segunda-feira, 22 de julho de 2024

 


 Rodrigo Abreu
 
 Rodrigo Abreu, diretor de comunicação e marketing da ABF - Crédito: Divulgação / ABF



  Mesmo diante de uma expansão exacerbada nos últimos anos dentro do formato, o honest market ainda tem potencial para crescer, impulsionado pelo mercado imobiliário. “A gente vê a interiorização dos negócios acontecendo e a expansão imobiliária que conecta também com a questão das pessoas buscando cada vez mais proximidade aos negócios. Então, eu acredito que cabe crescimento neste mercado”, revela Rodrigo Abreu, diretor de comunicação e marketing da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em entrevista exclusiva para o Jornal Giro News. Um outro ponto positivo que o executivo observa que faz o formato crescer é a possibilidade de a unidade funcionar 24 horas por sete dias na semana, sem a necessidade de aumento de custo por contratação de colaboradores. “Então você pode aumentar as possibilidades de ganhos ou ganhar possibilidade de novos mercados, sem a necessidade de proporcionalmente aumentar os custos fixos.”


Construção do Consumo Natural 

 

  Por outro lado, ainda existe a questão da construção do “consumo natural”, uma vez que o modelo é recente no mercado - se tornando mais conhecido na pandemia. Para o diretor de comunicação e marketing da ABF, o honest market ainda enfrenta desafios de tecnologia, reposição e adequação de mix, além de ser um modelo que está em consolidação. “Eu acredito na consolidação do modelo, porém, terão que ser feitos ajustes finos. As franquias precisam trabalhar paralelamente à construção cultural, porque isso faz parte também de um dos desafios enfrentados no modelo: a adaptação cultural. Mas a tendência, geralmente em qualquer mercado, é que teste, valide e depois tem essa construção de cultura, que vira um consumo natural”, comenta o executivo.

 

Oportunidades no Segmento 

 

  De acordo com Rodrigo Abreu, o honest market é um modelo que pode crescer muito através do franchising, uma vez que possibilita a capilaridade para novos mercados. “Mesmo diante dos desafios enfrentados, isso não significa que o modelo de franquias não é bom ou que é um modismo. Pelo contrário, ele só é um mercado que está em construção, mas com boas perspectivas”, pondera. Mesmo assim, o executivo explica que para qualquer outro negócio e mercado, tem que ser estudado o modelo de negócio do franqueador. “É de extrema importância ter calma ao escolher, fazer análises e conversar com os franqueados que estão na rede e também com os que já saíram da rede. Não existe franquia que tenha garantia de sucesso. O risco existe, então é de responsabilidade do empreendedor decidir com calma e fazer todas as avaliações possíveis”, finaliza. Atualmente com 13 associados do modelo, sendo três potenciais franqueadores, a ABF conta com 10 marcas franqueadoras que totalizam cerca de 2.812 operações de honest market no Brasil. 

 

 https://gironews.com/franchising/mercado-imobiliario-impulsiona-expansao-do-honest-market/

Suzano: operações do Projeto Cerrado tiveram início neste domingo

 

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A Suzano informou que teve início neste domingo, 21 a operação da nova fábrica de produção de celulose de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, denominada Projeto Cerrado, com capacidade de produção anual de 2,55 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto. A companhia tinha anunciado em junho que o início da operação seria em meados de julho.

As estimativas sobre o volume de produção da nova planta já divulgadas estão mantidas: 900 mil toneladas em 2024 e atingindo 2,0 milhões de toneladas ao final de 12 meses de operação a contar de hoje. A companhia estima um prazo de aproximadamente 9 meses para conclusão da curva de aprendizado.

“A Suzano, seus fornecedores e demais parceiros do Projeto Cerrado trabalharão juntos na fase de rampup iniciada, visando executá-la de forma adequada e conforme planejado”, diz a companhia em fato relevante.

Sabesp privatizada e o exemplo do saneamento de Berlim

 

Sabesp prepara novo concurso para 661 oportunidades - Alfa ...

Considerada exemplo de gestão pública, empresa de saneamento de São Paulo agora será comandada pela iniciativa privada. Berlim também privatizou o seu saneamento nos anos 90, mas voltou atrás após pressão social.O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acabou de ganhar uma imagem forte para demonstrar nas eleições de 2026 o seu compromisso com a redução da máquina pública: a privatização da Sabesp, a companhia estadual de saneamento básico.

