sábado, 1 de junho de 2024

Saque-calamidade do FGTS está disponível em mais 38 cidades do RS; veja regras

 


átio de veículos próximo a PRF totalmente alagado

Pátio de veículos próximo a PRF totalmente alagado, em Porto Alegre (Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Os trabalhadores residentes em mais 38 municípios do Rio Grande do Sul impactados pelas enchentes de abril e maio podem solicitar, a partir deste sábado, 1º, o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na modalidade calamidade, sem qualquer custo. A lista dos novos municípios habilitados e dos prazos até o mês de agosto para solicitação do saque podem ser conferidos no site da Caixa Econômica Federal.

A liberação do saldo decorrente das enchentes nas cidades pode ser solicitada à Caixa por meio do aplicativo FGTS, disponível para smartphones nos sistemas Android e iOS, portanto, a necessidade de comparecer a uma agência bancária e sem pessoas intermediárias. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por conta do fundo de garantia, limitado ao saldo disponível na conta.

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Critérios

Ao todo, trabalhadores residentes em 411 cidades gaúchas já estão autorizados a solicitar o saque-calamidade pelo aplicativo FGTS.

Todas essas cidades afetadas por desastres naturais têm até 50 mil habitantes e foram indicadas pelas secretarias de Defesa Civil dos municípios. A liberação do saque é autorizada após o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconhecer, por meio de portaria, o estado de calamidade pública ou situação de emergência daquela localidade.

A solicitação desse tipo de saque poderá ser realizada até 90 dias depois da publicação da respectiva portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconhecendo a situação.

A habilitação dos 38 municípios foi autorizada pela Portaria nº 1.802, desta sexta-feira (31), que reconheceu 95 municípios em estado de calamidade e 323 em situação de emergência, a partir do decreto estadual nº 57.646, publicado em 30/5/2024.

Qualquer cidadão com saldo na conta do FGTS poderá fazer o saque – inclusive quem já o fez nos últimos 12 meses pelo mesmo motivo.

Como sacar

Para ter acesso ao recurso, é necessário que o trabalhador tenha saldo na conta do FGTS.

Ao solicitar o saque no app FGTS, o trabalhador deve:

·         clicar em Meus saques;
·         clicar na aba Outras Situações de saques;
·         selecionar a opção Calamidade Pública;
·         selecionar o município de residência e clicar em Continuar;
·         escolher a forma de receber o FGTS (crédito em conta bancária, poupança, de qualquer banco ou saque presencial);
·         anexar os documentos necessários;
·         confirmar a solicitação;

Após o envio, a Caixa Econômica analisará a solicitação e, após aprovação, o valor será creditado em conta. O trabalhador solicitante deve acompanhar.

Os documentos necessários para o Saque-calamidade são:

·         documento de identidade – são aceitos RG, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e passaporte – sendo necessário o envio frente e verso do documento;
·         selfie (foto de rosto) segurando o mesmo documento de identificação aparecendo na foto;
·         comprovante de residência em nome do trabalhador: conta de luz, água, telefone, gás, fatura de internet e/ou TV, fatura de cartão de crédito, entre outros) emitido até 120 dias antes;
·         na impossibilidade de apresentar o comprovante de residência, em razão dos alagamentos, o cidadão deverá apresentar uma declaração do município atestando que o trabalhador é residente na área afetada;
·         o trabalhador também poderá apresentar declaração própria contendo nome completo, CPF, data de nascimento, endereço residencial completo, incluindo CEP. Essas informações serão verificadas pela Caixa, nos cadastros oficiais do governo federal;
·         certidão de casamento ou escritura pública de união estável, caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou companheiro(a).

Desastres naturais

O saque-calamidade do FGTS por desastre natural foi estabelecido no Decreto 5.113/2004.

São considerados desastres naturais:
·         enchentes ou inundações graduais;
·         enxurradas ou inundações bruscas;
·         alagamentos;
·         inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar;
·         precipitações de granizos;
·         vendavais ou tempestades;
·         vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais;
·         vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou ciclones tropicais;
·         tornados e trombas d’água;
·         desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais.

