terça-feira, 10 de setembro de 2024

Tesouro Direto bate recorde de aplicações; veja títulos mais procurados pelos investidores

 


Mãos seguram cédulas de R$ 100

Mãos seguram cédulas de R$ 100 (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)

 

As operações de investimentos no Tesouro Direto bateram recorde pelo segundo mês consecutivo. Após 760 mil movimentações em junho, o programa atingiu no mês de julho a marca de 869.618 aplicações. O total movimentado foi de R$ 6,43 bilhões, contra R$ 5,68 bilhões no mês anterior.

Novamente, a procura foi maior pelos títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+), que totalizaram vendas de R$ 3,02 bilhões, ou 47,0% do total. Em seguida, vieram os títulos indexados à taxa Selic, com R$ 2,51 bilhões ou 38,9% das vendas. Por fim, os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) com R$ 903,9 milhões, ou 14,1% do total.

O balanço mensal do Tesouro Nacional destacou a forte procura pelos títulos Renda+, atrelados à inflação e criados para quem deseja planejar uma aposentadoria. Foram R$ 195,3 milhões em vendas, ou 3,0% do total. Já na recompra, ou resgates antecipados, tiveram destaque títulos indexados à Selic, que somaram R$ 1,97 bilhões (62,1%).

O estoque do programa fechou o mês em R$ 145,4 bilhões, um aumento de 1,5% em relação aos R$ 143,2 bilhões  de julho. O destaque no estoque também é dos títulos ligados ao IPCA (R$ 74,9 bilhões, ou 51,5% do total), seguido pelos indexados à taxa Selic (R$ 53,2 bilhões ou 36,6%) e os prefixados ( R$ 17,3 bilhões ou 11,9%).

Em relação ao prazo, a maior parte dos investimentos está concentrada em títulos com vencimento entre um e cinco anos ( 47,9% 0u R$ 69,6 bilhões). Cerca de R$ 47,2 bilhões ou 32,4% estão investidos em títulos que vencem após mais de cinco anos. Quanto aos R$ 28,6 bilhões ou 19,7% restantes, estão em títulos que vencem em um ano.

O que explica a forte procura por títulos atrelados ao IPCA

Filipe Arend, Head de renda fixa da Faz Capital, avalia que as projeções de uma inflação maior pela frente estão diretamente ligadas à busca por estes títulos. “Esses títulos de inflação, pensando na médio longo prazo, são os que de fato até na nossa visão carregam uma expectativa melhor de retorno pros investidores”, diz.

Já sobre o recorde renovado, Arend atribui a alta taxa de juros, que possibilita bons ganhos com o Tesouro Direto. Além disso, os títulos do Tesouro são um investimento fácil e seguro. Assim, acabam funcionando como uma porta de entrada para as pessoas no mundo dos investimentos.

Como funciona o Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um investimento que permite que o cidadão empreste dinheiro ao governo, recebendo em troca uma remuneração. Ela pode ser atrelada à inflação ou à Taxa Selic, ou então pré-determinada no momento da compra do título.

Os papéis têm prazo de vencimento, mas o investidor pode resgatar o dinheiro antes dele. Para isso, no entanto, ele fica sujeito às flutuações do preço do papel no mercado – ou seja, pode resgatar seu dinheiro com rentabilidade, mas também pode perder. Já se o investimento for levado até o final do prazo, a remuneração segue o estabelecido pelo tipo de título no momento da compra.

O Tesouro Direto é considerado um investimento conservador, indicado por especialistas a investidores que têm baixa tolerância a risco.

Em abril, o total de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no Programa, atingiu a marca de 2,58 milhões, um aumento de 33.774 investidores no mês.

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