segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Fazenda aumenta para 3,2% estimativa para o PIB no ano

 


Previsão oficial de inflação passou para 4,25% 
 
 
O cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no final do ano contribuiu para o crescimento das estimativas para a inflação

 

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aumentou, de 2,5% para 3,2%, a estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano. A previsão consta do Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Em relação à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o documento aumentou de 3,9% para 4,25% a projeção para 2024. Em relação ao desempenho da economia, a projeção para o PIB foi revisada após a divulgação do crescimento de 1,4% no indicador no segundo trimestre.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha informado que a equipe econômica revisaria para mais de 3% a previsão de crescimento para o PIB em 2024. Apesar de ter elevado a previsão de crescimento para o PIB, a SPE prevê desaceleração no segundo semestre. Para o terceiro trimestre (julho a setembro), o documento prevê expansão de 0,6% do PIB, contra 1,4% registrado no trimestre anterior. Para 2025, a estimativa de crescimento caiu de 2,6% para 2,5%. A SPE atribui o menor crescimento no próximo ano à perspectiva de um novo ciclo de aumentos na Taxa Selic (juros básicos da economia).

A projeção para o IPCA está próxima do teto da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025, a estimativa avançou de 3,2% para 3,3%. Segundo a SPE, contribuíram para o crescimento das estimativas para a inflação os impactos da alta do dólar, o reajuste no piso mínimo para os preços de cigarro e o cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no final do ano. Desde o fim de agosto, a bandeira tarifária para a energia está vermelha, por causa da estiagem em boa parte do país.

 

Rio Grande do Sul

 
Na edição anterior, em julho, o Boletim Macrofiscal tinha informado que as enchentes no Rio Grande do Sul impactariam o PIB em 0,25 ponto percentual em 2024. O número não foi revisado, mas a SPE detalhou que a menor contribuição das políticas de auxílio ao estado contribuirá para a desaceleração da economia no terceiro trimestre. Os números do Boletim Macrofiscal são usados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado no próximo dia 20. Publicado a cada dois meses, o relatório traz previsões para a execução do orçamento com base no desempenho das receitas e da previsão de gastos do governo, com o PIB e a inflação entrando em alguns cálculos. Com base no cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos do novo arcabouço fiscal, o governo bloqueia alguns gastos não obrigatórios.

Com ABR

O juro precisa mesmo subir?

 


Copom determinará a Selic em reuniões na terça e na quarta 
 
 
Um fator que pode influenciar a decisão do Copom são as perspectivas para o câmbio. E a relação entre real e dólar pode mudar justamente por causa das decisões de política monetária

 

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá em um cenário de incertezas e expectativas na próxima terça-feira (17) e quarta-feira (18). O colegiado iniciou em agosto do ano passado um movimento de afrouxamento monetário, que levou a Selic de 13,75% para 10,5% nesse ano. Os cortes foram pausados na reunião de junho e julho. Agora, no entanto, o mercado e os próprios dirigentes do Copom levantam a possibilidade de um novo ciclo de altas ser necessário. Mas o que mudou no cenário da última reunião até agora que explica essa necessidade de novo aperto?

Para Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, o crescimento forte da demanda interna é um vetor significativo de inflação. No início de setembro, o resultado do PIB do segundo trimestre surpreendeu ao mostrar crescimento de 1,4% – acima da mediana das estimativas, que indicava uma elevação de 0,9%, e perto do teto das projeções de analistas, que iam de 0,4% a 1,6%. "A principal mensagem do PIB é que a demanda interna está muito aquecida", explica Sobral. Segundo ele, tanto o consumo das famílias e o gasto do governo têm impulsionado o crescimento a um nível incompatível com a queda da inflação. Outro indicador que aponta uma economia mais forte e que pode pressionar a inflação para cima é o desemprego, que está no menor patamar da última década. Quando o desemprego está baixo, há maior demanda por bens e serviços, o que pode pressionar os preços para cima, alimentando a inflação.

A desancoragem das expectativas de inflação é um dos argumentos mais fortes para aqueles que defendem uma alta da Selic, destaca Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital. "As expectativas seguem desancoradas, o que tem sido um desconforto para o Banco Central", afirma. Apesar de haver sinais de uma inflexão nas projeções de inflação de mais longo prazo nos últimos meses, ela destaca que o Banco Central (BC) continua observando o comportamento das expectativas com cautela. Na última segunda-feira (9), a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo relatório Focus indicava uma inflação de 3,92% em 2025 e de 3,6% em 2026 – ambos acima do centro da meta, de 3%.

