pelo UBS, orquestrada pelo governo


Crédito: Wikimedia Commons

Compra do Credit Suisse pelo UBS envolveu o Banco Central Suiço e o próprio governo local (Crédito: Wikimedia Commons)

 

Promotores da Suíça investigam a compra orquestrada pelo governo do Credit Suisse pelo concorrente UBS Group. A promotoria federal contatou autoridades nacionais e locais e “emitiu ordens de investigação” para analisar e identificar qualquer ofensa criminal ocorrida no âmbito do acordo, que envolveu o governo, o regulador financeiro (Finma) e o Banco Central da Suíça (SNB, na sigla em inglês), disse uma porta-voz, em comunicado.

“Diante da relevância dos eventos, o escritório da procuradoria-geral quer cumprir de modo proativo seu mandato e sua responsabilidade para contribuir para um centro financeiro suíço limpo”, afirmou a porta-voz.

Representantes do Credit, do UBS e do Ministério das Finanças da Suíça não quiseram comentar.

Reguladores suíços intervieram para arranjar o negócio há dois fins de semana, após uma fuga em massa de clientes do Credit Suisse, diante de temores sobre sua saúde financeira. Membros do governo e reguladores disseram que a compra era a única opção. Deixar o Credit quebrar, segundo eles, levaria a uma crise financeira no país e, provavelmente, global.

O UBS está pagando mais de US$ 3 bilhões pelo Credit. Como incentivo, o governo suíço disse que proverá mais de US$ 9 bilhões para compensar algumas perdas que o UBS possa ter de absorver no negócio. O SNB ainda proveu mais de US$ 200 bilhões em liquidez ao UBS, para ajudar a facilitar a transação.

Houve várias críticas ao negócio. Acionistas do Credit Suisse reclamaram por não terem direito de votar a fusão, enquanto os detentores de US$ 17 bilhões em bônus “additional tier 1” (AT1) perderam os papéis pelo acordo e afirmaram ter sido injustamente punidos na transação. Bônus AT1 são ativos que podem ficar sem valor quando um banco enfrenta problemas financeiros. Em geral, porém, os acionistas enfrentam perdas antes desses detentores de bônus.

O governo também é alvo de críticas por sua decisão de aprovar logo novas leis para facilitar o acordo, entre elas que ele acontecesse sem o voto dos acionistas. Fonte: Dow Jones Newswires.