sexta-feira, 14 de abril de 2023

Dólar cai pela quarta sessão ante o real e encerra semana abaixo de 5 reais


Crédito: Kim Hong-Ji/Reuters

Moeda norte-americana teve alta pela manhã, mas não o suficiente para evitar um fechamento em baixa pelo quarto dia seguido (Crédito: Kim Hong-Ji/Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) – Após o recuo de quase 3% do dólar nas últimas três sessões, os investidores ensaiaram um movimento de recomposição de posições compradas nesta sexta-feira, o que colocou a moeda norte-americana em alta firme pela manhã, mas não o suficiente para evitar a virada à tarde e um fechamento em baixa pelo quarto dia seguido.

Além do movimento técnico visto mais cedo, o avanço do dólar no exterior trazia um viés de alta para a moeda norte-americana no Brasil, que não se sustentou durante a tarde.

 Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que os juros elevados no Brasil e o otimismo em relação ao novo arcabouço fiscal seguem limitando a alta da moeda norte-americana.O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9162 reais na venda, em baixa de 0,23%. Este é o menor valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 8 de junho de 2022, quando foi cotada a 4,8906 reais. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 2,81%.

Na B3, às 17:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a 4,9260 reais.

Pela manhã, o dólar marcou a cotação mínima da sessão, de 4,8929 reais (-0,70%), às 9h31 (horário de Brasília), mas rapidamente saltou para o território positivo em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também subia, e com investidores realizando lucros e recompondo algumas posições compradas (no sentido de alta do dólar).

“Vimos de manhã um movimento de realização técnica. O dólar caiu quase 3% nas últimas três sessões, o que chama uma realização”, pontuou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.

Na máxima da sessão, vista às 11h09, a moeda marcou 4,9660 reais (+0,78%).

Ao longo da tarde, o dólar se reaproximou da estabilidade ante o real, a despeito de no exterior continuar em alta ante a maioria das demais divisas.

Segundo Bergallo, o fato de o diferencial de juros entre Brasil e EUA seguir favorável para a atração de investimentos tem impedido uma alta mais intensa da moeda norte-americana.

“Isso está limitado pelo nosso colchão de juros. Enquanto a Selic estiver em 13,75% ao ano, não tem como o dólar subir tanto”, avaliou. “E também não temos estresse na área fiscal ou ruídos vindos do governo”, completou.

Além de atrair investimentos em portfólio, o Brasil tem recebido dólares pela via comercial, lembrou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.

“O real é uma das poucas moedas que está ganhando alguma força, e muito por conta de nossas exportações de commodities agrícolas”, afirmou.

As notícias mais recentes permitiram que o dólar se firmasse abaixo dos 5 reais nesta semana, mas Luiz Felipe Bazzo, presidente do Transferbank, plataforma de transferências internacionais, lembra que alguns riscos permanecem.

“Mesmo com as últimas boas notícias, ainda tem muito risco no ar: o arcabouço ainda nem foi apresentado ao Congresso, não sabemos o que tem exatamente dentro da regra, as taxas de juros nos EUA ainda não começaram a cair e ainda não há dados concretos sobre a economia da China. Em poucas palavras, ainda tem muita água para rolar”, afirmou em análise enviada à Reuters.

No exterior, o dólar seguia em alta neste fim de tarde.

Às 17:17 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,58%, a 101,560.

Pela manhã, o Banco Central vendeu 14.000 dos 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho.

Z1 recebe aporte de R$ 54 milhões, Rappi adquire a Box Delivery


Mateus Craveiro, Thiago Achatz, Sophie Secaf e João Pedro Thompson, cofundadores da fintech Z1 / Divulgação

Mateus Craveiro, Thiago Achatz, Sophie Secaf e João Pedro Thompson, cofundadores da fintech Z1 / 

Divulgação



A fintech Z1 oferece uma conta bancária para adolescentes. Mas o aporte de R$ 54 milhões desta semana chega justamente para ampliar o público-alvo. A ideia da startup é começar a atender jovens acima de 18 anos que estejam na fase de transição para a vida adulta, acompanhando-os conforme ficam mais velhos. O principal produto em vista é uma solução de crédito, funcionalidade pedida por clientes atuais da empresa quando chegam à maioridade.

A rodada Série B foi coliderada pelos fundos Homebrew, Parade Ventures e Kindred Venture e contou com a participação de investidores parceiros, como Y Combinator, MAYA Capital, Clocktower e Gaingels. Também teve a entrada de novos nomes para o captable, entre eles, Costanoa, Newtopia, SquareOne e The Fund. 

Antes de receber esse investimento, a startup realizou outras duas captações em 2021, em um espaço de seis meses: uma rodada seed de R$ 14 milhões, em maio, e uma série A de R$ 55 milhões liderada pela Kaszek, em novembro.

