sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Mercado Livre dispara após balanço e passa Petrobras como mais valiosa da América Latina

 


Empresa contrata mais 200 funcionários para trabalho híbrido ou presencial

As ações do Mercado Livre dispararam nesta sexta-feira, 2, repercutindo a divulgação do balanço da empresa na quinta-feira, 1º, mostrando que seu lucro líquido mais que dobrou no segundo trimestre de 2024 ante um ano antes, superando as estimativas de analistas, com destaque para a operação brasileira.

A gigante do comércio eletrônico, que nesta sexta-feira celebra 25 anos, reportou lucro líquido de US$ 531 milhões no trimestre encerrado em junho, acima da previsão média de US$ 432 milhões apurada pela LSEG junto a analistas.

Com isso, os papéis da empresa no Ibovespa sobem mais de 10% ao longo da sessão desta sexta-feira, e, assim, a empresa atingiu um valor de mercado de US$ 89,8 bilhões. Os dados foram compilados com exclusividade pelo sócio-fundador da Consultoria Elos Ayta, Einar Rivero, para o IstoÉ Dinheiro.

Em 2 de agosto de 2023, o Mercado Livre registrava um valor de mercado de US$ 58,3 bilhões. Em 12 meses, a empresa ganhou US$ 31,4 bilhões em valor de mercado, e US$ 10,3 bilhões neste ano.

A Petrobras – a empresa brasileira e latino-americana mais valiosa – registra hoje um valor de mercado de US$$ 83,8 bilhões. “Devemos lembrar que a valorização do dólar penalizou o valor de mercado da Petrobras”, destaca Rivero.
Isso porque, lembra Rivero, o dólar já valorizou, 18,4% em 2024. “Não significa que a empresa perdeu valor, mas está sendo impactada pela valorização da moeda norte-americana”.

O dólar fechou na quinta-feira a R$ 5,73. Maior valor desde 21 de dezembro de 2021. Para efeitos de comparação, em 31 de dezembro de 2023, a moeda estava cotada a R$ 4,84.

Nova York

O impacto dos resultados divulgados repercute na bolsa em Nova York também. Por volta de 14h55, os papéis saltavam 9,5%, a US$ 1.758,97, tendo chegado a US$ 1.786,97 na máxima até o momento, em um dia de fortes quedas nos pregões norte-americanos. O índice Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, perdia cerca de 3%.

“Quando ‘outperfom’ parece adequado”, escreveram analistas do Santander liderados por Ruben Couto no título de relatório, analisando positivamente os números do período de abril a junho e reforçando tal recomendação para os papéis, bem como o preço-alvo de 2.100 dólares.

“Com a fintech a todo vapor, a Argentina se estabilizando, comparações mais fáceis no quarto trimestre de 2024, tudo em meio a potenciais cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, acreditamos que o (papel do) Mercado Libre pode se tornar um alvo principal para a rotação de investidores.”

*Com informações de Reuters

Afundamento de solo: Braskem é condenada na Holanda a indenizar moradores de Maceió

 


Justiça de Roterdã julgou o caso porque a cidade abriga a sede da empresa na Europa; valor da indenização não foi definido

Unidade da Braskem (Crédito: Divulgação )

A petroquímica Braskem, controlada por Petrobras e Novonor, foi condenada por um tribunal de Roterdã, na Holanda, a indenizar pessoas afetadas pelo afundamento do solo causado pela extração de sal-gema em Maceió, no estado brasileiro de Alagoas.


Desde 2019, mais de 60 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas na região.

O processo na Holanda foi movido por nove vítimas, mas, segundo seus advogados, pode abrir um precedente para ajudar muitas outras.

“É um lembrete a todas as multinacionais que operam em território brasileiro para agir de acordo com a legislação e sem causar danos às pessoas”, disse um dos advogados de defesa, Silvio Omena de Arruda, à Rádio Nacional holandesa.

A justiça de Roterdã julgou o caso porque a cidade abriga a sede da Braskem na Europa, mas o valor da indenização não foi definido. Em comunicado, a petroquímica declarou que já pagou R$ 4 bilhões em ressarcimentos e reafirmou o compromisso em “concluir as indenizações no menor tempo possível”.