O modelo do BC

 
Para Andrea Damico, um dos fortes argumentos contra a elevação da Selic é justamente o modelo do Banco Central para o horizonte relevante, que é do início de 2026. "[Na última reunião] o BC divulgou, no cenário que tem juros estáveis, uma projeção de inflação de 3,2% e disse que está acima da meta", recorda. "O que a gente viu da comunicação depois, principalmente pelo Galípolo, é que 3,1% seria considerado ao redor da meta. E geralmente, quanto a projeção indica uma inflação ao redor da meta, a autoridade monetária não mexe na política monetária", afirma a economista. "É uma linha muito tênue, está muito próximo, se estivesse 3,4% ou 3,5%, ninguém teria dúvida de que tem de subir", argumenta. Ainda segundo ela, mesmo atualizando o modelo do BC com as novidades desde a última reunião – como o fortalecimento do dólar e a surpresa positiva do PIB – há um componente que compensa esses fatores: os preços das commodities. "O petróleo caiu mais de 10% entre uma reunião e outra, e isso tem um peso grande na inflação pelo modelo do BC", destaca.


Inflação corrente

 
A avaliação de economistas sobre os dados correntes de inflação é mista. Em agosto, o IPCA mostrou uma leve deflação de 0,02%. Para Andrea Damico, o cenário de inflação corrente é mais favorável do que o esperado, pois aponta que o IPCA mais recente veio melhor, o que poderia dar ao BC uma margem para manter a Selic inalterada. Ou seja, ainda que exista um possível risco de maior inflação por causa do mercado de trabalho apertado e economia aquecida, esse risco não está se materializando, pelo menos por enquanto. Sobral, no entanto, discorda que esse alívio seja sustentável. Ele menciona que a queda nos preços de alimentos e nas tarifas de energia elétrica foram fatores temporários, que não se repetirão nos próximos meses. "A energia elétrica já reverte em setembro", alerta ele, com a determinação da bandeira vermelha de energia. Além disso, Sobral argumenta que a inflação de serviços, um componente sensível à política monetária, continua elevada e acelerando. "Estamos vendo a inflação de serviços rodar a 5% nos últimos 12 meses, o que é bem alto", completa.

 

Troca de comando no Banco Central

 
O mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se encerra no fim deste ano, e o governo já indicou Gabriel Galípolo como seu sucessor. Embora a nomeação ainda precise passar pelo crivo do Congresso, muito se especula que ele esteja buscando uma elevação da Selic para conquistar credibilidade no mercado. E desde a última reunião, o dirigente tem adotado um tom mais duro em suas falas. "Galípolo se posicionou de forma mais dura e acabou se colocando numa situação que o mercado precificou, e agora vai ser difícil voltar atrás", opina Marco Bismarchi, da TAG Investimentos. Ou seja, agora, que a maior parte do mercado acredita na alta, uma manutenção da taxa poderia assustar. Sobral sugere que a decisão de elevar os juros já estava, em parte, precificada: "No início parecia que o principal elemento por trás da alta era uma tentativa do novo presidente ganhar um pouco de credibilidade, mas depois ficou mais consensual."

Um fator que pode influenciar a decisão do Copom são as perspectivas para o câmbio. E a relação entre real e dólar pode mudar justamente por causa das decisões de política monetária. Isso porque, se confirmado o movimento para cima da Selic e para baixo dos juros nos Estados Unidos, aumenta o diferencial de juros entre os dois países – o que tende a atrair investimentos para cá. "A gente está vendo o real voltando a ser de longe a moeda que mais paga juros no mundo", comenta Sobral. Embora essa apreciação ainda não tenha se materializado, ele sugere que, caso aconteça, poderia facilitar o trabalho do Banco Central no controle da inflação. Para Bismarchi, isso pode ser um importante vetor de desinflação no Brasil e pode fazer com que, mesmo confirmado o ciclo de elevação da Selic, o movimento seja mais sutil.

Com Redação da B3

Quem são os candidatos a prefeito de São José dos Campos nas eleições municipais de 2024

 


Eleições para a Prefeitura de São José dos Campos contará com 6 candidatos

 

Jacidio Junior
 

candidatos a prefeito de São José dos Campos
Prefeitura de São José dos Campos / Crédito: Claudio Vieira/PMSJC

 

São seis os candidatos a prefeito de São José dos Campos (SP), município a 86 quilômetros da capital paulista. A expectativa é que as eleições municipais de 2024 em São José dos Campos sejam disputadas.

