quinta-feira, 30 de março de 2017

Lava Jato move ação de improbidade contra PP e 11 políticos


A ação pede o pagamento de 2,3 bilhões de reais e a perda de cargos e direitos políticos de ex e atuais deputados federais do PP

 



Curitiba – A força-tarefa da operação Lava Jato pediu nesta quinta-feira abertura de ação de improbidade administrativa contra o Partido Progressista (PP), além de dez políticos e um assessor ligado à legenda, informou o Ministério Público Federal (MPF).


A ação pede o pagamento de 2,3 bilhões de reais e a perda de cargos e direitos políticos de ex e atuais deputados federais do PP e de um assessor também ligado à sigla por conta do suposto envolvimento do grupo em dois esquemas de desvio de recursos da Petrobras. Esses são os políticos alvo da operação de hoje:


Político Cargo
Pedro Corrêa (PP-PE) ex-deputado
 Pedro Henry (PP-MT) ex-deputado
 João Pizzolatti (PP-SC) ex-deputado
 Mário Negromonte (PP-BA) ex-deputado
 Nelson Meurer (PP-PR) deputado
 Mário Negromonte Júnior (PP-BA) deputado
 Arthur Lira (PP-AL) deputado
 Otávio Germano (PP-RS) deputado
 Luiz Fernando Faria (PP-MG) deputado
Roberto Britto (PP-BA) deputado
João Genu  ex-assessor de José Janene.


A ação leva em conta dois esquemas:: um envolve  contratos vinculados à Diretoria de Abastecimento da Petrobras, e outro ligado aos benefícios obtidos pela Braskem, empresa do grupo Odebrecht, graças à atuação desse setor da estatal


OS ESQUEMAS


O primeiro esquema alvo da ação “diz respeito à identificação, ao longo das investigações da operação Lava Jato, de um enorme e complexo estratagema ilícito executado em prejuízo da Petrobras, ao menos no período de 2004 a 2014”.

“Um cartel de empreiteiras fraudava procedimentos licitatórios da estatal em obras gigantescas, inflando indevidamente os lucros obtidos”, afirma a Procuradoria.

“Para isso, o cartel contava com a corrupção de empregados públicos do alto escalão da Petrobras, especialmente de diretores da estatal que favoreciam as fraudes nas licitações. Os recursos ilícitos obtidos passavam, então, por um processo de lavagem por meio de operadores financeiros. As propinas eram entregues pelos operadores para os executivos da estatal, assim como para os políticos e partidos responsáveis pelo apadrinhamento dos funcionários públicos.”

Segundo o Ministério Público Federal, o avanço das investigações levou à descoberta de que o esquema se baseava no loteamento político-partidário das diretorias da Petrobras.

“As evidências indicam que parlamentares federais e agremiações políticas – Partido Progressista (PP), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) – obtinham, perante o governo federal, a nomeação para altos cargos diretivos da Petrobras a fim de arrecadar recursos escusos. Em troca do apadrinhamento, as provas mostram que os executivos angariavam propinas que eram destinadas ao enriquecimento ilícito dos participantes e ao financiamento ilegal de campanhas eleitorais”, anotam os procuradores.

O objeto da ação, segundo o Ministério Público Federal, é “a atividade ilícita que beneficiou o Partido Progressista e pessoas a ele vinculadas”. A ação destaca “a atuação do grupo de liderança do PP, composto pelo falecido deputado federal José Janene, pelos ex-deputados federais Pedro Corrêa, Pedro Henry, João Pizzolatti e Mário Negromonte, e pelo deputado federal Nelson Meurer, com o auxílio do ex-assessor parlamentar João Genu”. Segundo a ação, os políticos foram responsáveis por alçar e manter Paulo Roberto Costa no cargo de Diretor de Abastecimento da Petrobras, montando e mantendo o esquema de corrupção político-partidário instaurado no âmbito da estatal.

“As provas apontam ainda que vários integrantes da bancada do PP na Câmara dos Deputados receberam propinas periodicamente, inclusive os deputados federais Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Roberto Britto”, afirma a Procuradoria.

A ação indica que os três parlamentares receberam uma mesada de propinas de R$ 30 mil por mês, por mais de sete anos, até março de 2014.

De acordo com a Procuradoria, o deputado Mário Negromonte Júnior “é demandado como alguém que contribuiu para atos de improbidade de seu pai, recebendo o repasse de propinas disfarçadas de doação eleitoral oficial”.

