Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O
Ministério do Comércio da China criticou a ampliação dos controles de
exportação pelo governo da Holanda sobre a fabricante de chips ASML. Em
coletiva de imprensa, um porta-voz chinês classificou a decisão como
“abuso dos controles de exportação” e “ameaça à estabilidade das cadeias
de oferta globais de semicondutores”, segundo nota divulgada no
domingo, 8.
“A China se opõe firmemente a esta decisão”, afirmou o
porta-voz do Ministério do Comércio, acrescentando que é necessário
“proteger os interesses comuns de empresas chinesas e holandesas”. “A
Holanda deve respeitar os princípios de mercado e evitar medidas que
impeçam a colaboração e o desenvolvimento normal de ambos os países, com
base nas regras internacionais de comércio.”
O
Ministério do Comércio chinês também associou a decisão holandesa ao
que chamou de “generalização do conceito de segurança nacional”
promovida pelos EUA para “manter sua hegemonia global”, ao mesmo tempo
em que coage países individuais a ampliarem medidas de controle de
exportação.
“Isso prejudica seriamente os direitos e interesses
legítimos de países e empresas”, acusou a China, reiterando alertas
sobre possíveis danos a cadeias de suprimentos globais.
Os
economistas do mercado financeiro passaram a projetar uma elevação na
taxa básica de juros (Selic) na reunião da próxima semana do Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Segundo relatório
“Focus” divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central, a previsão
do mercado é de que a taxa Selic suba dos atuais 10,50% para 10,75% ao
ano na semana que vem. Até então, o relatório feito semanalmente com
mais de 100 instituições financeiras apontava manutenção do nível dos
juros.
O
mercado também passou a prever novas altas na Selic até o final do ano.
A projeção para a taxa de juros ao término de 202 foi elevada de 10,5%
para 11,25%. Para o final de 2025, passou de 10% para 10,25%.
O
aperto total esperado até o final de 2024 agora é de 0,75 ponto, em uma
forte mudança após 11 semanas consecutivas de expectativa de que a taxa
básica de juros não seria alterada este ano.
A
mudança na mediana do Focus para a taxa de juros vem na esteira de
crescentes alterações nas previsões de instituições financeiras sobre a
trajetória da Selic neste ano e no próximo, à medida que os membros do
BC têm mostrado desconforto com o fato de a inflação ter se distanciado
do centro da meta em leituras recentes.
O centro da meta oficial
para a inflação do Brasil em 2024 é de 3%, sempre com margem de
tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Autoridades
do BC, em falas recentes, têm enfatizado que a possibilidade de elevar
os juros está sobre a mesa da reunião do Copom deste mês, acrescentando
que não hesitarão em subir a taxa para levar a inflação para o centro da
meta.
A piora nas projeções vem também após uma piora nas contas do governo, que seguem com rombo acumulado no ano ainda distante da meta de déficit zero.
PIB, inflação e dólar
A
pesquisa semanal mostrou ainda que os analistas elevaram sua
expectativa para a alta do PIB brasileiro ao fim deste ano, agora em
2,68%, ante avanço de 2,46% há uma semana. No próximo ano, a projeção é
de crescimento de 1,90%, de 1,85% anteriormente.
Essa alteração
ocorre após o IBGE ter divulgado na semana passada números acima do
esperado para o PIB no segundo trimestre do ano. Segundo o órgão, o país
cresceu 1,4% entre abril e junho em relação ao trimestre anterior. A
expectativa de analistas consultados pela Reuters era de avanço de 0,9%
no período.
Houve ainda aumento ligeiro na projeção da alta do
IPCA neste ano, de 4,26% há uma semana, para 4,30%. Em 2025, o índice é
estimado em alta de 3,92%, mesmo nível da semana anterior.
No
câmbio, o dólar deve fechar este ano em 5,35 reais, acima dos 5,33 reais
previstos na semana anterior. Para 2025, houve manutenção da
expectativa de 5,30 reais ao fim do ano.
A
Justiça Eleitoral de São Paulo determinou que o candidato à Prefeitura
de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) publique, em até 24 horas, o vídeo de
direito de resposta de seu adversário Guilherme Boulos (PSOL) em seus
perfis nas redes sociais.
A decisão surge após a campanha
do psolista alegar que o ex-coach teria alterado a foto de capa do
conteúdo de Boulos na exibição do material no feed de seu Instagram. A
multa imposta pelo juiz, caso o empresário não cumpra a determinação, é
de R$ 100 mil por dia de descumprimento.
Segundo
a campanha de Boulos, Marçal teria descumprido uma decisão judicial
anterior, que concedeu o direito de resposta ao deputado federal, ao
modificar o início do vídeo do psolista, inserindo uma tela escura que
transformou a visualização do conteúdo em um quadrado preto em seu
perfil na rede social. O Estadão procurou a assessoria do empresário, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
O
juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo,
determinou ainda que o vídeo fique disponível no perfil de Marçal no
Instagram por, no mínimo, dez dias. No TikTok, o conteúdo deve ficar no
ar por dois dias.
