terça-feira, 20 de agosto de 2024

 Campos Neto defende BC fora da “arena política” e cita risco ...


O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 20, que a correlação entre indicadores de emprego, que têm surpreendido, e a inflação de serviços não é algo que tenha sido comprovado.

“Tentamos fazer um link entre desemprego e o que isso significa em termos de inflação de serviços. Achamos que tem uma correlação na ponta, mas não é uma coisa que está verificada, que a gente possa, de fato, dizer: isso vai gerar uma trajetória diferente da inflação”, comentou o presidente do BC, durante participação no Macro Day, fórum realizado pelo BTG Pactual.

Campos Neto deu a declaração ao explicar por que o BC tem repetido a mensagem da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), onde o colegiado deixou em aberto a possibilidade de tanto manter quanto subir os juros na reunião de setembro.

Ainda que indicadores tenham mostrado força da economia doméstica, inclusive no mercado de trabalho, que continua surpreendendo, o presidente do BC ponderou que o cenário externo melhorou, dada a perspectiva no mercado de início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos a partir de setembro.

Haddad: Resultado fiscal de 2024 será muito melhor do que em 2023, aconteça o que acontecer

 


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 20, que o resultado fiscal de 2024 será muito melhor do que o do ano passado e que há muitos setores com potencial para se desenvolver e impulsionar o crescimento econômico.

As declarações foram dadas durante palestra sobre “Perspectiva Econômica Brasileira” em evento realizado pelo BTG Pactual, em São Paulo, com moderação feita pelo economista-chefe da instituição e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

“Nós estamos tirando o pé do fiscal. Esse ano não tem como não ser muito melhor do que o ano passado, não tem como. Aconteça o que acontecer, o ano que vem vai ser melhor do que esse ano, aconteça o que acontecer. Eu estou acompanhando os dados. Nós estamos tirando o estímulo fiscal de maneira organizada, sensata, sem prejudicar os pobres. Não vejo nenhum diagnóstico que aponte um erro grave na condução dessa questão”, afirmou Haddad.

Ele ponderou que a questão fiscal, que preocupa a Fazenda, é importante, mas que é preciso olhar para o todo. O ministro apontou que o conjunto de medidas tomado pelo governo melhorou o ambiente de crédito e há espaço para mais. Ele também destacou a importância da construção civil para a economia, com a geração de empregos e renda e o potencial do mercado de seguros diante da crise climática, que depende de aprovação de projetos no Congresso.

“Veja o que aconteceu no Rio Grande do Sul também. Todo mundo dizia que seria uma década perdida e o discurso acabou em dois meses”, destacando a melhora na arrecadação do Estado no primeiro semestre, a produção industrial e o estancamento das demissões. Haddad também destacou o potencial do País no agronegócio. “Hoje nós não somos só o celeiro do mundo, nós somos o supermercado do mundo”, afirmou Haddad.

Diante desse cenário, o ministro avalia que não se precisa fazer grande coisa no Brasil para o País crescer. “Eu só vejo possibilidades para a gente explorar. Precisa distensionar um pouco na política, continuar esse trabalho de agregar, de adensar as pessoas que querem o bem do Brasil. O Brasil está pronto para dar um salto. Essa é a minha convicção total: nós temos condições de dar um salto”, disse.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

BRAZIL JOURNAL: Hora de comprar a Bolsa é agora; Selic não muda nada, diz Squadra

 


Hora de comprar a Bolsa é agora; Selic não muda ‘nada’, diz a Squadra

Hora de comprar a Bolsa é agora; Selic não muda ‘nada’, diz a Squadra (Crédito: Brazil Journal)

A hora para investir em ações brasileiras é agora: os preços estão muito deprimidos e os riscos não justificam os atuais níveis de desconto da Bolsa. Esta é a principal mensagem da carta de gestão que acaba de ser publicada pela Squadra Investimentos, que administra R$ 19 bilhões no Rio de Janeiro.

“Tem que investir quando está barato, não quando você acha que vai subir,” disse o fundador Guilherme Aché ao Brazil Journal.