“Além disso, na esteira da ação proposta, Arthur Lira (que já responde a outra ação de improbidade decorrente da Lava Jato) também recebeu vantagens ilícitas. Está sendo pedida a responsabilização do grupo de liderança do PP por toda a atividade ilícita, enquanto os demais estão sendo acionados por mesadas oriundas de propinas ou desvios específicos em que estiveram envolvidos”, informa o Ministério Público Federal.

A ação de improbidade administrativa imputa ao Partido Progressista, a seus integrantes e a terceiros o recebimento de propinas a partir de contratações realizadas no âmbito da Diretoria de Abastecimento da Petrobras com as empreiteiras Engevix, OAS, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Camargo Correa, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez, individualmente ou por meio de consórcio, além da Jaraguá.

O montante de propinas originado desta primeira parte do esquema de cartelização chega, ao menos, a R$ 410.656.517,60, equivalentes a 1% dos valores dos contratos obtidos, que era pago a título de suborno segundo as investigações. Desse total, a ação aponta que 60% eram direcionados para o Partido Progressista e seus integrantes, e 40% eram distribuídos entre executivos da estatal e operadores financeiros.

O Ministério Público Federal afirma que a Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, também pagou propina ao PP e seus integrantes. Em troca, Paulo Roberto Costa teria velado por seus interesses junto a Petrobras. 

Segundo a Procuradoria, embora o esquema tenha perdurado de 2006 a 2012, ele teve “especial expressão” na renegociação do contrato de fornecimento de nafta, em 2009.

“Nesse esquema paralelo ao cartel de empresas, o montante de propinas pagas para a agremiação partidária e seus integrantes, segundo a apuração, chega ao menos a R$ 49,98 milhões, equivalentes à conversão para moeda nacional de US$ 24,5 milhões. Esse montante equivale a 70% do montante das propinas, que a ação indica que foi destinado ao Partido Progressista – o restante seria destinado a Paulo Roberto Costa”, destaca a Procuradoria.

A petição inicial relata que as vantagens ilícitas eram distribuídas para o Partido Progressista e seus integrantes por meio da entrega de valores em espécie, transferências eletrônicas para empresas ou pessoas indicadas pelos destinatários, entrega de bens, pagamento de contas pessoais em nome dos beneficiários e, ainda, transferências e depósitos em contas no exterior, em nome de empresas offshores.

Além disso, em época de campanhas eleitorais, o pagamento de propina também foi feito diretamente pelas empresas do cartel para o PP e vários de seus integrantes que eram candidatos, de maneira disfarçada como doações eleitorais “oficiais”. Está sendo pedida a responsabilização do grupo de liderança do PP pelas condutas ilícitas referentes a esse segundo esquema criminoso.


Efeitos do esquema


A investigação aponta que o dinheiro ilícito da corrupção da Petrobras foi empregado para o enriquecimento ilícito dos participantes e para financiar campanhas eleitorais.

“Neste último aspecto, a corrupção, além dos seus efeitos perniciosos mais usuais, atenta contra a legitimidade do processo democrático, por desequilibrar artificialmente as disputas eleitorais. Candidatos que recebem recursos oriundos da corrupção passam a ter vantagens competitivas em relação aos demais”, afirma a Procuradoria.

Para fins comparativos, o Ministério Público Federal expõe na petição inicial que as propinas arrecadadas diretamente pelo PP e seus integrantes a partir do esquema criminoso, de 2004 a 2014 chegaram ao menos a R$ 296.373.910,56 – (60% dos R$ 410.656.517 60, somados a R$ 49.980.000,00). No mesmo período, a agremiação recebeu o valor de R$ 179.790.284,80 via fundo partidário.

Esse panorama evidencia que o total de vantagens ilícitas direcionadas ao PP e seus integrantes equivale a cerca de 164% do importe licitamente distribuído por meio do fundo partidário. Isso permitiria aos candidatos mais do que dobrar os seus gastos eleitorais. Houve, assim, um financiamento ilícito em tal monta que aponta para um desequilíbrio da disputa eleitoral em favor do partido e de seus candidatos, o que implica no desvirtuamento do sistema de representação política em nível federal.


Maior banco do mundo tem resultado mais fraco em uma década


O lucro líquido do ICBC em 2016 foi de 287,25 bilhões de iuans (40,39 bilhões de dólares), alta de apenas 0,4%

 






Xangai/Pequim – A maior instituição financeira do mundo, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), divulgou nesta quinta-feira que teve o menor crescimento anual de lucro em mais de uma década.

