terça-feira, 13 de agosto de 2024

Agradecimento do governador do RS até agora não veio, afirma Mercadante

 Aloizio Mercadante citado como nome para BNDES ou Petrobras


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, respondeu nesta terça-feira, 13, ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que na semana passada criticou o tratamento que o governo tem dado ao Estado por causa das chuvas que arrasaram várias cidades gaúchas. Segundo Mercadante, “a polarização política está corroendo os valores republicanos”, e que, se houver algo a ser ajustado, o mais correto é que se peça uma audiência para chegar a um acordo.

“O servidor do BNDES está virando noites e finais de semana e o que a gente espera é pelo menos um elogio, um agradecimento, mas não é isso que a gente tem visto”, disse Mercadante durante coletiva para comentar os resultados do primeiro semestre do ano. “Você pode ter disputa política em outro patamar. Eu acho que os servidores do BNDES merecem um agradecimento das autoridades do Rio Grande do Sul, especialmente do governador, que até agora não veio”, acrescentou.

O programa emergencial do BNDES já aprovou R$ 6,3 bilhões de uma linha total de R$ 15 bilhões, ou 42,1% dos recursos disponíveis.

Já o crédito solidário, no qual o BNDES fornece apenas a garantia para empréstimos voltados para o Estado gaúcho, de outras instituições, realizou 2.046 operações, totalizando R$ 134,9 milhões.

Ele informou que o apoio do BNDES ao Rio Grande do Sul já soma R$ 9,7 bilhões. Somente em suspensão de parcelas de financiamentos são R$ 1,7 bilhão.

“Suspendemos todo o pagamento das dívidas sem acumular juros para todos os municípios do Estado”, informou ainda Mercadante.

Campos Neto: Copom tem sido unânime, tem mostrado que missão é convergir inflação

 

Banco Central e o superministro Campos Neto: a granada | Opinião

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou que as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) têm sido unânimes, inclusive no entendimento de que não há harmonia monetária sem fiscal: a ancoragem tem de ser dupla. A declaração foi realizada em audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

“Esse é o primeiro grande teste da autonomia, que tem se mostrado com grande eficiência. A gente vê, por exemplo, nas últimas reuniões do Copom que foram unânimes. Há quatro membros indicados pelo governo que têm votado de forma unânime, que têm entendido que a missão do Banco Central é fazer a inflação convergir para a meta, sempre com estabilidade financeira, atendo também ao mandato secundário de fomento ao emprego”, disse Campos Neto.

O presidente do Banco Central afirmou que os diretores que foram indicados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também reiteram o compromisso com a condução da inflação para a meta.

“Nas últimas reuniões, o Copom foi unânime com a preocupação de mirar o centro da meta. Em relação à possibilidade de subir os juros, ontem, inclusive, teve duas falas de diretores, inclusive diretores que foram apontados por esse governo, dizendo, olha, nós vamos fazer o que tiver que fazer para atingir a inflação, para a inflação atingir a meta, e se tiver que subir os juros, e se foi necessário, vai ser feito”, disse Campos Neto.

Questionado sobre uma investigação sugerida pelo Ministério Público de Contas sobre o relatório Focus, Campos Neto disse não ver problemas em relação a isso e que o BC também faz uma outra pesquisa, a Firmus, para confrontar opiniões.

O presidente do BC também ponderou que a alta do crédito direcionado diminui a potência da política monetária.

Ele voltou a afirmar, também, que o BC nos últimos quatro anos foi o mais premiado do mundo.

Eventos e homenagens

O presidente do Banco Central disse que sempre comparecerá a eventos que reconheçam o trabalho da autoridade monetária, tentando rebater críticas de deputados sobre ter comparecido a um jantar organizado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em sua homenagem. “Eu queria mencionar que teve um evento igualzinho, antes do Tarcísio, feito pelo governador do Mato Grosso Mauro Mendes e ninguém falou nada sobre o assunto”, comentou. “Para mim, era mais um evento.”

Ele afirmou que já recebeu convites para participar de eventos por governadores que não apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “No final das contas, para o Banco Central, é importante o reconhecimento”, disse. “Toda vez que eu for chamado para ter algum reconhecimento representando o BC, eu vou aceitar.”

Campos Neto argumentou que tem de conversar com todos os governadores e disse que concede audiências para todos que o procuram no BC.

Vida após o BC

O presidente do Banco Central voltou a dizer que não tem interesse político para além do seu mandato no comando da autoridade monetária e que está tranquilo sobre a condução do seu trabalho e averiguação de patrimônio.

Campos Neto havia sido questionado sobre a evolução do seu patrimônio e inquirido sobre o montante que possuía antes de presidir o BC e quanto tem agora.

