sexta-feira, 15 de março de 2024

Brasil cria 180 mil empregos formais em janeiro, melhor resultado para o mês desde 2021

 


emprego

Após a criação de 440.006 vagas em dezembro de 2023 (dado revisado nesta sexta-feira, 15), o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 180.395 carteiras assinadas em janeiro de 2024, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho.

O resultado de janeiro de 2024 é o melhor para o mês desde 2021, quando foram criados 257.059 postos de trabalho – a série histórica do Novo Caged foi iniciada em 2020.

O resultado do primeiro mês de 2024 decorreu de 2.067.817 admissões e 1.887.422 demissões.

Em janeiro de 2023, houve abertura de 90.031 vagas com carteira assinada, na série ajustada.

O mercado financeiro esperava um avanço no emprego no primeiro mês de 2024, e o resultado veio acima da previsão mais otimista dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast.

O intervalo das estimativas de abertura de vagas ia de 60.000 a 115.496, com mediana em 85.428.

 

 https://istoedinheiro.com.br/brasil-cria-180-mil-empregos-formais-em-janeiro-melhor-resultado-para-o-mes-desde-2021/

Exportação do agronegócio bate recorde em fevereiro e atinge US$ 11,63 bilhões

 Agronegócio: o que é, características, setores - Brasil Escola


São Paulo, 15 – A exportação do agronegócio bateu recorde para os meses de fevereiro, atingindo US$ 11,63 bilhões, valor 19,7% maior em comparação com US$ 9,71 bilhões exportados em fevereiro de 2023, correspondendo a um crescimento de US$ 1,91 bilhão. As informações são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa).

Conforme o levantamento, quatro produtos explicam o forte crescimento das exportações em fevereiro de 2024: açúcar (+US$ 1,06 bilhão); algodão (+US$ 406,55 milhões); café verde (+US$ 313,06 milhões) e carne bovina (+US$ 211,65 milhões).

No mês passado, os cinco principais setores exportadores foram complexo soja (32,1% de participação); carnes (15,8% de participação); complexo sucroalcooleiro (14,3% de participação); produtos florestais (11,0% de participação); e café (7,0% de participação). Estes cinco setores responderam por 80,2% das vendas externas do setor em fevereiro.

Locais

A China continua sendo a principal parceira do agronegócio brasileiro, tendo adquirido US$ 3,60 bilhões em produtos do setor em fevereiro de 2024. O valor colocou o país asiático com 31,0% de participação nas exportações brasileiras do agronegócio no mês. Na sequência vem os Estados Unidos com US$ 842 milhões.

A Indonésia foi o país que mais aumentou a participação nas exportações brasileiras do agronegócio no mês passado: o país passou de 1,6% de participação em fevereiro de 2023 para 3,9% em fevereiro de 2024, ou o equivalente a US$ 448,94 milhões.

Outro país que apresentou ganho superior a 1 ponto porcentual nas exportações brasileiras do agronegócio foram os Emirados Árabes Unidos. Na prática, a participação do país dobrou, passando de 1,4% para 2,8% do valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio no último mês.

Importações

As importações de produtos agropecuários passaram de US$ 1,34 bilhão em fevereiro de 2023 para US$ 1,44 bilhão em fevereiro de 2024 (+7,5%).

Além desses produtos, houve aquisições de inúmeros insumos necessários à produção agropecuária, como: fertilizantes (US$ 640,47 milhões) e defensivos agropecuários (US$ 306,55 milhões).

Acumulado

No primeiro bimestre deste ano, a exportação do agronegócio brasileiro alcançou US$ 23,284 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 16,9% em comparação com igual período de 2023 (19,912 bilhões).

Já a importação do agronegócio no período atingiu US$ 3,119 bilhões, ante US$ 2,880 bilhões, representando alta de 8,3%.

Desse modo, o saldo da balança comercial no primeiro bimestre foi superavitário, passando de US$ 17,038 bilhões em 2023 para US$ 20,165 bilhões nos dois primeiros meses de 2024.


quinta-feira, 14 de março de 2024

Kristalina Georgieva, diretora do FMI, diz estar ‘disponível’ para novo mandato

 


Previsões econômicas do FMI - AFP

 

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que está “à disposição” para seguir à frente da instituição financeira internacional, em uma entrevista concedida nesta quinta-feira (14) à AFP à margem de um discurso realizado em Cambridge, Reino Unido.

“Não busco que as pessoas me elejam, me coloco à disposição”, declarou Georgieva, depois que os ministros da União Europeia (UE) lhe deram seu apoio na terça-feira e o FMI lançou formalmente o processo de indicação de seu líder na quarta-feira.

