Companhia de energia tem plano de R$ 20 bilhões de investimentos para o período entre 2024 e 2026
A Enel pretende ampliar as operações de campo de suas distribuidoras de energia com a contratação de cerca de 5 mil novos colaboradores próprios e incorporação de 1.650 novos veículos à frota até 2026, em preparação para mitigar os impactos de eventos climáticos ao fornecimento de energia aos clientes, anunciou a companhia italiana nesta quinta-feira, 12.
As ações fazem parte de um plano de investimentos de R$ 20 bilhões anunciados pela Enel Brasil em junho, em recursos que serão aplicados nos próximos anos, principalmente para reforçar as operações de suas distribuidoras de energia nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Em evento para apresentar o plano, o CEO da Enel Brasil, Antonio Scala, destacou o aumento do nível anual de investimentos a serem executados nas concessionárias do grupo. Em São Paulo, o valor investido anualmente deve subir para R$ 2 bilhões em 2024-2026, ante patamar de R$ 1,4 bilhão registrado em 2018-2023.
Segundo o executivo, os aportes estarão focados na modernização, reforma das redes de baixa tensão e automação, com o objetivo de melhorar a qualidade da energia fornecida aos consumidores e responder mais rapidamente a ocorrências como quedas de energia a partir, por exemplo, de gerenciamento remoto.
Serão instalados mais de 1,5 mil novos dispositivos de telecontrole, somando as três distribuidoras, sendo 650 apenas em São Paulo, disse a companhia.
Em outra frente, a Enel deve reforçar as manutenções preventivas, com aumento das podas de árvores. Na distribuidora paulista, serão realizadas este ano 600 mil podas na área de concessão, o dobro do ano passado, segundo Scala.
O anúncio dos investimentos vem após concessionárias da Enel terem sido alvo de duras críticas por parte de consumidores e autoridades por sua atuação diante de eventos climáticos extremos ocorridos no fim do ano passado.
A demora para responder com ações para restabelecer a energia a milhões de consumidores levou à aplicação de multas milionárias às empresas, além de ameaças do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que chegou a falar em caducidade da concessão e impedimento da companhia para renovar seus contratos no país, que estão expirando nos próximos anos.
O ministro participa de eventos com a Enel em São Paulo nesta quinta-feira, com o anúncio dos planos e discussões de como mitigar os impactos das mudanças climáticas.
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