 

 https://istoedinheiro.com.br/afundamento-de-solo-braskem-e-condenada-na-holanda-a-indenizar-moradores-de-maceio/

Produção de frango deve crescer até 1,8% e a de suínos pode avançar 1%, diz ABPA

 

São Paulo, 2 – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta uma produção de 15 milhões a 15,1 milhões de toneladas de carne de frango em 2024, alta anual de até 1,8%. Para 2025, a perspectiva é de produção de 15,25 milhões de toneladas a 15,35 milhões de toneladas, incremento de até 2,3%.

Para a exportação em 2024, a ABPA estima embarques de até 5,25 milhões de toneladas, aumento de até 2,2% A expectativa é de embarque de até 5,35 milhões de toneladas em 2025, elevação de até 1,9%.

A APBA também prevê um consumo per capita de aproximadamente 45 quilos em 2024, estabilidade ante 2023, e de até 46 quilos em 2025, avanço de 2% sobre este ano.

A disponibilidade de carne de frango em 2024 deve alcançar aproximadamente 9,85 milhões de toneladas, subida de até 1,6%. Em 2025, a disponibilidade de carne de frango deve atingir aproximadamente 10 milhões de toneladas, aumento de até 1,5%.

Suínos

A ABPA estima uma produção 5,2 milhões de toneladas de carne suína em 2024, alta anual de até 1%. Para 2025, a perspectiva é de produção de 5,25 milhões de toneladas, avanço também de até 1%.

Para a exportação em 2024, a ABPA estima até 1,325 milhão de toneladas, aumento de até 7,7%. A expectativa é de embarque de até 1,375 milhão de toneladas em 2025, incremento anual de até 3,8%.

A APBA também prevê um consumo per capita de aproximadamente 18 quilos em 2024, assim como em 2025, o que representa estabilidade ante o ano passado e o atual ano.

A disponibilidade de carne suína em 2024 deve alcançar aproximadamente 3,875 milhões de toneladas, estabilidade ante 2023. A previsão de disponibilidade é a mesma para 2025.

Ovos

A ABPA prevê, ainda, uma produção de ovos de até 56,9 bilhões de unidades em 2024, alta de até 8,5% em comparação com 2023. Para 2025, a previsão é de produção de até 57,5 bilhões de ovos, aumento de até 1% ante 2024.

Para as exportações de ovos, a previsão é de embarques de até 20 mil toneladas neste ano, recuo de até 20% ante 2023. A expectativa é de exportação de até 22 mil toneladas de ovos em 2025, avanço de até 10% ante 2024.

A ABPA projeta um consumo per capita de até 263 ovos por habitante em 2024, ante 242 em 2023, o que representa avanço de até 8,5%. A previsão é de até 265 ovos/habitante no ano que vem, um avanço de até 1% ante o dado de 2024.

Indústria brasileira interrompe quedas e registra em junho melhor resultado em 4 anos


Produção industrial sobe 0,10% em setembro ante agosto, revela IBGE

Fábrica da Yamaha. Linha de montagem de motocicletas Yamaha. Chão de fábrica. Manaus (AM) (Crédito: José Paulo Lacerda/CNI)

 

A produção industrial do país avançou 4,1% em junho, interrompendo dois meses consecutivos de taxas negativas, em meio à retomada da atividade em áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira, pelo IBGE.

Foi o resultado mensal positivo mais intenso desde julho de 2020, quando houve avanço de 9,1%. Na comparação com o mesmo mês de 2023, a produção subiu 3,2%.

Os resultados de junho levaram a indústria a ultrapassar o patamar pré-pandemia (2,8% acima de fevereiro de 2020), mas o setor ainda se encontra 14,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, destacou o IBE.

Números acima do esperado

As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 2,4% na variação mensal e de 1,2% na base anual.

“O avanço mais acentuado observado em junho de 2024 está relacionado não só com a base de comparação depreciada, explicada pelos dois meses consecutivos de queda na produção, mas também pela volta à produção de várias unidades produtivas que foram direta ou indiretamente afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio de 2024”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16 avançaram em junho. As influências positivas mais significativas viram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).