O processo foi aberto nesta quinta-feira com uma convocação de candidaturas, que só podem ser apresentadas por representantes dos Estados presentes no Conselho de Administração do FMI ou por um de seus governadores, na maioria dos casos os representantes dos bancos centrais.

Deve durar até o fim de abril e é baseado no princípio de “seleção aberta, transparente e baseada no mérito”, segundo o FMI.

Depois, o conselho validará uma lista de candidatos selecionados, entre os quais será escolhido o próximo diretor-gerente.

“Me comoveu muito receber o apoio dos ministros europeus. Essa é minha família, trabalhei a serviço da Comissão Europeia durante sete anos. Mas também recebi o apoio dos países emergentes”, acrescentou Georgieva.

Para a diretora-geral, que conclui seu mandato em 30 de setembro, não há dúvida: “Se tenho a satisfação de receber a confiança de nossos membros, estou disposta a responder”.

Seu discurso se assemelha a um discurso de campanha, embora ela afirme tê-lo escrito “antes do início do processo, e antes da reunião de ministros europeus”.

O desafio principal é a luta contra o aquecimento global, que não deve ser abandonada, mesmo reconhecendo que “os dirigentes políticos tiveram que enfrentar uma multiplicidade de choques”, nos últimos tempos.

– “Oportunidade ao otimismo” –

“Recomendamos aos Estados reconstruir seus colchões orçamentários para enfrentar futuras crises, mas lhes dizemos ao mesmo tempo que têm que seguir fazendo os investimentos necessários”, recordou Kristalina Georgieva, insistindo em que os investimentos na área climática entram nesta última categoria.

Mas qual papel o FMI representa nesta corrida contra o tempo para frear a mudança climática? Segundo a chefe do organismo, o de “lembrar, por um lado, que agir agora não é só mais eficaz, mas também, a longo prazo, menos custoso. E proporcionar os dados necessários para permitir aos Estados que aprendam uns com os outros, e ser essa linha de transmissão”, detalhou Georgieva.

A diretora-gerente do FMI também aproveitou a ocasião para destacar um ponto já debatido durante as reuniões anuais do último mês de outubro, em Marrakesh, no Marrocos: o desenvolvimento do continente africano.

Ela destacou, ainda, a importância demográfica da África, o continente mais jovem, mas que enfrenta falta de capital, o que freia seu desenvolvimento e as perspectivas de sua população.

“Devemos encontrar uma maneira de combinar os abundantes recursos humanos da África com o abundante capital disponível nas economias avançadas e nos principais países emergentes”, insistiu.

“A chave é atrair investidores de longo prazo e estabilizar os fluxos comerciais”,

Nos EUA, Fed e OCC aplicam multa contra JPMorgan Chase por práticas inadequadas de mercado

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O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o Escritório do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira, 14, a aplicação de multas no total de US$ 348,2 milhões contra o JPMorgan Chase.

Segundo comunicado, a punição é resultado de um programa inadequado do banco para monitorar má conduta de mercado nas negociações financeiras da própria instituição e de clientes.

A ação determina que o JPMorgan revise e corrija as práticas inapropriadas de monitoramento, que ocorreram entre 2014 e 2023.

A multa aplicada pelo Fed será de US$ 98,2 milhões e do OCC, de US$ 250 milhões.

Às 12h33 (de Brasília), a ação do JPMorgan caía 1,35% em Nova York.


Legislações relacionadas às mulheres no mercado de trabalho avançam no país

 

Nos últimos anos, algumas leis foram criadas para melhorar o ambiente corporativo para as trabalhadoras brasileiras. Esse é um dos passos importantes na busca pela igualdade, mas ainda há muito a ser feito. 

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Imagem gerada com Inteligência Artificial no Adobe Firefly
No Brasil, a igualdade de gênero no mercado de trabalho tem sido uma pauta cada vez mais relevante. Nos últimos anos, algumas medidas foram tomadas com o objetivo de diminuir as desigualdades que ainda persistem sobre os homens e as mulheres.
 
Nesse sentido, a aprovação da Reforma Trabalhista trouxe mudanças importantes na licença-maternidade. Antes da reforma, a licença era de 120 dias, mas a partir da nova legislação, as empresas têm a opção de ampliar esse período para até 180 dias, mediante acordo individual ou coletivo.
Outro marco importante foi a criação do Programa Emprega + Mulheresque se destina à inserção e à manutenção de mulheres no mercado de trabalho. As principais medidas incluem apoio à parentalidade, qualificação das mulheres, apoio ao retorno ao trabalho após a licença-maternidade e combate ao assédio sexual no ambiente laboral.
 
