sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Mais valiosa que alguns bancos: fintech britânica Revolut é avaliada em US$ 45 bilhões

 


Logo da Revolut

 

A britânica Revolut foi avaliada em US$ 45 bilhões por meio de uma venda secundária de ações para investidores novos e existentes, informou a empresa de tecnologia financeira nesta sexta-feira, 16, o que a torna mais valiosa do que alguns dos maiores bancos da Europa.

A venda de ações, que permite que os funcionários atuais resgatem algumas de suas ações, está sendo liderada pela Coatue e D1 Capital Partners, e pelo investidor Tiger Global, disse a Revolut.

A avaliação consolida a posição da Revolut como uma das fintechs mais valiosas da Europa.

Com a avaliação de 45 bilhões de dólares, ela vale mais do que o dobro do banco francês Société Générale, que tem uma capitalização de mercado de 19 bilhões de dólares, de acordo com dados da LSEG, e do britânico Barclays, atualmente avaliado em 43 bilhões de dólares.

Os bancos europeus tradicionais, entretanto, foram prejudicados por anos de baixa lucratividade e novas regulamentações, o que prejudicou suas avaliações. O Barclays, por exemplo, viu suas ações se recuperarem apenas até o mesmo nível de uma década atrás.

Os investidores na Revolut estão apostando que a empresa de nove anos tem perspectivas de crescimento muito melhores do que os credores tradicionais.

Ela vem crescendo rapidamente, reportando um lucro recorde antes dos impostos de 438 milhões de libras (564,36 milhões de dólares) em 2023 e diz que agora tem 45 milhões de clientes em todo o mundo. Os investidores acreditam que uma licença bancária no Reino Unido, concedida no mês passado, permitirá que a empresa atraia clientes que desejam serviços bancários baseados em aplicativos para longe dos bancos de rua e sem a base de custos de manter uma rede de agências.

Fundada pelo presidente-executivo, Nikolay Storonsky, em 2015, a Revolut é um dos poucos aplicativos de serviços financeiros, ou “fintechs”, que surgiram no Reino Unido na última década. Ela oferece serviços financeiros por meio de um aplicativo, em vez de ter agências físicas, e foi avaliada pela última vez em 33 bilhões de dólares em uma captação de recursos em 2021.

No mês passado, a empresa disse que finalmente havia conseguido uma licença bancária no Reino Unido, encerrando uma espera de três anos depois de ter enfrentado dificuldades após o escrutínio de sua contabilidade interna.

Um porta-voz da Revolut se recusou a comentar se algum investidor atual da empresa reduziu sua posição e se Storonsky havia trocado parte de sua participação. O porta-voz também não quis comentar sobre o valor da venda.

Integração regional pode ter mesmo impacto da reforma tributária no PIB, diz Tebet

 Saiba quem é a nova ministra do Planejamento, Simone Tebet


A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta sexta-feira, 16, que o projeto das cinco rotas de integração sul-americana pode trazer um impulso à economia parecido com o estimado na reforma tributária. “Da mesma forma como tenho a expectativa de que a partir de 2030 a reforma tributária vai fazer o Brasil crescer 1 ponto porcentual a mais por ano, temos quase uma reforma tributária ou uma reforma tributária inteira com a integração regional”, comentou, ao participar de reunião com os conselhos de Economia, Comércio Exterior, Infraestrutura e Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O projeto contempla 190 projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento – entre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, redes digitais e linhas de transmissão de energia – que vão interligar o Brasil a países vizinhos.

A ministra destacou que, ao permitir a saída das exportações pelo Pacífico, a integração regional permitirá reduzir em 10 mil quilômetros – ou o equivalente a três semanas a menos de transporte – a distância dos produtos brasileiros à Ásia. Com isso, emendou, as exportações brasileiras ganharão competitividade. “Estamos falando em mudança no PIB brasileiro.”

Mais uma vez, a ministra observou que todas as obras necessárias já estão no orçamento do PAC, sem representar, assim, um impacto fiscal adicional. Os projetos de integração contam com US$ 10 bilhões de um fundo gerido por bancos de fomento, do qual a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é de US$ 3 bilhões.