Os números são superlativos. Com 28,4 milhões de clientes em 375 municípios, a Sabesp é uma das maiores empresas do mundo do setor. A venda de 32,3% de suas ações, liquidada nesta segunda-feira (22/07), arrecadou R$ 14,8 bilhões, e a procura por ações foi superior à da privatização da Petrobras.

A polêmica também foi grande. Parte da sociedade é contra a privatização do serviço de água e esgoto, por entender que isso encareceria tarifas e que o acesso deve ser garantido pelo estado. Outra parte entende que a privatização pode ampliar os investimentos e a eficiência do setor, ampliando a cobertura.

A privatização de estatais de saneamento ganhou força com a aprovação, há quatro anos, do Marco do Saneamento, que busca elevar investimentos privados no setor e definiu a meta de levar água encanada a 99% da população e coleta de esgoto a 90% até 2033.

Um dos argumentos a favor do marco é atrair recursos para construir redes de esgoto nas regiões mais negligenciadas, que sofrem com as doenças associadas à falta de saneamento básico.

Mas esse não é o caso da Sabesp, o que fez da sua privatização um caso particular. A empresa tem ações negociadas em bolsa desde 1997, e em 2023 registrou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões. Na sua área de cobertura, 98% da população tem abastecimento de água e 93%, coleta de esgoto. E a companhia desfruta de boa imagem entre os paulistas: uma pesquisa realizada em abril pela Quaest apontou que 52% deles eram contra a privatização, e 36%, a favor.

Qual foi o modelo de privatização da Sabesp

Tarcísio já havia comandado privatizações e concessões como ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro, e na campanha a governador de 2022 prometeu privatizar a Sabesp se fosse eleito. “É uma empresa arrumada, mas empresa privada cobra tarifa mais barata de saneamento”, disse à época. Um mês após assumir o Palácio dos Bandeirantes, iniciou os estudos para a privatização, e em dezembro de 2023 a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que autorizou o processo.

O governo optou por não vender completamente a Sabesp, mas transmitir sua gestão a uma acionista de referência, que terá 15% das ações, e pulverizar outros 17,3% das ações no mercado. Com isso, o estado reduz sua participação de 50,3% para 18%.

Não houve concorrência para ser acionista de referência: apenas uma empresa manifestou interesse, a Equador, que tem experiência consolidada no setor de distribuição de energia. Ela pagou R$ 6,9 bilhões pelas ações, a um preço unitário de R$ 67.

No modelo adotado, o mesmo valor por ação pago pelo acionista de referência foi aplicado na venda pulverizada, que rendeu R$ 7,9 bilhões – a maior parte comprada por fundos nacionais e internacionais. O valor de R$ 67 por ação foi 18,3% menor do que o preço das ações negociadas em bolsa na última quinta-feira, quando foi confirmada a venda pulverizada.

Ao defender a privatização, o governo paulista ressaltou que ela prevê universalizar o saneamento até 2029, quatro anos antes do prazo, além de investimentos de R$ 68 bilhões na rede. O processo também destina 30% do valor líquido arrecadado com a privatização a um fundo para obras de saneamento e subsídios tarifários.

Vale a pena passar o saneamento para a iniciativa privada?

O dilema é antigo. Empresas privadas podem ter mais recursos para investir e incentivos para ampliar a eficiência, mas o objetivo maior sempre será o lucro. A depender das regras e da fiscalização do Estado, isso pode significar melhorias, como no caso das telecomunicações, ou levar a pioras e aumento dos preços.

Paulo Furquim de Azevedo, professor e coordenador do Centro de Regulação e Democracia do Insper, avalia à DW que o resultado final depende da estrutura regulatória. No setor de saneamento, ele conduziu pesquisas que encontraram efeitos positivos da atuação de empresas privadas, devido a investimentos novos e à ampliação da rede de esgoto – hoje ausente em quase 40% dos domicílios do Brasil.

Uma das pesquisas cruzou dados da concessão privada do saneamento com a taxa de ocorrência de doenças relacionadas à água, que em crianças de 1 a 5 anos costumam decorrer de falta de saneamento. O estudo isolou o efeito de outros fatores, como a melhoria da rede de saúde, e concluiu que a atuação privada no saneamento reduziu a ocorrência dessas doenças, em especial em municípios pequenos. Outra pesquisa concluiu que a rede de esgoto aumenta com a concessão à iniciativa privada.

Já no caso da Sabesp, ele afirma não ver condições para o mesmo impacto positivo, pois trata-se de um “exemplo de empresa pública que já funcionava muito bem”.