Entre suas teses de maior convicção, a gestora destacou Equatorial e Energisa, com taxas internas implícitas de retorno batendo em inflação + 12% ao ano. Outros destaques são Ultrapar, Vibra, PRIO, Rumo e Multiplan.

Leia a reportagem na íntegra no Brazil Journal.

XP eleva projeção para Selic ao final deste ano para 11,75%

 


No final de 2025, a XP espera uma Selic de 12%, mas alerta que pode calibrar este cenário no futuro

Imagem: Shutterstock 
 

Da Reuters

 

A XP Investimentos elevou para 11,75% sua projeção para a taxa básica de juros ao final deste ano, com o ciclo de aperto de juros começando já no próximo mês, e estimou que a taxa básica chegará a 12% em janeiro de 2025, disse a plataforma de investimentos em relatório nesta segunda-feira (19).

Anteriormente, a expectativa da XP era que a Selic terminasse 2024 em 10,50%, patamar em que está atualmente. Para o final de 2025, a XP espera uma Selic de 12%, mas alerta que pode calibrar este cenário no futuro.

“O Copom deve iniciar um ciclo moderado de ajuste financeiro já em setembro.

Projetamos que a taxa Selic atingirá 12%, após uma alta de 0,25 ponto percentual, seguida de duas altas de 0,50 pp e uma final de 0 ,25 pp em janeiro do ano que vem”, afirma o relatório assinado pelo economista-chefe da XP, Caio Megale, e equipe.

“Considerando que nos distanciaremos ainda mais do nível neutro de juros, é provável que o Copom encontre espaço para cortes no final de 2025 ou início de 2026. Aguardaremos a evolução dos dados antes de calibrar esse cenário.

Por agora, manteremos a projeção de taxa Selic em 12,00% para o final de 2025.”

A XP elevou ainda expectativa para o IPCA, índice de referência para o regime de metas de inflação, para 4,4% ao final deste ano, ante previsão anterior de alta de 4,1%.

A meta de inflação é de 3%, com banda de tolerância 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, para o final de 2025, a XP controla sua projeção para o IPCA para 4%, ante 4,3% estimados anteriormente.

A plataforma informou ainda que elevou para 2,7% a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, ante projeção de 2,2%. Para 2025, a previsão foi reduzida para 1,6%, ante 1,7%

A XP manteve a projeção para o câmbio em 5,40 reais tanto para o final deste ano quanto para o encerramento do ano que vem.

O Comitê de Política Monetária (Copom) será convocado nos dias 17 e 18 de setembro.

 

 https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/xp-eleva-projecao-para-selic-ao-final-deste-ano-para-1175/


Galípolo: entrevista de Lula, de que diretores vão trabalhar na normalidade, foi importante

 

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira, 19, que a entrevista do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com a indicação de que os diretores do BC vão trabalhar na normalidade “foi importante”. À Rádio Gaúcha, na última sexta-feira, 16, Lula disse que a pessoa que vai indicar como novo presidente do Banco Central vai precisar ter “compromisso com o povo brasileiro” e “coragem” para alterar a Selic sempre que for necessário.

“Na hora que precisar reduzir a taxa de juros, ele vai ter de ter coragem de dizer que vai reduzir. Na hora que vai aumentar, ele vai ter de ter a mesma coragem de dizer que vai aumentar”, afirmou o presidente na ocasião.

Galípolo, que participou nesta segunda-feira de evento em Belo Horizonte, reforçou que está colocada a possibilidade de alta da Selic, mas lembrou que faltam quatro semanas para reunião.

O BC tem as ferramentas necessárias para perseguir a meta de inflação, destacou o diretor, acrescentando que cabe à autoridade monetária colocar os juros em nível restritivo o suficiente para atingir o alvo, de 3%.

Segundo ele, tem sido bastante interessante a experiência com um BC independente. “A discussão sobre autonomia do BC vem de posições antagônicas. Há ideia de que autonomia do BC significa se contrapor ao poder democraticamente eleito. Há outra posição de que, com autonomia, BC não precisa prestar contas à sociedade.”