Tebet voltou a assegurar que os recursos do BNDES serão direcionados apenas a obras no Brasil, “da porteira para dentro”. A ministra pontuou que os frutos das rotas de integração mapeadas poderão ser colhidos a partir de 2026. Também defendeu que as rotas representam um projeto necessário de país, e não de governo.

“Temos que parar de falar que é projeto ideológico. Não sou de esquerda ou de direita, sou do centro democrático e estou defendendo com brilho nos olhos essas rotas”, declarou a ministra.

Lula volta a criticar Campos Neto: ‘Ele não me desagradou. Ele desagradou ao país’

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 16, que o Banco Central “deve ao povo brasileiro”, e que o próximo dirigente da autoridade monetária deve ter coragem para baixar ou aumentar os juros quando necessário – o petista também indicou que, nesse momento, julga ser preciso baixar a Selic. Lula deu as declarações em entrevista à Rádio Gaúcha.

O petista já fez diversas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que foi indicado ao cargo no governo de Jair Bolsonaro. Ele tem mandato à frente da autoridade monetária até o fim do ano. Mas o governo vê uma espécie de brecha para indicar o próximo presidente já nas próximas duas semanas, apesar de a nova gestão começar só em 2025. O mais cotado é Gabriel Galípolo.

“A pessoa que eu vou indicar tem que ter muito caráter, muita seriedade e muita responsabilidade. A pessoa que eu indicar não deve favor ao presidente da República. A pessoa que eu vou indicar é uma pessoa que vai ter compromisso com o povo brasileiro. Na hora que precisar reduzir a taxa de juros, ele vai ter que ter coragem de dizer que vai reduzir. Na hora que vai aumentar, ele vai ter que ter a mesma coragem de dizer que vai aumentar”, afirmou Lula.

O petista, porém, disse que não há explicação para a Selic estar em seu patamar atual, em 10,50% ao ano. “Nós, obviamente, levamos em conta a necessidade de autonomia do Banco Central, mas é importante lembrar que o Banco Central deve ao povo brasileiro”, enfatizou. Ele afirmou que tem a expectativa de que a Selic comece a cair, e mencionou a possibilidade de uma redução nos juros dos Estados Unidos.

Indicação de novo presidente do BC

O presidente da República disse que quer conversar com o Senado antes de indicar o novo presidente do Banco Central. O escolhido precisa ser aprovado em votação pela Casa Alta antes de assumir o cargo. O chefe do governo repetiu não saber se será Gabriel Galípolo o indicado.

“Antes de indicar eu quero conversar com o presidente do Senado, quero conversar com o presidente da comissão, para que as pessoas, ao serem indicadas, sejam votadas logo. Para que as pessoas não fiquem sofrendo desgaste, especulação política durante meses”, declarou Lula.

O petista também negou que tenha algum problema pessoal com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “O problema não é pessoal, ele não me desagradou. Ele desagradou ao País, desagradou ao setor produtivo”, declarou Lula.

O presidente também disse que sempre que alguém tenta “inventar” na economia o resultado é ruim. “Todo momento em que alguém tentou inventar na economia, ou todo momento em que o presidente da República se meteu a ser economista, não deu certo esse País”, declarou ele.

Campos Neto diz que Banco Central elevará taxa de juros se for necessário

 


Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou nesta sexta-feira, 16, que os dirigentes da instituição não estão dando nenhuma orientação sobre as próximas decisões de política monetária, mas que subirão juros se for necessário.

Durante participação no evento Barclays Day, promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo, Campos Neto também destacou que os dirigentes do BC têm tomado decisões de forma unânime.

“Todos os diretores estão adotando nosso discurso oficial. Estamos reforçando que não estamos dando nenhum guidance, mas que faremos o que for necessário para levar a inflação à meta”, disse Campos Neto. “Elevaremos a taxa de juros se for necessário.”

Expectativa de alta

Os comentários de Campos Neto sobre a possibilidade de lata dos juros vieram em linha com fala do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, na segunda-feira, e acontecem em um momento em que a curva a termo brasileira precifica mais de 70% de probabilidade de o Copom elevar a taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano, em 25 pontos-base em setembro.