No
documento, o magistrado afirma que Marçal não se manifestou nos autos
dos processos em nenhuma ocasião. “O direito de resposta judicialmente
reconhecido em favor do autor, em primeira e segunda instâncias, possui
garantia constitucional e faz parte do jogo eleitoral democrático. Idem
em relação ao cumprimento das decisões judiciais, ínsitas ao próprio
Estado Democrático de Direito. Em verdade, a democracia sofre quando os
partícipes do processo eleitoral perdem o rumo da História e da ética;
sem eleições limpas, a democracia padece”, diz Colombini.
Na
ação anterior, que solicitou a republicação do direito de resposta do
psolista nos perfis do influenciador, a campanha de Boulos escreve que
“o requerido atrasou cerca de 11 horas para publicar o vídeo em suas
redes, o que ocorreu por volta das 00h30, aguardando deliberadamente o
momento em que as publicações teriam menos alcance para cumprir a
decisão”.
O
direito de resposta foi concedido ao deputado após o ex-coach insinuar,
sem apresentar evidências, que o psolista seria usuário de drogas.
Boulos,
no vídeo, considera “absurda” a ligação que o influenciador faz dele ao
uso de substâncias ilícitas. O deputado alega que a acusação do
candidato do PRTB atingiu inclusive suas filhas, como também disse em
entrevista ao Roda Viva no fim do mês passado. Em um comentário na
postagem do vídeo, Marçal provocou: “e o toxicológico?”, insinuando
novamente, sem provas, que o adversário faria uso de cocaína.
“Não
seria muito melhor tentar atrair a atenção das pessoas com propostas em
vez de mentira e ataque? Desde o início da minha vida profissional,
como professor, ensinei aos alunos o que é liberdade de expressão. Mas a
gente não pode confundir liberdade de expressão com liberdade para
cometer crime e mentir sobre os outros de maneira baixa”, declara Boulos
no vídeo. “As acusações feitas pelo Marçal são de alguém que age de
má-fé. Tolerância zero com as fake news.”
Praça de pedágio tradicional da CCR (Crédito: CCR/SPvias)
Estadão Conteúdoi
Parte
das rodovias estaduais de São Paulo administradas pelo Grupo CCR terá, a
partir da próxima semana, praças de pedágio com cabines de
autoatendimento. A alternativa, segundo a CCR, faz parte da estratégia
que busca eliminar o uso do dinheiro nas praças de pedágio até 2026.
O
autoatendimento permite ao motorista efetuar o pagamento por meio de
celulares, relógios ou cartões com tecnologia NFC (por aproximação).
Ao
chegar à cabine, o valor é exibido na tela, permitindo que o motorista
finalize o pagamento com a aproximação. Na avaliação da CCR, o modelo
torna a cobrança mais rápida, colaborando para o fluxo das vias.
A meta é instalar o sistema, ao longo dos próximos meses, em 54 cabines, sendo 32 na CCR AutoBAn e 22 na CCR SPVias.
A
primeira praça de pedágio da CCR AutoBAn a receber a nova tecnologia
será a de Campo Limpo, na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348).
Já a
implantação inicial na CCR SPVias ocorrerá na praça de Quadra, na
Rodovia Castello Branco (SP-280). No primeiro momento, as cabines
atenderão somente veículos leves.
“A
nossa meta de eliminar o uso do dinheiro nas praças de pedágio faz
parte de uma agenda mais ampla do Grupo CCR de melhorar a experiência
para o nosso cliente. Os números mostram que há uma mudança no seu
comportamento, e estamos incentivando esse movimento com inovação e
tecnologia”, afirma o presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo.
Dados
da CCR apontam que, em julho deste ano, o uso de cartão nos pedágios de
vias administradas pelo grupo superou o dinheiro pela primeira vez. No
mês em questão, os pagamentos em espécie corresponderam a 13,17% do
total, contra 13,45% com cartão. Outros meios eletrônicos de pagamento,
como as tags e o sistema free flow (RIO-SP), de leitura de placa dos
veículos, responderam pelo restante.
A
CCR Rodovias já instalou 61 cabines de autoatendimento em suas rodovias
federais, sendo 24 na CCR ViaSul (RS); 17 na CCR RioSP; 16 na CCR
ViaCosteira (SC), e quatro na CCR ViaLagos (RJ), que foi a primeira
concessão do Grupo a receber a tecnologia, em 2021.
O
Ministério da Fazenda avalia elevar tributos que não exigem aval do
Congresso Nacional para que sejam ajustados e permitam entrada em vigor
de maneira imediata se constatar necessidade de ampliar a arrecadação
para fechar as contas deste ano, disseram à Reuters duas fontes da
pasta.
A medida adicional, segundo as fontes, pode ser apresentada junto com o
relatório bimestral de receitas e despesas, que apontará no fim deste
mês se o governo precisa ampliar a arrecadação para cumprir a meta de
déficit primário zero em 2024, que tem banda de tolerância de 0,25 ponto
percentual do PIB.
“Tem que pensar em alguma coisa que tenha
impacto direto, que não tenha anualidade, noventena ou (precise de)
aprovação do Congresso, alguma coisa extrafiscal”, disse uma das
autoridades sob condição de anonimato porque as discussões não são
públicas.
