segunda-feira, 24 de junho de 2024

Governo e Celesc projetam aporte bilionário para a geração de energias renováveis em SC

 


Programa Energia Boa prevê a construção de seis novas subestações e linhas de transmissão para conectar novas usinas ao sistema elétrico, gerando 19 mil empregos 
 
 
Com a infraestrutura implantada, o governo catarinense destrava pouco mais de R$ 3 bilhões em investimentos privados no Planalto Serrano, região que tem hoje o maior potencial hídrico do estado

 

O governador Jorginho Mello lançou nesta sexta-feira (21) na Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil), o programa Energia Boa. Considerado o maior projeto estadual de fomento à geração de energias renováveis já realizado no país, a iniciativa prevê a construção de seis novas subestações e 225,5 quilômetros de linhas de transmissão no Planalto Serrano. Com o aumento da infraestrutura, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) poderão se conectar ao sistema elétrico, melhorando a oferta de energia limpa para toda a região e incentivando novos negócios. Para alavancar esses projetos, o governo estadual planeja injetar R$ 572 milhões na realização de obras de infraestrutura energética em Lages, Painel, Campo Belo, Urubici, Matos Costa e Rio do Campo.

Caberá ao governo estadual a disponibilização dos recursos e à Celesc, por atribuição regulatória, a execução das obras. "Com o Energia Boa, estamos lançando o maior programa estadual de incentivo às energias renováveis já realizado no Brasil. Ao melhorarmos a infraestrutura no Planalto Serrano, aumentamos também a rede de energia elétrica trifásica para a região", anunciou Mello. Presidente da Celesc, Tarcísio Rosa explicou que o Energia Boa nasce para potencializar a vocação de Santa Catarina para gerar energia sustentável. "Somos referência para o Brasil, sendo o estado com a maior quantidade de usinas hidrelétricas em operação e com a cadeia produtiva completa para implantar projetos voltados à geração de energia limpa", destacou o presidente.

Com a infraestrutura implantada, o governo catarinense destrava pouco mais de R$ 3 bilhões em investimentos privados na região, que tem hoje o maior potencial hídrico do estado. Serão mais 300 MW de potência instalada em fontes renováveis hídricas — com possibilidade de investimentos futuros em fontes de energia eólica, solar e biomassa. A expectativa é gerar cerca de 19 mil empregos nos próximos três anos somente na construção das PCHs/CGHs. O cronograma de implantação é de até 36 meses. As projeções são baseadas em estudos e estimativas feitas pelo setor. Além de impulsionar a geração de energias renováveis, o programa também tem um importante componente socioeconômico para o Planalto Serrano. A região tem hoje um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de Santa Catarina, com IDH médio de 0,72 – o IDH de Santa Catarina é de 0,79.

Secretário da Fazenda, Cleverson Siewert destacou que a combinação de recursos públicos e dos investimentos privados será revertida em projetos com reflexos positivos na geração de empregos e na arrecadação estadual, o que contribui para impulsionar a economia de Santa Catarina como um todo. "As projeções nos mostram que serão R$ 290 milhões em impostos municipais, estaduais e federais em 36 meses, a partir da realização das obras", projeta o secretário. O Energia Boa é desenvolvido em conjunto entre a Celesc, a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC) e a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Sicos). O programa também conta com o apoio da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc), entidade sem fins lucrativos que une mais de 100 empresas produtoras de energia e atua junto aos órgãos governamentais para a promoção de energias renováveis.

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