“Não espero que a privatização da Sabesp terá os efeitos que verificamos na média dos municípios. Não significa que vai piorar. O ponto é que ela já tinha um serviço de saneamento muito bom, então a oportunidade de ganho de uma concessão privada já se esgotou”, diz. “A empresa pública já era capaz de fazer investimentos e era bem gerida, com capacidade de fazer captações de recursos.”

Em outra pesquisa sobre o setor, Azevedo avaliou os incentivos políticos que levam governantes a decidirem privatizar ou conceder as empresas de saneamento. Um deles, diz, é o imenso volume de recursos que entra nos cofres públicos durante a privatização ou concessão, que em sua maioria irrigam o cofre único do estado.

No caso de São Paulo, ele aponta também o elemento ideológico. “A plataforma que venceu a preferência da sociedade na última eleição foi mais privatizante, voltada à redução do papel do Estado, e isso se reflete na agenda do governo”, diz.

Críticas ao processo e receio de piora do serviço

A privatização da Sabesp recebeu oposição de seus funcionários e de algumas entidades civis e partidos. Francisca Adalgisa, diretora-presidente da Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp e membra do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas), afirma à DW que não havia “nenhuma justificativa” para a mudança de controle acionário.

Ela cita que a empresa é lucrativa e já cumpriu as metas de universalização em mais de 300 municípios. Os locais ainda não atendidos, diz, são aqueles com mais dificuldade de acesso, mas ela projeta que no ritmo atual de investimento a universalização seria alcançada em 2033 “sem afogadilho”.

Para Adalgisa, a meta de universalizar o atendimento até 2029, citada pelo governo Tarcísio, é uma “promessa falsa”, pois não haveria projetos nem empresas de engenharia disponíveis capazes de concluir essas obras no prazo. Ela prevê queda de qualidade no atendimento, como resultado da provável terceirização de atividades que virá na gestão privada. “Demora para você treinar um funcionário para fazer um bom trabalho, há um turnover [rotatividade de pessoal] muito alto se você terceiriza, os salários são muito baixos”, diz.

Ela também critica o processo de privatização, que resultou em apenas uma proposta de acionista de referência, e que segundo ela foi conduzido de forma acelerada e direcionada. “O governo correu com a teoria do fato consumado. Quando cair a ficha na população, o acionista já botou a pessoa na cadeira”, diz. A Ondas e o PT moveram ações na Justiça para tentar barrar o processo, sem sucesso. Na sexta-feira, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou uma liminar a respeito.

Em Berlim, privatização e reestatização

Em algumas cidades do mundo, a experiência de privatizar o serviço de saneamento deixou a população insatisfeita. Segundo uma pesquisa do Transational Institute, 364 delas decidiram reverter privatizações de saneamento desde a virada do século – entre eles, Paris e Berlim.

Na capital alemã, a empresa de água e esgoto – Berliner Wasserbetriebe (BWB) – foi parcialmente privatizada em 1999. O governo vendeu 49,9% de suas ações a duas gigantes do setor, a alemã RWE e a francesa Vivendi, que assumiram a gestão. Treze anos depois, após pressão social, o poder público comprou de volta as ações.

À frente da mobilização civil estava a organização Berliner Wassertisch, que organizou um referendo em 2011 – o primeiro da história da cidade – no qual a maioria dos votantes optou para que os contratos da privatização, então secretos, fossem tornados públicos.

Karl Goebler, membro da Berliner Wassertisch e cofundador do Berliner Wasserrat, relata à DW que a decisão pela parceria público-privada no saneamento ocorreu em um momento de crise fiscal do governo, que buscava recursos extras, e de entusiasmo mundial com as políticas neoliberais, que valorizam a privatização e a desregulação.

Os berlinenses, porém, desaprovaram a experiência. Goebler relata que a tarifa subiu 37% durante o período da privatização, “fazendo com que o preço da água em Berlim fosse o maior entre as cidades alemãs”. Ele cita também que os contratos secretos semearam desconfiança na população e que, uma vez tornado públicos, mostraram que garantiam lucro mínimo de 8% para os investidores privados – coberto pelo governo se não fosse obtido por meio das tarifas.

Em 2012, o governo comprou de volta as ações da RWE e em 2013, as da Vivendi. Com a reestatização, diz Goebler, “os preços se estabilizaram e em alguns casos, caíram”. “O controle público levou a maior transparência e abriu-se espaço para investimentos mais de longo termo.”

Por outro lado, ele cita que a recompra das ações representou um gasto significativo para o governo, que teve de fazer empréstimos para isso, e que a transição da gestão privada para a pública trouxe “desafios burocráticos” para reconverter a estrutura corporativa de volta para o regime estatal.