Os resultados do ICBC foram divulgados após outros três grandes bancos da China divulgarem crescimento modesto do lucro do ano passado, em meio a um cenário de juros no menor nível desde pelo menos 2011 e desaceleração econômica do país.

O lucro líquido do ICBC em 2016 foi de 287,25 bilhões de iuans (40,39 bilhões de dólares), alta de apenas 0,4 por cento.

Os principais bancos da China estão se preparando para lançar medidas neste ano para reduzir o peso sobre correntistas endividados e a inadimplência, que atingiu o maior nível em uma década no ano passado diante de um crescimento do PIB mais lento em 25 anos.

“Este ano planejamos usar 65 bilhões de iuans em provisionamento para resolver quase 200 bilhões de iuans em inadimplência”, disse o presidente do conselho de administração do ICBC, Yi Huiman, a jornalistas.

O banco chinês planeja trocar 300 bilhões de iuans de dívidas por ativos, acrescentou, o que reduzirá o peso de tomadores e ajudará bancos comerciais a reduzir seus níveis de calote.


Jorge Bischoff inaugura primeira loja nos EUA


Projeto prevê a abertura de mais cinco unidades no país

Por Marcos Graciani

graciani@amanha.com.br

Jorge Bischoff inaugura primeira loja nos Estados Unidos

A Jorge Bischoff expande seu projeto de internacionalização com a primeira loja nos Estados Unidos. A grife fará um grande evento de inauguração da sua flagship store em Miami nesta quinta-feira (30). A unidade está localizada no Brickell City Centre, um dos maiores empreendimentos imobiliários no principal centro de consumo da região – estrategicamente situado entre os distritos de moda, artes e negócios da cidade. 

“O Brickell City Centre é uma oportunidade única de estarmos em um país que recebe pessoas do mundo inteiro, o que contribui muito para posicionarmos a marca aqui nos Estados Unidos”, avalia o designer Jorge Bischoff (foto), CEO do Bischoff Group, que detém a marca. O investimento para abertura da loja exclusiva da grife foi de US$ 800 mil (cerca de R$ 2,5 milhões, na cotação desta quinta). O projeto de internacionalização da grife prevê ainda a abertura de mais cinco novas lojas em solo norte-americano e um centro de distribuição. 

A rede Jorge Bischoff conta com 67 unidades em todo o Brasil, considerando unidades próprias e o sistema de franquias. Do Paraná para baixo são 27 unidades – incluindo a loja on-line, cujo centro de distribuição está em Igrejinha (RS), com entregas em todo o Brasil. Já o sistema de vendas para lojas multimarcas leva os produtos da grife para as grandes vitrines nacionais e internacionais, com presença em mais de 50 países, em todos os continentes.



http://www.amanha.com.br/posts/view/3799

Supremo da Venezuela assume funções do Parlamento do país


As funções continuarão tomadas pelo TSJ enquanto permanecer a situação de desacato e de invalidade das atuações da Assembleia Nacional

 






O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela assumiu as competências do Parlamento, de ampla maioria opositora e o qual considera em desacato, uma decisão que, segundo analistas, representa mais um passo rumo a um modelo autoritário.

“Adverte-se que, enquanto persistir a situação de desacato e de invalidade das atuações da Assembleia Nacional, esta Sala Constitucional garantirá que as competências parlamentares sejam exercidas diretamente por esta sala ou pelo órgão de que ela disponha para velar pelo Estado de Direito”, assinala a decisão do TSJ publicada na noite de quarta-feira.

O TSJ, acusado pela oposição de servir ao governo de Nicolás Maduro, declarou o Legislativo em desacato no início de 2016, devido à juramentação de três deputados opositores cuja eleição foi suspensa por suposta fraude. Por isso, cancelou todas as decisões parlamentares.

Embora a câmara tenha desvinculado estes deputados posteriormente, o Tribunal considera que o ato não foi formalizado.

“Nesta semana avançamos lamentavelmente rumo a um modelo autoritário na política venezuelana. A democracia está em perigo”, disse nesta quinta-feira à AFP o analista Carlos Romero.

“Estamos diante de um uso indiscriminado e ilegal das atribuições do TSJ para acabar com o Poder Legislativo”, acrescentou.