“Em relação às outras perguntas, perguntas do âmbito pessoal, honestamente, acho que a gente está aqui para fazer um debate mais construtivo. Tudo que eu tenho já foi examinado pelo Comitê de Ética, já foi apresentado. Todos os relatórios foram apresentados. Estou muito tranquilo. O Comitê de Ética, se quiser olhar de novo, olhe. Tudo que eu fiz ao longo do meu caminho aqui foi para o bem da sociedade, para o bem do governo, foi uma experiência interessante. Não tenho interesse político quando sair daqui, ao contrário do que muitos imaginam. O que é importante para mim é o que o Banco Central fez e quais são as entregas que eu participei”, afirmou Campos Neto.

Aluguel residencial sobe 9,23% no ano, três vezes mais que a inflação; veja preço por cidade

 


São Paulo é a capital com maior aluguel do Brasil (Crédito: Julio Cesar Bazanini/USP Imagens)

 

A FipeZAP lançou, nesta terça-feira, 13, a edição do mês de julho do índice para aluguel residencial. O levantamento apontou que o aluguel subiu, em média, 9,23% em 2024, mais de três vezes a inflação medida pelo IPCA, que fechou em 2,87% no período. Em julho o aumento foi de 1,12%.

Tomando como base os preços de locação residencial em 36 cidades brasileiras, o índice registrou uma desaceleração em relação a junho, que registrou aumento de 1,43%. Preços de locação de imóveis que de dois dormitórios apresentaram uma valorização mais acentuada (+1,24%), contrastando com o incremento menos expressivo entre unidades com quatro ou mais dormitórios (+0,89%).

Entre as localidades acompanhadas, 31 apresentaram valorização do aluguel residencial, incluindo 19 das 22 capitais incluídas nesse rol, onde as variações foram as seguintes: Porto Alegre (+4,30%); Campo Grande (+3,49%); Salvador (+2,42%); Belém (+1,91%) e Recife (+1,39%). Por outro lado, houve retração no valor do aluguel residencial nas seguintes capitais: Teresina (-0,82%); Aracaju (-0,59%); e São Luís (-0,15%).

Esse foi o primeiro mês do índice de locação que contou com a entrada de seis novas capitais: Aracaju (SE), Belém (PA), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

O preço médio do aluguel de apartamentos prontos foi calculado em R$ 46,41/m². Os maiores valores médios foram observados no aluguel de imóveis de um dormitório (R$ 60,84/m²) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 40,20/m²). Comparando-se os resultados nas 22 capitais, a cidade de São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 55,69/m²), seguida por: Florianópolis (R$ 53,72/m²); Recife (R$ 52,14/m²), Maceió (R$ 50,43/m²) e São Luís (R$ 49,55/m²).

Confira a lista de preços por cidade

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Sindusfarma: Rejeição em registros com a Anvisa foi de 73% em junho, com operação de servidores

 


O número de indeferimentos nos registros de medicamentos no Brasil chegou a 73,33% dos pedidos avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho, de acordo com levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) e da BMJ Consultores e Associados. A entidade sindical avalia que há relação direta com a mobilização dos servidores das agências reguladoras e fala em “atraso no acesso” a medicamentos no país.

O porcentual de rejeição das petições em maio deste ano foi de 31,25% e nos três meses anteriores ficou abaixo de 10%, de acordo com o balanço. Ainda segundo a Sindusfarma, algumas áreas da Anvisa, incluindo a de medicamentos, não estão mais agendando reuniões de parlatório – audiência das empresas com a área técnica para embasar os pedidos de registros -, o que contribui para a desaprovação das solicitações.

A Anvisa foi procurada, mas não respondeu até o momento. A operação dos servidores das agências foi intensificada a partir de maio deste ano. Desde então o governo busca uma saída para atender a demanda de aumento salarial e reestruturação da carreira. A próxima reunião é amanhã, às 16h.

De acordo com a BMJ Consultores e Associados, o valor potencial dos medicamentos que aguardam registro na Agência (filas de análise) estava estimado em R$ 20 bilhões em janeiro de 2024, com a tendência de aumento ou estagnação dessa “fila de espera” a partir da mobilização dos servidores. Esse cálculo é feito considerando o potencial se os produtos já estivessem em comercialização.

Há também atraso no processo de liberação nos portos. Em dados divulgados em julho, pelo sindicato farmacêutico, é estimada que a liberação da importação, antes do “estado de greve”, demorava entre 1 a 4 dias em média, a depender do posto.

Agora, de acordo com consultas realizadas com as empresas e os despachantes aduaneiros, os processos nesses pontos atingem, em média, 14 dias de atraso – em comparação ao tempo médio anteriormente identificado.