Nokia anuncia fechamento de acordo para expandir cobertura 5G da TIM no Brasil

 

TIM muda marca e logo para fortalecer ligação entre cliente ...

A Nokia anunciou que foi selecionada pela TIM Brasil para expandir a cobertura de sua rede móvel de tecnologia 5G em 15 Estados brasileiros, a partir de janeiro de 2025. Em comunicado nesta segunda-feira, o fabricante finlandês de equipamentos de rede disse que o acordo levará conectividade segura e de velocidade ultra-alta a uma população mais ampla, permitindo a empresas locais que digitalizem suas operações, de forma a “promover a inovação e impulsionar o crescimento econômico”.

Detalhes financeiros do acordo não foram revelados.

No começo da manhã (pelo horário de Brasília) desta segunda-feira, a ação da Nokia chegou a subir 1,3% na Bolsa de Helsinque.

Recorde: Ibovespa passa dos 135 mil pontos e renova máxima histórica

 


O Ibovespa ampliou a alta e trabalhava acima dos 135 mil pontos pela primeira vez na sua história nesta segunda-feira, 19, endossado pela trajetória ascendente de Wall Street, com Vale e Bradesco respondendo pelas principais contribuições positivas.

Por volta de 12h10, o Ibovespa avançava 0,95%, a 135.230,66 pontos, tendo chegado a 135.349,94 pontos na máxima até o momento, novo topo histórico intradia. O volume financeiro somava R$ 7,8 bilhões.

Em Nova York, o S&P 500 avançava 0,45%, com investidores no aguardo do discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em Jackson Hole na sexta-feira, enquanto seguem ajustando apostas para a queda dos juros nos Estados Unidos.

Pesquisa da Reuters realizada com economistas de 14 a 19 de agosto mostrou uma pequena maioria esperando que o Fed reduzirá sua taxa de juros em 25 pontos-base em cada uma das três reuniões de política monetária restantes em 2024.

A perspectiva de que o Fed começará a diminuir os juros no próximo mês, combinada a uma avaliação de modo geral positiva da temporada de balanços no Brasil, tem contribuído para a performance recente do Ibovespa, que já sobe 5,94% em agosto.

Nesta sessão, apesar dos saltos de Petz, Magazine Luiza e Cogna, as principais contribuições positivas eram Vale, com a alta do minério de ferro, e Bradesco, com “upgrade” do Goldman Sachs.

“Se o índice continuar marcando novas máximas ou fechar três pregões pelo menos acima dos 134.400 pontos, mostrará resiliência no movimento e os próximos objetivos estão em 137.000, 141.000 e 150.000 pontos”, estima o Itaú BBA.

Dólar

O dólar recuava mais de 1% frente ao real nesta segunda-feira, em movimento alinhado com a fraqueza da moeda norte-americana no exterior, à medida que investidores consolidam suas apostas sobre um corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.

Às 11h57, o dólar à vista caía 1,03%, a R$ 5,4110 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 1,02%, a R$ 5,429 na venda.

O desempenho da moeda norte-americana no Brasil acompanhava perdas da moeda ante uma série de divisas fortes e de emergentes ao redor mundo, com destaque para o retorno da força do iene.

O dólar tinha queda de 0,81% em relação ao iene, a 146,38.

Entre moedas emergentes, o dólar recuava contra o peso chileno, o rand sul-africano e o peso colombiano.

Os movimentos ocorrem em meio a expectativa pelo início de um ciclo de afrouxamento monetário no Fed em sua reunião de setembro, após uma série de dados benignos para a inflação dos EUA na semana passada.

Operadores veem 77% de chance de o Fed cortar os juros em 0,25 ponto percentual no próximo mês, o que seria o primeiro movimento da taxa desde julho de 2023, quando ela foi elevada para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.

Quanto mais o banco central dos EUA reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atraente quando os rendimentos dos Treasuries caem.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,48%, a 101,970.

No radar dos investidores nesta semana está o discurso do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira, em que ele pode fornecer sinais sobre a trajetória dos juros nos EUA.