Promulgada no meio do ano passado, a Lei da Igualdade Salarial também busca resolver as disparidades que ainda persistem sobre a remuneração de colaboradoras e colaboradores. A legislação obriga que empresas com mais de 100 funcionários submetam relatórios semestrais para dar mais transparência em relação aos critérios salariais.
Igualdade de gênero no mercado de trabalho ainda é desafio
Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade de gênero no mercado de trabalho. Uma pesquisa feita pelo IBGE aponta que as trabalhadoras brasileiras ainda recebem cerca de 20% a menos do que os homens. Já um levantamento realizado pela Catho, site especializado em consultoria de carreiras, aponta que embora as mulheres tenham maior grau de escolaridade, elas podem ganhar até 52% a menos do que os homens para exercer a mesma função. Neste sentido, é fundamental que empresas e governos continuem trabalhando juntos para promover políticas e práticas que garantam direitos iguais para homens e mulheres, criando assim um ambiente de trabalho mais justo e igualitário para

Brasil e Argentina extinguem limite de 170 voos semanais com política de céu aberto

 

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Administração Nacional de Aviação Civil argentina assinaram um memorando de entendimento que estabelece a política de céus abertos no mercado aéreo entre os dois países. A medida, divulgada nesta quarta-feira, 13, derruba o limite de 170 viagens regulares semanais e facilita a liberação de voos cargueiros.

Com a assinatura do instrumento, empresas aéreas brasileiras e argentinas poderão determinar livremente a quantidade de voos de passageiros que pretendem oferecer entre os dois países. Até então, as companhias de cada lado estavam limitadas a oferecer, em conjunto, o número máximo de 170 voos por semana, conforme a regulação de cada país.

Segundo a Anac, a medida dará mais flexibilidade às empresas para planejarem suas operações, podendo levar ao aumento da oferta dos serviços e à ampliação da concorrência nas rotas que ligam Brasil e Argentina.

O memorando também amplia a permissão para operações de serviços cargueiros, permitindo que as aéreas argentinas e brasileiras realizem transporte de carga internacional sem a exigência de que a operação se inicie ou termine no país de origem da empresa. Recentemente, o Brasil negociou direitos semelhantes para carga na região com Chile, Costa Rica, Cuba, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.


Lula diz que discutirá com integrantes do governo mecanismos para baixar preço dos alimentos

 Luiz Inácio Lula da Silva – Wikipédia, a enciclopédia livre


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que discutirá com integrantes do governo mecanismos para a redução do preço dos alimentos. Segundo o chefe do Executivo, a reunião terá como foco a produção desses produtos.

“Agora pela manhã vamos falar sobre a produção de alimentos e o que faremos para baixar o preço desses produtos”, publicou o presidente na rede social X, antigo Twitter, na manhã desta quinta-feira, 14.

Participam do encontro desta quinta-feira, os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad. Também estão na reunião o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.

A reunião ocorre como continuidade de um encontro do chefe do Executivo no início da semana sobre o tema. Após a agenda na segunda-feira, 11, Fávaro afirmou que Lula queria entender porque os alimentos tiveram alta em janeiro e fevereiro e quais medidas poderiam ser tomadas.

A inflação do grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 1,38% em janeiro para alta de 0,95% em fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado no início da semana. O grupo contribuiu com 0,20 ponto porcentual para a taxa de 0,83% do IPCA do último mês.

Na avaliação do gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Almeida, as condições climáticas desfavoráveis estão por trás dos aumentos nos alimentos nessa virada de 2023 para 2024.

Indústria automotiva

Após o encontro com foco no agro, o presidente se reúne às 15 horas com executivos de montadoras. De acordo com a publicação do chefe do Executivo, a agenda irá tratar dos crescentes investimentos da indústria automobilística no Brasil em biocombustíveis e carros elétricos.

Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê mais de R$ 100 bilhões em investimentos até 2029, no maior ciclo do setor na história.

O governo já conta mais de R$ 95 bilhões em investimentos de montadoras, incluindo planos já anunciados ou ampliados por fabricantes como Volkswagen, General Motors (GM), Stellantis e Hyundai.

Os investimentos vêm na esteira do programa federal de apoio à indústria automotiva, o Mover, que liberou R$ 19,3 bilhões, até 2028, para as montadoras lançarem carros mais seguros e menos poluentes. Também seguem a prorrogação, por mais sete anos, dos incentivos regionais à produção de veículos.

Estarão presentes no encontro com Lula desta quinta-feira o CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom; o presidente da Toyota do Brasil, Evandro Maggio; o CEO e presidente da Scania para a América Latina, Christopher Podgorski; o presidente do Conselho da BYD Brasil, Alexandre Baldy; e o presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Capellano.

Também participam o ex-presidente do BNDES e professor da Unicamp, Luciano Coutinho; o presidente da IndustriALL-Brasil e diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira; o diretor-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi; o presidente da Bioenergia Brasil, Mário Campos; e o conselheiro da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e diretor da Cocal, Carlos Ubiratan Garms.