“O setor de medicamentos já está constatando que alguns produtos farmacêuticos ativos estão sendo travados nos portos, e já está atrasado em até um mês o estoque de medicamentos do setor farmacêutico”, cita Maíra Oliveira, consultora de Bens de Consumo e Saúde da BMJ Consultores Associados, em conversa com o Broadcast.

O sindicato calcula que cada dia de atraso representa uma taxa ad valorem de 2,1% nos produtos com exportação autorizada pela Anvisa. Assim, ao considerar apenas o volume de importação de junho, o prejuízo estimado é de R$ 3,3 bilhões.

Docinhos de casamento por até R$ 1,20, a nova aposta de linha premium da Cacau Show

 


A rede Cacau Show, conhecida pelos chocolates, anunciou nesta segunda-feira, 12, a expansão de sua linha Petit Deli para festas e eventos, a Petit Deli.

A linha oferece doces por até R$ 1,20 a unidade em compras a partir de 42 unidades. Segundo a empresa, o preço no mercado para esse tipo de doce varia entre R$ 2 e R$ 10.

Originalmente criada para ser uma linha premium de doces-finos para presentear, a empresa disse que a linha Petit Deli acabou sendo procurada para serem servidas em casamentos, após viralização de vídeos no TikTok mostrando noivas optando pela linha. São oferecidos doces nos sabores: cookies and cream, torta holandesa, brigadeiro, mil-folhas e bem-casado.

A empresa projeta faturar R$ 2,8 milhões em 2024 com a linha Petit Deli.

Alckmin: Governo vai cumprir arcabouço; rigor fiscal é social, não é economicista

 

Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) / X

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a assegurar nesta segunda-feira, 12, que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal, e frisou que o rigor com as contas públicas é “social, não é economicista”.

“Com rigor fiscal, vamos ter mais investimento e mais emprego, vamos ter menor inflação e melhor renda da população”, disse Alckmin durante participação no Warren Institutional Day, evento da Warren Investimentos na capital paulista.

O vice-presidente observou que a inflação, que é pressionada quando falta responsabilidade com as contas públicas, não é socialmente neutra, uma vez que seus efeitos mais perversos se dão na população de menor renda.

Chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin também aproveitou o evento para fazer um balanço das políticas voltadas ao crescimento da indústria, setor que, segundo ele, vai fazer diferença no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. “A indústria vai ajudar o PIB a dar uma melhorada. Estamos fazendo esforço grande para ajudar a indústria.”

Ao falar da abertura de novos mercados no exterior, Alckmin disse estar muito confiante na concretização do acordo do Mercosul com a União Europeia. Há, frisou, um “empenho de 24 horas” para a conclusão do acordo de comércio não apenas com a União Europeia, mas também com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

Alckmin destacou também que a melhora da confiança de empresários, somada à queda da ociosidade na indústria, ajuda a antecipar investimentos. Nesse sentido, citou investimentos de R$ 130 bilhões, R$ 120 bilhões e R$ 100 bilhões anunciados, respectivamente, pelas indústrias de automóveis, de alimentos e do aço.

Galípolo: Em nenhum momento quis passar a mensagem de que alterei o tom

 Autonomia do Banco Central não significa 'virar as costas' ao ...


O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 12, que em nenhum momento quis passar a mensagem de que alterou o tom ao referir-se a suas últimas declarações, que agradaram ao mercado ao reforçar o compromisso com a meta de inflação.

Galípolo afirmou que ficou satisfeito com a reação do mercado à sua última fala pública, feita na quinta-feira, mas que o tom é coerente com o de comentários feitos anteriormente pelo diretor, assim como com seus votos no Comitê de Política Monetária (Copom). “Fala e ação de diretor de política monetária têm que ser coerentes … Olhar para um lado e tocar para o outro fica bem para o Ronaldinho Gaúcho”, brincou.

Durante o Warren Institutional Day, evento da Warren Investimentos, Galípolo ressaltou que tem até 2027, fim de seu mandato, para mostrar o quanto preza pela credibilidade da instituição. Chamando atenção à autonomia do BC, o diretor de política monetária observou que as decisões da instituição se darão cada vez mais de maneira colegiada – ou seja, sem dissensos.

Ele frisou que a política monetária faz parte de um arcabouço legal e institucional, e não depende de posições idiossincráticas de um diretor A ou B. Cotado ao cargo, Galípolo reconheceu que se sente constrangido ao ser tratado como futuro presidente do BC. “Preciso reforçar que o presidente do BC é Roberto Campos Neto.”

O diretor do BC aproveitou ainda o evento para, em nome de todo o BC, prestar solidariedade à família e aos amigos do economista Delfim Neto, que faleceu hoje.