segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Quase um terço das empresas do país será impactada pela reforma do Código Civil

 


Sociedades limitadas são o tipo mais comum de formalização de negócios do Brasil 
 
 
Cerca de 7 milhões das 22 milhões de práticas empresariais são sociedades limitadas, representando três a cada dez empresas do país

 

 

Aguardando sua votação final, a reforma do Código Civil pode transformar muitos dos aspectos das rotinas empresariais e, ao contrário do seu objetivo inicial, gerar ainda mais insegurança jurídica. As mudanças previstas para as sociedades limitadas, por exemplo, podem impactar quase um terço das organizações do país. Conforme o Mapa das Empresas, do Governo Federal, cerca de 7 milhões das 22 milhões de práticas empresariais são sociedades limitadas, representando três a cada dez empresas do país.

"Estamos falando de um universo do segundo maior perfil de estruturação empresarial do país, atrás apenas dos Empresários Individuais, que somam 14,7 milhões", ressalta o advogado especialista em direito tributário, Jorge Coutinho. "Entre elas, encontra-se a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que se caracteriza pela existência de um sócio único no quadro social. Nessa modalidade, ao contrário dos empresários individuais, há a separação do patrimônio do sócio único daquele da sociedade limitada unipessoal, oferecendo maior proteção ao empresário frente aos riscos das atividades negociais", explica.

O texto da reforma do Código Civil prevê que a SLU só possa ser composta por pessoas físicas, retirando esse direito de pessoas jurídicas. "Não me parece adequado estabelecer um instrumento multifuncional e destinado para fomento econômico, tão típico do direito privado, apenas às pessoas físicas. Até mesmo porque a SLU foi adotada por diversas pessoas jurídicas desde a Lei da Liberdade Econômica, de 2019, e o texto não prevê quais as consequências práticas da modificação, apenas prazo de dois anos para a adequação à nova legislação", afirma Coutinho.

As Sociedades Limitadas Unipessoais foram adotadas por muitas pessoas jurídicas para diversos fins, como planejamento sucessório, constituição de holdings, entre outros propósitos. "Existiam diversas hipóteses para a adoção deste instrumento, que permitiu a estruturação de atividades por meio de uma sociedade regularmente constituída", esclarece o especialista em direito tributário. "Embora as SLUs tenham surgido, principalmente, para otimizar a operação dos pequenos e médios empreendedores, possibilitando que esses criassem uma sociedade sem que houvesse a necessidade de sócios, essa também se mostrou um instrumento relevante para criação de estruturas empresariais para pessoas jurídicas. A possível mudança com a reforma do Código Civil coloca em risco jurídico diversas dessas complexas organizações desenhadas nos últimos 5 anos", diz o especialista. Em dezembro de 2022 houve a extinção do tipo societário Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), sendo que as existentes foram reenquadradas automaticamente pela Receita Federal como Sociedade Limitada Unipessoal (SLU). "Se não revista, a reforma poderá gerar uma grande insegurança jurídica no país", complementa Jorge Coutinho.

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Fávaro assina memorando de entendimento para cooperação técnica agropecuária com o Chile

 

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinou no Chile memorando de entendimento (MdE) para cooperação técnica agropecuária. Foram assinados ainda outros dois acordos, conforme adiantou a Coluna do Broadcast Agro. Um é o memorando de entendimento sobre a certificação eletrônica de vinhos e bebidas alcoólicas, que busca aumentar a eficiência da troca de certificados oficiais e prover um mecanismo para facilitar as trocas contínuas da versão digital do documento. A ideia é melhorar o fluxo dos vinhos chilenos ao Brasil. O outro é um aditivo ao memorando sobre reconhecimento mútuo da Certificação Orgânica. O objetivo é o reconhecimento mútuo de semelhanças normativas de produção orgânica para facilitar o comércio entre os dois países.

Fávaro acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. Lula firmou 17 acordos e tratativas sobre diversos temas, representando uma expansão na agenda bilateral. “O acordo tem o objeto principal de fomentar o desenvolvimento dos sistemas agropecuários por meio da implementação conjunta de programas, projetos e eventos nas diferentes áreas de interesse comum. Os chilenos já apresentaram, por exemplo, interesse no ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e no plano ABC+ (Agricultura de Baixo Carbono)”, disse a pasta em nota.

Para Lula, a integração sul-americana faz a diferença na vida das pessoas. “A relação Brasil-Chile tem que melhorar. Sobretudo na política, na relação de amizade, no pensamento que o povo chileno e brasileiro merece mais. Começou uma nova era na relação Chile-Brasil”, afirmou, ainda conforme a nota do Mapa. Fávaro destacou que a retomada das boas relações do Brasil com os principais parceiros comerciais do exterior dá novas perspectivas para o agro nacional. “A boa relação brasileira com o mundo significa mais oportunidades”, disse.