O atual prefeito, Anderson (PSD), busca a reeleição. Também é candidato à Prefeitura de São José dos Campos o ex-prefeito Eduardo Cury (PL), que comandou a cidade de 2005 a 2012.

Outros candidatos com tradição política na cidade que também buscam se tornar prefeito de São José dos Campos são Wagner Balieiro (PT), Dr Elton (União Brasil) e Toninho Ferreira (PSTU), três candidatos que já conquistaram mandatos para a Câmara de Vereadores.

Completando a lista, está o estreante Prof Wilson Cabral (PDT).

O primeiro turno das eleições municipais para candidatos a prefeito de São José dos Campos em 2024 será realizado em 6 de outubro, assim como em todo o Brasil. O segundo turno, caso necessário, deve ser em 27 de outubro.

Lista dos candidatos à Prefeitura de São José dos Campos (SP) em 2024

  • Anderson (PSD)
  • Dr Elton (União Brasil)
  • Eduardo Cury (PL)
  • Prof Wilson Cabral (PDT)
  • Toninho Ferreira (PSTU)
  • Wagner Balieiro (PT)

Quem são os candidatos a prefeito de São José dos Campos (SP) nas eleições municipais 2024

Anderson (PSD)

O atual prefeito, Anderson Farias, 49 anos, nas últimas eleições foi candidato a vice-prefeito de São José dos Campos, na chapa encabeçada por Felício Ramuth (PSD). Após a ida de Ramuth como vice para a chapa que disputou e venceu a eleição para o governo estadual, Anderson assumiu a Prefeitura de São José dos Campos e agora busca a reeleição com o Cel. Wilker, do MDB, como vice.

Dr Elton (União Brasil)

Elton Alves Ribeiro De Carvalho Júnior, conhecido como Dr. Elton, 50 anos, é médico, cirurgião geral e intensivista. Eleito vereador de São José dos Campos em 2014, foi reeleito no pleito seguinte, mas perdeu o mandato por infidelidade partidária, dois anos depois. No mesmo período foi eleito deputado estadual. Em sua trajetória política já esteve filiado ao MDB, PSC e Podemos. Dr Elton é candidato a prefeito de São José dos Campos e conta com Dulce Maria, do União Brasil, como vice.

Eduardo Cury (PL)

Eduardo Cury, 60 anos, é formado em engenharia industrial pela Escola de Engenharia Industrial (ETEP). Começou a carreira política, ainda na década de 90, quando assumiu as secretarias de Governo e de Transportes de São José dos Campos. Em 2004 foi candidato à Prefeitura de São José dos Campos e venceu. Ele exerceu o cargo por dois mandatos, de 2005 a 2012. Em 2014 venceu sua primeira eleição para a Câmara dos Deputados, onde também ficou por dois mandatos. Agora Eduardo Cury é candidato a prefeito de São José dos Campos e conta com José Mello, do PSDB, como vice. 

Prof Wilson Cabral (PDT)

Wilson Cabral, 55 anos, é oceanógrafo, doutor em Economia e professor do ITA. Estreante em eleições, Cabral já fez parte de Conselhos de Saneamento Básico e Meio Ambiente e da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Já foi filiado à Rede Sustentabilidade e agora é candidato a prefeito de São José dos Campos, em uma chapa pura, que conta com Nadia Assad, também do PDT, como vice.

Toninho Ferreira (PSTU)

O advogado, Toninho Ferreira, 66 anos participa é candidato pela terceira vez a prefeito de São José dos Campos. Ele também foi candidato em 2008 e 2016 e é presidente municipal do partido e foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, por duas vezes. Sua disputa eleitoral mais recente foi o pleito pelo Governo do Estado de São Paulo, em 2018. Em 2024, Janaina dos Reis, também do PSTU, completa a chapa.

Wagner Balieiro (PT) 

Wagner Balieiro 46 anos, é engenheiro eletricista e tem uma longa história política local. Vereador da cidade por quatro mandatos, foi candidato a prefeito de São José dos Campos em 2020, e agora retorna mais uma vez para a disputa. Durante sua trajetória política também foi secretário de Transporte e de Governo do município. Nas eleições municipais de 2024 conta dom Marina Sassi, do PSL, como vice.

 

Jacidio Junior

Repórter freelancer 

 

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Dino e Planalto reduzem poder do Congresso com gastos com incêndios fora da meta fiscal

 


O arcabouço fiscal já prevê que em situações excepcionais o Executivo proponha despesas fora do limite de gastos

 

Fabio Graner

 


dino incêndios fora meta
 
 
O ministro Flávio Dino, do STF, entre o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira / Crédito: Gustavo Moreno-SCO-STF

A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a retirada dos gastos para combate às queimadas das regras fiscais é mais uma manobra que enseja dúvidas sobre o comprometimento fiscal do governo.

