quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Ipardes: agronegócio puxa exportações do PR de janeiro a agosto, com US$ 15,9 bi

 

 

São Paulo, 11 – O agronegócio puxou as exportações do Paraná nos primeiros oito meses de 2024, com mais de US$ 10 bilhões gerados pelo setor, dos US$ 15,9 bilhões exportados, informou o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A soja foi o principal produto, com vendas externas de US$ 4,3 bilhões, seguida pela carne de frango in natura, que alcançou US$ 2,4 bilhões.

A China foi o principal destino dos produtos paranaenses, adquirindo US$ 4,6 bilhões, com destaque para alimentos.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, afirmou que a alta nas exportações reflete a capacidade produtiva do Paraná e o reconhecimento de suas práticas sanitárias, como o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, que abriu novos mercados para a carne de frango e outros produtos.

Haddad sobre desoneração: reunião com Lira foi para esclarecer que medida tem amparo legal

 

 

 

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 11, que se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e líderes partidários para esclarecer que a medida compensatória para desoneração que trata da apropriação pela União de depósitos judiciais e bancários esquecidos em instituições financeiras tem amparo legal. A proposta foi criticada pelo Banco Central e travou a votação do projeto de lei que prorroga a desoneração dos 17 setores e dos municípios, como revelou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

“O que eu quis foi levar (na reunião) o Rogério Ceron (secretário do Tesouro) para esclarecer tecnicamente, inclusive a questão da contabilidade pública, que de fato é feita pelo Banco Central, e isso tem que ficar claro na redação, que a contabilidade pública não é alterada em função de lei, nem no caso da Constituição alterou a contabilidade pública”, disse o ministro.

Haddad reconheceu que os recursos não são classificados como receita primária, mas reforçou que o propósito do Senado, ao aprovar o texto, “nunca foi de mudar as regras de contabilidade”.

No encontro, segundo o ministro, Ceron explicou aos deputados conceitos sobre contabilidade pública, além de leis que regem recursos específicos, como foi o caso dos recursos esquecidos do PIS/Pasep que não foram contabilizados como receita primária pela autoridade monetária.

A discussão levantada pelo BC é de que estes recursos esquecidos também não poderiam ser contabilizados como receita primária, a fim de cumprimento da meta fiscal, já que não representam um esforço arrecadatório do governo.

O texto do projeto de lei aprovado no Senado, no entanto, abre espaço para uma outra interpretação. O trecho diz que, decorrido o prazo, os saldos não reclamados remanescentes junto às instituições depositárias passarão ao domínio da União “e serão apropriados pelo Tesouro Nacional como receita orçamentária primária para todos os fins das estatísticas fiscais e da apuração do resultado primário”.

O ministro disse que a Câmara e o Senado deverão discutir se será preciso uma outra medida compensatória caso o trecho seja modificado. “(Será discutido como) atender os objetivos do Senado sem mexer na contabilidade pública. É uma posição do BC que independe de lei, é uma espécie de manual do Fundo Monetário e de outras instituições internacionais que padronizam no mundo como é feita a contabilidade pública”, emendou. Ele reiterou que a ideia é que o texto seja aprovado pelos deputados sem precisar retornar à análise dos senadores.

Haddad disse ainda que não é fácil construir uma solução em torno da desoneração, ao explicar a razão pela demora em votar o projeto no Congresso. Ele afirmou, por outro lado, que o País vive um “bom caminho” de nova institucionalidade sobre segurança fiscal. Ele também avaliou que Lira está sempre com “boa vontade” de compreender e fazer o melhor ao País.

AWS, da Amazon, anuncia investimento de R$ 10 bi no Brasil até 2034

 


Cleber Pereira de Morais, CEO da Amazon Web Services (AWS) no Brasil (Crédito: Divulgação)

A AWS, sigla para Amazon Web Services, anunciou investimentos de R$ 10 bilhões nos próximos dez anos para “expandir, construir, conectar, operar e manter data centers no Brasil”. A empresa oferece serviços popularmente conhecidos de armazenamento de dados como “nuvem”.

Segundo nota da empresa, foram investidos R$ 19,2 bilhões no período entre 2011 e 2023. O valor teria contribuido em R$ 24,1 bilhões (US$ 4,8 bilhões) para o produto interno bruto (PIB) e gerado 10 mil vagas de emprego por ano durante o período.