Principais índices nos EUA despencam com temores de recessão no país

 


Desempenho das ações da Apple também puxaram mercado para baixo, após a Berkshire Hathaway anunciar corte em sua participação na fabricante do iPhone

 

 

Placa em frente à Bolsa de Valores de Nova York sinaliza Wall Street

 

Os principais índices de ações dos Estados Unidos encerraram em forte queda nesta segunda-feira, 5, com preocupações com uma recessão nos Estados Unidos abalando os mercados globais e afastando investidores de ativos de risco, enquanto as ações da Apple caíram depois que a Berkshire Hathaway cortou sua participação na empresa.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 2,98%, para 5.187,36 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 3,38%, para 16.208,38 pontos. O Dow Jones caiu 2,59%, para 38.706,79 pontos.

 

‘Sete Magníficas’ tombam nos EUA e perdem cerca de US$ 900 bi em valor de mercado

 

A Apple e a Nvidia lideravam uma forte queda das ações de tecnologia nesta segunda-feira diante de temores de recessão nos Estados Unidos e de decisão da Berkshire Hathaway de cortar sua participação na fabricante do iPhone, o que interrompia uma alta de meses no setor.

As ações de alto desempenho da Alphabet, Amazon, Meta, Microsoft e Tesla, bem como da Apple e Nvidia, caíram até 6,5%. As perdas nas ações do grupo conhecido como “Sete Magníficas” estavam encaminhadas para perder quase 900 bilhões de dólares do valor de mercado combinado das empresas.

As ações de chips, os grandes vencedores das negociações intensas de Wall Street relacionadas a inteligência artificial (IA), também recuavam, com a Advanced Micro Devices, Intel, Super Micro Computer e Broadcom em baixa de até 7,8%.

O índice Philadelphia de semicondutores tinha queda de quase 3%.

A baixa das ações ocorreu após um fraco relatório de empregos nos EUA na sexta-feira que levou investidores de todo o mundo a buscar ativos seguros e estimulou apostas de que o Federal Reserve terá que cortar a taxa de juros em breve para ajudar o crescimento.

No fim de semana, a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, informou que havia reduzido pela metade sua participação na Apple — a maior participação do conglomerado — em uma onda de vendas de ações que aumentou as preocupações com as perspectivas do setor de tecnologia.

Depois de impulsionar os ganhos em Wall Street por mais de um ano, os grandes papéis de tecnologia ficaram sob pressão nas últimas semanas, também devido a sinais de que o retorno dos grandes investimentos em IA deve demorar mais do que alguns investidores esperavam inicialmente.

As ações da Amazon, Microsoft e Alphabet — os três maiores fornecedores de serviços de computação em nuvem — caíram nas últimas semanas, depois que seus relatórios de lucros geraram dúvidas de que suas margens poderiam ser afetadas pelos bilhões de dólares gastos em IA.

“As expectativas se tornaram indiscutivelmente altas demais para o chamado grupo de empresas ‘Sete Magníficas’. Seu sucesso as tornou intocáveis aos olhos dos investidores e, quando ficam abaixo do extraordinário, as facas são lançadas”, disse Dan Coatsworth, analista de investimentos da AJ Bell.

‘Dona do Baile’: marcas celebram Rebeca Andrade nas redes; veja lista de patrocinadores

 


A ginasta também é campeã quando o assunto é patrocínio: ao todo são 12

 

 

Rebeca Andrade - Crédito: Gabriel BOUYS / AFP

Nesta segunda-feira, 5, Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris no solo da ginástica artística feminina. Com isso, a atleta se tornou a maior campeã olímpica do Brasil.

Ao todo, Rebeca soma seis medalhas: são duas de ouro, três de prata e uma de bronze.

Outro detalhe é que ela é campeã também quando o assunto é patrocínio. A ginasta é a quarta atleta brasileira com mais acordos com marcas. São 12: Volvo, Panasonic, Adidas, Medley, Nivea, Parmalat, Riachuelo, Vult, Invisalign, Docile, Hemmer e Sankhya.

Os patrocinadores celebraram a vitória de Rebeca com várias homenagens nas redes sociais. Veja abaixo:

 

Panasonic

Adidas

 Medley

Riachuelo

Vult

Invisalign

Docile

Hemmer

 

 https://istoedinheiro.com.br/dona-do-baile-marcas-celebram-rebeca-andrade-nas-redes-veja-lista-de-patrocinadores/

Mulheres se preocupam mais com consumo sustentável do que homens

 


Pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional do Comércio 
 
 
Entre as mulheres, 36% afirmaram que deixam de comprar produtos de vendedores ou fabricantes com práticas nocivas ao meio ambiente

 

 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou uma pesquisa com mais de 1 mil consumidores em todo o Brasil para compreender de que forma aspectos ambientais, sociais e econômicos impactam a tomada de decisão do consumidor e o comportamento de compra e também a escolha de produtos educacionais e serviços turísticos. O estudo foi segmentado por gênero, classe social, idade e geolocalização. Entre os resultados, 94% dos brasileiros declaram ter um hábito de consumo mais racional, fazendo, principalmente, pesquisa de preços, moderando as compras e evitando a compra por impulso. Os selos e certificações socioambientais são vistos como importantes para 58% dos consumidores. Para a maioria dos entrevistados, o consumo consciente está associado a questões ambientais como: redução da poluição (61%) e utilização responsável dos recursos naturais (58%).