Trata-se também de mais um capítulo da dobradinha Executivo-STF para diminuir o poderio do Congresso. Outrora ministro da Justiça do presidente Lula, Dino numa canetada usurpou atribuições do Congresso, ao garantir um salvo-conduto para o governo gastar fora das amarras fiscais.

O arcabouço fiscal já prevê que em situações excepcionais o Executivo proponha despesas fora do limite de gastos por meio de crédito extraordinário, mas não dá licença para que isso seja feito sem critério.

Por isso, a regra fiscal, patrocinada pelo ministro Fernando Haddad, não retira gastos extraordinários da meta de resultado primário. O espírito da lei é forçar o governo a fazer escolhas, o que mais uma vez Lula se mostra refratário.

A rigor, mesmo a retirada da meta poderia ser feita, mediante a aprovação do Congresso, como ocorreu no episódio do Rio Grande do Sul. O governo, no entanto, negociou um atalho com seu ex-ministro. Dino tentou passar um verniz de respeito ao Congresso ao dizer que deputados e senadores terão o controle sobre os valores. Puro jogo de cena, afinal os parlamentares já tinham essa prerrogativa e agora ficam politicamente enfraquecidos.

Seja como for, a questão chave agora de fato é quanto o governo vai fazer de gastos extras. Com a palavra, o ministro Fernando Haddad, que conseguiu introjetar a agenda de gastos na pauta do Planalto, mas a cada dia tem uma polêmica fiscal nova para explicar e o desafio de mostrar que a sombra do Dilmismo não vai crescer.


Fabio Graner

Analista de economia do JOTA em Brasília. Foi repórter e colunista de economia no Valor Econômico e também atuou no Estadão, DCI e Gazeta Mercantil, com mais de 20 anos de experiência, incluindo setor público. E-mail: fabio.graner@jota.info 

 

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Brasil recebe aval da Tailândia para exportar noz pecã e da Austrália para DDG

 

 Exportação e importação: o que é, diferenças, vantagens e ...

 


O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira, 16, aprovações sanitárias do governo da Tailândia, para a importação de noz pecã, e dos governos de Angola, Canadá e Austrália, para a importação de grãos secos de destilaria, os DDGS. No sábado, 14, o Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já havia informado a abertura do mercado do Canadá e de Angola para DDGs do Brasil.

Conforme a pasta, em nota, nos primeiros sete meses de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 2,77 bilhões em produtos agrícolas para esses quatro países.

A Tailândia foi o nono maior destino das exportações brasileiras, com um total de US$ 1,8 bilhão.

No mesmo período, as exportações agrícolas para Canadá, Angola e Austrália somaram, respectivamente, US$ 604 milhões, US$ 211 milhões e US$ 159 milhões.

“Com essas novas autorizações, o agronegócio brasileiro atinge sua 110ª abertura de mercado em 2024, totalizando 188 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023”, informou o Ministério.


Cadeirada em debate: banqueta pesa 5,5 kg, é da marca Keva e indicada para noites de pizza

 


Detalhes do modelo de banqueta utilizado por Datena para agredir Pablo Marçal durante o debate na TV Cultura

A cadeira utilizada pelo candidato à prefeitura de São Paulo José Luiz Datena para agredir o também candidato Pablo Marçal durante debate neste domingo, 15, é uma banqueta modelo Bock fabricada com exclusividade pela Keva. A informação foi confirmada ao site IstoÉ Dinheiro pela Mobly, dona da marca Keva.

Comercializadas por diferentes revendedores de móveis, as banquetas são vendidas em kit de duas unidades por valores a partir de R$ 670. O preço varia de acordo com a cor escolhida. Sua estrutura é de aço, com encosto e apoio estofados, cheios de espuma e costurados em linho em várias cores como azul, rosa, marrom e a coloração acinzentada batizada de “grafite” que aparece no debate. No site da Mobly, o par cinza aparece neste link por R$ 787.


Conjunto com duas banquetas na cor grafite da Mobly (Crédito:Reprodução)

 

“As 2 banquetas são as acompanhantes perfeita para balcões ou para mesinhas bistrô, onde você vai poder aproveitar momentos de muitas risadas e descontração ao lado de quem importa”, descreve o site da Mobly. “Naquelas noites gostosas de pizza ou domingos na varanda gourmet, você vai precisar de um lugar especial para acomodar a todos, e o Conjunto Bock é exatamente o tipo de mobília para a ocasião.”

