quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Lucro da Amazon dispara graças à IA e nuvem

 

Amazon Logo: valor, história, PNG

O grupo norte-americano Amazon registrou um lucro líquido de até US$ 13,5 bilhões (R$ 76,5 bilhões) no segundo trimestre do ano, resultado muito melhor do que o esperado pelo mercado, impulsionado principalmente pelo seu negócio na nuvem (computação remota) e pela Inteligência Artificial (IA).

No entanto, o volume de negócios do gigante do comércio on-line, com faturamento de US$ 148 bilhões (R$ 838,8 bilhões, +10% em um ano), decepcionou os analistas, que previam resultados ligeiramente superiores.

As ações da Amazon perderam mais de 4% durante as operações eletrônicas após o fechamento da Bolsa de Nova York nesta quinta-feira (1º).

As receitas da AWS, a unidade de serviços na nuvem da Amazon, aumentaram 19%, chegando a US$ 26,3 bilhões (R$ 149 bilhões), dos quais a filial obteve US$ 9,3 bilhões (R$ 52,7 bilhões) em lucros operacionais (indicador-chave de rentabilidade).

“Continuamos progredindo em várias áreas, mas sobretudo na reaceleração permanente do crescimento da AWS”, declarou o presidente do grupo, Andy Jassy, citado no comunicado que reportou os resultados.

Número um mundial em atividades na nuvem, a Amazon encontra-se, no entanto, atrasada na IA generativa em relação aos outros dois gigantes do setor, Microsoft e Google.

juj/jul/llu/dga/am/rpr

Amazon.com

MICROSOFT

Dólar encosta em R$ 5,70 pressionado por questão fiscal no Brasil, incertezas no exterior e queda de commodities

 


O dólar subia frente ao real nesta quarta-feira, 16, ampliando os fortes ganhos da véspera, à medida que as quedas nos preços de commodities e as incertezas em relação à China, às tensões no Oriente Médio e ao cenário fiscal local continuam pressionando a moeda brasileira.

Às 10h00, o dólar à vista subia 0,65%, a R$ 5,6956 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,53%, a R$ 5,690 na venda. Veja cotações.

A divisa brasileira já tinha sofrido com a forte valorização do dólar em mercados emergentes na sessão anterior, com a moeda norte-americana fechando em alta de 1,36%, a 5,6587 reais, o valor de fechamento mais alto em um mês.

Como fator principal para a pressão sobre moedas emergentes estão as quedas nos preços de commodities importantes, como o petróleo e o minério de ferro, em meio a notícias vindas da China, maior importador de matérias-primas do planeta, e do Oriente Médio, onde se teme a escalada das tensões.

Nesta sessão, a pressão das commodities parecia moderar um pouco, ainda que preços de produtos importantes seguissem em queda, e as atenções dos mercados globais se voltavam também a outros fatores, incluindo novos dados econômicos.

O dólar subia frente ao peso mexicano e se mantinha firme ante o peso chileno e o rand sul-africano.

O cenário externo continua incerto, com dúvidas sobre as perspectivas econômicas da China, o conflito no Oriente Médio e a eleição presidencial dos Estados Unidos em novembro.

“As moedas emergentes vêm sofrendo um bocado, ainda com dúvidas perante a solidez da economia chinesa… e em breve as eleições norte-americanas, que por sinal, no momento, mostram uma grande chance de Donald Trump vencer, o que pode acabar dificultando ainda mais o cenário para essas moedas”, disse Marcio Riauba, gerente da mesa de operações de câmbio da StoneX.

As atenções se voltarão na quinta-feira a uma nova entrevista à imprensa do governo chinês, com investidores na expectativa por anúncio de medidas de estímulo para o setor imobiliário.

Também estará no radar na quinta a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, em que se espera que as autoridades reduzam a taxa de juros em mais 25 pontos-base para estimular a economia da zona do euro.

No cenário doméstico, ainda pesam as dúvidas do mercado com o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas, mesmo após reportagem da Reuters mostrar na segunda-feira que o Executivo planeja anunciar medidas de contenção de gastos após o segundo turno das eleições municipais.

“A gente realmente não vai mais comprar essa tese (de contenção de gastos) enquanto não ver isso aprovado. O cenário político não é tão tranquilo para fazer essas aprovações”, disse Diego Faust, operador de renda variável da Manchester.

