Patinetes elétricos da empresa Whoosh (Crédito: Divulgação/Whoosh )
A
Whoosh, empresa multinacional de micromobilidade, anunciou
investimentos de R$ 50 milhões em expansão de suas atividades para a
cidade de São Paulo. Atualmente, a companhia disponibiliza patinetes
elétricos em Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro e informa 300
mil clientes já ativos nas três capitais.
“Nosso objetivo em
desembarcar nossas patinetes em São Paulo, ainda em 2024, é trazer a
mobilidade sustentável e eficiente para um número crescente de
brasileiros”, afirma o CEO da Whoosh Brasil, Francisco Forbes.
A
nova soma será a maior já investida em uma única cidade pela empresa,
que já colocou mais de R$ 70 milhões em sua operação no Brasil. A
segunda cidade com maiores investimentos foi o Rio de Janeiro, com R$40
milhões.
A
estratégia na capital paulista envolverá conectar os patinetes ao
sistema de transporte público, principalmente ao Metrô de São Paulo. Os
pontos exatos no entanto ainda estão em discussão com a prefeitura da
cidade.
“Nossas patinetes desempenham um papel crucial na redução
do trânsito, diminuição da poluição sonora e mitigação do efeito de
calor urbano. Isso torna as cidades mais agradáveis e melhora a
qualidade de vida dos cidadãos de forma geral”, defende o CEO sobre a
conexão com o governo local.
Como é o serviço
O
aluguel dos patinetes, com funcionamento de 24 horas por dia, tem custo
de R$ 2 para desbloqueio do equipamento, mais R$ 0,80 por minuto de
uso. O pagamento é feito via cartão de crédito ou Pix. Para acessar, é
necessário baixar o aplicativo da Whoosh, disponível para Android e IOs.
A
empresa desembarcou primeiro em Porto Alegre, em outubro de 2023. De lá
pra cá, foram realizadas 23.914 corridas na capital gaúcha, por mais de
80 mil usuários, totalizando mais de 1 milhão de quilômetros rodados.
No Rio de Janeiro, a empresa desembarcou em junho e registrou mais de 50
mil viagens por 20 mil usuários em menos de um mês.
Outras empresas se deram mal no país
A
Whoosh não é a primeira companhia a instalar patinetes na paisagem
urbana de São Paulo. Entre as empresas que tentaram e falharam estão:
- A estadunidense Lime, que desembarcou do país em 2020 e seis meses após chegar, suspendeu as operações no contexto da pandemia
- A
Grow, surgida da fusão da Yellow e da Grin em 2019, que teve falência
decretada em 2023, após três anos de um processo de recuperação judicial
As
dificuldades em geral passam pelos custos com manutenção dos
equipamentos, constantes de furtos e vandalismo. Além disso, há as
complicações devido a acidentes de trânsito, que incluem até mortes.
A estratégia da Whoosh
Para
contornar os problemas de segurança dos equipamentos, a Whoosh aposta
em uma equipe de monitoramento 24 horas. “Os agentes de campo estarão
ativos em toda a cidade”, afirma, em nota.
Já para proteger o
usuário, são feitas campanhas de educação no trânsito em parceria com
prefeituras e autoridades de trânsito locais. A empresa afirma também
que exige que, antes do primeiro aluguel, os usuários consultem um
material educativo sobre as regras de uso do equipamento no trânsito.
Os
patinetes tem ainda um limite de velocidade de 20 quilômetros por hora e
um sistema que busca reduzir a velocidade automaticamente em vias
congestionadas. O veículo também não está liberado para circular em
todos os lugares e, caso saia das rotas permitidas, emite um aviso
sonoro e trava automaticamente.