Durante o evento, Campos Neto reconheceu que atualmente o Brasil é um dos poucos países em que a curva precifica alta de juros — e não corte. O presidente do BC ponderou, no entanto, que as “histórias” dos emergentes são diferentes e lembrou que o Brasil também foi o primeiro a iniciar o movimento de baixa de juros, sendo seguido depois por outros países.

Campos Neto reforçou ainda a mensagem de que o BC está “muito incomodado” com a desancoragem de expectativas, que não retornaram para a meta de inflação de 3%. Segundo ele, os dirigentes da autarquia estão observando a questão de perto.

A meta contínua de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. No relatório de mercado Focus, a mediana das projeções de mercado para a inflação para 2024 está em 4,20% e para 2025 em 3,97% — em ambos os casos bem acima do centro da meta.

Inflação

Durante sua participação no evento, Campos Neto evitou responder se estava entre os diretores do BC que acreditam que o balanço de riscos para a inflação está assimétrico, com peso maior para fatores inflacionários.

Em suas comunicações mais recentes, o Copom citou três riscos altistas para a inflação (desancoragem de expectativas, inflação de serviços e câmbio), mas apenas dois riscos baixistas (desaceleração global e aperto monetário global).

Em evento na última segunda-feira, Galípolo, disse que ele vê o balanço assimétrico, pontuando que isso decorre não apenas da diferença do número de itens, mas da visão de que há chance de um custo maior de um processo de desinflação. “A alta (de juros) está na mesa, sim, do Copom, e a gente quer ver como isso vai se desdobrar”, disse Galípolo na ocasião, reforçando que o BC está dependente de dados.

Em sua fala no evento desta sexta-feira, Campos Neto afirmou apenas que a instituição está se esforçando para reduzir o prêmio de risco relacionado a incertezas na política monetária.

Questionado a respeito da pressão mais recente no mercado de câmbio, quando o dólar à vista chegou a ser cotado acima dos 5,85 reais, Campos Neto afirmou que a instituição decidiu não intervir nos negócios por avaliar que grande parte da volatilidade se devia a prêmios de risco.

Em eventos públicos, autoridades do BC têm repetido que intervenções no câmbio serão feitas apenas em momentos de disfuncionalidade do mercado

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Ibovespa encosta em máxima histórica com foco em dados nos EUA; dólar cai

 


No radar dos investidores estavam dados econômicos dos Estados Unidos, que sugerem menor risco de recessão e menos chance de cortes agressivos nos juros pelo Federal Reserve 

 

 

Painel de cotações da B3 em São Paulo
Painel de cotações da B3 em São Paulo 19/10/2021REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo

 

Da CNN*

O Ibovespa operava em alta nesta quinta-feira (15), pelo oitavo pregão seguido, encostando na máxima histórica.

Às 14h14, o principal índice da bolsa, subia 0,83%, aos 134.426 pontos. No mesmo horário, o dólar recuava 0,02%, cotado a R$ 5,472.

No radar dos investidores estavam dados econômicos dos Estados Unidos, que sugerem menor risco de recessão e menos chance de cortes agressivos nos juros pelo Federal Reserve.

As vendas no varejo dos EUA subiram mais do que o esperado em julho, um sinal de que a demanda não está em colapso e levou os mercados financeiros a reduzir as expectativas de um corte de 50 pontos-base na taxa do banco central norte-americano no próximo mês.

Além disso, menos norte-americanos do que o esperado entraram com pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana encerrada em 10 de agosto, sugerindo que uma desaceleração gradual do mercado de trabalho permanecia, embora trabalhadores demitidos estejam tendo um pouco de dificuldade para conseguir novos empregos.

No cenário nacional, o foco está no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparece a eventos no Paraná, enquanto a agenda de dados macroeconômicos e balanços corporativos fica esvaziada.