– Deputados sem imunidade –


Após a divulgação da nova decisão do TSJ, o opositor Henry Ramos Allup afirmou que os parlamentares “devemos seguir cumprindo nossos deveres (…) e continuar exercendo a qualquer preço nossas funções, porque para nós uma pessoa não nos deu um título de deputados, nós fomos eleitos”.

O Parlamento venezuelano, por sua vez, acusou nesta quinta-feira Maduro de dar um “golpe de Estado”.

“Na Venezuela Nicolás Maduro deu um golpe de Estado”, afirmou o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, em uma declaração na qual anunciou que o Legislativo desconhece a decisão do TSJ, classificando-a de “lixo”.

Além disso, apelou para que os militares quebrem o silêncio diante da ruptura constitucional.

“A Força Armada venezuelana não pode seguir calada diante da ruptura da Constituição. Sabemos que a imensa maioria dos oficiais (…) é contrária ao caos que ocorre na Venezuela”, afirmou Borges.

Já o legislador Diosdado Cabello, um dos principais dirigentes do chavismo, comemorou a decisão. “Não podemos estar com a Assembleia Nacional ausente porque eles querem”, disse.

Alegando o desacato, o TSJ já havia retirado a imunidade dos deputados, o que abriu a possibilidade de processá-los, inclusive ante tribunais militares.

A retirada dos foros parlamentares ocorreu enquanto o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) se reunia para debater a grave crise política e econômica do país petrolífero.

O encontro em Washington terminou sem acordo, mas 20 países assinaram uma declaração conjunta na qual expressaram “preocupação pela difícil situação política, econômica, social e humanitária” da Venezuela.

Uma semana antes deste encontro, o bloco opositor aprovou um acordo no qual pediu à OEA que aplique a Carta Democrática Interamericana, que prevê sanções em caso de alterações ou ruptura do marco constitucional, o que foi classificado por Maduro como “traição à pátria”, um crime punido com penas de até 30 anos de prisão.

 

Pressão internacional


Para analistas como Benigno Alarcón, a escalada no choque de poderes da Venezuela é uma resposta às recentes ações da OEA.

“O governo está tentando aumentar a pressão sobre os parlamentares e a comunidade internacional, dizendo que está disposto a represálias e a prender líderes opositores que estejam buscando ajuda no exterior”, declarou Alarcón à AFP.

A sentença mediante a qual o TSJ adota as funções do Parlamento também tem um fundo econômico. Ocorreu em resposta a um recurso de interpretação sobre a criação de empresas mistas no setor petrolífero.

Segundo a Constituição, o governo não pode assinar contratos de interesse público com Estados ou empresas públicas e privadas estrangeiras “sem a aprovação da Assembleia Nacional”.

Mas, ao declarar “omissão legislativa”, o TSJ indicou que não existe “impedimento algum” para que o Executivo forme companhias sem passar pelos deputados.

Esta questão é chave para o governo, que busca financiamento para paliar um déficit fiscal que o Banco Mundial estimou em 11,5% do PIB em 2016.

Maduro também tenta atrair investimentos estrangeiros para os setores petrolífero e minerador, e enfrentar, assim, a grave crise econômica, refletida em escassez de todo tipo de bens básicos e na inflação mais alta do mundo, projetada em 1.660% pelo FMI para 2017.

As gestões na OEA são promovidas por seu secretário-geral, Luis Almagro, que exige a convocação de eleições gerais em um curto prazo e a libertação de uma centena de opositores presos.

As eleições presidenciais estão previstas para dezembro de 2018, enquanto as regiões deveriam ter ocorrido no fim do ano passado, mas o poder eleitoral as adiou para 2017 e ainda não fixou uma data.


Moro condena Eduardo Cunha a 15 anos e 4 meses de prisão



Ex-presidente da Câmara é condenado na Lava Jato por três crimes. Ele ainda é réu em outras duas ações penais

 






São Paulo – O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná,  condenou nesta quinta-feira (30) o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no âmbito da Operação Lava Jato.

Ele foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem e evasão de divisas no caso que envolve a compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011. Essa é a primeira condenação do peemedebista.

Cunha é acusado de ter recebido 1,5 milhão de dólares (ou o equivalente a 4,64 milhões de reais) em propina da compra no valor de US$ 34,5 milhões. O negócio foi capitaneado pela Diretoria Internacional da estatal.