Dúvidas

Mais informações sobre o saque-calamidade podem ser obtidas no site oficial do FGTS. Caso necessário, os telefones de contato com a Caixa são os números 4004 0104 (para ligações feitas a partir das capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 104 0 104 (nas demais regiões do país).

Conheça a Hisense, gigante chinesa que começa a produzir TVs e ar-condicionado no Brasil

 

 


De olho nas gigantes do setor, Hisense anunciou preços para as smartTVs da marca (Crédito: Bruno Pavan/ IstoÉ Dinheiro)

A marca chinesa Hisense realizou na última terça-feira, 28, em São Paulo, o lançamento oficial da sua linha de smartTVs que serão fabricadas no Brasil. Já presente no mercado brasileiro com produtos da linha branca e ar-condicionado, a companhia anunciou modelos de TVs a partir de R$1.499.

“Chegamos um pouco tarde, mas chegamos pra ficar. Nossa expansão na América latina está no nosso horizonte e o Brasil será peça fundamental”, afirmou Matjiaz Cokan, vice-presidente da Hisense no Brasil.

A companhia foi fundada em 1969, na cidade chinesa de Quingdao. De acordo com a consultoria Counter Point, a chinesa foi segunda maior fabricante de TVs do planeta em 2023, com 11% do mercado e só está atrás da Samsung, que tem 16%. Ela está na frente de gigantes como TCL e LG. No Brasil ela já estava presente por meio de duas marcas: a Gorenje, comprada em 2018 e a Toshiba, que a divisão de TVs foi comprada pela Hisense em 2017. 

Além das TVs, a linha de ar-condicionado da empresa também será fabricada em Manaus. A produção ocorrerá por meio de uma parceria com a Multilaser e Friovix. Os produtos da linha branca, como as geladeiras e máquinas lava e seca, continuarão sendo importados para o Brasil.

O foco em custo-benefício também será um diferencial. Os preços dos modelos de SmartTVs vão partir de R$ 1.499 chegando a até R$ 4.999.

Crédito: Divulgação Hisense

 

Foco nos esportes

 

A estratégia da companhia para ficar conhecida no país é o investimento em esportes, principalmente no futebol. Além de ser patrocinadora das últimas duas Copa do Mundo, este ano a empresa será parceira da Eurocopa pela terceira edição consecutiva. 

É de olho em uma gama ampla de consumidores que a marca quer ganhar terreno no Brasil e encostar nos líderes de vendas Samsung, TCL e LG. 

“Vamos começar a entrar no mercado com opções que vão de 40 a 100 polegadas, focando em públicos diversos como o consumidor de esportes, os cinéfilos e os gamers, que precisam de imagens mais nítidas e com menos arrasto e atraso”, explicou José Roberto Rangel, gerente comercial de TVs da companhia no Brasil.

Problemas da Boeing são um ‘fardo’ para todo o setor, diz executivo da Airbus

 


Airbus A320neo decola em Colomiers, sudoeste da França

Problemas de segurança e qualidade expostos na Boeing após um de seus aviões perder um pedaço da fuselagem durante um voo no começo deste ano arriscam abalar a confiança dos viajantes em voar, disse um executivo da rival Airbus.

Christian Scherer, CEO da divisão de aeronaves comerciais da Airbus, disse à revista semanal alemã WirtschaftsWoche que as questões eram “um fardo para toda a indústria”. “Os problemas da Boeing podem fazer com que mais pessoas questionem o quão seguro é realmente voar”, disse Scherer.

A Boeing está sob crescente pressão sobre os controles de fábrica desde 5 de janeiro, quando um jato de sua série 737 MAX perdeu um pedaço da fuselagem em pleno voo, em um incidente atribuído à falta de parafusos.

Scherer rejeitou as alegações de que a Airbus poderia aumentar os preços de seus próprios jatos como resultado dos problemas da Boeing. Ele acrescentou que os preços eram guiados puramente pela demanda que superava a oferta e que era difícil prever como as coisas iriam acontecer no futuro.

“Ouso dizer que um concorrente em dificuldades pode se comportar de maneira relativamente imprevisível. Se uma empresa tiver dezenas de aviões em estoque involuntariamente, isso poderá iniciar uma grande liquidação.”