“Os investimentos privados são uma ótima notícia para o Brasil. Sinal da confiança da indústria na nossa economia, e garantia de crescimento sustentável, com geração de emprego e renda”, afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, segundo a nota.

A infraestrutura da AWS no Brasil está localizada sobretudo em São Paulo, mas inclui pontos no Ceará e Rio de Janeiro.

 

BNDES anuncia linha de R$ 2 bilhões para data centers no Brasil

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou linha de crédito específica para investimento em data centers no Brasil. O orçamento será de R$ 2 bilhões e integra a Missão 4 da Nova Indústria Brasil.

De acordo com o governo federal, a nova linha de crédito é formada por recursos do BNDES e do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, gerido pelo Ministério das Comunicações. Segundo Mercadante, para projetos nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de juros será de 6,13%. Para as demais regiões, a taxa será de 8,5%.

“É um setor que vai permitir a gente ter mais soberania de dados; vai estimular serviços de dados para sustentar essas atividades na área de software, e nós precisamos fomentar no Brasil todo serviço associado ao data center”, afirmou Mercadante durante a Cerimônia Nova Indústria Brasil – Missão 4: Indústria e Revolução Digital, realizada nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Planalto, em evento com participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “É um serviço que encomenda e demanda energia limpa e renovável, onde o Brasil tem gigantesca vantagem competitiva e que vai ajudar a atrair investimentos mais estruturantes nesse segmento da transformação digital, que é decisivo para o futuro da economia brasileira”, complementou.

Na avaliação do presidente do BNDES, o País pode liderar no segmento. “Agora, nós vamos credenciar no BNDES, queremos conteúdo nacional e queremos serviços encomendados e contratados aqui. Vamos sair com uma linha auxiliar junto com o data center para fazer”, disse.

Segundo Mercadante, investir em inteligência artificial será “decisivo” para a economia e para o Brasil.

Na cerimônia, o BNDES também anunciou, em conjunto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), novas linhas para apoiar planos de digitalização de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). A ação integra a modalidade de Transformação Digital do Programa Brasil Mais Produtivo, que busca a digitalização dos negócios com a consultoria do Senai.

Negócio de fertilizantes é sustentável do ponto de vista econômico, diz gerente da Petrobras

 

Nossa Marca: uma das mais valiosas do Brasil | Petrobras

O gerente de Processamento e Gás Natural da Petrobras, Wagner Felicio, afirmou nesta quarta-feira, 11, que o negócio de fertilizantes é economicamente sustentável para a Petrobras. Seguindo as previsões de seu plano estratégico até 2028, a estatal busca a retomada de suas quatro plantas de fabricação e ureia, o que foi reiterado pelo executivo.

“A Petrobras tem um papel estratégico para o País, tem no seu DNA fazer parte de aspectos estratégicos, como a área de fertilizantes, que é sensível. A pandemia tornou isso ainda mais claro. E a Petrobras entende que é importante retomar participação de mercado em fertilizantes e voltar para o negócio”, disse Felício. “Depois, para a Petrobras, esse é um negócio sustentável do ponto de vista econômico. Diante do que a gente está pensando de transição energética e plano estratégico, faz todo sentido voltar a diversificar produção ante o cenário”, continuou.

Ele falou no seminário “Cadeia de Fertilizantes: Os caminhos para inovação, bioeconomia e segurança alimentar”, organizado pela Secretaria de desenvolvimento econômico do governo do Rio de Janeiro na casa G20, na zona sul da capital fluminense.

Piso de 3% para alta do PIB em 2024 ‘já está praticamente contratado’, diz Haddad

 


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Rio de Janeiro

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que o governo revisará a projeção oficial para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 para pelo menos 3%, tratando esse patamar como um “piso” que está “praticamente contratado”.

Em entrevista à imprensa, Haddad afirmou que a nova estimativa da pasta virá acima do que a própria equipe econômica esperava, citando também dado forte do setor de serviços divulgado nesta quarta, 11.

“Algo bastante consistente, 3% de crescimento, talvez até um pouco mais… Nós devemos divulgar esta semana, mas eu acredito que o piso de 3% já está praticamente contratado”, disse, pontuando que a atividade melhor também deve impactar positivamente a arrecadação tributária.