Segundo Moro, o negócio fraudulento teria gerado um prejuízo de 77,5 milhões de dólares para a Petrobras.

“A responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio”, escreveu.

“A lavagem, no presente caso, envolveu especial sofisticação, com a utilização de não uma, mas duas contas secretas no exterior, em nome de trusts diferentes, com transações entre elas, inclusive com fracionamento quando do recebimento do produto do crime para dificultar rastreamento”, afirmou Moro na decisão.

Além da detenção, o juiz fixou também uma multa para reparação dos danos decorrentes do crime. “Reputo mais apropriado fixar um valor mais conservador, correspondente ao montante da vantagem indevida recebida, de um milhão e quinhentos mil dólares.  (….)  Os 1,5 milhão [de dólares] devem ser convertidos pelo câmbio de 23/06/2011 (1,58) e a eles agregados juros de mora de 0,5% ao mês. Os valores são devidos à Petrobras”.

Cunha está preso desde 19 de outubro de 2016, quando foi detido preventivamente no âmbito da Operação Lava Jato em Brasília. Segundo Moro, o tempo que o peemedebista já passou na prisão será descontado da sentença.

O ex-deputado é alvo de outros cinco inquéritos, dos quais é réu em duas ações penais.
A defesa de Cunha afirma que irá recorrer da decisão. O ex-presidente da Câmara nega as acusações e já chegou a classificar o negócio pelo qual foi condenado como um “ato de burrice ” e não de corrupção.


Homenagem a Teori


Moro aproveitou a sentença de Eduardo Cunha para prestar uma homenagem ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que morreu em um acidente de avião em 19 de janeiro. Ele afirma, na sentença desta quinta-feira, que o “legado de independência e de seriedade” do ministro não será esquecido e, como deixa, alertou o Congresso sobre uma eventual aprovação do projeto da lei de abuso de autoridade.

Weg construirá complexo solar de R$ 450 milhões no Brasil

A empresa de Santa Catarina concluiu a assinatura de um contrato com o fundo dinamarquês Nordic Power Partners 

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Weg construirá complexo solar de R$ 450 milhões no Brasil


A Weg fechou contrato para construir complexo solar de R$ 450 milhões. A empresa de Santa Catarina concluiu a assinatura de um contrato com o fundo dinamarquês Nordic Power Partners. A Rio Alto terá participação minoritária no projeto. O complexo solar terá capacidade de gerar 90 MW de energia no Brasil. O local não foi definido ainda. 

“Esse é um passo importante para a Weg pois é a entrada da empresa no mercado regulado de energia solar”, destaca João Paulo Gualberto da Silva, diretor de novas energias da Weg. 

“Não somos mais somente uma fornecedora de produtos, mas vamos fornecer as linhas de transmissão, as subestações, os inversores e vamos construir o parque completo”, projeta o executivo. O país mais avançado em investimentos em energia solar é a Alemanha. E o pior local do Brasil ainda é mais de 30% superior ao melhor lugar do país mais desenvolvido nessa tecnologia, segundo estudos da Weg. A companhia de Jaraguá do Sul planeja investir R$ 347 milhões neste ano. No país, vai priorizar Santa Catarina com R$ 115 milhões, ou seja, 33% do total. 

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3802

Parceria entre João Doria e MBL contra Amazon foi verdadeira lição de guerra política






Resultado de imagem para fotos de João Dória

O dia de hoje rendeu uma excelente lição de Guerra Política em seu sentido mais puro: aquele em que certos métodos são utilizados para obtenção de um determinado resultado e, é claro, com êxito. A grande vantagem é que tudo que Doria fez é amparado pela ética e o bom senso. Como este blog sempre afirma, jogar a guerra política não significa jogar sujo, mas sempre é preciso ser esperto e prestar atenção nos detalhes.

A essa altura quase todas as pessoas que têm Internet já devem ter visto a bela jogada de mestre do prefeito João Doria em reação ao vídeo da Amazon, no qual a empresa fez uma provocação aos paulistanos em virtude dos muros cinzas pintados pela prefeitura para remover as pichações.  O ataque feito pela Amazon contra o prefeito parecia ter até um ar de esperteza, mas certamente a equipe de publicidade ficou de calças curtas com a postura adequadíssima de Doria ao cobrar uma postura altruísta da empresa.