*Com Reuters

“Não existe país desenvolvido sem indústria forte”, defende economista-chefe da Fiesp

 

Igor Rocha participou do CNN Talks Nova Política Industrial: Inovação para a Transformação, que acontece no Rio de Janeiro 

 

Danilo Moliternoda CNN


Economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Igor Rocha defendeu que não há no mundo exemplo de países que se tornaram desenvolvidos sem participação relevante do setor industrial no crescimento econômico.

“Não existe país desenvolvido sem indústria forte”, disse. O representante destacou que cerca de dois terços do P&D no Brasil está na indústria de transformação, por exemplo.

Rocha participou da abertura do CNN Talks Nova Política Industrial: Inovação para a Transformação, que acontece no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (15).

Em sua fala de abertura, Rocha defendeu conjunturas para que o setor avance no Brasil. Um deles, indica, é a necessidade de equilibrar a carga tributária. Segundo a Fiesp, a indústria responde por 12% da atividade econômica, enquanto paga cerca de 35% da carga tributária.

Além disso, o representante pediu tarifas de importação mais justas e mais crédito. Rocha celebrou os avanços do Plano Mais Produção (chamado de “Plano Safra da Indústria”), mas indicou que o volume de recursos anunciados ainda são baixos.

A fim de comparação, o Mais Produção prevê destinar cerca de R$ 75 bilhões neste ano, enquanto o Plano Safra 2024-2025 contempla cerca de R$ 476 bilhões à agricultura e pecuária.

“O BNDES voltou. A indústria deixou de estar nas últimas fileiras da disponibilidade de crédito […]. Mas eu digo que ainda é pouco dinheiro”, disse Rocha.

 

 https://www.cnnbrasil.com.br/economia/nao-existe-pais-desenvolvido-sem-industria-forte-defende-economista-chefe-da-fiesp/



Embraer amplia fronteiras e lança seu primeiro navio de guerra

 


Embraer amplia fronteiras e lança seu primeiro navio de guerra
(Foto: Divulgação)    primeiro navio de guerra

 

A Embraer, tradicionalmente conhecida por sua atuação no setor aeroespacial, deu um importante passo na ampliação de seu portfólio ao lançar sua primeira embarcação militar, a Fragata F200 “Tamandaré”. A cerimônia de batismo ocorreu na última sexta-feira (9), em um estaleiro localizado em Itajaí, Santa Catarina.

Essa incursão no setor naval faz parte do Programa de Fragatas da Classe “Tamandaré”, da Marinha do Brasil, que prevê a construção de quatro navios. O consórcio “Águas Azuis”, responsável pelo projeto, é formado pela Embraer, sua subsidiária Atech, e a multinacional alemã Thyssenkrupp. O projeto da fragata é baseado no modelo alemão MEKO, desenvolvido pela Thyssenkrupp Marine Systems, que lidera o desenvolvimento técnico.

 

(Foto: Divulgação)

 

A Atech, subsidiária da Embraer, é encarregada do fornecimento dos sistemas CMS (Combat Management System) e IPMS (Integrated Platform Management System), recebendo transferência de tecnologia em cooperação com a ATLAS ELEKTRONIK, também subsidiária da Thyssenkrupp, e a L3 MAPPS. Já a Embraer Defesa & Segurança ficará responsável pela integração dos sensores e armamentos ao sistema de combate da embarcação.

O lançamento ao mar da Fragata F200 “Tamandaré” está previsto para os próximos dias, quando a embarcação será transferida para um cais onde passará pelos serviços finais de acabamento e instalação dos sistemas e equipamentos. Com um deslocamento de aproximadamente 3.380 toneladas, 107,2 metros de comprimento, velocidade máxima de 25 nós e autonomia de 5.500 quilômetros, os navios da Classe “Tamandaré” são projetados para operar em condições adversas no Atlântico Sul.

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A Marinha do Brasil espera receber a F200 “Tamandaré” até o final de 2025, enquanto as demais fragatas deverão ser entregues até 2029. O segundo navio da classe, a Fragata F201 “Jerônimo de Albuquerque”, já está em construção no mesmo estaleiro.

 

 https://www.cbnvale.com.br/embraer-amplia-fronteiras-e-lanca-seu-primeiro-navio-de-guerra/