São
tributos que se enquadram nessa categoria o Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), Imposto de Importação e Imposto de Exportação.
A
rede social Bluesky recebeu na última semana 2,4 milhões de novos
usuários na plataforma, dos quais 90% são brasileiros. Em resposta a
questionamento feito pelo site IstoÉ Dinheiro, a
empresa respondeu que o Brasil virou esta semana o país com maior
quantidade de usuários na plataforma, seguido por Japão e Estados
Unidos. Ao todo, são 8 milhões de perfis do mundo todo. A rede não
informou quantos perfis são de cada país.
O perfil oficial da
plataforma passou a postar seus conteúdos simultaneamente em inglês e
português. “DOIS MILHÕES de pessoas novas na última semana! uma calorosa
recepção a todos! 🤗”, compartilhou o perfil da Bluesky no fim de tarde
de segunda-feira, 9.
Criado
em 2021, o Bluesky era restrito para pessoas convidadas por membros da
plataforma até 6 de fevereiro deste ano, quando foi liberado para que
qualquer um criasse uma conta. No dia 22 do mesmo mês, a plataforma
celebrou ter alcançado um total de 5 milhões de usuários.
Brasileiros dão trabalho aos programadores
Um
dos funcionários da plataforma, o desenvolvedor Paul Frazee virou a
primeira celebridade espontânea da rede adotada pelos brasileiros. Ele
viralizou ao compartilhar uma foto trabalhando no dia seguinte a
determinação de bloqueio do X. “Se eu vou trabalhar em um sábado, as
asas da borboleta permanecerão”, disse. A borboleta é o símbolo do
Bluesky.
Em
seus posts, ele narra o trabalho da equipe para manter os servidores
funcionando com o grande fluxo. Apesar de suas horas extras, falhas
seguem reportadas pelos usuários, e os brasileiros são exigentes:
acumulam na plataforma pedidos por compartilhamento de vídeos e por
“trending topics”, a ferramenta do antigo Twitter que monitorava os
tópicos mais discutidos na plataforma.
Segundo Freeze, uma
ferramenta para compartilhamento de vídeos já está em fase final de
desenvolvimento. Já os “trending topics” ainda não possuem uma resposta
totalmente pronta. “Estou escrevendo uma proposta de como poderíamos
implementá -la”, publicou o desenvolvedor estadunidense em português.
Quem é o dono?
A
plataforma foi criada em 2019 por Jack Dorsley, o fundador do Twitter.
Na época, ele ainda era CEO e dono da rede do passarinho azul. Dorsley
selecionou a engenheira de software estadunidense Jay Graber para
comandar o Bluesky, que foi desde o início uma companhia independente do
Twitter.
O
diferencial do Bluesky em relação a outras redes populares no Brasil é
sua construção no AT Protocol. Trata-se de uma linguagem de comunicação
de código aberto com a qual é possível acessar a rede Atmosphere de
diferentes aplicativos. O objetivo é ter uma comunicação fora do
controle das big techs, operada pelos próprios usuários.
O AT
Protocol possibilita que cada operador crie seu próprio algoritmo e
critérios de moderação. No entanto, caso os usuários decidam sair do
Bluesky — como os brasileiros foram forçados a fazer com o Twitter —
poderão reencontrar seus perfis e suas conexões em outra plataforma, com
um outro modo de operar.
Outra diferença está na constituição da
empresa não como uma rede social, mas como uma “sociedade de utilidade
pública”. A caracterização escolhida busca dar foco a uma missão de
“desenvolver e promover a adoção em larga escala de tecnologias para
conversas públicas abertas e descentralizadas”.
Em maio deste ano,
Dorsley deixou o Conselho do Bluesky. Na época, ele chegou a pedir em
seu perfil no já então chamado X que os usuários permanecessem na rede
de Elon Musk. Hoje, segundo o site da Bluesky, seus donos são a CEO Jay
Grabber e o time da companhia.
A
Verizon Communications anunciou nesta quinta-feira, 5, o fechamento de
acordo que prevê a compra da rival Frontier Communications por US$ 20
bilhões. Segundo comunicado, o negócio busca expandir a participação da
gigante das telecomunicações americana no mercado de fibra ótica.
A
aquisição deve ser concluída em cerca de 18 meses, a depender da
aprovação de autoridades regulatórias. A Verizon pagará US$ 38,50 por
ação em dinheiro, o que representa um prêmio de 43,7% sobre o preço
médio ponderado por volume dos papéis de 90 dias da Frontier.
Com
a medida, a Verizon prevê ampliar a base de assinantes de fibra ótica
em 2,2 milhões nos Estados Unidos, a um total de 25 milhões distribuídos
em 31 Estados norte-americanos e na capital Washington D.C. A companhia
também reiterou o guidance para o ano.
Mais
cedo, às 8h15 (de Brasília), a ação da Verizon chegou a subir 0,77% no
pré-mercado de Nova York, enquanto a da Frontier chegou a cair 9,59%.