O estudo aponta também a preocupação com questões sociais, como dar preferência a marcas não associadas ao trabalho infantil ou análogo à escravidão (56%). Mais de um terço dos consumidores entrevistados afirmam que deixam de comprar em empresas envolvidas em episódios de desrespeito aos empregados, de fraudes ou corrupção ou de prejuízos ao meio ambiente. "O resultado desta pesquisa nos mostra um consumidor cada vez mais consciente e preocupado com o impacto de suas escolhas. Isso reflete um amadurecimento do mercado e a necessidade de empresas se adequarem às novas demandas de sustentabilidade e responsabilidade social", afirmou José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.

 

Escolhas sustentáveis por categorias de produto


A pesquisa mapeou atitudes de consumo para os segmentos do varejo: de roupas e acessórios, eletroeletrônicos, produtos de limpeza, alimentação e bebidas, higiene pessoal e beleza, lazer e turismo, e instituições de ensino. Por exemplo, no consumo de alimentos e bebidas, 25% declaram dar preferência à produção local/comunitária, 21% a embalagens recicláveis ou biodegradáveis, e 17% a produtos orgânicos. Quanto aos itens de higiene e beleza, 31% dos consumidores estão atentos a embalagens recicláveis ou biodegradáveis na hora da compra, enquanto 26% dão preferência a produtos com selos de bem-estar animal/não testado em animais.

Na categoria roupas e acessórios, 66% dos consumidores consertam ou reaproveitam as peças, e, quando esses itens não atendem mais às expectativas de uso, 73% afirmam doar para caridade. Para eletroeletrônicos, a intenção de reaproveitamento é ainda maior – 81% buscam consertar as peças antes de descartar, e mais da metade dos consumidores (55%) levam para cooperativas ou programas de logística reversa, fazendo o descarte apropriado dos equipamentos. Na escolha dos produtos de limpeza, o valor ainda é o mais relevante para 48% dos consumidores, 47% buscam embalagens de refil, e 45% compram embalagens recicláveis. Na educação, a atitude do consumidor foca o pilar social do ESG. Na escolha de uma instituição de ensino, 45% dos entrevistados buscam programas de combate ao racismo e a outras formas de preconceito, seguidos por 38% que buscam políticas de valorização da diversidade e inclusão, e 37% se preocupam que haja ações de combate ao bullying.

Entre as mulheres, 36% afirmaram que deixam de comprar produtos de vendedores ou fabricantes com práticas nocivas ao meio ambiente, 39% disseram rejeitar empresas envolvidas em escândalos de desrespeito aos empregados e 38% recusam marcas envolvidas em fraudes ou corrupção. Já entre os homens, foram registrados percentuais mais baixos em todos os três tópicos: 33%, 38% e 36%, respectivamente. O público feminino também é mais propenso a realizar muitas pesquisas de preços antes de realizar uma compra: 67% das mulheres afirmaram ter esse hábito. Entre os homens o índice foi 61%.

Para 56% dos consumidores brasileiros, as opções sustentáveis devem ter preços comparáveis a outros produtos, e 51% querem que os rótulos sejam mais compreensíveis. "O Comportamento do consumidor impulsiona a tomada de decisão nas empresas. Por isso, o mercado precisa oferecer produtos acessíveis e informações claras para os consumidores. O desafio é transformar a conscientização em práticas concretas que promovam um desenvolvimento sustentável mais amplo", destaca o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares. Já no recorte por região geográfica, nota-se que os consumidores nordestinos são os mais preocupados em realizar pesquisas antes de fazer uma compra. Esse hábito é assumido por 68%. De outro lado, a população que registra o maior percentual de pessoas que admitem comprar por impulso está no Sul: o comportamento é relatado por 9% dos consumidores da região.

 

 https://amanha.com.br/categoria/sustentabilidade/mulheres-se-preocupam-mais-com-consumo-sustentavel-do-que-homens?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Mulheres+se+preocupam+mais+com+consumo+sustent%C3%A1vel+do+que+homens+-+Grupo+Amanh%C3%A3&utm_medium=email&utm_source=dinamize&utm_term=News+Amanh%C3%A3+05_08_2024

Cade aprova aquisição pela Tudo Serviços da Parati Crédito, das Americanas

 

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pela Tudo Serviços da Parati Crédito, Financiamento e Investimento, que pertencia ao Grupo Americanas – que está em recuperação judicial.

O despacho foi publicado nesta segunda-feira, 5, no Diário Oficial da União (DOU).

A operação também precisa o aval do Banco Central.

“Como justificativa para a realização da operação, as requerentes explicam que, para a compradora, ela está alinhada com sua estratégia de assegurar melhorias nos aspectos estratégicos dos produtos e serviços ofertados pela Tudo Serviços e gerar sinergias por meio da contratação dos serviços de “Banking as a Service” (BaaS). Já para o grupo vendedor, a operação representa uma oportunidade de capitalização, dada a atual situação financeira do Grupo Americanas, em recuperação judicial”, alegaram as empresas, no processo.