China e Brasil relançam relações mirando tecnologia e ambiente; pedem negociação de paz na Ucrânia

 

China e Brasil relançam relações mirando tecnologia e ambiente; pedem negociação de paz na Ucrânia

Xi Jinping e Lula em Pequim

Por Ethan Wang e Ryan Woo e Lisandra Paraguassu

 

PEQUIM/BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil restabeleceu seus laços diplomáticos com a China, seu maior parceiro comercial, com uma visita de Estado na sexta-feira, na qual os países concordaram em aumentar os investimentos e a cooperação em tecnologia e desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que pediram negociações de paz na Ucrânia.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e vários de seus ministros assinaram os acordos com o presidente Xi Jinping e outras autoridades chinesas em Pequim.

Xi disse que a China fez das relações com o Brasil uma prioridade diplomática e que os dois países devem aprofundar a cooperação prática em setores como agricultura, energia e construção de infraestrutura, informou a emissora estatal CCTV.

“Temos uma relação extraordinária com a China, uma relação que a cada dia se torna mais aguda e forte”, disse Lula antes de seu encontro com Xi.

Brasil e China precisam trabalhar juntos para que a relação não seja apenas de interesse comercial, acrescentou Lula.

Os dois líderes concordaram que o diálogo e a negociação são a “única maneira viável” de resolver a guerra na Ucrânia, segundo um comunicado conjunto. Eles pediram a outros países que desempenhem um papel construtivo na promoção de um acordo político entre a Ucrânia e a Rússia.

Foi uma menção ainda sem detalhes ao tema da guerra ante às pretensões do Brasil de propor a criação de um grupo de países para negociar o fim do conflito, com a participação de Pequim.

Antes da viagem, Lula disse que gostaria de voltar da Ásia anunciando a criação do mecanismo — o Brasil vai receber o chanceler russo Sergei Lavrov na semana.

A visita de Lula ocorre após quatro anos de relações difíceis com a China sob seu antecessor de extrema-direita, Jair Bolsonaro, quando o comércio continuou inalterado, mas o investimento de empresas chinesas caiu.

Em um novo foco para as relações bilaterais, os dois países decidiram fortalecer a cooperação em proteção ambiental e enfrentamento das mudanças climáticas, e vão criar um comitê para isso em suas negociações de parceria estratégica.

Eles concordaram em atuar em conjunto com os países em desenvolvimento em fóruns internacionais sobre questões climáticas, ao mesmo tempo em que cobraram maior financiamento para projetos de desenvolvimento sustentável.

A China se comprometeu a apoiar a produção de energia limpa e hidrogênio verde no Brasil, mas não houve anúncio sobre um fundo bilateral de investimento verde que o Brasil propôs, para financiar e subsidiar o desenvolvimento de energia renovável.

A China e o Brasil concordaram ainda em criar um grupo de trabalho para buscar a cooperação em semicondutores, fortalecendo os laços com Pequim em áreas de tecnologia sensível.

A tecnologia da informação tem sido um ponto crítico nas relações da China com os Estados Unidos e países europeus que, em alguns casos, proibiram produtos chineses por razões de segurança.

O Brasil, porém, tem interesse em atrair investimentos chineses nessas áreas, apesar da pressão do governo dos Estados Unidos nos últimos anos desestimulando o uso de equipamentos móveis de quinta geração da gigante de tecnologia Huawei Technologies.

Antes da visita, o assessor especial de Lula, Celso Amorim, disse à Reuters que o Brasil está aberto a uma eventual instalação de uma fábrica chinesa de semicondutores no país e que Brasília tem interesse em desenvolver a tecnologia em cooperação com a China.

Na quinta-feira, Lula visitou o centro de pesquisa da Huawei em Xangai e foi informado sobre sua tecnologia, experimentando também seu headset de realidade virtual.

Lula disse em declarações públicas em Pequim que sua visita à Huawei foi “uma demonstração de que queremos dizer ao mundo que não temos preconceitos em nossas relações com os chineses”.

“Ninguém vai proibir o Brasil de melhorar sua relação com a China”, acrescentou.

A China ultrapassou os Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil em 2009 e é um importante mercado para soja, minério de ferro e petróleo brasileiros. O Brasil é hoje o maior receptor de investimentos chineses na América Latina, impulsionados pelos gastos com linhas de transmissão de energia elétrica em alta tensão e produção de petróleo.

Na sexta-feira, os dois países concordaram em incentivar suas empresas a investir em cada país em infraestrutura, transição energética, logística, mineração, agricultura e indústrias de alta tecnologia.

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse que os dois estão aprofundando estudos para realizar comércio em moedas locais, lembrando que a ideia de diminuir a dependência do dólar já está na agenda do grupo dos Brics, formado pelos principais países emergentes.