França: Casino vende mais 90 lojas em meio à reestruturação financeira

 Homepage - Casino Group - Groupe Casino


A Casino Guichard-Perrachon vendeu mais 90 lojas por um valor empresarial de 345 milhões de euros (US$ 373,8 milhões).

O grupo afirmou nesta sexta, 31, que a alienação segue os acordos alcançados no início do ano com Auchan Retail France, Groupement Les Mousquetaires e Carrefour para vender um total combinado de 287 lojas.

O Casino acrescentou que a alienação das restantes 76 lojas ocorrerá no dia 1 de julho.

Como parte do acordo, os compradores concordaram em manter todos os trabalhadores, enquanto os respectivos benefícios deveriam ser mantidos por um período mínimo de 15 meses.

A Casino tem lutado contra dívidas persistentemente elevadas e uma queda na participação de mercado em seu país de origem. No ano passado, o grupo iniciou negociações com credores para garantir liquidez suficiente para manter as operações em funcionamento.

Número de financiamento de veículos é o maior em 13 anos. Ficou mais fácil comprar um carro?

 


Setor enxerga momento com otimismo, devido ao momento econômico positivo e ao Marco Legal das Garantias

 

 

A tendência é que o cenário de crédito no país melhore - Crédito: Freepik

Como divulgado na semana passada aqui na MOTOR SHOW, a comercialização de veículos financiados cresceu 45% no mercado brasileiro em abril.

No quarto mês do ano, foram registradas 611 mil unidades vendidas nesta modalidade, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. Do montante, 394 mil unidades foram de modelos usados e 217 mil de novos.

No acumulado do ano até abril, as vendas financiadas de veículos somaram 2,2 milhões de unidades. O número representa alta de 27% em relação ao mesmo período de 2023, o que equivale a cerca de 482 mil unidades a mais. Além disso, essa é a melhor marca para os quatro primeiros meses do ano desde 2011.

O resultado inclui autos leves, motos e pesados em todo o país.

Cenário otimista

“O aumento na vendas de veículos financiados é um reflexo justamente da retomada econômica que a gente vem passando e menor taxa de desemprego. Isso fez aumentar a procura por bens de consumo duráveis, como veículos leves”, afirma Denis Medina, economista e professor da Faculdade do Comércio.

Medina ressalta que associado a isso, a queda na taxa de juros, que foi de 13,75% (maio de 2023) para 10,5% (maio de 2024), auxiliou na alta dessa demanda.

A taxa de juros para financiamento de veículos passou de 28,6% ao ano em março de 2023 para 25,4% ao ano no mesmo período de 2024, segundo o Banco Central.

Em abril, porém, a taxa oscilou para 25,5%, o que mostra que parou de cair. Vale destacar que ela ainda é muito alta e representa mais que o dobro da Selic.

Marco Legal das Garantias

Outro ponto de otimismo para quem concede crédito é o chamado Marco Legal das Garantias, que pretende regular a atividade. Por exemplo, ele possibilita que um mesmo bem possa ser usado como garantia em mais de um pedido de empréstimo. O presidente Lula sancionou a Lei no final do ano passado.

Para o diretor do Banco Santander, Cezar Janikian, há uma expectativa positiva de que haverá aumento na concessão de crédito, com possível redução na taxa aplicada.

“Há uma frente sendo conduzida pela Acrefi e Febraban para a regulamentação final da Lei, de buscar a normatização que faltou. É preciso apenas ser insistente nesses detalhes porque o Marco traz benefícios para todos, do tomador de crédito aos lojistas e instituições financeiras, e deverá impulsionar o mercado.”

A declaração foi concedidas durante o evento Panorama de Veículos 2024, que ocorreu na última semana, realizada pela Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito).

Campanhas das concessionárias

Segundo profissionais ouvidos pela MOTOR SHOW, outras medidas que impulsionaram o setor em abril foram algumas campanhas.

Um grupo que trabalha com 12 marcas, por exemplo, afirmou que fez uma com entrada de 50% + 24 vezes com taxa 0%. As montadoras fecharam acordos com os bancos para promover esse tipo de ação.