Mercado volta a projetar inflação acima de 4% em 2024 e prevê dólar mais alto

 


Notas de dólares

 

Analistas consultados pelo Banco Central voltaram a subir a expectativa para a alta do IPCA ao fim deste ano, superando novamente 4%, assim como também melhoraram suas projeções para a economia de 2024 e elevaram a perspectiva para o dólar neste ano e no próximo, de acordo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 22.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA no término deste ano subiu para 4,05%, de 4% na semana anterior, no que havia sido a primeira queda na projeção após nove semanas consecutivas de alta.

A revisão ocorre na esteira do aumento na perspectiva para a alta dos preços administrados neste ano, agora em 4,59%, de 4,11% antes. A expectativa para o avanço do IPCA em 2025 foi mantida em 3,90%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Dólar em R$ 5,30  no fim do ano

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa de câmbio agora é vista em 5,30 reais ao fim de 2024, ante 5,22 reais na semana anterior. No próximo ano, a projeção para o valor do dólar passou a 5,23 reais, de 5,20 reais anteriormente.

Na semana passada, os investidores voltaram a acirrar suas preocupações com o ajuste das contas públicas brasileiras, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou o cumprimento do arcabouço fiscal caso haja “coisas mais importantes para fazer”, levando a divisa norte-americana a superar novamente 5,60 reais.

PIB e Selic

Pela quinta semana consecutiva, os economistas também mantiveram a expectativa para o patamar da taxa básica de juros Selic neste ano e no próximo, a 10,50% e 9,50%, respectivamente.

Na decisão mais recente, de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve os juros em 10,5%, por unanimidade, e comunicou a “interrupção” do ciclo de cortes. O colegiado volta a se reunir nos dias 30 e 31, quarta e quinta-feira da próxima semana.

Os analistas consultados no Focus também subiram pela terceira semana a projeção para o crescimento do PIB neste ano, agora em 2,15%, de 2,11% no levantamento anterior. No entanto, a expectativa para a alta do PIB em 2025 caiu a 1,93%, ante 1,97% há uma semana.

Na semana passada, o Ministério da Fazenda manteve a estimativa de avanço de 2,5% do PIB em 2024. Já para 2025, a projeção de expansão foi revisada de 2,8% para 2,6%.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Pioneira em cibersegurança: conheça a CrowdStrike, empresa responsável por apagão global

 


Companhia com sede no Texas já criticou Microsoft por "empregar centenas de pessoas na China", tem quase 8 mil funcionários e faturou US$ 3 bilhões em 2023

 

 

Foto tirada em Tóquio, no dia 19 de julho de 2024, mostra telas com os logos da "CrowdStrike", empresa americana de cibersegurança - AFP

A empresa americana CrowdStrike, cujo software provocou um gigantesco apagão cibernético mundial nesta sexta-feira, 19, aproveitou a ascensão da computação na nuvem para se tornar um ator essencial na cibersegurança em pouco mais de uma década.

+ Bancos brasileiros apresentam falha após apagão cibernético global

O incidente ocorreu devido à atualização do software do grupo nos sistemas operacionais Windows da gigante Microsoft e provocou um cenário de caos em diversas atividades digitais ao redor do mundo, de aeroportos a hospitais.

O ocorrido evidenciou a influência da CrowdStrike, pouco conhecida pelo público, no setor digital.

Com sede em Austin (estado do Texas, sul dos Estados Unidos), a empresa é a atual líder mundial em segurança para dispositivos em rede, como notebooks, tablets e smartphones.

George Kurtz, cofundador e diretor-executivo do grupo, quer se concentrar na proteção contra invasões, em vez de apenas o combate aos vírus.

Desta forma, a companhia se destaca dos tradicionais serviços de software antivírus, como Symantec e McAfee, dos quais foi diretor tecnológico até 2011, ano em que fundou a CrowdStrike.

Um relatório divulgado pela empresa americana em 2024 estimou que 70% dos ciberataques não envolvem vírus, mas sim manipulações realizadas diretamente por hackers que utilizam permissões roubadas ou recuperadas.

Com seu principal produto, a plataforma de nuvem Falcon, lançada em 2012, a CrowdStrike também se beneficiou da democratização da banda larga e a ascensão das ferramentas de armazenamento de dados, para oferecer um produto totalmente baseado na nuvem.

A computação remota também permite atualizações rápidas e de forma regular.

A empresa americana integrou a tecnologia da Inteligência Artificial (IA) em sua plataforma para facilitar a detecção de atividades incomuns que podem estar relacionadas a vírus ou a tentativas de invasão.