Durante o primeiro dia da visita, em Xangai, Lula participou da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos Brics, e também defendeu um comércio global em moedas locais.

Lula deve partir da China na manhã de sábado na Ásia, e faz parada nos Emirados Árabes Unidos antes de chegar a Brasília. O mandatário brasileiro convidou o chinês Xi Jinping a visitar o Brasil em 2024.

(Reportagem de Ethan Wang, Judy Hua e Ryan Woo em Pequim, Meg Shen em Hong Kong, Lisandra Paraguassu e Anthohy Boadle em Brasília)


Metas fiscais devem ficar fora do texto de âncora


Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil

O projeto determina que as metas sejam fixadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) (Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 

As metas fiscais perseguidas pelo governo para as contas públicas, divulgadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverão ficar de fora do texto do novo arcabouço fiscal. O projeto, que será enviado ao Congresso na semana que vem, determinará que as metas sejam fixadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – que orienta a elaboração do Orçamento do ano seguinte.

No projeto do arcabouço, estará determinado o intervalo da nova regra de controle do crescimento de gasto, mas a meta fiscal (diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta, sem contar os juros da dúvida) será fixada no projeto da LDO, lei que é encaminhada todos os anos ao Congresso no dia 15 de abril. Esse é o mesmo modelo usado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A LDO será encaminhada nesta sexta, 14, ao Congresso já com a meta fiscal de 2024, de 0% do Produto Interno Bruto (PIB). Pelo projeto da nova âncora, ainda em elaboração, será preciso explicitar na LDO o impacto da meta sobre a evolução da dívida pública. Também será necessário explicar se houver divergência da meta fixada a cada ano na LDO da meta estimada no primeiro ano do governo para os anos seguintes.

Os limites da regra de gasto estarão sempre fixados – uma forma de limitar de antemão a variação das despesas.

No anúncio do novo arcabouço, Haddad se comprometeu com uma trajetória de resultados fiscais de déficit de 0,5% do PIB em 2023; 0% em 2024; superávit de 0,50% em 2025; e de 1% no fim de 2026, último ano do governo Lula.

A regra de controle de gastos terá um intervalo para o crescimento das despesas acima da inflação de 0,6% (piso) a 2,5% (teto) ao ano.

Já as metas fiscais terão uma banda de tolerância de 0,25 ponto porcentual para baixo e para cima, num modelo parecido com o do regime de metas de inflação adotado pelo Banco Central.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

JPMorgan amplia lucro para US$ 12,6 bilhões no 1º trimestre


Crédito: JPMorgan/Divulgação

O lucro por ação do maior banco dos EUA entre janeiro e março ficou em US$ 4,10 (Crédito: JPMorgan/Divulgação)

 

O JPMorgan Chase teve lucro líquido de US$ 12,6 bilhões no primeiro trimestre de 2023, 52% maior do que o ganho de US$ 8,28 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço publicado nesta sexta-feira.

O lucro por ação do maior banco dos EUA entre janeiro e março ficou em US$ 4,10, bem acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 3,41.

Já a receita do JPMorgan somou US$ 38,35 bilhões no primeiro trimestre, com alta de 25% na comparação anual. O resultado também ficou acima da projeção da FactSet, de US$ 36,13 bilhões.

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Espanha oferece pagar empresas que testarem semana de trabalho de 4 dias


Espanha oferece pagar empresas que testarem semana de trabalho de 4 dias

Prédios na cidade de Madri, na Espanha

Por Belén Carreño

 

MADRI (Reuters) – As empresas espanholas com menos de 250 funcionários têm um mês para se candidatar a um projeto piloto do governo para reduzir a semana de trabalho para quatro dias com pagamento integral, afirmou o governo de esquerda do país nesta quinta-feira.

O projeto de 9,6 milhões de euros se concentrará em pequenas e médias empresas industriais, anunciou o governo ao delinear os requisitos para participação no projeto anunciado pela primeira vez em dezembro.

De 25% a 30% dos funcionários trabalharão pelo menos 10% menos horas com salário integral. Os empregadores serão parcialmente compensados em até 200.000 euros por candidato e pelos custos de consultoria na concepção de novos esquemas de trabalho.

O governo tem até novembro para responder aos pedidos, e as empresas são convidadas a realizar o teste por pelo menos dois anos, após os quais seus resultados de desempenho serão auditados.

 Paralelamente, a cidade costeira de Valência está realizando um teste de um mês da semana de trabalho de quatro dias, com o conselho municipal organizando feriados locais para cair em quatro segundas-feiras consecutivas para toda a população da cidade de 800.000 pessoas.

O projeto estudará o impacto em aspectos como emissões de combustível e bem-estar das pessoas, com resultados a serem publicados em julho.