Outra impacto foi o denominado “bônus trade-in”, ou seja, quando o proprietário dá o seu carro na troca para adquirir outro. A Hyundai chegou a dar o valor do veículo usado somado até R$ 10 mil de bônus. A Citroën, para o novo C3 Aircross, também concedeu até o mesmo valor de bônus. A BYD, por sua vez, chegou a dar até R$ 20 mil.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Governo está propondo acordo com empresas de eletrodomésticos para descontos no RS, diz Alckmin

 

Saiba quais são os produtos da linha branca, cujos preços ...


O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, diz que não faltarão recursos para reconstruir a infraestrutura do Rio Grande do Sul e que o governo tem avançado em acordos para benefícios à população.

Um dos assuntos em tratativa pelo governo, afirmou o vice-presidente, é com as empresas da chamada “linha branca”, segmento de produção de eletrodomésticos, como refrigeradores e lavadoras.

“Conversamos com a Eletros (que representa setor) para reduzir a carga tributária e eles darem desconto (ao consumidor)”, afirmou o vice-presidente em entrevista à BandNews.

Sobre qual deve ser o desconto que poderá chegar ao consumidor, Alckmin diz que o governo ainda calcula. “Não fechamos ainda quanto deve ser o impacto”, disse.

Alckmin diz que viagens que fará à Arábia Saudita e China vão elevar vendas e abrir mercados

 Geraldo Alckmin: a história do ex-tucano que virou vice de Lula


O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que as viagens a China e Arábia Saudita que fará no fim de semana irão aumentar as vendas e abrir mais mercados para o Brasil. “Exportamos US$ 340 bilhões no ano passado e 30% foi só para a China”, afirmou em entrevista à BandNews.

Ele viaja neste sábado, 1º de junho, com uma comitiva que contará com outros ministros e com 150 empresários.

Segundo Alckmin, a agenda busca fortalecer laços, estabelecer cooperação em várias áreas e abrir mercados para produtos brasileiros.

Destaque é participação na Cosban

O destaque da agenda é a reunião que acontece na próxima quinta-feira, 6, quando Alckmin participa da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), instrumento de negociação entre Brasil e China criado em 2004.

A Cosban permite negociações de alto nível em diversos setores. “O ano de 2024 marca os 20 anos do mecanismo de diálogo e os 50 anos de estabelecimento de relações bilaterais”, disse a pasta.

Outros compromissos

A agenda também prevê encontros, seminários e negociações, que abarcam as áreas de indústria, infraestrutura, comércio e investimentos.

Em Pequim, fórum empresarial organizado pelo MDIC, ApexBrasil, Itamaraty, MOFCOM (Ministério do Comércio da China) e China Council for the International Investment Promotion – CCIIP, terá a presença de 400 empresários, entre brasileiros e chineses, para debater parcerias e celebrar as cinco décadas de relações bilaterais.

Ainda na China, Alckmin irá se encontrar com vice-presidente chinês, Han Zheng, que copreside a Cosban ao lado do vice brasileiro.

Em Riad, na Arábia Saudita, está previsto um encontro bilateral com o ministro de Investimentos, Khalid Al Falih, e com o ministro da Defesa, príncipe Khalid bin Salman. “A agenda saudita inclui ainda reuniões com empresários e fundos de investimento dos dois países, em que participam BNDES, CNI, ApexBrasil e ABDI”, informou o MDIC.

A comitiva brasileira

Os ministros Rui Costa (Casa Civil) Simone Tebet (Planejamento), Carlos Fávaro (Agricultura), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Márcio França (Empreendedorismo) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), além dos presidentes da ApexBrasil, Jorge Viana, e da ABDI, Ricardo Cappelli, compõem a comitiva liderada por Alckmin.

Pelo MDIC, participam da viagem o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, e a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

A delegação será integrada por Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e estruturação de projetos do BNDES, e por Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Os sauditas têm demonstrado grande interesse em investir no Brasil, e a China é hoje o principal destino de nossas exportações”, disse Alckmin em nota sobre a viagem.