Esse método usado por João Doria é extremamente. O inimigo faz um ataque sutil, como uma provocação, e em vez de se mostrar irritado ele se mostra moralmente superior, cobrando do oponente uma postura positiva. Para o público, os responsáveis pela campanha de marketing da empresa ficaram parecendo uns tolos, enquanto o prefeito manteve uma imagem positiva ao mostrar para o público sua preocupação com as condições precárias das escolas públicas.

Isso, por si só, já seria uma grande jogada, mas a coisa não parou por aí. Além de João Doria, entrou também em cena o MBL, que compartilhou o conteúdo do Jornalivre em sua página logo pela manhã. Como podem notar abaixo, a notícia sobre a reação do prefeito teve alcance elevadíssimo:

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Muitos direitistas se contentariam com isso. No entanto, o MBL foi um pouco além e iniciou imediatamente uma campanha para cobrar da Amazon que doasse para as escolas de São Paulo, impulsionando ainda mais a estratégia de João Doria. Este post foi publicado no MBL próximo ao meio dia e obteve aproximadamente 2,3 mil compartilhamentos:

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Logo em seguida, devido a pressão feita pelo MBL, empresas começaram a se manifestar e aderir à campanha. Foi o caso da KaBum e da Multilaser, por exemplo:
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Perceba, no momento, que até aí ele já havia virado a mesa. O tiro da Amazon, que certamente pensou ter feito uma campanha genial de publicidade, já havia saído pela culatra há muito tempo. O fato de estas empresas aderirem à campanha proposta pelo MBL serve para mostrar, ainda de forma mais clara, que a atitude da Amazon até aí foi mal vista pelo público. Publicitários mais espertos entenderam a jogada e agiram em prol da imagem de suas empresas. Deu certo!

A pressão, neste momento, já havia ficado insuportável. Certamente diretores e publicitários da Amazon passaram a tarde toda e até adentraram a noite discutindo o assunto para tentar solucionar esta pequena crise de imagem para a empresa. Pode não parecer tanto, mas esse tipo de coisa preocupa e muito os acionistas. Uma empresa grande com um problema deste naipe tem bastante a perder.

No final da tarde, o MBL compartilhou outra postagem do Jornalivre na qual o site mostrava a fachada do prédio onde fica o escritório da Amazon no Brasil. Adivinhe só: tudo cinza, sem pichações. Aí entrava em cena uma das regras de Saul Alinsky: “Faça seu inimigo sucumbir pelo seu próprio livro de regras”. Como pode a Amazon querer pichações nos muros da cidade se em seu próprio escritório não há pichações? Se a Amazon valoriza tanto assim a “arte urbana”, como a empresa hospedou seu escritório em um prédio que não tem nada disso – e que ainda por cima é mais cinza do que qualquer muro pintado pela prefeitura?
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Neste momento, a empresa já havia sido derrotada na guerra política – e publicitária. A decisão dos marqueteiros que elaboraram o comercial com a provocação custou caro para a imagem da marca. Isso fica ainda mais evidente quando o MBL compartilha um texto do site O Reacionário, do colega Eric Balbinus, e ele atinge altos níveis de curtidas (cerca de 10 mil):

ericpost

Outro post do blog Ceticismo Político, falando da postura de João Doria no jogo, alcançou 17 mil curtidas, um número surpreendente para um conteúdo técnico:

post1
As redes sociais só falaram disso o dia inteiro. Não é para menos, já que uma grande empresa conhecida por boa publicidade tomou uma surra publicitária do prefeito paulistano e de um movimento político que muitos declararam, não poucas vezes, como morto. No final do dia, a Amazon teve que ceder como única alternativa para contenção de danos…
Último Último

Se este caso serve para alguma coisa, certamente é para mostrar que quando a Guerra Política é levada a sério ela pode ser vencida pela direita. Normalmente a direita não faz isso. Seria comum, aliás, que em vez de reagir como Doria, com um desafio, um direitista reagisse na defensiva, se queixando pelo ataque recebido em vez de revidá-lo de modo inteligente. Da mesma forma, normalmente um movimento não sacaria tão rapidamente como agir diante disso. Muitos se limitariam a divulgar os fatos e emitir opiniões. O MBL soube capitalizar sobre a situação.

É um bom exemplo a ser seguido.

No cômputo final, temos os resultados das ações feitas na página do MBL durante o dia:


doria_squad

Em resumo, os posts sobre o assunto alcançaram 5.268.762 pessoas, tiveram 110.036 curtidas e foram compartilhados 23.415 vezes.