No setor de produtos alimentícios, que segundo o IBGE representa cerca de 15% da atividade industrial do Brasil, houve alta na produção de produtos importantes, como açúcar, produtos derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves.

No acumulado do ano, a indústria teve alta de 2,6% até junho. No acumulado em 12 meses até junho, houve alta de 1,5%, ante avanço de 1,3% até maio.

O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou alta de 0,7% em junho.

Na avaliação do Itaú, o resultado forte no mês “aponta para uma atividade resiliente no 2º trimestre do ano e um viés de alta para o PIB de 2024”.

 

 https://istoedinheiro.com.br/industria-brasileira-interrompe-quedas-e-registra-em-junho-melhor-mes-em-quase-4-anos/

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

BNDES apoia restabelecimento de rodovias afetadas por chuvas no Sul

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 125 milhões à Concessionária das Rodovias Integradas do Sul S.A. (Viasul), cujos trechos rodoviários concedidos foram afetados pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul a partir de abril último. O apoio de capital de giro para as necessidades de liquidez mais imediatas da empresa será feito pelo Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul.

A Viasul opera trechos das rodovias BRs 101, 290, 386 e 448 no Rio Grande do Sul, que totalizam 473,4 kms. Durante a calamidade climática a malha da concessionária foi atingida em 101 pontos com bloqueios. As rodovias sofreram danos na estrutura, como deslizamentos de terra, afundamento e inundações em longos trechos de pista.

Para restabelecer o tráfego, a prioridade foi intervir nas rodovias com ações emergenciais. A concessionária mobilizou serviços emergenciais de limpeza, sinalização e desvios, além de orientar as equipes operacionais para garantir a segurança dos usuários.

“O governo federal vem atuando incansavelmente para a retomada da atividade econômica do Rio Grande do Sul. Esse apoio no capital de giro para restabelecer a malha rodoviária vai ser fundamental para os setores produtivos e beneficiará grande parte da população”, disse o ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.

“Alinhado com o Ministério da Reconstrução do RS, o BNDES aprova mais uma operação que visa garantir a continuidade da prestação dos serviços e a trafegabilidade das rodovias gaúchas que sofreram danos nas enchentes de abril e maio desse ano”, destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O programa

O BNDES Emergencial para o Rio  Grande do Sul apoia ações de redução e adaptação às mudanças climáticas, além do enfrentamento de consequências socioeconômicas das chuvas extremas no Rio Grande do Sul. O instrumento tem prazo de vigência até 31 de dezembro de 2025 ou até a utilização total dos R$ 15 bilhões em recursos.

“A Viasul é uma rota fundamental para a economia do estado do Rio Grande do Sul, tendo sido severamente impactada pela catástrofe climática. Com o crédito emergencial, o BNDES propicia a liquidez do projeto, que incorreu em gastos extraordinários para manter a trafegabilidade das rodovias administradas”, disse Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES,

“O orçamento do programa está dividido em três linhas com diferentes propósitos: capital de giro (crédito emergencial), aquisição de máquinas e equipamentos e investimento para reconstrução dos empreendimentos afetados. Ao atender as necessidades de liquidez mais imediatas, o capital de giro é fundamental para manutenção de empregos, pagamento dos salários, renovação de estoques e quitação dos compromissos com fornecedores”, anunciou o BNDES.

Pesquisa da CNI aponta que indústrias usam cada vez mais técnicas de manufatura enxuta

 CNI Logo – Confederação Nacional da Indústria – PNG e Vetor ...

As indústrias brasileiras estão usando cada vez mais as técnicas de manufatura enxuta, segundo aponta Sondagem Especial divulgada na quinta-feira, dia 1º, pela Confederação Nacional da Indústria. De acordo com a pesquisa, 86% da indústria instalada no Brasil utilizam pelo menos uma técnica de manufatura enxuta, sendo que 41% adotaram pelo menos 11 técnicas, de uma lista de 17, para reduzir tempo e custo de produção e aumentar a qualidade em 2023.

