terça-feira, 11 de junho de 2024

Conab anuncia que leilão do governo para compra de arroz está anulado

 


Na média dos últimos cinco anos (2014-2018), o arroz de sequeiro rendeu 2.134 kg/ha, enquanto o irrigado teve um rendimento de 7.403 kg/ha - 3,5 vezes mais

O diretor-presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira,11, que o leilão feito pelo governo na última quinta-feira,6, para compra de 263,37 mil toneladas de arroz está anulado.

“Em acordo com o ministro Fávaro [Agricultura] e Paulo Teixeira [Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar], decidimos anular esse leilão. E vamos revisitar os mecanismos que são estabelecidos para esses leilões, com apoio da Controladoria Geral da União, da Advocacia Geral da União, pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter as garantias de que vamos contratar empresas que tenham capacidade técnica e financeira, e que vão honrar os contratos. Por esse motivo, a decisão é anular esse leilão e proceder com um novo mais ajustado”, disse Pretto em entrevista coletiva aos jornalistas.

Após o leilão, opositores ao governo, sobretudo a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, atualmente senadora pelo Partido Progressistas, por Mato Grosso do Sul, levantaram suspeitas sobre a participação de empresas desconhecidas do mercado e que arremataram alguns lotes.

Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo, das quatro companhias vencedoras, apenas uma é uma empresa do ramo.

Hoje, Pretto alegou que o leilão “é muito complexo”, e que as empresas são representadas por bolsas de mercadorias. “E somente depois que o leilão é concluído, é que ficamos sabendo quem são as empresas vencedoras. A partir da revelação de quem são essas empresas, começaram os questionamentos sobre capacidade técnica e financeira de honrar os compromissos do leilão, que envolve um volume expressivo de dinheiro público”, argumentou.

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