No Reino Unido, funcionários de 61 empresas trabalharam em média 34 horas em quatro dias, de junho a dezembro de 2022, com salários integrais, no maior teste do mundo de uma semana de trabalho de quatro dias até agora. A maioria dos participantes decidiu mantê-lo, no que os ativistas saudaram como um avanço para um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Brasil tem produtividade recorde na soja apesar de seca no RS e recuo em fertilizante


Brasil tem produtividade recorde na soja apesar de seca no RS e recuo em fertilizante

Colheita de soja em Caaguazu

Por Roberto Samora

 

SÃO PAULO (Reuters) – A safra de soja do Brasil 2022/23, com colheita já caminhando para o final em várias regiões, foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 153,6 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que passou a projetar uma produtividade média nunca vista no maior produtor e exportador global da oleaginosa.

A colheita já era prevista em recorde, principalmente por um aumento anual de 5% na área plantada, para 43,5 milhões de hectares. Mas no relatório desta quinta-feira a Conab ajustou para cima o indicador de produtividade média nacional ao maior nível já registrado, em 3.527 kg/hectare.

Isso representa alta de 16,6% ante o ciclo anterior e 1 kg/ha acima da maior marca da história, vista em 2020/21, segundo dados da Conab.

Na previsão do mês passado, a estatal ainda projetava rendimento de 3.479 kg/ha no país. O aumento na colheita por hectare colabora com avanço de 2,2 milhões de toneladas na safra total de soja do país na comparação com o número de março da Conab, garantindo um salto anual de 22,4% para o Brasil no total colhido.

“Aumentou a área em todos os Estados produtores… Produtividade média recorde no país, embora o Rio Grande do Sul tenha sido afetado pela restrição hídrica aliada a altas temperaturas… mas todas as lavouras no (restante do) Brasil foram contempladas por condições favoráveis e chuvas regulares”, disse a analista de Safras da Conab, Candice Santos, ao explicar os números em transmissão pela internet.

Apesar do menor uso de fertilizantes no país no ano passado por conta dos preços altos, a produtividade média registra forte recuperação ante a temporada anterior, quando uma maior parte do Sul foi afetada severamente pela seca.

“As produtividades fora do Rio Grande do Sul, do Paraná pra cima, todos os Estados… estão muito acima das médias normais, relatos de produtividade muito acima das declaradas nas estatísticas da própria Conab… o regime de chuvas e de insolação foi muito bom, isso acabou compensando o menor uso de fertilizantes”, disse o diretor da consultoria Cogo, Carlos Cogo.

Ele lembrou que houve um recuo de 11% nas entregas de adubos em 2022 no Brasil, mas destacou que as reservas de solo evitaram que a produtividade sofresse por falta de fertilizante em um primeiro ano. Para 2023/24, não é esperado grande problema neste aspecto, já que os preços do insumo estão abaixo das máximas de 2022.

Mas também é fator importante no ciclo atual a área plantada com soja, com o maior crescimento anual em nove anos no Brasil em meio à boa rentabilidade da cultura, segundo a consultoria StoneX.

Com o crescimento da safra e boa demanda externa, o Brasil deverá exportar um volume recorde de soja de 94,35 milhões de toneladas, ante 92,99 milhões na previsão de março. O total, se confirmado, representaria forte aumento na comparação com o alcançado na temporada anterior (78,7 milhões de toneladas).

MILHO

Já a safra total de milho do Brasil 2022/23 foi prevista em históricas 124,9 milhões de toneladas, com ligeira alta na comparação com a projeção divulgada no mês passado, segundo a estatal. Em relação à temporada passada, o aumento é de 10,4%.

A Conab projetou a segunda safra de milho em 95,3 milhões de toneladas, ante 95,6 milhões estimados no mês passado, enquanto elevou a previsão da colheita no verão para 27,2 milhões de toneladas e manteve a terceira safra estável em 2,3 milhões de toneladas.

“Esse aumento na produção total é resultado do aumento de área de milho segunda safra em conjunto com uma recuperação da produtividade projetada em campo das três safras. Cabe destacar que a Conab projeta um aumento de 1,8% na área plantada e de 8,4% na produtividade do setor”, disse o relatório.

A Conab ainda manteve a previsão de exportação de milho do Brasil em recorde de 48 milhões de toneladas para 2022/23, o que apagaria a melhor marca da história do ano anterior, de 46,6 milhões de toneladas.

Para a safra total de grãos e oleaginosas 2022/23, a previsão atual é de 312,5 milhões de toneladas, contra 309,9 milhões na estimativa de março, avanço de cerca de 15% na comparação anual, com impulso das colheitas de soja e milho.

A Conab ainda fez ajuste na safra de algodão do Brasil para 2,73 milhões de toneladas da pluma, ante 2,78 milhões na previsão de março, mas ainda um aumento anual de 7,1%.