Identificar ameaças

Kurtz e os outros dois fundadores, Dimitri Alperovitch e Gregg Marston, adotaram um foco pró-ativo em relação ao risco.

Desta forma, criaram uma equipe de centenas de pessoas dedicadas a identificar ameaças cibernéticas em todo o mundo, para se antecipar a possíveis ataques.

A CrowdStrike estabeleceu que indivíduos apoiados pelo governo russo estavam por trás de um ciberataque aos servidores do Partido Democrata durante a campanha presidencial americana de 2016.

Em 2023, o chefe de segurança da CrowdStrike, Shawn Henry, criticou publicamente a Microsoft pelo que considera falhas em seu gerenciamento de riscos.

Em entrevista à revista Forbes, reprovou a gigante tecnológica por continuar empregando centenas de pessoas na China.

A Microsoft, cliente da CrowdStrike, também é uma de suas concorrentes, uma vez que oferece seus próprios serviços de proteção digital, tal qual grandes rivais como Amazon e Google.

Em janeiro de 2024, a líder mundial em segurança digital contava com 7.925 funcionários, segundo seu relatório anual.

No ano anterior, a empresa gerou US$ 3,05 bilhões, cerca de 36% a mais do que no período interanual.

Impulsionada pela IA generativa, que requer o desenvolvimento de capacidades adicionais na nuvem, a CrowdStrike elevou suas previsões anuais em junho.

A meta agora é o crescimento de vendas de 30% a 31% neste ano.

Embora seu negócio esteja em expansão, o grupo luta para aumentar a rentabilidade. Em 2023, registrou um lucro líquido de apenas US$ 89 milhões (quase R$ 445 milhões), o primeiro a nível anual desde sua criação.

Mercadante diz que governo tenta há meses acertar com Tarcísio assinatura de aporte no Rodoanel

 

A realização de agendas conjuntas entre o governo federal e o governo estadual de São Paulo continua sendo um ponto que incomoda a gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, além de criticar as ausências de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no anúncio de obras, Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, diz que a assinatura de contratos também está sendo atrasada devido à falta de agenda do dirigente estadual.

De acordo com Mercadante, há pelo menos três meses a gestão Lula tenta organizar com o governo paulista a assinatura um contrato referente às obras do Rodoanel, mas até agora não houve um acerto nas agendas.

Visto como um possível postulante à disputa pelo Palácio do Planalto em 2026, a relação entre Lula e Tarcísio – ex-ministro de Jair Bolsonaro -, esfriou recentemente. Antes o governador participava de agendas ao lado do presidente, mas nos últimos meses as trocas entre as duas lideranças tem sido por meio de críticas indiretas em discursos ou nas redes sociais.

Mercadante afirmou que se busca uma relação republicana com o dirigente, e que espera, assim como o presidente Lula, que ele compareça aos eventos do Executivo. As falas ocorreram nesta tarde, após anúncio de investimentos do BNDES na Embraer, agenda que não contou com a participação do governador paulista.

Lira diz que Haddad tem ‘carinho’ com Congresso e tem sido ‘decisivo para muitas pautas’

 



Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem “muito carinho” e interlocução com o Congresso, além de estar sendo decisivo no avanço da pauta econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Legislativo.

“É importante a gente ressaltar sempre que o ministro Haddad tem muito carinho, tem muita atenção, tem muita interlocução com o Congresso Nacional, e tem sido decisivo para muitas pautas econômicas”, disse Lira em entrevista à GloboNews.

Questionado sobre o anúncio do ministro na véspera de que o governo realizará um contingenciamento no valor de 15 bilhões de reais para cumprir o arcabouço fiscal, Lira defendeu o papel de Haddad falar a Lula “o que ele está enxergando de maior dificuldade ou facilidade para que o Brasil cumpra o arcabouço fiscal”.

Ele ainda acrescentou que é muito melhor para o Brasil quando o governo sai “unido” em uma decisão, o que gera menos “imprevisibilidade e insegurança jurídica e econômica”.

Sobre a regulamentação da reforma tributária, Lira afirmou que o Senado poderá analisar e fazer correções no texto aprovado pela Câmara e fez a avaliação de que o Brasil tem uma perspectiva melhor com a reestruturação na legislação sobre tributos.

“O Senado vai ter o prazo para analisar com muita cautela… Temos que caminhar para deixar a reforma tributária mais azeitada, o quanto for possível. Não há nenhum parlamentar que queira votar um projeto que vá prejudicar o país”, afirmou.