Impactos da incerteza fiscal eram observados também na curva de juros brasileira, com os juros futuros subindo de forma sólida nesta sessão.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Banco Mundial reduz comissões para que empréstimos fiquem ‘menos caros’

 


O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

O Banco Mundial (BM) anunciou, nesta terça-feira (15), que reduzirá consideravelmente as comissões dos empréstimos concedidos a países, especialmente os menores, com o objetivo de tornar os créditos “mais simples e menos caros”.

As novas condições incluirão um pO eríodo de carência antes do início do pagamento do empréstimo, a suspensão dos prêmios de risco e a redução das comissões em empréstimos de curto prazo, detalhou a instituição em um comunicado.

As medidas se somam a uma série de anúncios para aumentar a capacidade de empréstimos do banco, como a redução da relação de capital próprio/empréstimo de 19% para 18%, o que permitiria desbloquear 30 bilhões de dólares (R$ 169,1 bilhões) adicionais em financiamento por ano.

“Essas novas medidas devem nos permitir realizar mudanças significativas na vida das pessoas (…) Sempre que pudermos, de forma responsável, usar melhor nossos recursos, faremos”, disse o presidente do BM, Ajay Banga, citado no comunicado.

As medidas dizem respeito, em primeiro lugar, ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird), uma filial do BM.

O anúncio ocorre menos de uma semana após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter anunciado medidas semelhantes para suavizar as condições de endividamento de países com importantes programas de ajuda, como Ucrânia e Argentina.

Desde que Ajay Banga assumiu a presidência em junho de 2023, o BM busca utilizar melhor a carteira para aumentar sua capacidade de financiamento.

Banga se comprometeu a fazer “um banco melhor” antes de pedir aos acionistas, os Estados, que aumentem sua participação para criar um “banco maior”.

Chile: S&P reafirma rating ‘A/A-‘ e eleva perspectiva de negativa para estável

 

A S&P Global Ratings revisou a perspectiva do Chile de negativa para estável e reafirmou os ratings de crédito soberano ‘A/A-1’ em moeda estrangeira e ‘A+/A-1’ em moeda local.

A perspectiva estável pressupõe que a combinação de crescimento econômico e medidas de receita contribuirá para a consolidação fiscal contínua, que estabilizará a dívida líquida do governo geral, diz a S&P. “Esperamos continuidade na política fiscal e monetária, indicando a estabilidade institucional do Chile”.

Embora a obtenção de consenso político seja mais lenta do que no passado, a S&P acredita que as sólidas instituições democráticas do país são âncoras econômicas que absorveram os choques internos e externos nos últimos cinco anos.


Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no “carro voador” em Taubaté

 


Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no "carro voador" em Taubaté
(Foto: Divulgação / EAM) BNDES

 

A Eve Air Mobility garantiu um empréstimo de R$ 500 milhões (cerca de US$ 88 milhões) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a instalação de sua unidade de produção de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), também conhecido como “carro voador” em Taubaté.

O financiamento, que faz parte do programa BNDES Mais Inovação, visa impulsionar projetos inovadores e reforçar o compromisso da empresa com a descarbonização e a mobilidade aérea urbana (UAM).

“O apoio do BNDES é essencial para nossa missão de transformar a mobilidade urbana com experiências de voo sustentáveis. Este financiamento permitirá que nossa unidade de fabricação não só seja a primeira do tipo no Brasil, mas também funcione com energia limpa”, afirmou Johann Bordais, CEO da Eve.

 

Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no "carro voador" em Taubaté
(Foto: Divulgação / EAM) BNDES

Inovação e sustentabilidadeBNDES

O novo financiamento é um desdobramento da parceria entre a Eve e o BNDES, que em 2022 já havia aprovado um crédito de R$ 92,5 milhões para o desenvolvimento do eVTOL. Com uma produção estimada de até 480 aeronaves por ano, a Eve planeja expandir a capacidade de sua fábrica em módulos, permitindo um crescimento sustentável à medida que o mercado evolui.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou que este investimento reforça o compromisso do governo do presidente Lula em fomentar inovações tecnológicas no Brasil. “O programa BNDES Mais Inovação já aprovou R$ 8 bilhões em créditos desde 2023, mostrando que estamos prontos para dar competitividade internacional às empresas nacionais”, ressaltou.

José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo do BNDES, acrescentou que o financiamento busca fortalecer a capacidade de inovação na mobilidade urbana e contribuir para a geração de empregos qualificados no país.