A economista da CNI Samantha Cunha explica que tratam-se de técnicas já consolidadas que organizam melhor a produção, reduzindo desperdícios, gerando valor, otimizando a produção, com as tecnologias da indústria 4.0, que irão aumentar ainda mais os ganhos de eficiência e produtividade das empresas.

Na comparação com 2018, o levantamento mostra um aumento importante. Naquele ano, 35% das indústrias faziam uso de 10 a 15 técnicas.

A CNI avalia o dado como animador, mas destaca que a pesquisa aponta para um novo desafio: “integrar essas técnicas, originalmente pensadas ainda na década de 1980, às tecnologias digitais, como inteligência artificial, internet das coisas e big data, para se tornarem mais produtivas e eficientes”. “Essa integração marca uma evolução nos paradigmas operacionais das empresas em todo o mundo.”

O levantamento aponta ainda que, para 48% das indústrias de transformação, o alto custo de consultoria ou a implementação das técnicas representaram importante barreira no ano passado. Em 2018, 34% das indústrias consideravam essa uma barreira. Para Samantha Cunha, esse aumento pode ser explicado pelo fato de que, cada vez mais, as técnicas de manufatura enxuta estarão interligadas à implementação de tecnologias digitais, que também têm alto custo de implementação.

Entre as barreiras para a adoção das técnicas de manufatura enxuta, tanto em 2018 quanto em 2023, 37% da indústria de transformação apontam a falta de conhecimento. “A pesquisa reforça a importância do programa Brasil Mais Produtivo, que realizará consultorias para as empresas, tanto para a adoção de práticas de manufatura enxuta quanto para a implementação de novas tecnologias digitais”, afirma Samantha Cunha.

Nicarágua e China inauguram rota marítima comercial direta

 


O assessor presidencial para as relações entre Nicarágua e China, Laureano Ortega, filho do presidente Daniel Ortega e da vice-presidente Rosario Murillo, durante um evento de entrega de ônibus chineses em Manágua, em 17 de novembro de 2023 - PRESIDENCIA NICARAGUA/AFP

 

O governo da Nicarágua inaugurou, nesta quinta-feira (1º), uma rota comercial direta com a China para expandir o intercâmbio econômico entre os dois países, conforme relatado por um veículo de mídia alinhado ao governo.

O anúncio foi feito no porto de Corinto, no Pacífico, cerca de 150 km a noroeste de Manágua, onde chegou na quarta-feira o navio mercante Sunny Fortune, de bandeira panamenha, o primeiro de três embarcações mensais previstas em um acordo de intercâmbio comercial com a China.

O assessor presidencial responsável pelas relações entre Nicarágua e China, Laureano Ortega, filho do presidente Daniel Ortega e da vice-presidente Rosario Murillo, liderou o evento junto com funcionários chineses e nicaraguenses e afirmou que este “é um evento transcendental” para o país da América Central.

“Este é um grande feito para nosso país e continuaremos trabalhando para que isso seja apenas o início de muito mais, com maior frequência e mais operações”, comentou Laureano Ortega, conforme citado pelo portal El19digital.

Ele acrescentou que, além de abrir a rota, o Sunny Fortune transportou máquinas para a construção do Aeroporto Internacional de Punta Huete, ao norte de Manágua, que o governo da Nicarágua concedeu à empresa chinesa CAMC.

Em dezembro de 2023, China e Nicarágua concordaram em elevar suas relações ao nível de “parceria estratégica”, após uma ligação entre Ortega e o presidente chinês, Xi Jinping.

 

Nicarágua e China iniciaram em janeiro um Tratado de Livre Comércio.

 

Em 2021, Manágua estabeleceu relações com a China após romper com Taiwan, considerado por Pequim como território próprio cujo controle deve ser retomado, até mesmo pela força, se necessário.

Desde então, a segunda maior economia mundial tem apoiado o governo nicaraguense, alvo de sanções dos Estados Unidos e de países europeus após os protestos de 2018 contra Ortega que deixaram mais de 300 mortos, segundo a ONU.