A cadeira mede 100 centímetros de altura e 44 de largura, com 52 centímetros de profundidade. Seu peso é de 5,5 quilogramas. Ela não querer montagem. Outro fato curioso é que ela não possui suporte entre os pés traseiros, o que na ocasião da agressão possibilitou que Pablo Marçal passasse os braços em seu meio para tentar segurá-la.

A empresa não comentou o uso das peças fabricadas por ela no debate e no episódio de agressão entre os candidatos.

Relembre a agressão

Durante o debate promovido pela TV Cultura para a eleição de São Paulo, o candidato José Luiz Datena (PSDB) atirou uma banqueta contra Pablo Marçal (PRTB). A ação ocorreu após provocações verbais feitas por Marçal, que chamou o antigo apresentador de “arregão” e disse que Datena não “era homem” suficiente para dá-lo um tapa.

José Luiz Datena agride Pablo Marçal com uma cadeira (Crédito:Reprodução)

 

Após o episódio, Datena foi expulso do debate. Pablo Marçal foi levado a hospital Sírio Libanês, onde passou a noite e foi liberado na manhã desta segunda-feira, 16. Segundo boletim médico, o candidato sofreu “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas”. Na linguagem médica, traumatismo refere-se a qualquer tipo de lesão.

Em nota, a TV Cultura lamentou o episódio. “Durante o ocorrido, todas as medidas, incluindo relacionadas à cobertura da imprensa, foram tomadas visando a segurança dos presentes no Teatro B32 e em consonância às regras deliberadas anteriormente”, disse. Ela também defendeu que a continuidade do debate foi acordada pelos demais candidatos.

A TV Cultura foi procurada para comentar também sobre o modelo da cadeira e sobre possíveis danos ao patrimônio, porém ainda não se manifestou.

Ministro diz que ‘não há tempo’ para decretar horário de verão no curto prazo

 


Ministro Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta segunda-feira, 16, que a pasta, “muito provavelmente”, deve propor à Casa Civil o retorno do horário de verão no País, sem mencionar data. Ele declarou também que “não há tempo” para “decretar” no curto prazo e, se ocorrer, será com um amplo planejamento.

Silveira tem reunião extraordinária na terça-feira, 17, com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para retomar a discussão sobre as medidas que vão fazer frente à seca e o impacto nos reservatórios.

“O horário de verão passa a ser uma realidade muito premente”, declarou o ministro, em entrevista à rádio Itatiaia (MG) nesta segunda-feira. “Temos que aumentar a segurança do Sistema Interligado Nacional e planejar 2026”, comentou.

Segundo Silveira, o retorno do horário de verão olha para duas frentes: a necessidade de segurança energética, para aliviar a demanda no horário de pico, e o impacto positivo, segundo a pasta, em áreas como comércio e turismo.

O ministro explicou que o horário de verão “dissipa” a necessidade do despacho adicional de térmicas no horário de pico (início da noite), quando há a falta das fontes intermitentes (energia solar e eólica) no período.

“Não temos tempo para decretar (no curto prazo), mas temos um bom tempo para planejar o início do horário de verão. E, se for acontecer, vai ser de forma muito bem planejada”, afirmou.

Segundo ele, há impactos de planejamento na vida das pessoas e, “inclusive, em órgãos públicos, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. “Tem eleições este ano, e as urnas já estão programadas”, disse.

Ele irá falar nesta segunda-feira sobre o tema com a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE.

A possibilidade de volta do horário de verão é considerada improvável no curto prazo, segundo interlocutores do governo. A justificativa é que o mecanismo requer um amplo planejamento prévio, inclusive com companhias aéreas.

Conta de luz ‘no limite’

O ministro afirmou ainda que a conta de luz para o consumidor brasileiro já chegou ao “limite”. Ele também repetiu que não há necessidade de despacho adicional de termelétricas, que são mais caras e geram impacto na tarifa.

“Não haverá crise energética, ao contrário do que aconteceu com o governo anterior, em 2021, quando estivemos à beira do colapso”, declarou Silveira.

No atual governo, a pasta alega que houve um planejamento prévio, já considerando os efeitos da seca, para aumentar o nível dos reservatórios.

Em outra frente, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) conta um saldo superavitário da conta bandeira, estimado em R$ 9 bilhões em recursos via bandeira tarifária. Em 2021, não havia superávit nessa conta. “Já estamos no limite da conta de luz. Queremos evitar qualquer tipo de despacho, que chamamos de extra-formal (sic) das térmicas”, declarou.