O ministro afirmou que com o desempenho positivo da economia, o governo está acompanhando a evolução do mercado de trabalho, mas ponderou que tem se observado uma alta nos investimentos do país — o que poderia minimizar pressões inflacionárias.

Em meio a um período de seca e intensas queimadas no país, Haddad destacou que “a inflação preocupa um pouquinho”, sobretudo em virtude dos eventos climáticos, que podem ter efeito sobre preços de alimento e energia.

A uma semana da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o ministro disse que efeitos gerados pelas questões climáticas deste ano “não se resolvem com juros” e acrescentou que o Banco Central tem quadro técnico consistente para tomar a melhor decisão.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Tesouro Direto bate recorde de aplicações; veja títulos mais procurados pelos investidores

 


Mãos seguram cédulas de R$ 100

Mãos seguram cédulas de R$ 100 (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)

 

As operações de investimentos no Tesouro Direto bateram recorde pelo segundo mês consecutivo. Após 760 mil movimentações em junho, o programa atingiu no mês de julho a marca de 869.618 aplicações. O total movimentado foi de R$ 6,43 bilhões, contra R$ 5,68 bilhões no mês anterior.

Novamente, a procura foi maior pelos títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+), que totalizaram vendas de R$ 3,02 bilhões, ou 47,0% do total. Em seguida, vieram os títulos indexados à taxa Selic, com R$ 2,51 bilhões ou 38,9% das vendas. Por fim, os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) com R$ 903,9 milhões, ou 14,1% do total.

O balanço mensal do Tesouro Nacional destacou a forte procura pelos títulos Renda+, atrelados à inflação e criados para quem deseja planejar uma aposentadoria. Foram R$ 195,3 milhões em vendas, ou 3,0% do total. Já na recompra, ou resgates antecipados, tiveram destaque títulos indexados à Selic, que somaram R$ 1,97 bilhões (62,1%).

O estoque do programa fechou o mês em R$ 145,4 bilhões, um aumento de 1,5% em relação aos R$ 143,2 bilhões  de julho. O destaque no estoque também é dos títulos ligados ao IPCA (R$ 74,9 bilhões, ou 51,5% do total), seguido pelos indexados à taxa Selic (R$ 53,2 bilhões ou 36,6%) e os prefixados ( R$ 17,3 bilhões ou 11,9%).

Em relação ao prazo, a maior parte dos investimentos está concentrada em títulos com vencimento entre um e cinco anos ( 47,9% 0u R$ 69,6 bilhões). Cerca de R$ 47,2 bilhões ou 32,4% estão investidos em títulos que vencem após mais de cinco anos. Quanto aos R$ 28,6 bilhões ou 19,7% restantes, estão em títulos que vencem em um ano.

O que explica a forte procura por títulos atrelados ao IPCA

Filipe Arend, Head de renda fixa da Faz Capital, avalia que as projeções de uma inflação maior pela frente estão diretamente ligadas à busca por estes títulos. “Esses títulos de inflação, pensando na médio longo prazo, são os que de fato até na nossa visão carregam uma expectativa melhor de retorno pros investidores”, diz.

Já sobre o recorde renovado, Arend atribui a alta taxa de juros, que possibilita bons ganhos com o Tesouro Direto. Além disso, os títulos do Tesouro são um investimento fácil e seguro. Assim, acabam funcionando como uma porta de entrada para as pessoas no mundo dos investimentos.

Como funciona o Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um investimento que permite que o cidadão empreste dinheiro ao governo, recebendo em troca uma remuneração. Ela pode ser atrelada à inflação ou à Taxa Selic, ou então pré-determinada no momento da compra do título.

Os papéis têm prazo de vencimento, mas o investidor pode resgatar o dinheiro antes dele. Para isso, no entanto, ele fica sujeito às flutuações do preço do papel no mercado – ou seja, pode resgatar seu dinheiro com rentabilidade, mas também pode perder. Já se o investimento for levado até o final do prazo, a remuneração segue o estabelecido pelo tipo de título no momento da compra.

O Tesouro Direto é considerado um investimento conservador, indicado por especialistas a investidores que têm baixa tolerância a risco.

Em abril, o total de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no Programa, atingiu a marca de 2,58 milhões, um aumento de 33.774 investidores no mês.