A empresa informou ainda que já possui uma carteira de pedidos de cerca de  2.900 eVTOLs, e que já se posiciona como líder no setor, com um potencial de receita de US$ 14,5 bilhões. A Eve já lançou seu primeiro protótipo em julho e trabalha em uma série de testes para garantir a eficiência e segurança das aeronaves.

Bradesco lança seu primeiro fundo de infraestrutura listado na B3

 


Ilustração de logo do Bradesco

 

matheusi

A Bradesco Asset, braço de investimentos do banco, lançou seu primeiro fundo de investimentos de infraestrutura listado na bolsa de valores. Sob o ticket BINC11, ele captou mais de R$ 474 milhões durante sua oferta primária.

A taxa de gestão do BINC11 é de 0,90% ao ano. Estão previstos pagamentos de amortização aos cotistas a cada 5º dia útil do mês. Ele está disponível para investidores pessoa física.

Também chamados de “fi-infra”, os fundos de infraestrutura investem em projetos de setores como energia, saneamento, rodovias, terminais portuários e aeroportos. Possuem entre suas vantagens a isenção do imposto de renda tanto sobre rendimentos como sobre ganhos de capital.

“Os projetos de infraestrutura estão em alta no Brasil, no embalo do desejo do governo federal em incentivar os investimentos na área como forma de gerar crescimento econômico”, afirma em nota o head de Gestão de Crédito High Grade da Bradesco Asset Management, Victor Tofolo. “O novo fundo está inserido nesse contexto.”

Prefeitura de SP vai à Justiça para exigir que Enel restabeleça energia imediatamente sob multa de R$ 200 mil por dia

 


A Prefeitura de São Paulo ingressou com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça nesta segunda-feira, 14, para que a concessionária Enel restabeleça imediatamente a energia elétrica nos pontos ainda afetados pelo apagão sob multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da determinação. O pedido ainda será analisado pela Corte.

Estadão entrou em contato com a Enel e aguarda posicionamento da empresa a respeito da ação judicial. A companhia tem afirmado que reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados.

A falta de energia elétrica ainda atinge 220 mil imóveis – entre casas e comércios – na capital paulista e na Grande São Paulo, segundo atualização feita pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta terça-feira, 15.

O apagão foi o tema central do debate eleitoral entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, realizado pela Band nesta segunda-feira. O prefeito buscou responsabilizar o governo federal, enquanto o deputado acusou a atual gestão de demora na adoção de medidas para restabelecer a ordem. O tema também tem pautado a propaganda eleitoral obrigatória dos dois candidatos.

Paralelamente à ação judicial, o Ministério de Minas e Energia deu à Enel, na segunda-feira, prazo de três dias para resolver o apagão na cidade de São Paulo.

A ação civil pública da Prefeitura tramita na 2ª Vara de Fazenda Pública da capital, assinada pela procuradora-geral do Município, Marina Magro Beringhs Martinez.

“Os vendavais, de acordo com os registros preliminares, propiciaram a queda de 386 árvores. Parte delas, por estarem próximas à fiação elétrica – e, por inércia da Enel, com manejos em atraso, conforme exaustivamente demonstrado ao longo desta demanda -, causaram a interrupção no fornecimento de energia elétrica para mais de 1,6 milhão de pessoas”, diz trecho do documento.

A Prefeitura afirma que persiste a “inércia da concessionária federal em apresentar Plano de Contingência que leve em consideração o montante de árvores em contato com a fiação elétrica ou dentro dos limites da Zona Controlada (cerca de 1/3 do total de árvores situadas em vias públicas), bem assim a alta probabilidade de intempéries climáticas a que a Cidade se sujeita entre os meses de outubro a março, todos os anos”.

Quatro dias após o temporal, 49 árvores ainda aguardam a atuação da empresa Enel para que as equipes municipais iniciem o trabalho de remoção e limpeza, de acordo com o poder municipal.

A Prefeitura afirma que acionou a Agência Reguladora de Energia Elétrica (Aneel) e o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as deficiências do serviço público prestado pela Enel.

Esta não é a primeira ação da Prefeitura contra a Enel. Desde o ano passado, a Prefeitura já enviou dois ofícios à Corte de Contas e outros dois à Aneel solicitando medidas efetivas contra a concessionária, maior fiscalização do contrato de concessão e aplicação de multa contra a Enel.

No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.